O que faz um Desenvolvedor Full Stack? Salário, habilidades e atividades

Nesse post, vamos falar sobre o que faz um desenvolvedor full stack, uma carreira altamente requisitada na última década tendo participado ativamente da transformação digital e inovação do setor empresarial.

Esse tipo de profissional é caracterizado pelo conhecimento multidisciplinar, com conhecimento e capacidade de atuar tanto no front-end quanto no back-end

A demanda por alguém que detém habilidades nessas duas áreas ocorre por conta da variedade de projetos que uma empresa precisa implementar para se manter competitiva no mercado. 

Com tanta procura por esses profissionais, é de se esperar que pessoas que atendem os requisitos da busca acabam se valorizando no mercado, impulsionando as vantagens de investir nessa carreira.

Quer ver o que faz um desenvolvedor full stack, o salário, as habilidades e o currículo esperado de quem se candidata a uma vaga na área, então continue lendo!

O que é um desenvolvedor full stack?

Desenvolvedor full stack é quem possui conhecimento sobre back e front-end simultaneamente, capaz de executar e gerenciar processos em ambas as áreas. Não precisa ser especialista, mas deve saber o bastante para atender demandas diversificadas ou liderar uma equipe multidisciplinar, aproveitando todo o seu potencial.

O próprio nome já dá uma ideia do que este desenvolvedor faz, pois a palavra full significa completo e stack significa pilha. Ou seja, trata-se de um profissional completo, capaz de trabalhar com toda a pilha de tarefas necessárias para o desenvolvimento de uma aplicação. 

Algumas pessoas caracterizam um desenvolvedor como full stack caso ele trabalhe com o front-end e com o back-end, já outros consideram um desenvolvedor como full stack caso ele consiga atuar não somente no front e no back-end, mas sim em todas as etapas e partes do desenvolvimento, como o banco de dados e servidor. 

Atualmente, possuir conhecimento sobre desenvolvimento mobile é considerado um diferencial de grande valor para o full stack, considerando a demanda elevada por aplicativos próprios, integrações móveis e usabilidade para dispositivos móveis.

A princípio, pode parecer um pouco desesperador ter que conhecer tudo de todas as etapas do desenvolvimento de um projeto, mas tenha calma. Não é preciso ser um expert em todas as áreas, isso seria praticamente impossível.

Por exemplo, é possível ter maior domínio sobre a área de back-end e um conhecimento funcional sobre as tarefas de front-end, ou vice-versa. Essa noção só precisa atender a demandas pontuais com qualidade ou permitir uma gestão otimizada das tarefas de uma equipe.

O que é full stack na prática?

Para entender o que é full stack na prática, podemos descrever o seguinte exemplo: temos um profissional especializado em desenvolvimento front-end, com domínio sobre HTML, CSS e frameworks Javascript.

Junto desse conhecimento profundo dessas áreas, ele também conhece, mesmo que em nível intermediário, as tecnologias utilizadas para o desenvolvimento back-end, como Java, C# e NodeJS. Assim, mesmo que sem uma especialização direta nessas linguagens, pode atuar em certas etapas do projeto, caso seja necessário, mesmo que em tarefas menores ou na correção de bugs.

O contrário também pode acontecer, ou seja, o full stack pode ter iniciado a carreira com o back-end, possuindo experiência e noção profunda sobre suas atividades. Depois, investiu no aprendizado sobre as demandas de front-end para completar seu leque de habilidades.

Da mesma forma, pode ser capaz de trabalhar com banco de dados, criando tabelas e manipulando registros, sem ser um especialista em database, que saiba projetar e gerenciar um banco altamente escalável.

Ser full stack também significa conhecer um pouco de operações, conseguindo configurar um servidor e publicar a aplicação no ar. Além disso, pode ser preciso levantar as necessidades do cliente e propor soluções, entendendo as regras de negócio em questão.

Resumindo, caso um desenvolvedor consiga levantar as necessidades do projeto, desenvolver o sistema e colocá-lo no ar, ele pode se considerar um desenvolvedor full stack. Ele não precisa dominar todas as áreas, mas precisa saber se virar em todas elas, e ser capaz de aprofundar em determinado tema caso seja necessário.

Como é o perfil do desenvolvedor full stack?

O perfil deste tipo de profissional é chamado de T-Shaped, pois são pessoas que têm conhecimento em diversos assuntos, porém sem tanto aprofundamento, representado pela parte de cima do T, e é especialista em determinado assunto, possuindo um conhecimento bem profundo, representado pela parte vertical do T. 

O profissional descrito no parágrafo anterior é especialista em front-end, e possui um conhecimento geral nas demais áreas.

< Saiba mais sobre arquitetura de software e veja como trabalhar na área. Leia o post: O que é arquitetura de software? />

O que faz um desenvolvedor full stack no dia a dia?

Em algumas empresas, o desenvolvedor full stack é responsável por, além de desenvolver as funcionalidades dos sistemas, levantar os requisitos junto ao cliente.

Então, também é importante que ele consiga entender as regras de negócio na qual o projeto está inserido, identificar as necessidades e demandas. Uma vez definido o que deve ser feito, ele irá começar o desenvolvimento da solução. 

Algumas empresas possuem equipes especializadas em determinada área, porém isso não impede que o desenvolvedor full stack tenha conhecimento do que ocorre ali e que consiga participar do processo e trabalhar em conjunto. 

Já em outras empresas, ele é o responsável por desenvolver o projeto do início ao fim, e de realizar as futuras manutenções e evoluções do mesmo. Sempre que houver alguma dúvida muito específica ou um problema complexo, nada impede o desenvolvedor de recorrer a alguém mais experiente naquele assunto.

As tarefas do dia a dia de um desenvolvedor full stack dependem muito do projeto que ele está trabalhando. Caso o projeto esteja com muitas tarefas atrasadas no back-end, por exemplo, é normal que ele passe mais tempo trabalhando ali.

Quais são as atividades mais comuns na rotina full stack?

Entre as atividades diárias mais comuns na rotina full stack, podemos destacar:

  • gerenciamento e manutenção de servidores e bancos de dados;
  • codificação de funcionalidades em diferentes linguagens de programação e plataformas;
  • gerenciamento de comunicação entre desenvolvedores e equipes de design;
  • atualização sobre tecnologias e tendências do mercado;
  • execução de tarefas de  CSS, HTML e JavaScript, voltadas para clientes em projetos.

Claro que a rotina de cada um é diferente. Muitos desenvolvedores full stack também passam grande parte do dia dando manutenção em um sistema já existente, corrigindo bugs ou fazendo melhorias. 

Um problema que ele resolve frequentemente pode ser uma interação ruim da interface com o usuário, pode ser um erro de lógica em uma regra de negócio, pode ser uma lentidão excessiva de uma consulta no banco de dados ou pode ser um grande consumo de memória no servidor, por exemplo.

O que se espera de um desenvolvedor full stack?

O desenvolvedor full stack deve ser curioso e gostar de aprender, atualizando constantemente seu conhecimento para acompanhar as tendências do setor.

Ele também deve investir no aprendizado contínuo sobre ferramentas e tecnologias de sua área. Além disso, precisa ter um perfil investigativo, pois resolver alguns problemas pode não ser fácil, uma vez que eles podem englobar várias partes diferentes do projeto.

É desejável que este profissional consiga aprender sozinho e de forma rápida, pois normalmente os projetos são bem corridos e precisam de agilidade, e nem sempre existe alguém na equipe com conhecimento no assunto e com tempo disponível para ensinar. Por isso, ser autodidata é um diferencial. 

Esta busca constante por conhecimento é essencial para que o profissional não fique ultrapassado em pouco tempo, considerando a velocidade que novas tecnologias transformam o mercado. Para agregar mais valor para a empresa contratante e para sua carreira, ele não pode ficar parado.

Em resumo, as principais características para desenvolvedores full stack são:

  • curiosidade;
  • senso crítico;
  • boa comunicação;
  • gestão de pessoas;
  • agilidade;
  • capacidade de gerenciar;
  • conhecimento multidisciplinar;
  • ser autodidata e aprender rápido;
  • atualização constante;
  • compreensão sobre gestão de projetos.

Carreira full stack: salário, habilidade e currículo

Quem desenvolve essas hard skills de maneira satisfatória e se classifica como criativo, dedicado, autodidata e ágil, tem tudo para atuar como full stack. 

Este tipo de profissional está sendo muito requisitado pelo mercado, pois muitas empresas gostam de contratar profissionais que visualizam o projeto como um todo, sendo capazes de participar em todas as áreas. 

No que diz respeito ao currículo do desenvolvedor full stack, é esperado conhecimento sobre as seguintes áreas:

  • programação;
  • mobile;
  • desenvolvimento front e back-end;
  • usabilidade;
  • bancos de dados;
  • infraestrutura, cloud service e tecnologias adicionais.

Em relação a quanto pode ganhar um desenvolvedor full stack, o salário desses profissionais pode variar entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, variando do nível de experiência exigido, conforme apontam sites de anúncios de vagas online.

Uma alternativa para desenvolvedores full stack é trabalhar em projetos como freelancer, pois conseguem atuar em todas as áreas, maximizando também os seus ganhos. 

Um cuidado que estes desenvolvedores devem ter com sua carreira, é não querer conhecer um pouco de tudo sem se aprofundar em nada. É importante que ele tenha uma amplitude de conhecimento, porém também é preciso que ele aprofunde nos conhecimentos em uma área específica.

< Veja como aplicar as metodologias ágeis no desenvolvimento de softwares. Leia: Desenvolvimento Ágil de Software />

Invista na carreira full stack

Agora que sabe o que faz um desenvolvedor full stack e os principais desafios dessa área, chegou a hora de investir na sua carreira para vencer cada um deles. 

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