A hierarquia do mercado de trabalho pode ser meio confusa, pois existem vários critérios que ajudam a determinar se o profissional é júnior, pleno ou sênior. Além disso, os critérios podem mudar de empresa para empresa, já que cada uma delas vai especificar os requisitos para as posições.
Então, como se candidatar nas oportunidades certas? Como indicar no currículo o seu nível hierárquico? É o que abordaremos nesse artigo. Vem com a gente!
O que é ser júnior, pleno e sênior?
Apesar de envolver uma série de características, os níveis de hierarquia consideram a experiência profissional e o nível de responsabilidade do colaborador. Veja abaixo as definições gerais do perfil de cada um.
- Júnior: não tem muita experiência profissional, é recém-graduado e não tem autonomia para tomar decisões;
- Pleno: já tem experiência, consegue executar tarefas mais complexas e pode tomar decisões, porém com a aprovação do superior;
- Sênior: lidera equipes e projetos, tem bastante experiência e muitas vezes conta com pós-graduação e MBA. Pode tomar decisões e tem bastante responsabilidade.
Quais são as principais diferenças entre júnior, pleno e sênior?
Como dissemos, são muitas as características que podem diferenciar os níveis desses profissionais. Muitas vezes, depende também da área e do que ela requer que o profissional tenha conhecimento. Algumas áreas da tecnologia são tão recentes, que até pouco tempo nem graduação tinham, por exemplo. Porém, para que entenda melhor quais são as principais diferenças e como elas afetam cada nível, listamos algumas características abaixo. Confira!
Experiência e conhecimento
Essas duas são as principais características que ajudam a definir se o profissional é júnior, pleno ou sênior.
- Júnior: recém-formados com, no máximo, 5 anos de experiência;
- Pleno: possuem pós-graduação ou MBA e têm experiência entre 6 e 9 anos;
- Sênior: tem a função de líder de equipes e projetos ou gestor e costuma ter mais de 10 anos de experiência.
Tempo de empresa
As empresas também podem determinar os níveis conforme a evolução da equipe, incentivando o crescimento profissional.
- Júnior: tem pouco tempo na empresa, acaba precisando de mais orientação para conseguir executar tarefas;
- Pleno: tem mais tempo de casa, normalmente já foi promovido para outros cargos. Adquiriu competência ao longo dos anos que permitiram ganhar poder de decisão, junto ao seu superior;
- Sênior: já conhece e acompanha a gestão de processos internos muito bem. Tem a última palavra e toma decisões estratégicas. Coordena os projetos, lidera equipes e trabalha próximo à diretoria.
Salários: júnior, pleno e sênior
O salário é um dos pontos principais de diferença entre o júnior, pleno e sênior. A variação pode ser maior ou menor, dependendo da empresa, mas, naturalmente, costuma ter uma grande diferença entre o júnior e o sênior.
- Júnior: ganha um pouco mais do que o trainee, mas ainda menos do que o pleno;
- Pleno: o salário é maior que o do júnior e costuma ser potencializado por pós-graduação ou MBA;
- Sênior: possui o maior salário entre os três, mas ainda está abaixo da diretoria ou cargo master.
Veja abaixo alguns exemplos, segundo o Guia Salarial 2022 da Robert Half:
Profissional | Júnior | Pleno | Sênior |
Desenvolvedor front-end | R$5.500 a R$ 7.950 | R$ 7.750 a R$ 13.000 | R$ 11.550 a R$ 19.350 |
Analista de BI | R$ 5.600 a R$ 9.000 | R$ 7.650 a R$ 12.850 | R$ 10.000 a R$ 16.750 |
Analista de segurança | R$ 5.350 a R$ 9.000 | R$ 6.900 a R$ 11.550 | R$ 10.000 a R$ 16.750 |
Desenvolvedor mobile | R$ 5.500 a R$ 7.950 | R$ 7.650 a R$ 12.850 | R$ 11.500 a R$ 19.350 |
Importância de ter diferentes níveis de hierarquia dentro de uma empresa
Você já imaginou como seria uma empresa sem a hierarquia? Para muitos, pode ser até interessante em um primeiro momento, mas o plano de carreira é importante para recompensar o profissional pelos anos de trabalho e esforço.
Além disso, é graças à hierarquia que podemos saber facilmente a quem recorrer em caso de problemas. Aqueles mais altos na hierarquia possuem essa responsabilidade e espera-se que estejam capacitados para atender essas demandas.
Hierarquia administrativa
Outro tipo de hierarquia que existe nas organizações é a estrutura hierárquica administrativa. Ela divide a empresa em três partes:
- Nível estratégico: topo da pirâmide. É aqui que estão os presidentes, gestores e diretores que decidem sobre os objetivos estratégicos;
- Nível tático: fica no meio. São os coordenadores, gerentes e encarregados que têm o objetivo de transmitir as ideias desenvolvidas no plano estratégico, coordenando metas e objetivos;
- Nível operacional: é a base. Ela é composta por auxiliares, assistentes, estagiários e cargos que cuidam das atividades do dia a dia.
Durante muito tempo, chegar ao topo da pirâmide era o maior desejo de qualquer colaborador. Hoje as coisas mudaram. Embora ainda muitos ainda desejem chegar lá, alguns profissionais entenderam que preferem ficar no operacional, mesmo entregando um serviço especializado e bem remunerado, ou mesmo no tático. Os motivos são variados e vão desde assumir menos responsabilidades, ter mais tempo livre, entre outras questões pessoais.
Por isso, a questão da hierarquia vai além do salário ou de alcançar um determinado cargo. Ela deve ser analisada como um plano de carreira, de acordo com o que você deseja e busca para o seu futuro.
Como saber se é um profissional júnior, pleno ou sênior?
Essa não é uma questão simples de ser respondida, mas o último cargo que você ocupou pode te direcionar. Se ele estiver no nível pleno, pode buscar por vagas nesse perfil. Já se não existe esse indicativo, você pode considerar o tempo de experiência, os cursos realizados e as responsabilidades que tinha na última empresa.
Plano de carreira júnior, pleno ou sênior
Agora que já entendeu todas as diferenças entre júnior, pleno e sênior, pode pensar em construir um plano de carreira. Aqui vão algumas dicas.
Como passar de júnior para pleno?
Se você se formou na graduação recentemente e acabou de iniciar na área profissional, precisará ter um pouco de paciência. O tempo de experiência é importante, mas se aperfeiçoar nas suas tarefas e demonstrar mais independência e eficiência podem ajudar a conquistar o nível pleno com mais facilidade.
E de pleno para sênior?
Nesta etapa, além de mais tempo de experiência, os cursos e especializações, pós-graduações e MBAs podem ajudar. Demonstrar interesse de se tornar um gestor e liderar equipes e fazer o gerenciamento de projetos é importante, além de assumir uma postura mais responsável e proativa.
Atenção que há uma grande diferença entre líder e chefe. Subir de nível e se tornar um gestor ou ter uma equipe para chefiar não significa que você tenha um espírito de liderança.
Níveis profissionais acima do sênior
Acima do nível sênior está o nível master. Normalmente, é um profissional com mais de 15 anos na área e uma ou mais pós-graduação. Geralmente, já ocupou algum cargo de gestão e tem certificados. Por isso, para conquistar esse cargo é preciso focar nesses pontos.
A dica para quem está começando é: aproveite cada fase. Cada uma delas têm as suas vantagens e desvantagens e podem ensinar muito no processo. Buscar melhorar com certeza é algo positivo, mas também curta o caminho e saiba ter paciência para alcançar os seus objetivos. Um ponto importante é você começar, desde a primeira fase, a se desenvolver para se tornar líder, isso contribuir bastante para você se destacar em meio aos demais.
Pular etapas e atingir o cargo sênior, por exemplo, pode ser uma cilada das grandes. Imagina que ocorra um problema na sua gestão e você não esteja preparado para lidar. Teria uma oportunidade desperdiçada. Por isso, tenha calma, se especialize e amadureça, para construir uma carreira sólida e de sucesso.