Investimento em segurança da informação: qual a importância + como fazer?

Orientar seus investimentos em segurança da informação é fundamental para manter a proteção de dados, evitar vazamentos e prevenir prejuízos para a receita e reputação da empresa.

Com a transformação digital que o setor empresarial passou nos últimos anos, especialmente devido à pandemia e à forte busca pela presença online, realizar investimentos em segurança da informação se tornou uma medida essencial para evitar riscos ao negócio e também para os clientes.

O desafio é garantir a criação de uma política de segurança da informação com diretrizes robustas, tecnologias eficientes e uma cultura organizacional totalmente dedicada a esse propósito. E isso não é opcional, principalmente com a consolidação da Lei Geral de Proteção de Dados Individuais (LGPD)

Ou seja, não há como abrir mão desse tipo de investimento e a demanda por profissionais capacitados pode gerar diversas oportunidades de carreira. 

Continue lendo e saiba mais sobre o assunto!

O que é a segurança da informação?

Segurança da informação é o conceito de desenvolver e aplicar tecnologias dedicadas à proteção de dados. Essa prática garante que as informações sejam acessadas apenas por quem é autorizado e para o propósito acordado com a pessoa que as compartilhou.

Os pilares fundamentais da segurança da informação são: confidencialidade, integridade e disponibilidade (C.I.D.).

O conceito de confidencialidade visa proteger os dados sensíveis e garantir que eles permaneçam sob sigilo, com acesso restrito às operações aceitas pelo proprietário e às pessoas autorizadas. A integridade objetiva assegurar que as informações se mantenham verídicas, sem sofrer qualquer tipo de manipulação.

Por fim, a disponibilidade garante que o usuário que detém esses dados possa acessar o sistema que coleta suas informações sempre que necessário.

Qual a importância da segurança da informação?

A segurança da informação é importante porque ela preserva as informações confidenciais de uma empresa contra roubos e crimes cibernéticos. Ela não só evita o vazamento de dados de clientes, como também protege o conteúdo relacionado a transações de compra e venda, de propriedade intelectual e também de registros de atividades de colaboradores. 

Por que investir em segurança da informação?

Para que fique claro, investir em segurança da informação é uma necessidade de empresas que lidam diariamente com um grande volume de dados. Listamos os principais motivos para adotar uma estratégia de prevenção e proteção:

  1. Mitigação de riscos: evita vulnerabilidades e ameaças à sua empresa;
  2. Evita impactos financeiros: o custo gerado por vazamento de dados é consideravelmente maior do que o próprio investimento em segurança da informação;
  3. Atuação em compliance: garante a conformidade com a legislação de proteção de dados;
  4. Previne incidentes e paralisações: ajuda a manter o fluxo de informações em constante movimentação, sem incidentes que interrompem os processos.

Quais as consequências de não investir em segurança da informação?

Como citado, as consequências de não investir em segurança da informação podem ocorrer com o aumento da vulnerabilidade do seu negócio para ameaças externas e a ação de cibercriminosos. Além de causar prejuízo financeiro e reputacional, esses incidentes também podem gerar complicações legais para uma empresa.

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Como gerenciar os investimentos em segurança da informação?

O investimento em segurança da informação não é feito em apenas um tipo de tecnologia ou documento isolado. Para garantir bons resultados, ele precisa somar forças em diferentes áreas. 

Desse modo, uma empresa pode gerenciar suas ações para proteção de dados com as seguintes medidas:

1. Criação da Política de Segurança da Informação

A Política de Segurança da Informação (PSI) é um documento que busca garantir o respeito aos pilares de confidencialidade, integridade e disponibilidade que sustentam essa área. Quando em um trecho da PSI lê-se: “não compartilhe seu usuário e senha”, o que estamos buscando é evitar que uma informação confidencial seja acessada por pessoas não autorizadas.

Essa documentação deve apresentar ainda as diretrizes para uso seguro de dados e medidas para proteção das informações, indicando responsáveis pela gestão da área, normalmente com pessoas ligadas à análise de risco em TI.

2. Investimento em proteção de dados

O essencial é aceitar que as prioridades mudam ano após ano, portanto casar a análise de riscos com o plano orçamentário da empresa é fator crítico de sucesso, para que você tenha cada vez mais assertividade em investir seus recursos no lugar certo.

3. Atualização de sistemas

A tecnologia, obviamente, muda com uma velocidade incrível e algoritmos de criptografia são quebrados e precisam de evolução constante.

Novas ameaças surgem o tempo todo e a variedade de dispositivos utilizados no ambiente de trabalho também aumentou. 

Dessa forma, os sistemas de proteção de dados precisam evoluir o tempo todo para combater novos programas utilizados para roubar informações dos databases. 

Vale mencionar ainda que o uso de dispositivos móveis, como tablets e smartphones, faz com que seja necessário adaptar esses sistemas para o mobile, mantendo a acessibilidade sem deixar de lado a segurança da informação.

4. Diretrizes internas focadas em segurança de dados

Os investimentos em segurança da informação não ficam limitados a tecnologias e processos virtuais, ela também envolve a criação de diretrizes para a conduta dos colaboradores de uma empresa, que precisam ser orientados sobre a maneira adequada de coletar, analisar e utilizar os dados obtidos.

5. Utilização de tecnologias de criptografia e firewall

A criptografia é um exemplo de tecnologia que busca manter a integridade e a confidencialidade das informações. Da mesma forma, outras tecnologias como firewall e IPS estão o tempo todo trabalhando para manter sua rede disponível contra ataques.

6. Desenvolvimento e conscientização da cultura de segurança

Assim como em estratégias de compliance e governança corporativa, a segurança da informação fica mais assertiva quando a cultura de uma organização a coloca em foco. 

Os colaboradores, parceiros comerciais, investidores e demais stakeholders precisam se conscientizar, respeitar e promover esses valores em todas as operações.

7. Classificação da informação e LGPD

A Classificação da Informação é composta por uma série de processos estruturados para mapear, classificar e definir o dono e os controles aplicáveis a informações públicas, restritas e confidenciais.

Ela tem forte conexão com o fundamento da confidencialidade, sendo seu principal objetivo manter dados restritos e confidenciais protegidos de acesso não autorizado. 

Para dar um exemplo disso, certamente as informações relativas a salários de funcionários são confidenciais, enquanto a lista de produtos e preços negociadas no site de uma empresa pode ser considerada como informação pública. 

Desta forma, ao priorizarmos os recursos disponíveis, é possível focar na proteção das informações sob sigilo, relativas à folha de pagamento, implementando o uso de ferramentas de criptografia, controle de acesso ao banco de dados, ferramentas de duplo fator de autenticação, dentre outras.

8. Plano de Continuidade de Negócios

O Plano de Continuidade do Negócio tem forte conexão com o fundamento da disponibilidade, sendo que seu principal objetivo é entender os processos de negócio, destacando aqueles que podem ser afetados ou interrompidos pela falta dessas informações.

Imagine uma empresa de comércio eletrônico, é fácil chegar à conclusão que o site de vendas desta organização é crítico do ponto de vista de disponibilidade. Portanto, todos os processos, tecnologias e pessoas envolvidas diretamente com este precisam ser mapeados e priorizados para evitar paralisações.

Desse modo, o Plano de Continuidade de Negócios estabelece os parâmetros aceitáveis para o nível de funcionamento operacional, definindo um limite de tolerância para interrupções e conjunto de medidas que devem ser implementadas para recuperar o fluxo diante de qualquer incidente.

Cabe ressaltar que tanto o plano de continuidade como a classificação da informação tem conexão com todos os fundamentos da segurança da informação, afinal, ao classificarmos os dados, também precisamos nos preocupar com sua integridade e assegurar sua disponibilidade sempre que for preciso.

Da mesma forma, essas estratégias também são aplicadas a cópias de segurança e backup de dados, que precisam ser mantidos em proteção constante e exigem uma série de medidas preventivas para continuarem funcionais.

Principais carreiras na área de segurança da informação

A realização de investimentos em segurança da informação é um desafio complexo e multifacetado, que demanda conhecimentos específicos para empresas e gera bastante demanda por profissionais capacitados em cibersegurança, análise de dados e gestão de riscos de TI.

Você que deseja investir em uma carreira como profissional de segurança da informação, as especializações preferidas dos recrutadores são:

  • Engenharia de Software;
  • Gestão de Banco de Dados;
  • Sistemas de Informação;
  • Ciência da Computação;
  • Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

< Saiba mais: O que é defesa cibernética e como iniciar uma carreira na área? />

Se você já possui graduação nessas áreas e está em busca de uma especialização que abra portas para o seu futuro profissional, a Faculdade XP tem uma ótima oportunidade para você, com o MBA em Segurança Cibernética.

Essa especialização em cibersegurança é essencial para o aprendizado de metodologias e ferramentas de proteção de dados, utilizando as práticas e diretrizes definidas pelas padronizações ABNT ISO/IEC 27000.

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