Características do CDB: 5 pontos para se atentar nesse investimento

Você sabia que o CDB (Certificado de Depósito Bancário) é o segundo investimento mais popular entre os brasileiros? 

Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os CDBs fazem parte de 17,2% dos portfólios, perdendo apenas para a poupança (36,9%). E um dos motivos da popularidade do CDB são suas características.

Continue a leitura e entenda como funciona o CDB e por quê esse investimento está se tornando cada vez mais popular entre os brasileiros.

O que é CDB?

O CDB é uma opção de investimento de renda fixa em que as pessoas emprestam parte do seu patrimônio para um banco, que, após um período, devolve o empréstimo com juros

Neste contexto, é válido enfatizar que os juros pagos ao investidor, a liquidez e a data de vencimento do título são definidas no momento da aplicação.

Quais são as principais características do CDB?

Os CDBs possuem características parecidas com as de outros produtos de renda fixa, mas que devem ser conhecidas para melhor compreensão da aplicação. Entenda aqui todos os detalhes desse tipo:

Rentabilidade 

Um dos principais pontos de atenção ao escolher um CDB são os diferentes tipos de rentabilidade que eles podem ter nas principais corretoras do País. Seu rendimento pode ser:

  • pré-fixado: taxa de juros é definida na contratação, garantindo o retorno do investimento independentemente da variação do mercado. Exemplo: 4%;
  • pós-fixado: escolhe-se o indicador que será usado como referência para a rentabilidade, como CDI e IPCA, mas não se sabe o valor em reais que será recebido até o vencimento do título. Exemplo: 150% do CDI;
  • híbrido: une as rentabilidades anteriores, apresentando uma parte do retorno a partir de uma taxa prefixada e outra que variará de acordo com algum índice. Exemplo: IPCA + 2%.

Liquidez

Para entender como funciona o CDB, também é necessário compreender as suas diferentes categorias de liquidez, as quais, hoje, são disponibilizados assim:

  • diária: se o investidor tem a liquidez e a segurança como prioridade, essa aplicação pode ser a ideal. Nela, o risco é mais baixo e a devolução do dinheiro é mais rápida;
  • vencimento: para quem opta por mais rentabilidade, os CDBs de longo prazo são a melhor opção. Isso porque nele os recursos ficam aplicados por meses ou anos.

Segurança

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a segurança e o desejo de evitar a possibilidade de perda financeira são as razões mais citadas pelos brasileiros para justificar o investimento na poupança.

Mas o que muitos não sabem é que existem vários outros títulos que oferecem a mesma segurança da poupança com um maior rendimento. Dentre os investimentos que valem ser citados, estão:

E um dos responsáveis por essa segurança é o FGC (Fundo Garantidor de Créditos), cujo objetivo é proteger investidores prejudicados por instituições financeiras que tiveram problemas, como a declaração de falência. 

Ele protege cada pessoa em até R$ 250.000 por instituição e por CPF, com o limite máximo de R$ 1 milhão a cada 4 anos. Se os juros rendidos no investimento estiverem dentro do teto do Fundo, eles também estão garantidos.

Ou seja, se você investiu R$ 150.000 em títulos de renda fixa em uma corretora de investimentos e eles cresceram para R$ 165.000, todo o valor está coberto pelo Fundo.

E quer saber a melhor parte? O FGC não é a única “rede de segurança” da sua aplicação. A CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados) reforça essa segurança e eficiência das negociações de títulos por centralizar e digitalizar essas operações.

Isso significa que quando um banco emite um CDB, a CETIP registra e protege esse título para que os investidores resgatem valores com o valor correto e dentro do prazo. E caso o banco ou a corretora quebre, ela facilitará o reembolso pelo FGC.

Se ainda assim você não se sente seguro em deixar a poupança de lado, esse vídeo da série Investimento às Claras o ajudará a ter mais confiança nesse processo:

Valores 

Uma característica do CDB que pode causar confusão nas pessoas é o valor mínimo para aplicação, que pode variar entre títulos. A resposta é que o valor mínimo depende da proposta de cada contrato, baseando-se no prazo de vencimento e taxa de retorno.

Entretanto, os investimentos com aplicação de mais de R$ 1.000 são os que costumam oferecer melhores retornos financeiros.

Imposto de Renda

Uma importante característica sobre o Certificado de Depósito Bancário é que o rendimento desse título de renda fixa é tributável. Esse imposto, retido na fonte no vencimento da aplicação ou no seu resgate, pode variar de acordo com o tempo da aplicação.

A tabela de alíquotas regressiva do IR sobre investimentos é a seguinte:

Aplicações de até 180 dias 22,5%
Aplicações entre 181 e 360 dias 20%
Aplicações entre 361 e 720 dias 17,5%
Aplicações maiores do que 721 dias 15%

 

Em investimentos com menos de 30 dias, também será cobrado o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em cima do rendimento obtido. Para o IOF, a tabela regressiva de alíquota é: 

Dias após aplicação Alíquota Dias após aplicação Alíquota
1 96% 16 46%
2 93% 17 43%
3 90% 18 40%
4 86% 19 36%
5 83% 20 33%
6 80% 21 30%
7 76% 22 26%
8 73% 23 23%
9 70% 24 20%
10 66% 25 16%
11 63% 26 13%
12 60% 27 10%
13 56% 28 6%
14 53% 29 3%
15 50% 30 0%

 

>>>  Leia também: Guia prático: como declarar aplicação em renda fixa no IR?

Entendeu como funciona o CDB?

Esperamos que ao ler todas as características dos CDBs, você tenha compreendido o funcionamento desse relevante título de renda fixa. 

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