Tecnologias disruptivas são inovações extremamente impactantes para a sociedade, capazes de alterar definitivamente a forma como nos comportamos em determinados aspectos. Sua adoção significa que hábitos antigos deixaram de ser mainstream e foram substituídos por uma nova abordagem.
São os serviços de streaming, que tornaram as locadoras de filmes praticamente obsoletas, ou os aplicativos de transporte, que acabaram como uma grande ameaça para as empresas de táxi, todos baseados em plataformas digitais e tecnologias que permitiram esse tipo de solução.
Desde que a pandemia de coronavírus começou, a transformação digital e suas tecnologias disruptivas foram ainda mais aceleradas, tornando-se um dos pilares das organizações que pretendem continuar se destacando e crescendo.
A consultoria Gartner prevê gastos mundiais de US$4,5 trilhões em tecnologia de informação (TI) em 2022, o que equivale a um crescimento de 5,1% quando comparado a 2021.
Tanto a forma de operar do mercado quanto o perfil do consumidor passaram por mudanças definitivas em função dos novos recursos tecnológicos, o que leva à importância de conhecer esta tendência e quais ferramentas são mais utilizadas atualmente.
Nesse post, vamos explicar o conceito de tecnologias disruptivas, citar os principais exemplos e tipos dessas inovações e destacar como dominar a teoria sobre seu desenvolvimento e aplicação pode ser uma das carreiras mais promissoras no futuro próximo. Continue lendo!
O que é tecnologia disruptiva?
O termo “tecnologias disruptivas”, como você pode imaginar, é um sinônimo de inovação e quebra de paradigmas. Um processo disruptivo ocorre quando se “interrompe, suspende ou se afasta do funcionamento normal.”
Desse modo, podemos defini-las como tecnologias que substituem um processo consolidado na vida das pessoas ou dos meios que as cercam, trazendo novos hábitos, comportamentos e padrões que irão romper práticas que antes eram parte da nossa rotina.
Quando relacionado ao contexto organizacional, o conceito das inovações tecnológicas disruptivas é visto como um novo modelo que propõe novas e promissoras possibilidades, fazendo um rompimento de padrões.
Um ponto importante a frisar é que, para ser denominada como disruptiva, uma tecnologia precisa oferecer uma boa relação entre custo-benefício, trazer aumento de performance e aperfeiçoamento prático.
Todavia, isso não significa que precisa ser algo revolucionário ou derrubar uma ordem já existente, mas sim introduzir uma novidade que se encaixa em algo que ocorre, no caso as operações de um negócio.
Quais os impactos causados pelas tecnologias disruptivas?
As tecnologias disruptivas estão causando impactos irreversíveis nos mais diversos setores e também no dia a dia das pessoas. Um exemplo que envolve ambos é o formato de trabalho nas empresas, que vêm migrando para híbrido ou remoto graças, em parte, aos recursos que possibilitaram a sua ocorrência.
Há ainda o aumento do nível de desempenho, precisão e agilidade dos mais diversos processos, o que resulta em operações corporativas com menos custos, mais eficiência e melhores resultados sob diferentes aspectos.
Vale destacar que, nesse caso, os tipos de tecnologias disruptivas que permitiram o avanço do trabalho remoto já existiam a bastante tempo, porém, sua consolidação aconteceu por fatores externos que exigiram uma nova abordagem, o que aconteceu por conta da pandemia.
Não poderíamos deixar de citar as cidades inteligentes, com ferramentas que proporcionam, por exemplo, mais segurança, praticidade na rotina da população e otimização da gestão dos governos locais.
Isso aponta que as entidades da iniciativa pública e privada que já estão investindo em ferramentas tecnológicas disruptivas estão à frente da concorrência. Por outro lado, as organizações que ainda não começaram, estão arriscando perder clientes para aquelas que se encontram neste processo.
Podemos afirmar ainda que entender o que são as tecnologias disruptivas e a forma como elas impactam na sociedade é cada vez mais importante para profissionais de TI e desenvolvimento de software, considerando que sua capacidade em acompanhar e ditar novas tendências está em foco no mercado.
Principais tipos de tecnologias disruptivas
Com o auxílio das tecnologias disruptivas, modelos tradicionais tornam-se ultrapassados e novas ferramentas são adotadas para otimizar ainda mais os resultados organizacionais, beneficiando todos os envolvidos.
Portanto, é importante se manter atualizado e, mais do que isso, familiarizado com essas soluções. Negócios e profissionais que deixam este conhecimento em segundo plano podem perder participação de mercado e se tornarem ultrapassados.
Se você está lendo este conteúdo, muito provavelmente pretende fazer parte daqueles que terão bons resultados neste novo cenário. Neste caso, confira alguns dos principais tipos de tecnologias disruptivas que estarão em evidência nos próximos anos:
Internet das coisas (IoT)
Uma pesquisa divulgada pela Cisco aponta que a internet das coisas (IoT) irá movimentar aproximadamente US$ 19 trilhões até 2023, sendo US$ 352 bilhões no Brasil. Já a Juniper Research prevê que haverá mais de 50 bilhões de dispositivos conectados pelos sensores de IoT em 2022.
Números como esses se dão porque esta tecnologia disruptiva está transformando a experiência de compra, auxiliando na tomada de decisão das empresas com a criação de estratégias que vão de encontro a um perfil detalhado dos clientes.
A partir da utilização dos sensores de IoT, que conectam todas as “coisas”, como TVs, carros, acessórios vestíveis e eletrodomésticos à internet, se abrem inúmeras possibilidades de atuação.
Para ficar mais claro, um exemplo é a Amazon Go, loja da Amazon sem funcionários nem filas. O ponto de venda é todo equipado com câmeras, sensores e QR codes que captam os produtos que os clientes tiraram ou colocaram de volta nas prateleiras. Com isso, a cobrança é feita diretamente no cartão de crédito, de forma totalmente automatizada.
< Saiba mais sobre a Internet das Coisas no post: Internet das Coisas (IoT): entenda o conceito e suas aplicações />
Inteligência artificial (IA)
A inteligência artificial consiste em máquinas com inteligência similar à humana. O objetivo é que desempenhem tarefas repetitivas que, por exemplo, impedem profissionais de se dedicarem ao core business de uma empresa.
Outra aplicação do recurso é no atendimento aos clientes, oferecendo o pronto atendimento, a agilidade e a resolução de demandas frequentes a partir de chatbots dotados de IA.
Esses assistentes virtuais são capazes de conduzir vendas nos e-commerces e conversar com clientes no call center e chat no site. Ou, ainda, fazerem análises do comportamento de potenciais e atuais clientes, de forma a auxiliar os gestores a criarem ações condizentes com as suas preferências.
Vale frisar que o machine learning é um dos braços do recurso. Com o uso de algoritmos e um grande volume de dados, um sistema é capaz de aprender novas respostas, atividades e outros sem que haja uma programação específica feita por seres humanos.
Realidade virtual e aumentada
A realidade aumentada é uma tecnologia que permite juntar elementos virtuais à realidade. A realidade virtual, por sua vez, é o recurso que cria um ambiente virtual no qual se pode estar e interagir.
Ambas, antes mais relacionadas a jogos e entretenimento, se tornaram ferramentas úteis para organizações dos mais diversos segmentos.
Tornaram-se aliadas importantes na entrega de produtos para o cliente e na redução de custos em projetos que demandam volta a campo e ou visitas periódicas. Algumas áreas beneficiadas são o varejo, as indústrias, a saúde e o mercado imobiliário.
No varejo, por exemplo, é possível se destacar, envolver e promover um bom relacionamento com os clientes, tudo com a ajuda da realidade virtual. Com ela, o consumidor fica mais próximo da marca e encontra facilidade para finalizar a compra.
Para os clientes, a vantagem está em ter disponível uma experiência distinta e multissensorial na hora da compra. Ou seja, podem navegar por meio de óculos de realidade virtual e interagir com as diversas opções antes de querer finalizar uma compra.
Vale destacar ainda que essas tecnologias disruptivas formam a base do Metaverso, uma proposta revolucionária para a forma como interagimos com a internet, as marcas e até mesmo com itens digitais.
< Ainda não sabe o que é Metaverso e qual o potencial desse conceito? Fique por dentro: O que é Metaverso? />
Analytics
As tecnologias disruptivas, como o big data e a cloud computing, trouxeram com elas a capacidade de coletar, armazenar e filtrar um grande volume de dados. Estas informações começaram a ser usadas de forma analítica (o que gerou o conceito de Analytics) quando as empresas perceberam os benefícios de criar relações entre as suas variações.
Diversas áreas das organizações obtêm diferenciais com esta tecnologia disruptiva, como a de vendas, marketing, logística e finanças. Com as suas funções complexas, ela permite criar relações entre os dados, cujos resultados nem sempre chegavam no momento certo devido ao processamento manual.
Inclusive, as suas vantagens não suprem apenas as demandas de gestores, mas também de setores estratégicos do negócio.
Robótica avançada
A robótica avançada, como o nome sugere, consiste na fabricação de robôs para desempenhar atividades até então realizadas pelos seres humanos. Isso envolve, por exemplo, a produção nas indústrias. Parte do chão de fábrica pode ser substituído pelas máquinas, liberando as equipes para serviços que envolvem planejamento e estratégia.
Uma área que também vem se beneficiando das plataformas robóticas é a Medicina. Hoje já são realizadas milhares de cirurgias robóticas pelo mundo, das mais variadas especialidades médicas. Porém, as possibilidades não param por aí. Hotéis, aeroportos, empresas de facilities e pontos de venda são alguns dos locais que podem ganhar com esta tecnologia disruptiva.
Estes são apenas alguns dos recursos que já estão fazendo parte do dia a dia de organizações pelo mundo todo. E isso não se aplica a apenas grandes empreendimentos. Mesmo pequenas empresas hoje têm acesso a softwares e sistemas dotados de ferramentas inovadoras e com alto desempenho.
5 exemplos de tecnologias disruptivas que fazem parte do nosso dia a dia
Agora que você já sabe mais sobre o conceito e alguns tipos de tecnologias disruptivas, listamos alguns exemplos de empresas que já estão utilizando e obtendo bons resultados.
É fácil observar o conceito de tecnologia disruptiva e acreditar que não passa de teoria ou algo que pode levar muito tempo para se tornar funcional, mas a verdade é que essas novidades já fazem parte da rotina da maioria das pessoas. Veja a seguir:
1. Streaming de Vídeos
Estima-se que estas plataformas, dentre as quais estão a Netflix, Amazon Prime Video e a HBO Max, movimentem mais de R$1 bilhão no Brasil em 2022. Isso se deve, em parte, pela utilização de recursos como inteligência artificial e ferramentas de recomendação, que tornam o processo muito mais intuitivo para os usuários.
Praticamente não temos mais locadoras de filmes, grande parte das séries em alta, hoje, é produzida e distribuída com exclusividade nesses serviços, até mesmo o calendário do cinema passou por mudanças com sua popularização.
2. Aplicativos de música
Seguindo a mesma linha dos streamings de vídeo, os apps de música, como Spotify e Deezer, fazem sucesso. Eles também se utilizam de tecnologias como as citadas e outras como as interfaces intuitivas e organizadas conforme a preferência do assinante.
A comercialização de discos físicos já não tem tanta relevância para a maioria das pessoas. Nem mesmo ter as músicas em arquivo local no computador ou smartphone é algo comum.
Essas ferramentas têm grande impacto até mesmo para lançamentos de novas canções e para mensurar o sucesso de artistas atuais.
3. Serviços digitais de transporte
Os serviços digitais de transporte têm se tornado cada vez mais populares no mercado.
O Uber, que é um dos pioneiros e está presente em diversos países, se tornou um dos principais representantes da tecnologia disruptiva. Isso porque esse novo modelo de negócios conecta os motoristas com pessoas que precisam se locomover de forma prática, econômica e eficiente.
4. Criptomoedas
As moedas criptografadas, cada vez mais populares, se utilizam de tecnologias disruptivas como o blockchain, que garantem a eficácia, segurança e validade de Bitcoins e várias outras que já existem no mercado.
5. Mercado online de hospedagem
No contexto de transformação digital, o setor de hospedagem também mudou, passando a oferecer novas alternativas para os viajantes que não desejam se hospedar em hotéis tradicionais.
As plataformas, como Airbnb, servem como intermediárias para as pessoas interagirem, algumas oferecendo e outras contratando acomodações temporárias.
Soluções como as citadas favorecem tanto as empresas, no sentido de reduzirem custos e se tornarem mais eficientes, quanto os usuários comuns.
Por que aprender e dominar o conceito de tecnologias disruptivas?
Pelo que você pôde comprovar, as tecnologias disruptivas estão por toda parte, otimizando as operações e resultados das organizações e simplificando o dia a dia de pessoas de todas as idades. Por isso, é imprescindível ficar por dentro desta realidade.
Dominando tecnologias disruptivas, tem se a oportunidade de ditar novas tendências digitais e se manter relevante para a quebra de paradigmas, enquanto ignorar essas inovações pode fazer com que um profissional acabe ficando obsoleto e dispensável no futuro, mesmo que atualmente ele seja bem valorizado.
É por isso que, mesmo um especialista em determinada área, deve continuar atualizando seu conhecimento e buscando o aprendizado constante. Dessa forma, ele fica por dentro das mudanças do mercado, que estão cada vez mais rápidas e impactantes.
Vale destacar ainda que o impacto de inovações tecnológicas disruptivas é sentido antes e com mais intensidade para os profissionais de TI, fazendo com que eles sejam os principais interessados nesse tipo de conhecimento.
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