O CDB está cada vez mais em evidência quando o assunto é investimento seguro e acessível, com um funcionamento simples e rendimento que costuma ficar bem acima da caderneta de poupança. Mas como essa aplicação faz seu dinheiro valorizar? O CDB tem juros compostos ou simples?
Esse é o tema do nosso post. Afinal, uma parte muito importante quando o assunto é investimento está na forma como essas aplicações trazem retorno para quem aplica. Geralmente, isso está ligado ao tipo de juros utilizado em cada título.
Na prática, o CDB é uma forma de empréstimo que você pode fazer aos bancos, disponível por meio de títulos de renda fixa que podem trazer um retorno maior do que a poupança.
Esta modalidade de investimento, considerada de baixo risco, é uma opção escolhida tanto por iniciantes quanto por experts. Isso porque eles veem nela um caminho seguro e rentável para investir dinheiro no médio/longo prazo, uma questão essencial para diversificar e balancear sua carteira.
Antes de sair investindo, é bom entender como funcionam esses rendimentos e qual expectativa pode ser traçada sobre quanto e quando irá receber as recompensas de aplicar no CDB.
No artigo de hoje, vamos explicar tudo sobre CDB, juros simples ou compostos e outras aplicações que vale a pena conhecer.
O que são juros compostos?
De modo geral, os juros compostos, são aqueles “juros sobre juros”. Isso significa que eles são calculados sobre o valor corrigido anteriormente, o que gera um aumento exponencial no rendimento.
Existem calculadoras de juros compostos, que facilitam essas contas, mas também podemos aplicar a fórmula M = C x (1-i)n. Nesse caso, M é o montante total, C é o capital inicial do investimento, i representa a taxa de juros fixada e n é o tempo entre a aplicação e o resgate, seja mês ou ano.
Você certamente se lembra da ideia de juros da escola — especialmente porque eles fazem parte da nossa vida, presentes em praticamente todo tipo de negociação de compra, de cartões de crédito a compra de imóveis.
Enquanto preferimos fugir dos juros na hora de adquirir um bem, no caso dos investimentos, diferente dos cartões de crédito e outras compras nas quais o juros onera o comprador, eles são vistos como pontos favoráveis, já que impactam positivamente o valor de um ativo.
< Saiba mais sobre a ação dos juros no mercado de investimentos />
Diferença entre juros simples e compostos
A diferença entre juros simples e compostos está no valor do capital usado para calcular o ajuste no valor. No juro simples, todo cálculo é feito em cima da quantia inicial, já no juro composto, sempre se usa o montante do período anterior na hora da conta.
Quando um investimento tem rentabilidade a partir da lógica dos juros compostos, isso significa que os juros não serão aplicados somente ao valor do capital inicial investido, mas sobre o valor total investido somado aos juros já acumulados no período aplicado.
Que tal um exemplo para ilustrar melhor?
Suponhamos que um CDB pague juros compostos de 10% ao mês e você invista R$10.000. A cada mês, o ganho equivale a 10% do valor do ativo, ou seja, no primeiro mês, o rendimento eleva o valor do produto a R$11.000.
No segundo mês, o valor do produto passa a ser R$12.100,00. Isso porque, na lógica dos juros compostos, o rendimento do segundo mês acontece sobre o valor ajustado. Ou seja, R$11.000, e não sobre os R$10.000 originais, como seria o caso dos juros simples.
< Saiba mais: entenda na íntegra a diferença entre juros simples e juros compostos/>
O que é o CDB e como ele funciona?
CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário. O ativo representa um título de crédito emitido por um banco, e funciona como se ele pagasse um empréstimo do investidor.
Dessa forma, cabe ao banco pagar ao investidor taxas de juros que variem de acordo com o contrato do título de crédito. Estes juros são o rendimento do CDB. Essa é uma opção utilizada amplamente em estratégias de investimento, independentemente do perfil.
Isso acontece porque é uma aplicação de renda fixa, ideal para diversificar a carteira e multiplicar o valor aplicado de maneira recorrente. No momento da aquisição, o rendimento pode ser prefixado, pós-fixado ou híbrido, o que funciona da seguinte forma:
- CDB prefixado: a taxa de juros da aplicação é definida no momento que o título é disponibilizado ao investidor, permitindo o cálculo exato de quanto ele receberá no vencimento;
- CDB pós-fixado: nesse modelo, os juros são atrelados a um indicador externo, que pode flutuar. Um desses exemplos é o CDI, índice de referência para muitas instituições financeiras;
- CDB híbrido: é uma combinação das duas versões anteriores, combinando uma taxa de juros fixa e um índice adicional, por exemplo juros de 7% ao ano + variação do IPCA.
É possível conhecer o rendimento aproximado que o título terá já na hora da sua compra, oferecendo mais segurança ao investidor. A segurança também aumenta no caso de aplicações de até R$ 250 mil, que são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito.
Vale destacar ainda que esse tipo de aplicação costuma apresentar valores mínimos fixados em cada título ofertado, tem imposto de renda descontado na fonte e pode ter incidência de IOF caso o investidor solicite o resgate antes do vencimento, em títulos nos quais isso for permitido.
CDB tem juros compostos?
Investir nessa aplicação é uma excelente alternativa porque o CDB tem juros compostos, o que garante a incidência de rendimentos em cima do valor ajustado do capital com o passar do tempo.
Isso é somado à segurança e versatilidade da aplicação, sendo ideal para quem busca diversificar sua carteira de investimentos.
Ao contar com o rendimento do CDB pagando juros compostos, você está aplicando com menor risco e valorização exponencial. Uma boa ideia é optar por esse tipo de investimento para metas de médio e longo prazo, que variam de um ano a períodos maiores que cinco anos.
Dessa forma, o capital investido se multiplica de forma previsível e permite um rendimento excelente.
Quais investimentos rendem juros compostos?
Sabendo que o CDB rende juros compostos e permite uma boa alavancagem para o capital investido, esse tipo de aplicação chama a atenção. Afinal, quem não busca por oportunidades de potencializar seus rendimentos?
A boa notícia é que existem diferentes tipos de aplicações com rendimentos em juros compostos. Dessa forma, seja qual for o seu perfil de investidor, há uma opção indicada para você.
Veja alguns exemplos de investimentos que rendem juros compostos a seguir.
Tesouro Direto
Assim como o CDB tem juros compostos, o Tesouro Direto também segue esse padrão e apresenta crescente popularidade. A principal diferença dele para o CDB é para quem o investidor estará “emprestando” o seu capital.
Neste caso, você empresta dinheiro ao Estado, em contratos que estipulam as condições da negociação, como as taxas de referência para o cálculo dos juros pagos e o período de conclusão dos contratos.
< Aprenda mais sobre o Tesouro Direto assistindo ao vídeo abaixo />
LCI
As Letras de Crédito Imobiliário são um investimento de renda fixa com juros compostos, e operam em lógica semelhante à do CDB. Nela, a aplicação é voltada para fomentação das atividades do setor, por meio de crédito emitido por bancos e outras instituições financeiras.
Entre as principais diferenças entre CDB e LCI, podemos citar que as Letras de Crédito Imobiliário não sofrem dedução de imposto de renda. Porém, esse investimento tem baixa liquidez, com grande chance de prejuízo para quem não cumpre o seu vencimento, fazendo a LCI ser indicada para objetivos de longo prazo apenas.
Ações
Diferente dos modelos anteriores, como o CDB com juros compostos que são calculados automaticamente ao longo da aplicação, quando falamos em renda variável, podemos dizer que há um funcionamento “indireto” da lógica de juros compostos.
Isso porque não há como saber o valor do papel ao final de um período, não sendo possível, portanto, prever o rendimento.
Entretanto, você mesmo pode reaplicar os ganhos obtidos ao final de um período predeterminado, multiplicando o capital investido de maneira recorrente, com valorização incidindo sobre o lucro que teve no período anterior.
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