Quando te perguntamos “como começar a investir em imóveis?”, qual resposta lhe vem à mente? Juntar dinheiro para a entrada, financiar o restante, cuidar da papelada e…espere um pouco! E se dissermos que existem vários tipos de investimento em imóveis? E que muitos deles não demandam um capital inicial alto ou uma burocracia extensa?
No artigo de hoje, vamos, sim, explicar como começar a investir em imóveis e dar aquele passo importante rumo à realização do sonho de viver de renda. Mas, principalmente, vamos te mostrar que o mercado imobiliário é mais diverso e plural do que você imagina.
Que tal conhecer as opções disponíveis, as variáveis que influenciam em cada uma delas e encontrar aquela que se encaixe perfeitamente em suas necessidades e demandas?
É só continuar a leitura!
Tipos de investimento em imóveis: conheça os principais
Quer começar a investir em imóveis, mas não dispõe de uma quantia elevada em dinheiro? Pode ser que você encontre nesta lista a aplicação ideal para você. A seguir, você conhece 4 tipos de investimento em imóveis e suas principais características.
Letras de Crédito Imobiliário (LCI)
Letras de Crédito Imobiliário (LCI) são investimentos na modalidade renda fixa. Além disso, são lastreadas na carteira vinculada ao setor imobiliário mantida pelas instituições financeiras emissoras e isentos de imposto de renda.
A LCI opera como uma espécie de “empréstimo” a instituições financeiras. Em troca, o investidor recebe uma remuneração. Ela equivale aos juros do empréstimo, durante o período em que mantiver seus recursos aplicados.
Ao fazer seu aporte, o investidor deve escolher uma modalidade de remuneração. As mais comuns são a pré-fixada (quando a taxa de juros é definida no momento da aplicação), pós-fixada (quando a taxa de juros é atrelada a um indicador — como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) — que pode variar durante o período da aplicação) e a atrelada à variação da inflação.
Neste último caso, a remuneração é segmentada em duas parcelas: uma prefixada e outra pós. É possível, por exemplo, encontrar LCI que asseguram uma taxa de juros + variação da inflação (atrelada ao IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ou ao IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado).
>>> Saiba mais: Qual é a diferença entre IPCA e IGP-M no acompanhamento da inflação?
Antes de continuar a leitura, saiba mais sobre as Letras de Crédito Imobiliário. Veja também como funcionam seus investimentos-pares, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). Dê o play e confira!
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI)
Certificados de Recebíveis Imobiliários também são opções de investimento em renda fixa isentos de Imposto de Renda.
A lógica do CRI é a seguinte: suponhamos que uma construtora venda seus imóveis a prazo para os clientes. Estes imóveis levam anos para serem quitados. Isso faz com que a empresa não tenha a quantia total das vendas realizadas no curto prazo.
Neste caso, para dar continuidade às suas operações sem precisar recorrer a empréstimos, as construtoras acionam securitizadoras, que emitem CRI ao mercado.
Na prática, quem compra um CRI empresta dinheiro à construtora ou empresa do segmento imobiliário. E, em troca, recebe os juros equivalentes ao aporte no período de duração do investimento.
Assim como a LCI, o CRI também tem opções pré-fixadas, pós-fixadas e atreladas à inflação.
Fundo de Investimento Imobiliário (FII)
Fundos de Investimento Imobiliário são aplicações na modalidade renda variável que funcionam como “condomínios” de shoppings, hospitais, hotéis, prédios comerciais etc, divididos em cotas.
Estas cotas são oferecidas a investidores, que, ao adquirirem uma (ou mais) partes do empreendimento, passam a lucrar com alienação, locação, arrendamento ou aluguel desses espaços.
Quer saber mais sobre os FII? Assista ao vídeo abaixo e tire todas as suas dúvidas sobre o tema:
Compra e venda de imóveis
Comprar e vender também é um caminho para entender como começar a investir em imóveis.
Estes ativos, populares entre os investidores de perfil conservador por serem considerados reais e seguros, cresceram mesmo em períodos turbulentos como o da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário da cidade de São Paulo, realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, divulgada pelo Infomoney, no acumulado de 12 meses encerrados em setembro de 2021, foram comercializadas 65.690 unidades apenas no estado de São Paulo.
O número representa um aumento de 32,1% em relação ao período anterior (outubro de 2019 a setembro de 2020), quando foram negociadas 49.715 unidades.
Dicas de investimento em imóveis: o que levar em conta antes de escolher o seu?
Para entender como começar a investir em imóveis, é preciso levar em consideração uma série de fatores. É importante considerá-los tanto para escolher o modelo de investimento mais adequado às suas demandas e necessidades, quanto para minimizar as chances de perdas financeiras e se preparar para eventuais oscilações do mercado.
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Risco do investimento x perfil do investidor
A primeira dica de investimento em imóveis é: encontre uma proposta de aplicação compatível com seu perfil investidor.
Fundos de Investimento Imobiliário (FII), por exemplo, são considerados de risco moderado, por estarem atrelados a oscilações do mercado, como crises econômicas e sociais, desastres ambientais etc.
Já os investimentos em LCI e CRI são considerados de baixo risco, especialmente os pré-fixados, nos quais é possível calcular, no momento do aporte, o valor total de lucro ao fim do período da aplicação.
>>> Ainda não conhece o seu perfil de investidor? Veja as características de cada um e descubra em qual classificação você se enquadra.
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Cenário atual e perspectivas para o setor
O investimento no setor imobiliário está condicionado a uma série de fatores. A pandemia, anteriormente mencionada, trouxe instabilidade para quase todos os tipos de aplicações (sobretudo os FIIs e os investimentos convencionais em compra/venda para locação).
A análise prévia do cenário e o entendimento das projeções do mercado podem ajudar a preparar o investidor para eventuais crises. Sobretudo se houver perspectivas de recuperação.
Além disso, o conhecimento da performance do mercado auxilia na movimentação dos investimentos, bem como o acompanhamento das tendências de taxas estratégicas, como a Selic, que orienta a rentabilidade de aplicações em renda fixa.
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Características do imóvel
A avaliação das características do imóvel escolhido é fundamental sobretudo para quem investe em FII e na compra/venda. Em ambos os casos, analisar condições estruturais, disponibilidade de espaço para locação, localização geográfica, posicionamento do imóvel em relação a serviços essenciais etc. pode ser um trunfo para facilitar na tomada de decisão.
Afinal de contas, quanto melhores forem as características do imóvel, maiores as chances de valorização ou menores as chances de vacância.
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Condições de pagamento
Na hora de comprar um imóvel físico, o pagamento à vista é sempre a melhor opção. Porém, nem sempre esta é uma possibilidade.
Neste caso, a saída é buscar as melhores condições de financiamento. Uma opção são as entradas mais robustas, reduzindo a quantidade de parcelas e as taxas de juros.
Como começar a investir em imóveis? Passo 0: estude!
Agora você já sabe que o investimento no setor imobiliário pode acontecer por diferentes caminhos. Que tal caminhar mais alguns passos rumo à realização do sonho de viver de renda? Ou quem sabe fazer aplicações com rendimentos para o futuro?
Acreditamos que a educação é a primeira e mais importante etapa para te conduzir a escolhas assertivas e condizentes com o seu perfil.
Nossa dica de hoje é o curso Viver, Curtir, Investir: Tirando Sonhos do Papel.
Afinal, aprender a investir nem sempre é o fim de quem busca um curso relacionado a investimentos. Muitas vezes, esse é só um meio para viabilizar a realização do que deseja conquistar ao longo da vida.
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