Saber o que é Ibovespa deve estar entre as prioridades de quem está começando a operar na bolsa e deseja construir uma carteira de ações diversificada e, assim, potencializar seus rendimentos.
O termo é muito conhecido quando se fala no sobe e desce da bolsa, mas, de antemão, é importante saber que o Ibovespa se difere de Bovespa, já que esse último se refere à Bolsa de Valores de São Paulo, atualmente conhecida como B3.
Enquanto o Dow Jones é o índice mais importante de Nova York, o Ibovespa é o principal da bolsa paulista, cujo foco é calcular a média de desempenho das ações negociadas na B3.
Ainda em dúvida? Não se preocupe! Ao longo deste artigo você vai entender o que é Ibovespa e conferir sua importância no mercado.
O que é Ibovespa?
O Ibovespa, também conhecido como IBOV, é o principal índice da Bolsa de Valores no Brasil. Ele calcula a média de desempenho de uma carteira com as principais ações negociadas na própria B3.
Assim, este índice funciona como um termômetro do mercado acionário no País e mede o desempenho médio de uma carteira teórica com as ações mais representativas em bolsa.
Criado em janeiro de 1968, o Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo) é um índice de retorno total.
Isso significa que, além de considerar as variações nos preços dos ativos de sua carteira teórica, ele desempenha no impacto do pagamento dos proventos das empresas emissoras dessas ações.
>>> Leia também: Por que a Bolsa sobe? Entenda como funciona o Ibovespa
Ibovespa x Bovespa: qual a diferença?
Como vimos, o Ibovespa é o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo e tem como finalidade medir a performance das ações mais vendidas.
Em contrapartida, a Bovespa é a Bolsa de Valores do Estado de São Paulo. Historicamente, ela foi criada em 1890, com o nome de Bolsa Livre, até ser batizada oficialmente como Bovespa em 1935.
Naquele período, cada estado tinha sua própria bolsa de valores, por essa razão, a referência à São Paulo. No entanto, em 2000, houve a unificação da bolsa, mesmo assim, o nome se manteve como homenagem a São Paulo, tornando-se então a sede oficial.
A mudança mais recente ocorreu em 2017, quando a BM&FBovespa se uniu à Cetip (Central de Custódia) para dar origem ao Brasil, Bolsa e Balcão, mais conhecida como B3, uma sigla mais moderna e condizente com o momento, já que a bolsa opera nacionalmente.
>>> Leia também: O que acontece quando a Bolsa de Valores cai?
Como é composto o Ibovespa?
A B3 reavalia a composição da carteira IBOV a cada 4 meses e os principais critérios para fazer parte do índice são:
- ter uma boa liquidez;
- ter grande volume financeiro negociado em Bolsa
Basicamente, as ações e os units de ações (uma ou mais de uma empresa) que integram o Ibovespa precisam atender aos seguintes requisitos:
- fazer parte dos ativos elegíveis que, no total e dentro do período de um ano, representem 85% do índice de negociabilidade;
- ter presença em pregão de 95% no último ano;
- ter participação de volume financeiro a partir de 0,1% no mercado à vista;
- não ser Penny Stock – ações que possuem cotações abaixo de R$1.
Aliás, o peso de cada uma das ações na pontuação do Ibovespa pode diferir e variar de acordo com o volume de ativos de uma mesma empresa presente na composição da carteira.
Dessa forma, se o índice subir, não significa que, necessariamente, todas as ações que compõem a carteira tiveram alta, pois alguns ativos possuem maior peso do que outros e eles podem puxar o índice para cima ou para baixo.
Por fim, vale lembrar que, para equilibrar a carteira, uma companhia não pode ter participação maior do que 20% em ações na composição do índice.
Como calcular o Ibovespa?
Os pontos do IBOV são calculados em tempo real e seu resultado é baseado na cotação de cada ação que integra o índice, multiplicado pela quantidade teórica dos ativos que compõem a carteira.
Como cada ponto vale 1 real, se a pontuação estiver em 85 mil pontos, por exemplo, todos os ativos que compõem a carteira teórica do Ibovespa valerão isso em reais.
Qual a importância do Ibovespa?
Por refletir o comportamento das principais ações negociadas em Bolsa, o índice Ibovespa é uma ótima referência para quem deseja operar nos pregões.
Ao analisar seu gráfico e acompanhar sua cotação diariamente, é possível sentir:
- como está a economia do país;
- o status da saúde das empresas;
- se vale a pena ou não negociar as ações que o compõem, ou os produtos que o usam como referência.
Como operar o índice Ibovespa?
Como não é possível investir diretamente nos pontos do índice Ibovespa, existem algumas opções de produtos ligados ao IBOV altamente negociados, como:
- Contratos de Índice: contratos futuros que se baseiam no índice Ibovespa e são negociados com data de vencimento predeterminada. Cada lote é composto por cinco contratos e sua cotação equivale aos pontos do IBOV em reais;
- Minicontratos de Índice: também se baseiam na variação da pontuação do Ibovespa. Esses são negociados no mercado futuro, com vencimento bimestral e sua cotação é medida por pontos, que valem 20% do contrato cheio;
- ETFs: são fundos de índices negociados em Bolsa que possuem um determinado índice como referência. No caso do Ibovespa, a ETF é a BOVA11, podendo ser negociada como uma ação. O objetivo é adquirir rentabilidade similar à pontuação do IBOV;
- Fundo Ibovespa: aqui é possível comprar cotas de um fundo de ações, como o BOVA11. O fundo terá resultados próximos ao índice e suas cotas serão administradas por um gestor profissional.
Quer saber mais como funciona o Ibovespa em 2022? Assista ao vídeo abaixo:
Como operar na Bolsa de Valores?
Agora que você já sabe o que é Ibovespa, fica mais fácil entender como funcionam as negociações. Mas saiba que você pode explorar ainda mais o índice e a bolsa oficial do País.
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