O que acontece com a queda da taxa Selic para os investidores?

Entenda de uma vez por todas o que acontece com a queda da taxa Selic e veja como isso afeta diferentes tipos de investimentos, tudo para proteger as aplicações e otimizar os ganhos.

De tempos em tempos, ouvimos falar sobre os altos e baixos da taxa básica de juros do país, certo? Por isso, preparamos um post para mostrar o que acontece com a queda da taxa Selic, principalmente nos investimentos.

Antes de mais nada, vale lembrar que essa taxa básica de juros serve para controlar a inflação. E as demais taxas acompanham de perto essa “montanha russa”, seja para aplicar recursos, tomar dinheiro emprestado ou financiar bens.  

Neste artigo, falaremos sobre o que acontece com a queda da taxa Selic do ponto de vista dos investidores. Para isso, não podemos deixar de citar a estratégia de diversificação, a fim de proteger o patrimônio e escolher os melhores ativos para compor sua carteira. Continue lendo!

O que é a taxa Selic?

A taxa Selic se refere ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia, plataforma destinada a operações de negociação de títulos públicos, feitas por instituições financeiras diversas, como os bancos e as corretoras de investimento.

Ela também é conhecida como taxa básica de juros, já que representa a média de juros aplicados às compras e vendas dos títulos no Selic. Por consequência, seu índice é utilizado como referência por essas empresas financeiras para calcular os juros cobrados em empréstimos e financiamentos.

A Selic é um instrumento da política monetária do Banco Central para manter a estabilidade dos preços. Essa ferramenta é essencial para manter a inflação sob controle, que envolve o aumento dos preços da cesta de bens e serviços.  

A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para a votação da meta da Selic. Falando nisso, essas decisões impactam no poder de compra, assim como no valor da nossa moeda.

< Leia também: Qual a diferença entre Taxa Selic e IPCA? Descubra como esses índices são definidos />

O que acontece com a queda da taxa Selic?

De modo geral, a taxa básica de juros serve para contrabalançar o impacto da inflação na economia do país. Quando a inflação aumenta, o poder aquisitivo do nosso dinheiro cai, fazendo com que o Banco Central adote medidas para estimular as pessoas a pouparem suas finanças.

Para saber se a queda da Selic é boa ou ruim, é necessário entender três fatores principais, que são:

  • por que a taxa Selic aumenta ou diminui constantemente?
  • quais são as principais consequências da queda da Selic?
  • como acompanhar a variação da Selic?

Por que a taxa Selic aumenta ou diminui constantemente?

Podemos entender o que acontece com a queda da taxa Selic, é preciso observar como está a inflação, medida pelo índice IPCA, calculada pela variação de preço de diversos produtos e serviços.

Quando a inflação sobe, a moeda nacional se desvaloriza. Para frear esse movimento, o Copom age para reduzir o incentivo ao consumo, que aumenta a circulação de dinheiro no mercado e provoca esse aumento inflacionário.

Para fazer isso, ele define uma meta mais alta para a taxa Selic. Isso faz com que o custo para concessão de crédito fique mais alto, elevando os juros para parcelamentos e empréstimos, além de fazer com que as pessoas comprem menos, auxiliando a controlar a inflação.

Por outro lado, o consumo muito acelerado e a inflação baixa podem afetar a economia a longo prazo, alterando a rentabilidade e o custo de captação dos bancos. Nesse caso, temos a queda da Selic, que diminui os custos de concessão de crédito e estimula o consumo por parte da população.

Com a maior circulação de moeda, a inflação pode subir, junto com os preços de produtos diversos.

Quais são as principais consequências das quedas da Selic?

O impacto da queda da Selic pode ser sentido em diversas instâncias. As taxas de juros nos bancos tendem a baixar, facilitando o acesso ao crédito. No entanto, os preços de produtos e serviços podem aumentar, o que acaba influenciando no aumento da inflação.

Até aqui, já deu pra entender que a variação da Selic afeta o nosso bolso de muitas formas, não é mesmo? Justamente por isso, vale conferir a análise feita por especialistas do portal InfoMoney, em especial sobre o mercado de ações:

“Uma Selic mais baixa costuma impulsionar o consumo. Se as pessoas consomem mais, as empresas tendem a vender mais os seus produtos. Com resultados melhores, as ações dessas companhias tendem a distribuir mais dividendos e também a se valorizar. Já quando a Selic aumenta, a atividade econômica em geral acaba arrefecendo, assim como os resultados das empresas.

 Ao mesmo tempo em que estimula o consumo, a Selic baixa também reduz o custo do crédito para as empresas. Isso facilita investimentos, por exemplo, na expansão das instalações ou outros projetos que as permitam crescer. Empresas que crescem tendem a apresentar melhores resultados, o que, novamente, beneficia suas ações. Se, por outro lado, a Selic aumenta, todo esse movimento fica prejudicado.”

Como acompanhar a variação da Taxa Selic?

No site do Banco Central, você encontra a taxa Selic atual, bem como o histórico de taxas. A propósito, além de saber o que acontece com a queda da taxa Selic, vale pensar nos movimentos de altos e baixos.

Para novembro de 2022, a meta da taxa Selic foi estabelecida em 13,75%, muito acima dos 7,75% no mesmo mês do ano anterior, como podemos ver no gráfico abaixo:

Essa taxa está acima das projeções feitas por especialistas em 2021. Apesar da alta, é importante acompanhar as variações futuras e ficar atento ao impacto que a taxa básica de juros tem nas suas aplicações.

Com isso em mente, continue conosco para conferir opções de investimentos nas épocas de queda da Selic. Assim, você poderá montar uma carteira equilibrada, para garantir seus ganhos em diferentes cenários macroeconômicos. 

Como ficam os investimentos com a queda da Selic?

A queda na Selic indica que a estratégia do Banco Central é elevar o consumo direto e diminuir o valor do crédito, elevando a atratividade de empréstimos e aumentando a circulação de dinheiro. Para os investidores, a Selic elevada tende a favorecer os títulos de renda fixa. Já nas épocas de juros baixos, o retorno pode ser melhor se você aplicar na renda variável. 

De modo geral, para definir se ter queda da Selic é bom ou ruim para os investimentos, é preciso observar como esse indicador impacta cada tipo de ativo, principalmente com base nos seus rendimentos. 

Os títulos públicos e outros populares na renda fixa costumam ter remuneração atrelada a esse índice. Dessa forma, eles passam a pagar menos que antes. Isso vale para o Tesouro Direto, Poupança, CDBs e muitos outros, sejam eles indexados junto à Selic ou ao CDI.

Para ilustrar o impacto da queda da Selic com clareza, vamos destacar os tipos mais comuns de investimento  em renda fixa, a poupança e o Tesouro Direto. Confira:

Como fica a poupança com a queda da Selic?

A poupança deixou de ser uma opção viável de investimento há tempos. Com rendimento de apenas 70% do CDI, ela frequentemente fica abaixo da inflação, o que significa que o dinheiro guardado na caderneta está se desvalorizando com o tempo.

E como fica a poupança com a queda da Selic? Nesse caso, o impacto da redução dos juros também puxa para baixo o CDI, índice no qual se baseia a poupança, fazendo ela render menos imediatamente. Além disso, quando a inflação começar a subir por conta desse reajuste, o rendimento cai ainda mais.

Como fica o tesouro direto com a queda da Selic?

Os investimentos no Tesouro Direto são caracterizados pela compra de títulos públicos, que permitem que o investidor basicamente empreste seu capital para o governo. Essas aplicações costumam ser oferecidas com vencimento em curto ou médio prazo, algo em torno de um a cinco anos.

Se considerarmos o Tesouro Selic, que é indexado diretamente pela taxa de juros definida pelo Copom, a queda da Selic provoca uma ligeira desvalorização nesses papéis, resultando em um pagamento abaixo do esperado no início da aplicação.

Como investir com a queda da Selic?

A queda da Selic tem maior impacto nos títulos de renda fixa que são atrelados à taxa de juros. Isso não significa exatamente que terá prejuízo, apenas que os ganhos não serão tão amplos quanto esperado de início.

Não costuma ser indicado se desfazer desses papéis quando houver baixa nos juros, eles ainda podem compensar. A exceção acontece quando temos o intuito de resgatar os valores e reaplicar em outras modalidades.

Nesse ponto, vamos além de mostrar o que acontece com a queda da taxa Selic para os investidores. Afinal, é importante ampliar a base de conhecimento para investir com mais segurança, tanto em renda fixa, quanto em renda variável

A diversificação é a chave para alavancar a performance do portfólio. Ao transitar entre diferentes classes de ativos, o potencial de retorno é muito maior, tanto em cenários econômicos de alta ou baixa da Selic. 

Pensando nisso, listamos quatro opções para você que já sabe o que acontece com a queda da taxa Selic e procura aplicações em renda variável para compor sua carteira. Veja:

1. Ações

Mesmo para investidores iniciantes ou com perfil conservador, aplicar em ações é uma alternativa viável para diversificar a carteira e obter uma rentabilidade elevada. 

Em geral, a compra e venda de ações permite ter uma fonte de renda passiva interessante, dá chance de retornos maiores e possuem opções baratas para quem está começando ou tem pouco capital.

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Imagem da campanha de um livro digital gratuito com o tema "Guia da bolsa para Investidores" da Xpeed School.

2. CRI e CRA

As siglas CRI e CRA significam Certificado de Recebíveis Imobiliários e Certificado de Recebíveis do Agronegócio. Em ambos os casos, são maneiras de financiar as atividades desses dois ramos de atuação. E, por envolver riscos maiores, a remuneração é elevada.

É uma forma de investir nesses setores, viabilizar iniciativas privadas e obter uma remuneração satisfatória, com alta liquidez.

< Entenda mais sobre CRI e CRA: o que são e como operam />

3. Debêntures incentivadas

Por sua vez, chegamos aos títulos de crédito que são emitidos por empresas. Entre os tipos de debêntures, as incentivadas têm a isenção do Imposto de Renda. Além disso, esses papéis são emitidos por companhias de setores como: energia, logística, transporte e afins. 

Eles funcionam basicamente como os títulos do tesouro direto, no entanto, servem para financiar empreendimentos privados, como abertura de novas fábricas, expansão operacional e outras iniciativas.

< Saiba mais sobre Debêntures: significado, tipos, vantagens e como escolher />

4. ETF

Já os Exchange Traded Fund (ETF) representam fundos de índice que são negociados na B3. Em linhas gerais, os cotistas reúnem recursos que serão aplicados em uma mesma carteira. 

Nos ETFs de ações, o propósito é buscar retornos compatíveis com o índice de referência escolhido. Para tal, os índices devem estar listados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como o Ibovespa ou o S&P500.

< Tire todas as suas dúvidas sobre ETF: diferenças com outros investimentos, tipos e vantagens />

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