O que é e como funciona o Tesouro Nacional? Entenda!

Você sabe o que é e como funciona o Tesouro Nacional? Basicamente, o Tesouro é o local que mantém as contas públicas em ordem, controlando a arrecadação e os gastos públicos.

Para ficar mais claro, enquanto pessoas físicas, temos nossas fontes de renda e contas a pagar. Com a União é diferente. Como o governo também tem suas receitas e despesas, o órgão responsável por gerenciar o fluxo de caixa é a Secretaria do Tesouro Nacional.

Mas por que o governo necessita de cuidados com as suas contas? O que, de fato, o Tesouro Nacional faz?

Ao longo deste artigo vamos explicar o que é e como funciona o Tesouro Nacional na prática. Confira!

O que é e como funciona o Tesouro Nacional?

O Tesouro Nacional representa o caixa do governo brasileiro. Administrado e contabilizado pela STN (Secretaria do Tesouro Nacional) – comandada pelo Ministério da Economia -, serve principalmente para captar recursos do governo.

Esse controle financeiro é feito por meio dos impostos federais cobrados e da emissão de títulos públicos.

Com o programa Tesouro Direto, é possível investir no Tesouro Nacional, o que significa investir nesses títulos públicos emitidos pelo governo.

Ou seja, esse “caixa” pode captar recursos por meio de investimentos, assim como qualquer instituição privada.

Para que serve o Tesouro Nacional?

Desde quando foi instituído em 1986, o Tesouro Nacional tem como principal função gerenciar o capital da União com transparência e eficiência, de modo a garantir o equilíbrio fiscal e o uso responsável do dinheiro público.

Nesse sentido, a Secretaria do Tesouro Nacional faz a gestão orçamentária, uma espécie de administração contábil da União, algo semelhante ao que os contadores fazem nas empresas.

Sendo assim, o órgão controla:

  • as operações de crédito nos níveis estadual e municipal;
  • o monitoramento de projetos;
  • os relatórios periódicos;
  • a dívida pública.

O que são títulos do Tesouro Nacional?

Como citamos acima, uma das funções mais importantes do Tesouro Nacional é a gestão da dívida pública.

A União também possui dívidas e, para quitá-las, precisa recorrer a credores.

Para fazer a captação de recursos, o Tesouro Nacional emite os chamados títulos da dívida pública pelo programa do Tesouro Direto.

Criado em 2002, o Tesouro Direto visa facilitar a compra direta de títulos da dívida pública por pessoas físicas por meio de uma plataforma online.

Como em qualquer outra operação de crédito, o governo estabelece um prazo para devolver o dinheiro que pegou emprestado de seus credores acrescido de uma taxa de juros previamente acordada.

Ou seja, podemos definir títulos do Tesouro Nacional como papéis da dívida da União que captam recursos utilizados para custear os gastos públicos nas áreas como saúde, educação, infraestrutura, entre outras.

>>> Leia mais: Tesouro Nacional: funcionamento, títulos e como investir

Quais são os principais títulos do Tesouro Nacional?

Agora que você já sabe o que é Tesouro Nacional e o que são os títulos da dívida pública, que tal conhecer as principais opções de papéis para se tornar um credor da União?

Os títulos do Tesouro Nacional emitidos pelo programa Tesouro Direto são uma modalidade de investimento em renda fixa. Isso significa que você já conhece as condições de rentabilidade no momento da aplicação.

Esses papéis são bastante seguros e indicados para investidores com perfil mais conservador. Além disso, há diferentes prazos e rentabilidades que atendem objetivos financeiros diversos.

Conheça agora quais são os títulos do Tesouro Nacional:

1. Tesouro Selic (LFT) 

O Tesouro Selic – ou Letra Financeira do Tesouro (LFT) – é um título com rendimento indexado à taxa básica de juros da nossa economia.

Ele tem liquidez diária e você pode fazer resgate a qualquer momento antes do vencimento sem perder a rentabilidade acumulada.

Muitas pessoas investem no Tesouro Selic para montar uma reserva de emergência.

2. Tesouro Prefixado (LTN)

O Tesouro Prefixado – ou Letra do Tesouro Nacional – possui uma rentabilidade fixa, ou seja, não está atrelado a um indexador. No momento da compra do título, você já conhece o rendimento oferecido pelo governo.

Quando a Selic está muito baixa, esse título é uma boa alternativa para obter melhores rendimentos, porque quanto maior for a diferença positiva entre a taxa prefixada da LTN em relação à Selic, maior será o ganho real do investidor.

3. Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)

NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F) funcionam da mesma forma que as Letras do Tesouro Nacional. A diferença é que você recebe a cada seis meses a remuneração correspondente ao resgate total do título na data final da aplicação.  

4. Tesouro IPCA+

O Tesouro IPCA+ é um título da dívida pública indicado para quem quer proteger suas aplicações dos efeitos da inflação, especialmente quando se trata de investimentos de longo prazo.

No Tesouro IPCA+, o seu dinheiro sempre vai render mais que a inflação. A rentabilidade é definida a partir da média do IPCA no período de aplicação acrescido de uma taxa fixa.

5. Tesouro Prefixado e IPCA+ com Juros Semestrais

Por fim, você também tem a opção de receber semestralmente um cupom de juros referente à rentabilidade antecipada da sua aplicação.

Essas duas modalidades (Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+) são mais indicadas para quem já acumulou patrimônio suficiente para poder “viver de renda”.

Vale lembrar que em cada resgate semestral há incidência de Imposto de Renda seguindo a tabela regressiva, que vai de 22,5% a 15%.

>>> Saiba mais: Quais são os tipos de Tesouro Direto ideais para suas metas? 

Como investir em Tesouro Direto?

O valor mínimo para investimento no Tesouro Direto, em qualquer título, é de R$ 30, e o valor máximo é de R$ 1 milhão por mês.

Além disso, o investidor não é obrigado a comprar um título inteiro: ele pode investir uma quantia que corresponda apenas a uma parte – fração – de um título.

A fração mínima é de 1% do valor total do título, e a compra sempre será em frações até atingir os 100% do título.

Na prática, é possível investir em títulos do Tesouro Direto de três maneiras:

  • pelo site do Tesouro Direto, isto é, na plataforma do programa, basta ser cadastrado no programa e ter uma conta em instituição financeira;
  • pelo site da sua instituição financeira;
  • pela sua própria instituição financeira, ao autorizá-la a negociar títulos em seu nome.

O horário de funcionamento do Tesouro Direto abrange das 9h30 às 18h com os títulos podendo ser negociados em dias úteis.

Fora dessa faixa de horário, é preciso agendar o investimento ou venda do título.

Enquanto isso, os títulos disponíveis, rentabilidade e outros pontos podem ser consultados 24 horas por dia, nos 7 dias da semana.

Vale a pena investir em títulos do Tesouro Direto?

Agora que você sabe o que é e como funciona o Tesouro Nacional, pode dar um passo decisivo e começar a investir no Tesouro Direto.

Afinal de contas, os títulos apresentam alta rentabilidade de liquidez diária, além disso, você cria um portfólio diversificado para ampliar suas chances de ter bons rendimentos e se proteger das oscilações na economia.

Neste caso, para você ficar “expert” no assunto e fazer aplicações consistentes, indicamos fortalecer seus conhecimentos com o curso Renda Fixa: Ganhos com Baixo Risco.

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