Quando alguém faz um cadastro em uma corretora de valores para iniciar seus investimentos — seja em renda fixa, variável ou ambas — é comum a empresa disponibilizar um pequeno questionário para identificar o seu perfil de investidor. Dentre as três classificações existentes, você sabe o que é perfil conservador e o que isso representa?
Em suma, especialistas definem três tipos básicos de investidores de acordo com o volume dos aportes e o risco de determinados ativos posicionados na carteira:
- o conservador;
- o moderado;
- e o arrojado.
Descobrir qual dessas características dialoga mais com seus objetivos e necessidades financeiras é fundamental para direcionar sua estratégia de investimento e determinar os papéis mais interessantes.
Afinal, são várias as opções disponíveis no mercado financeiro que podem deixar o público iniciante perdido: títulos públicos? CDBs? Fundos imobiliários? Ações de grandes companhias do ramo energético? Debêntures? Small Caps?
Ficou confuso? Calma, pois neste post, vamos explicar o que é perfil conservador de investimento e quais produtos combinam mais com esse grupo.
Ficou curioso? Leia até o fim para entender melhor!
O que é perfil conservador de investidor?
Tolerância quase zero a riscos e perdas, buscas por ativos com liquidez e a preservação dos recursos: de forma bem resumida, esses três fatores compõem a tríade que define o que é perfil conservador para investimento.
Mais do que almejar grandes lucros e rentabilidades, os participantes desse grupo estão mais preocupados em manter o patrimônio e protegê-lo de, por exemplo, índices de inflação que corroem o valor real do dinheiro, como o IPCA.
Geralmente, as característica dos investidores que mais combinam com o perfil são os:
- iniciantes;
- mais inclinados a objetivos de curto e médio prazo;
- que buscam liquidez e flexibilidade para fazer o resgate dos ativos de forma rápida e prática;
- que têm aversão ao risco e à vulnerabilidade perante diversas variações do mercado.
Isso é, esse grupo sente-se mais atraído a investimentos indexados a índices estabilizadores do mercado financeiro brasileiro, como a taxa Selic (ou taxa básica de juros), o IPCA, o CDI e o IGP-M.
Afinal, dessa maneira, o comprador não sofre maiores surpresas e tem um controle bem maior sobre a variação do dinheiro.
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Qual o melhor investimento para perfil conservador?
O mercado financeiro, no fim das contas, é igual para todos os investidores. Entretanto, há produtos bastante diferenciados um do outro e com características capazes de suprir demandas e objetivos específicos de cada um.
Na equação entre segurança e rentabilidade, esses dois fatores basicamente crescem de forma inversamente proporcional.
Pois quanto menos riscos o investidor quiser correr, menor tende a ser o seu retorno. Já quanto mais arriscados e voláteis forem os ativos, maior a probabilidade de auferir lucros mais volumosos (assim como perdas).
Nesse sentido, de acordo com a definição do que é perfil conservador, você deve ter percebido que os ativos mais indicados para esse grupo são os da primeiro exemplo: maior a proteção, menor o retorno.
Portanto, ações (de grandes companhias ou de Small Caps) estão fora do radar de uma carteira realmente conservadora. Até mesmo fundos imobiliários e alguns papéis de renda fixa, como debêntures, são as escolhas mais indicadas para investidores moderados e arrojados.
Afinal, onde investir com perfil conservador? Para te ajudar na montagem do seu portfólio, selecionamos alguns tipos de ativos interessantes. Vamos a eles!
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Títulos do Tesouro Direto
O tesouro nacional é um produto de renda fixa no qual o investidor compra dívidas públicas emitidas pelo Governo Federal com o objetivo de captação de recursos.
Em resumo, ao comprar um título desse segmento de renda fixa, você empresta dinheiro ao governo e o recebe de volta, com o acréscimo de juros, de acordo com a data combinada na escritura de emissão.
A taxa de rendimento e o valor dos juros variam de ativo para ativo e dependem de uma série de fatores, como:
- data de vencimento do título;
- aporte mínimo;
- período de carência;
- e indexador;
Certificados de Depósitos Bancários (CDBs)
O Certificado de Depósito Bancário é uma aplicação oferecida por bancos e outras instituições financeiras para a captação de fundos. Assim como um título de tesouro direto, a rentabilidade depende de uma série de fatores.
Para quem busca um CDB pós-fixado e com liquidez diárias, muitos bancos oferecem esse produto com uma rentabilidade que gira em torno de 100 a 105% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Quanto mais tempo levar para o saque, maior será o rendimento.
Assim como o Tesouro, esse papel também é protegido pelo FGC.
Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)
A grande vantagem da LCI e da LCA perante a maioria dos outros concorrentes de renda fixa é a isenção na alíquota do Imposto de Renda. Assim, para quem quer investir em renda fixa livre de taxas e tributos, as letras de crédito são uma ótima pedida.
Esses dois ativos são produtos bancários cujo objetivo é angariar empréstimos investidos para financiar projetos do setor imobiliário e do agronegócio.
Dessa forma, a rentabilidade varia de ativo para ativo e depende tanto do modelo — se pós-fixado ou prefixado — quanto da taxa ao qual será indexada.
Por fim, esse papel também é protegido pelo FGC. Saiba mais sobre LCI e LCA no vídeo:
Contas correntes de bancos digitais atrelados ao CDI
A transformação digital trouxe mudanças consideráveis para as finanças e também para o mundo do investimento.
Diversas fintechs e até bancos tradicionais oferecem serviços de conta corrente com rendimento de 100% da CDI e, muitas vezes, superiores a isso. Essa rentabilidade é automática à medida que o dinheiro fica parado na conta digital contratada.
Esse produto é uma estratégia utilizada pelas instituições financeiras para incentivar os correntistas a deixar o dinheiro em suas plataformas e realizar pagamentos por elas.
Entretanto, vale salientar que nem sempre essas aplicações possuem cobertura do FGC.
Qual a importância do Fundo Garantidor de Crédito para o investidor conservador?
Como vimos, há um elemento constante em todas essas opções de renda fixa que podem ser atraentes para o investidor de perfil conservador: o FGC.
A proteção que essa organização civil e sem fins lucrativos oferece para quem investiu até R$ 250.000 nos títulos cobertos pela garantia, de fato, é um elemento estabilizador. Em especial, essa característica é atrativa para quem está mais preocupado em preservar o patrimônio do que conquistar rendimentos mais substanciais.
Portanto, explicado o que é perfil conservador e quais são as características dos ativos mais indicados para os investidores do grupo, o que resta agora estudar os melhores produtos dentro desse segmentos de renda fixa.
Por isso, sempre mantenha-se informado e procure entender os tipos de ativos que melhor podem contribuir para a sua organização e educação financeira. Há vários profissionais capazes de orientar sua estratégia com informações valiosas para que você encontre mais segurança e estabilidade tanto na renda fixa quanto na variada.
Por exemplo, veja como a Escola de Investimentos da XPeed pode te ajudar a entender a dinâmica do mercado financeiro, assim como identificar oportunidades e riscos para que você possa superar esses desafios!
Bons investimentos!