Conhecer os tipos de risco de investimento e saber como avaliá-los antes de aplicar o seu dinheiro é uma necessidade para quem deseja otimizar a sua chance de obter bons rendimentos e manter um nível de segurança adequado ao seu perfil.
Investidores conservadores, moderados e arrojados estão dispostos a aplicar o seu dinheiro em opções com variados níveis de risco, o que também influencia na rentabilidade que pode ser atingida.
Em outras palavras, quanto maior o risco, maior a projeção de rendimento. Portanto, é preciso conhecer as características de cada investimento para compará-las com a previsão de retorno e, assim, selecionar as opções que valem a pena para você.
Para ajudá-lo nessa tarefa, aqui vamos explicar:
- o que são riscos de investimento;
- fatores de risco;
- tipos de risco de investimento: baixo, médio e alto;
- como fazer análise de risco de investimento;
- relação entre os tipos de risco e o perfil do investidor.
Boa leitura!
O que são riscos de investimentos?
Riscos de investimentos são basicamente todas as ameaças e incertezas que envolvem uma aplicação financeira. Podem ser encarados como uma variável, receio ou projeção negativa em relação ao investimento realizado.
Quando você está procurando comprar ações ou adquirir títulos públicos, é capaz de avaliar o histórico da instituição emissora, bem como índices econômicos utilizados para cálculo do rendimento, assim chegando a uma projeção positiva de quanto o investimento poderá trazer de retorno.
No caso dos riscos, temos as potenciais variáveis que diminuem a rentabilidade ou ainda podem levar a um eventual prejuízo financeiro, cada uma com sua probabilidade e impacto específicos.
Não existe investimento 100% seguro e garantido. Toda aplicação está sujeita a situações diversas, que precisam ser consideradas na hora de escolher as modalidades que farão parte da sua carteira e qual o objetivo de cada uma delas no panorama geral.
Quer entender mais sobre a relação entre riscos e investimentos? Assista o vídeo abaixo:
Quais são os fatores de risco nas aplicações?
Antes de falarmos especificamente sobre os três principais tipos de risco de investimento, é essencial classificar os fatores de risco aos quais estão sujeitas a maior parte das aplicações disponíveis no mercado atual. São eles:
Mercado
Diz respeito aos riscos do mercado financeiro por conta das suas oscilações. Por exemplo, variações na taxa de juros ou na inflação podem afetar o rendimento de ativos e impactar a expectativa de ganhos de determinada aplicação.
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Liquidez
Risco de liquidez é relacionado ao nível de facilidade que o investidor tem para resgatar a aplicação. Quanto menor a liquidez, maior a dificuldade e a chance de impacto negativo ao movimentar o valor aplicado.
Temos um investimento de baixa liquidez quando o resgate a curto prazo pode representar prejuízo, sendo necessário aguardar meses para obter algum retorno. Já na alta liquidez, o resgate antes do vencimento é seguro, permitindo acesso rápido ao retorno de capital.
Crédito
O risco de crédito é a probabilidade de inadimplência ou calote. Ou seja, o investidor faz uma aplicação, mas a instituição que recebeu o valor não faz o pagamento do capital e juros quando se dá o vencimento do título.
Empresas e órgãos de boa reputação ou com melhor infraestrutura oferecem menor risco de calote, por isso, conhecer o emissor do título ou ação antes de realizar o investimento é tão importante.
Gestão operacional
Por fim, podemos citar o risco de gestão, que afeta principalmente fundos de investimento e outras aplicações onde a atuação de um gestor impacta na sua rentabilidade. Basicamente, diz respeito à probabilidade de decisões relativas ao capital não serem capazes de atingir a expectativa de retorno.
Quais são os tipos de risco de investimento?
Com base nesses fatores, podemos chegar então aos 3 principais tipos de risco de investimentos, que são:
1. Investimentos de baixo risco
São aqueles em que o risco é virtualmente nulo, contando com um emissor seguro, com rendimento atrelado a indicadores que evitam a desvalorização, que não necessitam de gestão operacional arriscada ou então permitem resgate em curto ou médio prazo, algo que pode ser encontrado principalmente na renda fixa.
2. Investimento de médio risco
Também chamado de risco moderado, são aqueles equilibrados entre os diferentes fatores.
Por exemplo, podem apresentar uma proteção de crédito ou emissor de boa reputação, atrelados a indexadores estáveis e previsíveis, mas ainda estar sujeito a crises e estratégias inadequadas ou então apresentar baixa liquidez.
3. Investimentos de alto risco
No alto risco temos os investimentos de renda variável, principalmente no mercado de ações, onde é possível aplicar em empresas de capital aberto na bolsa. Como a quantidade de variáveis é muito maior nesses casos, o risco e a expectativa de retorno também aumentam.
A partir dessas definições, temos uma compreensão mais clara sobre os tipos de risco em investimentos.
Em resumo, cada uma dessas classificações pode ser medida com base na soma das variáveis que têm potencial impacto e probabilidade sobre determinada aplicação, ou seja, na matriz de risco do investimento.
Tipo de risco X tipo de investimento
Para aprofundar esse entendimento, reunimos alguns exemplos de investimentos rentáveis de baixo, médio e alto risco. Confira:
Tipos de risco de investimento | Baixo risco | Médio risco | Alto risco |
Exemplos de aplicações |
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Principais características | São mais fáceis de prever, possuem alta liquidez e costumam ser atrelados a indexadores mais fáceis de acompanhar. | Em grande parte são opções seguras, mas exigem maior cuidado na gestão, especialmente para atingir seu maior potencial de rendimento. | Ideais para perfis mais arrojados, em que não é possível prever o lucro e o capital está sujeito a maior volatilidade. |
Tipo de risco de investimento X Perfil do Investidor
Em geral, podemos fazer uma correlação entre o tipo de risco de investimento e o perfil do investidor.
Opções mais seguras e expostas a uma menor quantidade de variáveis são mais assertivas para os mais conservadores.
A partir daí, é comum observar um aumento gradual no nível de ameaças e fatores variáveis.
Investidores moderados são mais propensos a selecionar investimentos de médio risco ou combiná-los com ações mais arrojadas, para se proteger de eventos negativos, ao mesmo tempo que maximizam as chances de lucro.
Por fim, investidores arrojados devem se esforçar para entender melhor o mercado e o funcionamento das opções de renda variável, para possibilitar uma gestão ativa do capital aplicado e se blindar das potenciais ameaças, mais frequentes nesse tipo de investimento.
Como fazer a análise de risco de investimento?
Considerando que toda aplicação está sujeita a perdas e ameaças, realizar a análise de riscos dos investimentos faz parte das tarefas do investidor ao montar sua carteira, independentemente do seu perfil.
Para isso, podemos optar pela metodologia de Value-at-Risk (VaR). Nela, é recomendado delimitar um período de tempo para o investimento e calcular a maior perda possível dentro dele. Também temos a alternativa do Stress Test, que observa o impacto de crises econômicas no histórico de perdas de um investimento.
Independentemente do método utilizado, você precisa levantar as seguintes informações:
- quais os fatores de risco pertinentes ao investimento?
- qual a probabilidade desses cenários se realizarem?
- qual o impacto que esses eventos podem ter no investimento?
Com esses dados, temos a chance de mensurar o risco atrelado a cada aplicação individual. No entanto, também é relevante citar a importância de variar sua carteira de investimentos para mitigar riscos.
Por isso, confira um vídeo da especialista em investimentos e professora da XP Inc, Clara Sodré, em que ela explica os passos essenciais para fazer uma boa gestão de riscos:
Ao equilibrar as chances de ganhos e prejuízos entre diferentes investimentos, cada um com seu tipo de risco, também temos acesso a maiores rendimentos, mantendo certa proteção contra eventuais situações negativas ou prejuízos.
Sabemos que montar uma carteira de investimentos diversificada pode ser algo complicado, mas essa é uma prática recomendada pelos maiores nomes do mercado. Se o seu objetivo é viver de renda, o primeiro investimento que podemos indicar é em si mesmo.
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