Mais do que entender sobre como funciona o mercado financeiro, todo investidor precisa ter uma visão maior também sobre economia. Uma das principais razões é que há muitos conceitos que podem impactar diretamente nos resultados das empresas. E um dos mais importantes é o conceito de utilidade marginal.
Compreender o seu significado é fundamental para identificar o valor de alguns ativos. Neste artigo vamos abordar os principais pontos dessa teoria, como ela é dividida, a relação dela com Bitcoins, exemplos práticos, seu impacto nas empresas e muito mais. Tudo isso para facilitar o seu entendimento sobre o tema. Aproveite o texto e boa leitura.
O que é Utilidade e Valor Utilidade?
Quando falamos de utilidade no setor econômico, estamos nos referindo, especificamente, à medida de satisfação dos consumidores com determinado serviço ou produto. Na prática, é o quanto os clientes estão felizes com aquilo que é oferecido pelas empresas. A utilidade é capaz de mensurar as decisões de consumo, principalmente quando esse olhar é voltado para bens e serviços.
Já o valor utilidade, como diz o próprio nome, está na relação preço e valor dessas mercadorias, baseado na dependência que tanto clientes como empresas têm delas.
Por exemplo: quando um consumidor ou uma companhia usa um determinado item em larga escala, o valor de utilidade dele se torna ainda maior. Podemos dizer que uma empresa de transportes tem uma forte ligação com o ramo de combustíveis. Logo, esse é um produto de valor utilidade muito importante tanto para essa empresa, como para as distribuidoras.
>>> Entender conceitos sobre a economia mundial é fundamental para um investidor, pois eles podem impactar diretamente os seus resultados. Portanto, busque se atualizar o máximo possível nesse sentido para que suas aplicações sejam constantemente boas escolhas. Para falar mais sobre isso, a especialista em investimentos da Xpeed, Clara Sodré, explica no vídeo abaixo o que – e quais – são esses indicadores. Confira:
Qual a relação com Utilidade Marginal?
A teoria de utilidade foi criada pelo filósofo Jeremy Bentham, que tinha no economista Adam Smith uma das suas principais referências. Com o tempo, Bentham criou algumas variações, desdobrando esse conceito em vários cenários, sendo que um deles é conhecido como utilidade marginal. Esse termo tem relação direta com a teoria principal, pois é ele que mede o quanto um cliente está satisfeito ao consumir uma quantidade maior de um produto.
O que é Utilidade Marginal Decrescente?
O conceito de utilidade, como dissemos, foi aprimorado com o tempo por Bentham. Com isso, ele sugeriu algumas variações que, juntas, ficaram conhecidas como utilidade marginal decrescente. Ela leva esse nome por, basicamente, estabelecer critérios significativos na jornada de compra de um consumidor. É possível ainda estabelecer um raciocínio lógico para entender o comportamento desses clientes, ganhando mais eficiência econômica.
Entenda a Lei da Utilidade Decrescente
A Lei da Utilidade Decrescente é uma teoria discutida essencialmente entre economistas e entusiastas desse segmento. Ela serve como explicação para entender alguns fenômenos macroeconômicos, além de validar comportamentos de consumo das pessoas. Tudo isso em decorrência da ação — muitas vezes impulsiva — das pessoas em relação à compra e venda de qualquer tipo de produto ou consumo.
Como a teoria da Utilidade Marginal é dividida?
Bentham fez uma adaptação da sua teoria, trazendo ela para determinadas situações comportamentais dos consumidores. Com isso, ele dividiu a utilidade em 5 grupos específicos. Confira a seguir quais são eles e as diferenças entre cada um:
Utilidade total
A utilidade se torna cada vez maior quanto mais o cliente consome um produto;
Utilidade negativa
Se aplica quando um consumidor precisa comprar mais vezes um produto que é prejudicial, ou seja, de necessidade, como um remédio;
Utilidade nula
Ocorre quando um cliente prova um produto, mas não cria a necessidade de consumi-lo novamente;
Utilidade marginal
Conforme explicamos antes, se aplica quando um cliente prova um produto, gosta e cria a necessidade de comprá-lo novamente.
Quanto a Utilidade Marginal é útil e escassa?
O conceito de utilidade marginal é extremamente útil, pois conseguimos medir o valor que os consumidores dão aos produtos com base na necessidade e escassez dos mesmos. Muitas vezes as pessoas acabam consumindo mais do que precisam, gerando uma satisfação maior pela conquista ou aquisição.
Porém, vamos imaginar o seguinte cenário: pense naquele país que você sempre sonhou visitar. Depois de um tempo, você consegue realizar esse sonho. Constrói memórias, cria afetos e, depois, tem o desejo de retornar ao local. Quando volta pela segunda vez, também fica extremamente feliz. No entanto, a experiência da primeira jamais será comparada, certo?
Essa satisfação (utilidade) e a repetição da viagem (marginal) não depreciam o valor do produto, mas geram uma satisfação diferente. Por esse motivo a utilidade marginal é considerada uma teoria útil.
Já quando falamos de escassez, podemos dizer que um diamante se encaixa nesse modelo, uma vez que é um produto raro no mercado e, com isso, acessível a apenas alguns consumidores.
Qual a relação da Utilidade Marginal com o valor dos Bitcoins?
Quando falamos de criptomoedas, o Bitcoin é um dos ativos mais conhecidos. Sua relação com a utilidade marginal é grande, pois os investidores não aplicam nela pelo valor de mercado, mas sim pela expectativa em relação a seu uso no futuro. A principal aposta do ativo é para que vire uma forma de pagamento. Com isso, a relação valor/escassez pode valorizar ainda mais a moeda ao longo do tempo.
Exemplo de Utilidade Marginal
Um dos principais exemplos é o paradoxo, feito pelo próprio Adam Smith, e tem relação com a água e o diamante. Diferente do diamante, a água é um recurso que tem abundância no mundo. Portanto, tem uma utilidade marginal menor. Entretanto, experimente falar isso para uma pessoa que está no deserto. Certamente essa relação se inverte, deixando a água com um valor maior que o diamante, pois é essencial à vida.
Como é a Utilidade Marginal Decrescente nas empresas?
Nas empresas, essas teorias têm importância fundamental. Afinal, elas são, em sua maioria, as responsáveis pela oferta de produtos no mercado. Mas quando há uma grande mudança nos preços, ocorrem dois efeitos que impactam diretamente as companhias:
Efeito substituição:
Ocorre quando há redução do preço pelo fabricante, aumento na demanda e substituição da cesta de compras do cliente, apesar da utilidade ser mantida;
Efeito renda:
Ocorre quando há redução do preço pelo fabricante, aumento na demanda e uma percepção de acréscimo na renda real do cliente, aumentando a utilidade;
Agora que você já sabe um pouco mais sobre o conceito de utilidade marginal, que tal ficar por dentro de outras informações do mundo dos investimentos? Aqui na Xpeed você encontra uma série de cursos para elevar o nível de sabedoria e ter propriedade sobre as aplicações do seu dinheiro. Faça já sua inscrição na super aula de Educação Financeira e saiba como melhorar a relação com a vida financeira!