Amortizar ou investir? Estou endividado, devo investir? Veja

Uma das grandes dúvidas de quem tem uma reserva financeira, mas está endividadado, é amortizar ou investir o valor guardado.

Por um lado, amortizar a dívida pode liberar o orçamento e evitar o risco de inadimplência, cobrança de multa e juros por atraso.

Por outro, investir é uma forma de fazer o dinheiro render no longo prazo e encurtar o caminho até seus objetivos financeiros.

Então, é melhor pagar todas as dívidas de uma vez ou deixar o valor render no decorrer do pagamento das parcelas?

Neste artigo, vamos ajudar você a analisar sua situação e descobrir qual é a opção mais vantajosa. Acompanhe a leitura!

Amortizar ou investir: o que eu devo fazer?

Em linhas gerais, amortizar a dívida é a escolha correta a se fazer. No entanto, é importante avaliar tanto a situação da dívida quanto o tipo de investimento que você pretende fazer e seus objetivos em relação a ele.

A maioria dos especialistas afirma que a prioridade de quem tem dívidas deve ser quitá-las pois o custo costuma ser superior aos rendimentos de qualquer investimento.

No entanto, em casos específicos, ainda que uma pessoa possua alguma forma de dívida, pode ser viável se planejar para investir.

Pessoas endividadas podem investir

Investir endividado é possível caso as taxas de juros da dívida sejam menores do que o rendimento dos investimentos, desde que os prazos e os valores de ambos sejam equivalentes.

Outra possibilidade é quando o parcelamento da dívida alivia o orçamento mensal e permite que você economize mais a médio e longo prazo.

Por exemplo, um financiamento imobiliário com uma taxa que seja menor do que a do investimento.

>>> No vídeo abaixo, a especialista em finanças e professora da Xpeed School, Clara Sodré, explica como investir de acordo com seus objetivos. Assista e descubra onde colocar seu dinheiro!

Como decidir entre amortizar ou investir?

Para decidir entre amortizar ou investir, você deve considerar se há parcelas em atraso, o valor e o tamanho da dívida, se há desconto ao antecipar pagamento e seu perfil de investidor. Veja em detalhes:

Entenda se você é inadimplente

Existe uma grande diferença entre dívida e inadimplência. Dívida é um compromisso futuro, como serviço de celular pós-pago, energia elétrica, gás encanado, etc. Inadimplência é um compromisso assumido e não cumprido.

Portanto, se sua dívida estiver em atraso, não pense duas vezes: pague o mais rápido possível evitar juros e restrições em seu CPF.

Levante o valor e o tamanho da sua dívida

Caso sua dívida esteja em dia, é preciso avaliar o valor e o tamanho para entender o quanto ela compromete sua renda mensal.

Imagine que você parcelou um smartphone em 10 vezes no cartão de crédito e o valor das parcelas ocupa 10% dos seus ganhos.

Nesse caso, pode ser vantajoso antecipar as prestações para se planejar melhor nos meses posteriores.

Veja se há desconto ao antecipar o pagamento

Outro ponto importante é a possibilidade de desconto ao antecipar o pagamento.

Alguns empréstimos e linhas de financiamento concedem descontos em juros por antecipação de parcelas, como crédito imobiliário.

Nesse caso, ao adiantar o pagamento de algumas prestações ou quitar a dívida, você não apenas alivia seu orçamento, como também economiza. Portanto, pode ser uma boa opção.

Descubra o seu perfil de investidor

Descobrir o seu perfil de investidor é importante pois, caso você esteja mais inclinado a investir, entender qual é a estratégia mais adequada para você é uma forma de prever os rendimentos e analisar se eles superam as taxas de juros das suas dívidas.

Como saber o momento certo para investir endividado?

De forma geral, o melhor momento de investir endividado é quando a dívida está inclusa em seu controle financeiro, não apresenta benefícios na antecipação e tem um pequeno impacto nas suas finanças.

Em relação aos outros tipos de dívidas, é melhor pagar antes de investir para ter mais liberdade, tranquilidade e manter uma certa regularidade.

Inclua a dívida no seu orçamento mensal

Coloque a dívida junto com suas despesas fixas e separe uma parte da sua renda para investir mensalmente.

Para entender se essa é uma opção viável para você, é importante ter em mente que os gastos no crédito não devem, de forma alguma, ultrapassar o limite de 30%.

Nesse caso, você pode manter as parcelas nos gastos fixos mensais e separar uma parte da renda para investir todos os meses — lembrando que as despesas no crédito não podem ultrapassar 30% do seu orçamento em hipótese alguma.

Compare as taxas da dívida e do investimento

Caso sua dívida esteja dentro do limite de 30% do seu orçamento mensal, o próximo passo é comparar as taxas da dívida e do investimento.

Trazendo novamente o exemplo do financiamento imobiliário, suponha que você pretende investir no Tesouro Direto.

Neste tipo de investimento, há duas taxas:

  1. taxa de custódia: cobrada semestralmente pela B3 (clique aqui para verificar);
  2. taxa de administração: cobrada pela corretora de valores (varia de acordo com a instituição).

Já no financiamento imobiliário, as taxas variam de acordo com a instituição financeira e são compostas por dois fatores:

  1. custos envolvidos na operação;
  2. spread (diferença entre os juros cobrados dos mutuários e os pagos ao credor).

Portanto, é preciso consultar as empresas, fazer a comparação e, então, decidir se é mais vantajoso amortizar ou investir suas economias.

Quais os cuidados eu devo ter ao amortizar ou investir?

Independentemente de qual for a sua escolha, existem cuidados a ser tomados. Confira abaixo os principais:

Dicas para pagar as suas dívidas

O primeiro passo para o pagamento das suas dívidas é descobrir o valor total que você deve.

Para isso, some as parcelas do seu cartão de crédito, prestações de financiamento, boletos de carnê, parcelas de financiamento e outros débitos em seu nome.

Depois, veja se você possui dívidas em atraso. Se sim, tente renegociar com os credores para obter descontos nos juros.

É comum que as empresas proponham acordos de pagamento para chegar a um valor vantajoso para ambas as partes e evitar maiores problemas, como negativação, protestos e até mesmo apreensão de bens.

>>> No vídeo abaixo, o chefe de educação financeira da XP Inc., Thiago Godoy, explica como sair das dívidas e traz uma estratégia de renegociação. Assista agora mesmo!

Além disso, aproveitar as ações do Serasa pode ser uma boa opção para negativados, pois o órgão sempre oferece oportunidades de pagamento de dívidas com desconto.

Inclusive, a depender da empresa, é possível conseguir até 90% de desconto ao pagar a dívida pela plataforma.

Dicas para começar a investir

A organização financeira é fundamental para os investimentos. Ser financeiramente organizado não tem a ver com quanto você ganha, mas sim com como você gasta seu dinheiro.

Isso significa ter um padrão de vida compatível com o valor que você ganha, planejar seus gastos e economizar uma parte do dinheiro todos os meses — e usá-la em suas aplicações.

No entanto, além de ter um valor para investir mensalmente, também é fundamental ter uma reserva de emergência antes de iniciar no mercado financeiro.

O fundo deve ser suficiente para cobrir seus gastos essenciais por no mínimo seis meses, considerando a sua profissão e a estabilidade da sua renda.

Isso porque, com uma reserva para cobrir possíveis imprevistos, você tem mais liberdade e segurança para diversificar seus investimentos e assumir mais riscos para aumentar seu lucro.

>>> A especialista em finanças e professora da Xpeed School, Clara Sodré, fala mais sobre a reserva de emergência no vídeo abaixo. Assista e tire suas dúvidas!

Ou seja, além de não possuir dívidas relevantes, é importante formar um fundo emergencial caso você pretenda aproveitar ao máximo tudo o que o mercado financeiro pode oferecer.

Então, com base em todas essas informações, o que faz mais sentido para você: amortizar ou investir? Certamente ficou mais fácil responder, não é mesmo?

E, agora que você já sabe o que deve analisar para decidir se é melhor amortizar ou investir, que tal ingressar no Mundo dos Investimentos com o auxílio de profissionais especializados?

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