CDB, DI ou poupança: o que vale mais a pena?

Você está em dúvida se investe em CDB, DI ou poupança? O primeiro passo para tomar a melhor decisão é conhecer as características e diferenças de cada um. Assim, é possível entender qual deles se encaixa melhor ao seu perfil.

Tomar a decisão para começar a investir é uma etapa importante. E, dentro desse cenário, a maioria dos investidores começa pela renda fixa, já que ela oferece mais segurança.

Ainda assim, existem diferentes opções de aplicações que podem ser feitas, mesmo quando priorizamos os baixos riscos. O CDB, fundos DI ou, até mesmo, a poupança são apenas alguns dos exemplos.

Entretanto, além da segurança, outros fatores devem ser analisados, como a rentabilidade e a liquidez. A questão é que não existe uma resposta certa, ou única, sobre qual é o melhor investimento.

Isso porque ele pode variar para cada pessoa, principalmente ao considerar suas necessidades e objetivos. Mas, o que podemos fazer é analisar as principais características, semelhanças e diferenças entre cada modalidade, para que você tome a decisão mais assertiva.

Vamos conhecer um pouco mais sobre CDB, fundo DI e poupança? Boa leitura!

CDB, DI ou poupança: definindo termos

Quando falamos sobre investimentos em renda fixa, como é o caso do CDB, DI e poupança, é necessário analisar os principais indicadores de referência. São eles:

  • Selic: é a taxa básica de juros da economia brasileira. É uma referência para nortear as outras taxas da economia, além de ser uma ferramenta importante para controle da inflação; 
  • CDI: o Certificado de Depósito Interbancário é um título de curtíssimo prazo emitido pelos bancos entre si. A taxa do CDI vem da média dos juros cobrados nessas operações, calculada pela B3, onde os negócios são registrados. Esse é um indicador que tem como objetivo a regulação do sistema financeiro e normalmente tem os números próximos ao da Selic;
  • TR: a Taxa Referencial corrige o rendimento da poupança, sendo calculada por meio das médias das taxas dos CDBs prefixados. Contudo, a TR se mantém a zero desde 2017.

Agora, vamos conhecer as características gerais de cada investimento.

CDB

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é uma das aplicações em renda fixa mais conhecidas e popularizadas. São títulos privados, emitidos por instituições financeiras que funcionam como uma espécie de empréstimo aos bancos.

Os CDBs possuem três formas tradicionais de remuneração:

  • prefixada: em que os juros e taxas são fixos e conhecidos no momento da aplicação;
  • pós-fixada: a atribuição é ligada a algum indicador de referência (como a Selic ou a taxa do CDI) e o valor do título é atualizado com base nele;
  • híbrida: mesclam-se características de aplicações pré e pós-fixadas, ou seja, há uma parcela da remuneração por juros fixos e outra é ligada a um indicador que pode variar ao longo do tempo.

Fundo DI

Os fundos DI, conhecidos também como fundos de renda fixa, são modelos referenciados. Ou seja, possuem como base indicadores específicos, que nesse caso são o CDI ou a taxa Selic. 

Por estar na categoria de fundo de renda fixa, ele precisa ter uma carteira de, no mínimo, 95% em títulos públicos atrelados aos indexadores citados.

Diferentemente de outras aplicações, você pode investir no fundo DI apenas por meio de gestores. Nesse caso, você dá a ele o poder de gerenciar o seu dinheiro, comprando e vendendo ativos.

Para conseguir cumprir com o acompanhamento da taxa do CDI, esses gestores de fundos DI investem principalmente em títulos de renda fixa pós-fixados – indexados à Selic ou ao CDI, que seguem a variação dos juros brasileiros.

>>> Indicação de leitura: Fundo DI: como funciona, vantagens e desvantagens

Poupança

A poupança está ligada a dois indicadores: a taxa Selic e a taxa referencial (TR). Ela funciona como uma conta que você pode abrir em qualquer banco. Porém, diferentemente da conta corrente, ela paga um rendimento mensal em cima dos valores depositados.

Esse é um investimento seguro, com risco quase zero e que permite os saques serem realizados a qualquer momento. Pensando nisso, é melhor deixar o seu dinheiro na poupança do que estagnado em uma conta sem rendimento.

Por muito tempo, a poupança foi um dos investimentos em renda fixa mais populares, exatamente pela facilidade de acesso e popularização. Entretanto, isso não significa que seja a melhor opção.

A verdade é que as pessoas já estão começando a entender essa questão. Segundo a Anbima, a poupança está perdendo a popularidade pela primeira vez em anos, dando espaço a outros produtos financeiros (ações, títulos privados e fundos).

Como escolher entre CDB, fundo DI ou poupança? Principais características

Emissão

A primeira grande diferença entre CDB e poupança em relação ao fundo DI é em relação ao emissor.

O CDB é feito por instituições bancárias, enquanto a poupança pode ser aplicada diretamente pelo seu banco. Ou seja, possuem emissores individuais. Já o fundo DI é uma modalidade de investimento coletivo, em que o gestor possui a custódia dos papéis.

Liquidez

O fundo DI possui liquidez diária, o que significa que os valores aplicados neste investimento podem ser resgatados a qualquer momento ou até mesmo revendido para outros investidores.

Normalmente, considera-se que a poupança também possui liquidez diária, mas é importante notar que o dinheiro só começa a render trinta dias após a data inicial do aporte.

Já o CDB tem um prazo de carência, ou seja, o resgate só é permitido após passar o período estabelecido pelo emissor. Caso você solicite a retirada antes do fim do prazo, há multas. 

Rentabilidade

Por serem referenciados pela CDI, tanto o CDB quanto o DI possuem uma taxa de rentabilidade que tende respeitar o benchmark da renda fixa.

O fundo DI possui rentabilidade diária. Isso significa que todos os dias os administradores calculam quanto as aplicações da carteira renderam e creditam o valor no patrimônio.

Por outro lado, no caso da poupança, a rentabilidade só é creditada a cada mês, na “data de aniversário” da aplicação. Uma aplicação feita hoje e resgatada amanhã não recebe nenhuma remuneração.

Além disso, a poupança representa um dos piores investimentos da renda fixa, com baixo retorno financeiro, normalmente com um rendimento similar ou inferior à inflação.

>>> Se quiser saber mais sobre este assunto, confira o conteúdo – Poupança: por que não é mais um bom investimento?

Custo

Tanto o CDB quanto a poupança não possuem custos ou taxas extras que são cobradas para que seja possível investir. 

Por outro lado, como os fundos DI são administrados por gestores, é necessário pagar taxas, como a de administração e, em alguns casos, a de performance. Além disso, há as despesas relacionadas à operacionalização e aos honorários. 

Risco e segurança

Talvez você esteja acostumado a ouvir que os investimentos em renda fixa são os mais seguros. Ainda que isso seja verdade, é preciso notar que existem diferenças entre eles.

Por exemplo, o CDB e a poupança possuem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). O que isso significa? 

Caso a instituição financeira que tenha feito o investimento venha a falir, o FGC restitui o investidor em até R$ 250 mil por CPF e por emissor, dependendo do valor que foi aplicado.

Por outro lado, os fundos DI, diferente da maioria dos investimentos da renda fixa, não são cobertos pelo FGC. Apesar disso, por não ter um emissor individual, isso acaba elevando a proteção do rendimento.

Tributação

A poupança não possui nenhum tipo de tributação. Já o CDB e os fundos DI possuem dois tipos de tributos. Um deles é o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide apenas nos primeiros trinta dias de aplicação. 

O outro é o IR (Imposto de Renda) com alíquota regressiva, de acordo com o prazo do investimento. Ou seja, quanto maior o tempo da aplicação, menor é o imposto pago à receita.

  • 22,5%: até 180 dias;
  • 20%: entre 181 e 360 dias;
  • 17,5%: entre 361 e 720 dias;
  • 15%: acima de 720 dias.

>>> Para tirar mais dúvidas sobre este assunto, confira o conteúdo: Guia prático: como declarar aplicação em renda fixa no IR?

Dica: diversifique sua carteira

Sempre que falamos sobre investimentos (tanto de renda fixa quanto variável), uma das principais dicas que damos para ter mais segurança é a diversificação de ativos

Isso porque, mesmo que você arrisque uma parte do seu patrimônio em uma aplicação e acabe perdendo, ainda conta com outros ativos que podem suprir essa perda, sem trazer maiores complicações financeiras.

Afinal, se o seu capital estiver bem distribuído em diferentes investimentos, há uma maior possibilidade de adquirir mais lucros do que prejuízos. Isso também vale para o investimento em CDB ou DI.

Ou seja, ao invés de investir todo o dinheiro em apenas uma modalidade, vale a pena diversificar a sua carteira com outros aportes, desde a renda fixa à variável. Essa é uma grande dica para quem deseja proteger seu patrimônio.

Quer saber mais sobre essa questão? Confira as dicas da nossa especialista, Clara Sodré, no vídeo abaixo:

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