CNPI: saiba como receber o certificado e se tornar um analista de investimentos

Em primeiro lugar, tirar CNPI não é simplesmente ter um certificado em mãos, e sim, provar a qualificação de um profissional voltado ao mercado de investimentos. Logo, a certificação credencia o analista de investimento a recomendar aplicações a terceiros.

No entanto, para exercer a profissão, é preciso passar por um exame realizado pela Apimec. Com isso, é possível trabalhar no mercado de capitais, analisando e indicando ativos.

Se este é o seu propósito, leia o nosso artigo até o fim, pois aqui vamos explicar como se tornar um analista CNPI. Continue com a gente!

O que é CNPI?

O CNPI (Certificação Nacional do Profissional de Investimento) é uma documentação direcionada a pessoas que trabalham com análise de investimento no Brasil.

Implementada pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais), a certificação visa fortalecer a competência dos profissionais ligados ao mercado financeiro. Por essa razão, ela é obrigatória para todos que atuam como analistas de valores mobiliários.

CNPI: para que serve?

O CNPI possibilita que o analista seja visto com profissionalismo no mercado de investimentos. Com a obtenção do registro, ele pode recomendar uma variedade de papéis, inclusive os da bolsa de valores

Além disso, com o selo CNPI, os profissionais são submetidos a um código de ética de conduta para que possam exercer o trabalho. 

Onde o analista CNPI pode atuar?

O analista de valores mobiliários pode indicar ativos na bolsa de valores, como ações, fundos imobiliários, ETFs, entre outros.

Para isso, ele deve ter conhecimento sobre as oscilações do mercado, usar a análise fundamentalista das empresas para entender como reagem no dia a dia, avaliando seu poder de crescimento e os aspectos econômicos.

Ao tirar CNPI, as principais funções de um analista é recomendar valores mobiliários, montagem de relatórios e análise de investimentos. Além disso, ele tem como habilidades:

  • administrar recursos e riquezas;
  • vender e operar no Mercado de Capitais;
  • analisar e realizar consultoria na área de finanças e de valores mobiliários;
  • prestar atendimento a instituições oferecendo serviços para captar recursos;
  • relacionar-se com investidores.

A área é tão abrangente que existem instituições como corretoras de valores, bancos de investimentos e casas de análises financeiras que buscam profissionais desse gabarito. Até consultoria autônoma é um campo bastante desejado.

Como funciona o CNPI?

Criada pela Apimec em parceria com a ACIIA (Association of Certified International Investment Analyst), a certificação qualifica os profissionais que atuam com análise de valores mobiliários, como vimos anteriormente. Assim, eles aconselham sobre os principais ativos financeiros a novos e experientes investidores.

No entanto, é fundamental ser aprovado no exame do CNPI, realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). E, por isso, o profissional deve rigorosamente respeitar as normas descritas no Código de Conduta da Apimec, como, por exemplo:

  • manter o compromisso de buscar informações idôneas para serem utilizadas em análises;
  • cumprir as instruções e nomas emitidas pela CVM;
  • buscar o aprimoramento técnico, entre outros

Isso significa que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), autarquia vinculada ao Ministério da Economia, deve fiscalizar e organizar o mercado de valores mobiliários no Brasil, a fim de que não sejam descumpridas as regras estabelecidas. Caso contrário, o analista será punido pela Apimec.

Quais são as categorias do analista de investimento?

Em suma, existem três categorias para a certificação, por isso, o profissional deve decidir por qual delas antes de prestar o exame.

CNPI

Direcionada a trabalhar como analista fundamentalista, o profissional deve ser aprovado no exame CB (Conteúdo Brasileiro) e no CG1 (Conteúdo Global 1). Assim, ele terá direito de analisar os ativos, identificando se estão caros ou baratos, por meio de dados financeiros das companhias listadas na B3.

CNPI-T

Aqui o foco é a formação de analista técnico, mas, para isso, é necessário ser aprovado no exame CB e CT1 (Conteúdo Técnico 1).

Logo, o profissional poderá recomendar o tipo de investimento mais adequado aos clientes, a partir da leitura de gráficos, além de analisar o seu perfil de investidor, gerenciar riscos e criar estratégias durante as operações.

CNPI-P

A categoria mais completa visa formar um analista pleno (fundamentalista + técnico), que será habilitado para atuar tanto na escola fundamentalista quanto na técnica.

Para isso, ele deve ser aprovado em todos os testes aplicados: Conteúdo Brasileiro, Conteúdo Global 1 e Conteúdo Técnico 1.

O que estudar para as provas CNPI?

Após as categorias, vamos descobrir quais são os conteúdos que caem nas provas CNPI, considerando que todas têm, duas horas de duração e 60 questões de múltipla escolha.

CB – Conteúdo Brasileiro

Disciplinas:

  • Sistema Financeiro Nacional;
  • Mercado de Capitais, de Renda Fixa, de Derivativos;
  • Conceitos Econômicos;
  • Conduta e Relacionamento;
  • Governança Corporativa;
  • Relações com Investidores;
  • Sustentabilidade.

 CG1 – Conteúdo Global 1

 Disciplinas:

  • Análise e Avaliação de Ações e Finanças Corporativas;
  • Contabilidade Financeira e Análise de Relatórios Financeiros.

CT1 – Conteúdo Técnico 1

Disciplinas:

  • Fundamentos de Análise Técnica;
  • Teoria de Dow;
  • Conceito de Tendência;
  • Figuras Gráficas;
  • Teoria das Ondas de Elliott;
  • Padrões de Candlestick;
  • Indicadores;
  • Gerenciamento de Risco;
  • Estratégias Operacionais;
  • Trading Systems.

Obs.: O candidato tem um prazo de 12 meses, a partir da data da realização do primeiro exame em que foi aprovado, para concluir o próximo teste.

Isso significa que não precisa seguir uma ordem para realizar os exames. No entanto, caso o candidato perca seu prazo de 12 meses, precisará inscrever-se novamente e ser aprovado nos exames já realizados.

Como se tornar analista CNPI?

Algumas regras são fundamentais para se tornar analista CNPI. Vamos explicar uma por uma:

Ter nível superior

A primeira condição é ter nível superior completo em qualquer área reconhecida pelo MEC. Vale ressaltar que o comprovante de ensino superior completo solicitado deve ser apresentado somente no momento do credenciamento.

Isto é, o candidato pode se aprofundar nos estudos para tirar boas notas sem ter o diploma em mãos, desde que complete a graduação em até 24 meses (12 meses para finalizar os exames + 12 meses para requerer o certificado).

Fazer a inscrição

O próximo passo para tirar CNPI é realizar a inscrição dos exames. Como vimos, existem três provas, mas agora trazemos o número mínimo de questões que devem ser respondidas corretamente.

  • Conteúdo Brasileiro: no mínimo 40 questões certas;
  • Conteúdo Global 1: no mínimo 40 questões certas, mas em cada módulo o candidato deve acertar pelo menos 50%;
  • Conteúdo Técnico 1: no mínimo 40 questões certas.

A Apimec divulga o resultado do exame em duas etapas:

  • Resultado provisório: disponível no fim do exame, com possibilidade de alteração até a divulgação do resultado definitivo;
  • Resultado definitivo: publicado no site da FGV em até cinco dias úteis após a realização das provas com o índice de aproveitamento do candidato.

Custo da prova

A taxa para realizar a inscrição na prova do CNPI varia entre R$457 e R$762, diferindo para associados e não associados. Lembrando que esses são os valores para realizar cada etapa da certificação.

Além do mais, os profissionais são submetidos a exames de reciclagem, com valores que podem ficar entre R$375 a R$510. Essa exigência acontece porque as certificações têm validade de cinco anos da data da solicitação.

Dessa maneira, antes do vencimento da certificação, o profissional deve escolher entre dois modelos de educação:

  • aprovação em Exame de Reciclagem;
  • manutenção da certificação por meio de créditos com atividades válidas, como reuniões presenciais de trabalho.

Além disso, fica a cargo do profissional o custeio da manutenção da certificação por meio do pagamento trimestral à Apimec de uma taxa de R$239. 

Um ponto importante é que os profissionais certificados, porém não credenciados (aqueles que não exercem a função de analista de valores mobiliários) devem atualizar anualmente os dados cadastrais e pagar a taxa.

Caso contrário, a situação fica pendente e ele será proibido de usar a identificação de CNPI até regularizar sua situação. 

Por outro lado, os analistas licenciados são isentos dos pagamentos de taxas e outros requisitos de manutenção do CNPI.

Enfim, como tirar CNPI?

Resumindo, para o candidato tirar CNPI e receber a certificação, ele deve:

  • cadastrar-se no site da APICEM, pagar o boleto e agendar a prova;
  • passar na prova da APIMEC, principalmente no exame de Conteúdo Brasileiro, fundamental para ser uma analista técnico ou fundamentalista;
  • ser aprovado em uma segunda durante os próximos 12 meses

Outras observações:

  • os exames são distribuídos nos Centros de Testes da FGV, em todo território nacional;
  • para solicitar a emissão do certificado, é necessário acessar o site do Apimec no campo Certificação/Credenciamento;
  • após a publicação dos profissionais certificados, o documento estará disponível para download no site. OBS: vale frisar que o aprovado tem um ano para requerer o certificado CNPI.

Como ser um analista de investimentos?

Para se tornar um profissional qualificado e requisitado no mercado de investimentos é necessário tirar o certificado CNPI, afinal, a documentação comprova a veracidade do seu esforço e conhecimento. 

Mas para chegar a esse patamar, é necessário passar por um caminho que vem desde entender o conceito dos investimentos até criar as primeiras operações. E nisso, muitos investidores iniciantes se perdem por não aprender o básico. 

Nesse ponto, é indicado fazer um curso específico que mostre as informações sobre o mercado de investimentos, altos e baixos, e ensine na prática a criar operações. 

Por isso, invista no curso Tudo o que Aprendi em 12 anos de Day Trade. Fundado por André Moraes, analista de investimentos da Rico, ele mostra como ingressou no mercado como trader e virou analista. É um material fascinante e servirá como inspiração para você!

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