Como funciona o IOF no Tesouro Direto? Entenda a cobrança e calcule a taxa

Quer investir em renda fixa, mas não conhece a tributação relacionada aos ativos? Saiba que você chegou ao lugar certo para tirar a primeira dúvida: afinal, o que é IOF Tesouro Direto? Como o Imposto sobre Operações de Crédito incide nesta modalidade? 

Ao continuar a leitura deste artigo, você entende como calcular seu rendimento real no Tesouro, uma opção de investimento segura e cada vez mais popular, sobretudo para quem busca segurança e baixa volatilidade. 

O que é IOF e em quais operações ele incide?

Como pontuamos na introdução deste artigo, IOF é a sigla para Imposto Sobre Operações Financeiras. Trata-se de um tributo federal incidente sobre diversas operações monetárias — inclusive aquelas realizadas diariamente, mesmo por quem não é investidor. 

Imagine, por exemplo, que você utiliza seu cartão de crédito para fazer uma compra internacional. O imposto incidente no valor da compra é ele: o IOF. 

Além das compras internacionais, o IOF está presente em outras operações cotidianas, como: 

  • cheque especial;
  • financiamentos;
  • câmbio de seguros; 
  • compra de moeda de outros países; 
  • transferências internacionais;
  • empréstimos;
  • venda de títulos;
  • resgate de investimentos financeiros em títulos públicos(como o Tesouro Direto, tema deste artigo) e privados, como o CDB);
  • etc. 

Qual é a função do IOF?

Agora você sabe o que é IOF, e como ele está presente em diversas operações do nosso cotidiano. Mas, afinal, para que serve este imposto? 

A função principal do IOF é medir a oferta e a demanda de crédito no país. Por isso mesmo, dizemos que ele é uma espécie de termômetro da economia. 

Não à toa, a cobrança do IOF no Tesouro Direto e em outras operações é proporcional ao valor movimentado na operação. Isso ajuda a mensurar o volume de arrecadação em períodos determinados. 

Como é feita a cobrança do IOF em investimentos?

Você já ouviu falar em IOF regressivo? Se acompanha os conteúdos da XP Educação, a resposta com certeza é sim! Esta é a lógica de cobrança do IOF sobre os investimentos, e, a seguir, você entende como funciona. 

Como o nome diz, o IOF regressivo indica que, quanto maior o tempo de aplicação, menor é o imposto cobrado sobre ela. Além disso, é importante saber que esta tributação incide apenas sobre rendimentos resgatados em até 30 dias após a aplicação. 

Abaixo, você entende como funciona, na prática, a incidência do IOF nos investimentos. Observe que a alíquota inicia em 96% (para investimentos com resgate 1 dia útil após a aplicação) e cai para 0% após 30 dias. 

Como funciona o IOF no Tesouro Direto?

A lógica de incidência do IOF no Tesouro Direto é a que explicamos acima: cobrança regressiva, que diminui até chegar a zero em aplicações com mais de 30 dias. 

Na prática, isso significa que, se você contrata o produto “Tesouro Selic 2025” em 2022, por exemplo, e aguarda seu vencimento para resgatar, não paga nenhum valor de IOF. 

Em contrapartida, se precisar resgatar a aplicação antes deste período, deverá consultar a tabela IOF para Tesouro Direto (a mesma que mostramos anteriormente) e verificar a alíquota incidente no período em que o valor inicial ficou aplicado. 

Como calcular o IOF do Tesouro Direto?

O cálculo do IOF no Tesouro Direto não tem mistério.

É importante saber, entretanto, que o IOF no Tesouro Direto é cobrado somente sobre o valor do rendimento, e não sobre a soma da aplicação e do lucro. 

Ou seja, se você investiu 100,00 em um produto do Tesouro e obteve 8,00 de rendimento após 10 dias — data na qual decidiu fazer o resgate —, o IOF será de 66% sobre R$8,00. 

Vale a pena investir no Tesouro Direto, mesmo com o IOF?

Se você tem o objetivo de investir no médio ou longo prazo, a resposta é sim! Isso porque, como mostramos anteriormente, o IOF é reduzido a zero após 30 dias de aplicação. 

Além disso, investir no Tesouro ainda oferece vantagens para investidores de perfil conservador e moderado, com baixa tolerância ao risco. 

A seguir, pontuamos algumas delas: 

  • o processo é feito inteiramente online, por meio da plataforma oficial do Tesouro Direto ou da corretora de sua preferência; 
  • liquidez diária, que possibilita o acesso ao montante resgatado até 1 dia útil após a solicitação de saque; 
  • rentabilidade compatível com as suas expectativas e necessidades (segmentadas em opções prefixadas, com remuneração definida na contratação, pós-fixadas, com remuneração atrelada a um índice de mercado, e híbridas, que mesclam as opções anteriores);
  • segurança da aplicação, que é garantida pelo Tesouro Nacional, entidade atrelada ao Ministério da Fazenda do Governo, e realizada em parceria com a B3, a Bolsa de Valores brasileira. 

Mais sobre renda fixa e suas taxas

Entender as taxas e impostos incidentes sobre um investimento é fundamental para compor uma carteira de renda fixa diversificada e equilibrada. 

Se você está começando agora e tem um perfil de investidor compatível com esta modalidade de investimento, aqui vão algumas dicas de ouro para se familiarizar com os produtos e investir sem medo.

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*Créditos da imagem de capa: Kelly Sikkema em Unsplash

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