Qual é o melhor tipo de investimento: imóvel ou aplicação financeira?

Você provavelmente deve ter algum parente ou conhecido que diz que comprar imóveis é o melhor tipo de investimento, estou certo? No entanto, também já deve ter ouvido várias pessoas dizendo que isso já não vale mais a pena. E aí, quem está certo? Afinal, qual é o melhor: investimento em imóvel ou aplicação financeira?

Quer tirar esta dúvida de uma vez por todas? Então, fique com a gente, pois neste post comparamos os principais pontos, observando o potencial de retorno, riscos e liquidez de cada um deles. Continue a leitura e fique por dentro!

Qual é o melhor investimento: imóvel ou aplicação?

Não há como negar que a compra de imóveis para vender ou alugar é um investimento tradicional no Brasil. Mas, será que realmente é a melhor opção?

Afinal, o que é melhor, investir em imóveis ou aplicar o dinheiro em ativos financeiros? Antes de tudo, vamos às definições:

O que é investimento em imóveis?

Investir em imóveis nada mais é do que comprar um imóvel com o objetivo de rentabilizar, seja com sua venda por um valor superior ao de compra, ou mesmo com o aluguel.

Sendo assim, o local onde você mora não é um investimento, afinal, não lhe gera lucro, sendo considerado apenas um passivo financeiro.

O que são aplicações financeiras?

Uma aplicação financeira é um investimento em um ativo financeiro, que pode ser um título emitido pelo governo ou por uma empresa privada, fundos de investimentos, ações de empresas, etc. O grande objetivo ao fazer uma aplicação deste tipo é obter um retorno financeiro ao longo do tempo.

Elas podem ser de dois tipos:

  • renda fixa: é o tipo de investimento mais seguro, porém, apresentam um potencial de rendimento menor. De modo geral permitem saber quanto o dinheiro irá render durante o período em que ficar aplicado, ou dão uma estimativa aproximada, no caso de aplicações baseadas em índices;
  • renda variável: como o nome sugere, têm seu rendimento variável, impossibilitando saber qual será seu rendimento. São investimentos de maior risco, porém apresentam um potencial de rentabilidade muito superior.

Comparando investimento em imóveis e aplicações financeiras: qual vale mais a pena?

Analisamos alguns pontos, comparando o potencial de retorno, riscos envolvidos e a liquidez de cada um deles, para que você possa ter uma noção mais precisa das vantagens e desvantagens de cada um e, assim, decidir o que é melhor: investir em um imóvel ou em uma aplicação financeira. 

Potencial de retorno

O potencial de retorno é um dos pontos mais importantes a serem analisados para decidir se vale mais a pena investir em um imóvel ou aplicar o dinheiro em algum ativo financeiro. Afinal, o principal objetivo de quem investe é justamente obter lucro, não é mesmo?

Tomamos como base os dados da imobiliária digital QuintoAndar, cujo rendimento médio do aluguel dos imóveis anunciados na plataforma é de 0,4% ao mês. Enquanto isso, o rendimento acumulado do CDI em 2021 foi de 4,42%, o que dá uma média de 0,37% ao mês.

Analisando friamente, podemos dizer que, em 2021, o rendimento com aluguel de imóveis foi superior ao de investimentos de renda fixa com base no CDI. No entanto, vale lembrar que este é um índice dinâmico, ou seja, oscila de acordo com o mercado. Em abril de 2022, por exemplo, sua rentabilidade está em 11,65% ao ano.

Este é apenas um exemplo de uma das aplicações mais conservadoras e seguras do mercado. Se considerarmos a renda variável, o potencial de retorno pode ser ainda maior.

Isso mostra que sempre vale a pena estudar os diferentes tipos de aplicações financeiras, considerando seus objetivos, bem como sua tolerância a riscos.

Riscos envolvidos

É preciso deixar claro que toda aplicação envolve riscos, algumas mais, outras menos. No entanto, por menores que sejam, devem ser considerados.

Investimentos em renda fixa, por exemplo, tendem a oferecer riscos muito baixos e, consequentemente, um retorno menor. Já aplicações em renda variável envolvem um risco maior, porém, têm um potencial de rendimento mais elevado.

Ou seja, basicamente seguem aquela lógica geral do mundo dos investimentos: quanto menor for o risco, menor tende a ser o rendimento, e quanto mais arriscado, maior é o seu potencial de retorno

Já no que diz respeito aos imóveis, há vários pontos a serem considerados. Se o objetivo for comprar para revender por um preço mais alto, há de se considerar a possibilidade de desvalorização nesse meio tempo, sem contar a questão da liquidez, que vamos abordar no próximo tópico.

No caso de imóveis comprados na planta, pode acontecer de a construtora atrasar a entrega, e ainda podem haver problemas estruturais, infiltrações, rachaduras, etc. Além disso, até podemos estimar, mas jamais ter certeza sobre o potencial de crescimento de uma região, o que interfere diretamente na valorização ou não do imóvel.

Outro ponto a se considerar, é que para receber o aluguel é preciso ter um inquilino, correto? Caso aconteça de seu imóvel passar um tempo vazio, durante este período, ele deixa de ser um ativo e passa a ser um passivo, acumulando custos com manutenção, IPTU, seguro, taxa de condomínio — quando for o caso —, etc.

Liquidez

O termo liquidez se refere a facilidade com que você consegue transformar uma aplicação em dinheiro. Ou seja, quanto mais fácil for, maior é a liquidez do ativo e, quanto mais difícil, menor é sua liquidez.

No caso de ativos financeiros, apesar de variarem de acordo com o tipo de aplicação, esses investimentos proporcionam maior controle sobre este aspecto, uma vez que é possível ter uma noção da liquidez no momento de sua aquisição.

Por outro lado, você deve imaginar que vender um imóvel de uma hora para outra, não é uma tarefa fácil, não é mesmo? É possível que leve meses ou mesmo anos para encontrar um comprador. A menos, é claro, que esteja disposto a negociar abaixo do valor de mercado, comprometendo parte do seu lucro.

Neste ponto fica fácil perceber que uma aplicação financeira é melhor do que um investimento em imóvel, uma vez que é muito mais fácil resgatar um dinheiro aplicado ou vender fundos/ações do que vender um imóvel. Ficou claro?

Como investir em cada um deles?

O investimento em imóveis não tem muito segredo. Você pode tanto comprar na planta, pagando um preço mais baixo, ou pode comprar um imóvel já pronto, o que também tem suas vantagens, já que o seu dinheiro não fica parado, preso ao investimento enquanto aguarda o empreendimento ficar pronto.

Vale destacar que neste cenário você tem alguns custos associados, como taxa de IPTU, manutenção/reformas, seguro, além dos custos com cartório e papelada para o aluguel ou transferência do bem.

Neste ponto, uma aplicação financeira é melhor do que um investimento em imóvel, uma vez que o processo é muito mais simples: basta criar uma conta em uma corretora de confiança, transferir o dinheiro a ser investido, escolher a aplicação na qual deseja investir e enviar a ordem. E você pode fazer tudo isso sem sair de casa.

É claro que esta opção também pode envolver custos, mas isso irá depender tanto da corretora, quanto do tipo de aplicação que escolher investir seu dinheiro. Inclusive, algumas sugestões são: XP Investimentos, Rico, ou mesmo a Clear, que oferece corretagem zero.

Uma forma de unir investimento em imóveis e aplicações financeiras é por meio dos famosos fundos imobiliários (FIIs). Quer saber como funciona? Confira o vídeo abaixo, onde nossa musa dos investimentos, Clara Sodré, explica tudo sobre o assunto:

Enfim, comprar imóvel ou investir em fundo imobiliário? 

Um dos principais benefícios de uma aplicação em relação a compra de um imóvel, é que no primeiro caso você pode começar investindo pequenas quantias.

Já no caso do imóvel, você teoricamente precisaria ter disponível o valor do imóvel para comprar à vista, do contrário, teria que recorrer a um financiamento, o que implica em dívidas, e essa não é a melhor forma de investir, concorda?

Além disso, a rentabilidade de um imóvel, seja para aluguel ou venda, sempre irá depender de onde ele está localizado. Regiões em expansão tendem a valorizar, do mesmo modo que ter novos comércios, escolas e outros pontos de interesse por perto. Mas, nem sempre é possível contar com esse crescimento, não é mesmo?

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