Você sabe que é mercado comum? Nada mais é do que a integração dos mercados dos Estados-membros. Trata-se de uma cooperação entre os países para coordenação de políticas econômicas em várias vertentes e adoção de políticas comuns. Também sendo caracterizado pela livre movimentação dos fatores de produção de capital e de mão-de-obra.
Você sabia que o mercado comum também pode ajudar a reduzir a inflação e melhorar o padrão de vida das pessoas? Além disso, o mercado comum tem o intuito de proteger as economias dos efeitos negativos da mundialização.
O mercado comum, criado na década de 40 do século passado, elimina as barreiras comerciais entre os participantes desse acordo, ou seja, é um mercado sem fronteiras onde os produtos podem ser livremente comercializados.
Para entender melhor sobre o mercado comum leia o conteúdo na íntegra. Aqui você aprenderá qual a origem, composição, os principais blocos econômicos, vantagens e desvantagens desse mercado. Boa leitura!
O que é mercado comum?
O mercado comum é um acordo formalizado entre países que adotam a mesma tarifa — aplicação ao comércio exterior — entre eles. Logo, é uma cooperação internacional funcionando como um bloco econômico.
Geralmente, há um incentivo para a criação do mercado comum, como, por exemplo: livre comércio de bens e serviços, livre circulação de capital e de pessoas, e o principal objetivo da iniciativa é fortalecer as economias dentre os participantes. do grupo econômico.
Qual a origem do mercado comum?
O início do mercado surgiu em 1943 com a criação do Benelux, um grupo formado pela junção da Bélgica, Holanda (Países Baixos) e Luxemburgo.
Posteriormente, veio a assinatura entre França e Alemanha Ocidental para um tratado. Isso ocorreu em 1951 sendo nomeada de Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Nos anos seguintes, mais países entraram: Itália e países do Benelux.
O Mercado Comum europeu, também chamado de Comunidade Econômica Europeia, foi instituído logo depois em 1957 com assinatura do tratado, na data de 25 de março. A composição era de seis países: Bélgica, Luxemburgo, Holanda, França, Itália e Alemanha Ocidental.
Em 1958, a união dos países acima evoluiu para a União Europeia, que, atualmente, é o maior mercado comum do mundo.
Como o mercado comum é formado?
Para a composição do mercado comum, os países devem preencher algumas exigências como a diluição das barreiras, cooperação recíproca e ainda, livre circulação de pessoas e capital.
A diluição das barreiras tem como foco diminuir ou eliminar as barreiras que tornam difíceis a exportação e importação de serviços e produtos entre os integrantes do mercado comum. A reciprocidade exige que os membros adotem as mesmas restrições. Já a livre circulação será vantajosa para ambas as partes.
O que é e como funciona o livre comércio
O livre comércio é um importante instrumento para o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Ele oferece aos países a oportunidade de aumentar a produtividade e competitividade, além de gerar empregos e renda.
O comércio também promove a inovação e a diversificação das economias, aumentando a resiliência aos choques.
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Conheça os principais blocos econômicos
Os principais blocos econômicos existentes no mundo são:
- Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul);
- Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS);
- Acordo os Estados Unidos, México e Canadá (USMCA);
- Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC)
- Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN),
- Mercado Comum Centro-Americano (MCCA);
- União Europeia (UE).
Você conhece algum? Com certeza já ouviu falar deles durante as aulas de geografia e história!
De qual bloco econômico o Brasil faz parte?
Atualmente, o Brasil participa do Mercosul e do BRICS.
No Mercosul, o objetivo é a integração econômica, tributária e de livre comércio (especificamente na América do Sul) entre o Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e associação do Chile e Bolívia.
Desde sua criação, em 1991, o Mercosul já realizou diversos acordos importantes para a região, como o Tratado de Assunção, que estabeleceu as regras para a criação do bloco, e o Protocolo de Ouro Preto, que estabeleceu o livre comércio entre os países membros.
Outros acordos importantes firmados pelo Mercosul incluem o Tratado de Olivos, que regulamentou o comércio de serviços, e o Tratado de Montevidéu, que instituiu o Sistema Integrado de Comércio Exterior.
Já no BRICS, o foco é no fortalecimento da economia entre os países. Os Estados signatários seguem em desenvolvimento. O grupo de países de economias emergentes é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul sido criado pelo economista Jim O’Neill.
Alguns dos principais acordos firmados pelo Brics são o Acordo de Moeda e o Acordo de Cooperação Econômica, criados para facilitar o comércio entre os países membros e promover o desenvolvimento econômico conjunto.
Também é importante destacar o Banco do Brics, criado para auxiliar os membros no financiamento de seus projetos de infraestrutura. Graças aos seus acordos e iniciativas, o Brics tem se tornado cada vez mais importante no cenário internacional, considerado um dos principais blocos econômicos e políticos do mundo.
Vantagens e riscos do mercado comum
Os principais benefícios do mercado comum são:
- Aumento do comércio;
- Aumento da produtividade;
- Menores preços;
- Maior diversidade;
- Melhor relação internacional.
Aumento do comércio
Como os países membros do Mercado Comum têm relações comerciais mais próximas, o comércio entre eles tende a aumentar. Isto é beneficioso para todos os países, pois permite que eles aumentem sua base de clientes e, consequentemente, seu PIB.
Aumento da produtividade
Com o aumento do comércio, as empresas têm acesso a novas tecnologias e know-how, o que pode aumentar a produtividade. Isto é especialmente benéfico para os países em desenvolvimento, que podem saltar etapas do processo de desenvolvimento econômico.
Preços mais baixos
Graças ao aumento da concorrência, os preços dos produtos tendem a diminuir, o que é bom para os consumidores.
Maior diversidade
Com o aumento do comércio, os consumidores têm acesso a mais produtos, aumentando o poder de escolha.
Melhores relações internacionais
Por meio do aumento do comércio e da interação entre os países membros do Mercado Comum, as relações internacionais tendem a melhorar. Isto pode levar ao aumento da cooperação e da colaboração entre os países, o que pode beneficiar ambas as partes.
Já em relação aos riscos, o mercado comum pode afetar os investidores nos seguintes aspectos:
- Flutuações nas taxas de câmbio;
- Exposições às inadimplências dos emissores de títulos;
- Preços dos ativos do mercado comum podem ser altamente voláteis.
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