Entenda o que é educação financeira e conheça 4 dicas para  implementá-la

Entenda o que é educação financeira e saiba como simples práticas podem contribuir para o controle de suas finanças.

Compreender o que é educação financeira não significa  virar um especialista de juros compostos ou saber fazer contas complicadas. Na realidade, esse conhecimento tem muito mais relação com uma mudança de postura que traz reflexos extremamente positivos para o seu dia a dia.

Afinal, é por meio dela que o cidadão passa a ter autonomia sobre suas finanças e aprende a utilizar o dinheiro como um recurso provedor de paz e realização, não como um fator que gera dor de cabeça e ansiedade. 

Porém, infelizmente, esse segundo quadro ainda é predominante no nosso país. Por exemplo, cerca de 73% dos brasileiros não economizam dinheiro e 39% possuem mais gastos do que aquilo que recebem, segundo dados do Acordo Certo

Diante desse triste quadro, compreender o que é educação financeira é uma ferramenta emancipatória para fugir das dívidas, executar projetos pessoas e dar estabilidade à sua vida pessoal e de seus dependentes financeiros.

Portanto, quer aprender mais sobre o tema? Confira nosso conteúdo até o fim para te mostrarmos qual a importância da educação financeira na prática e mais quatro dicas de como implementá-la em seu cotidiano.

O que é educação financeira? 

Educação financeira consiste na capacidade do indivíduo em gerir seus rendimentos financeiros de forma organizada, planejada e eficiente como condição garantidora de autonomia, qualidade de vida e realização pessoal.

Essa prática oferece os insumos necessários para que o cidadão oriente suas decisões e repense sua postura não só quanto ao seu consumo, mas também quanto à economia de recursos e capacidade de investimento para pôr em prática sonhos e projetos.

Em suma, algumas das principais frentes que a educação financeira atua são as seguintes:

  • consumo consciente para evitar cair em fraudes e prevenir gastos desnecessários ou incompatíveis;
  • entendimento básico de como funciona a cobrança de juros para financiamento, investimentos, empréstimos e cobrança de dívidas;
  • planejamento para saber reconhecer a sua dinâmica entre receitas e despesas e não gastar mais do que aquilo que ganha;
  • conhecimento amplo das opções de investimentos para saber como multiplicar seu patrimônio e aportar seu patrimônio de acordo com objetivos e projetos específicos.

Portanto, como podemos ver, entender o que é educação financeira é uma combinação de aprendizado e aquisição de conhecimento teórico sobre o funcionamento do dinheiro com uma revisão de mentalidade que demanda disciplina e consciência do seu próprio comportamento. 

Qual a importância da educação financeira?

Para sublinhar a importância da educação financeira, imagine o seguinte exemplo ilustrativo: “fulano” ganha R$10 mil reais por mês, porém sua conta corrente sempre termina no cheque especial ao final do mês. 

Ele adquiriu um carro de luxo financiado e mais uma série de compras parceladas no cartão de crédito. Seus gastos fugiram do controle e superam seus rendimentos mensais e a capacidade de pagar contas básicas, como aluguel e Imposto de Renda.

Seu primo, “sicrano”, por outro lado, tem uma remuneração mensal que equivale à metade do que ganha “fulano”. Entretanto, “sicrano” organiza em uma planilha do Excel todas as suas receitas e gastos mensais de forma a se planejar financeiramente. 

Dessa forma, ele consegue todo mês investir dinheiro em títulos de renda fixa para comprar um carro novo em cinco anos. Além disso, ele aporta mensalmente outro percentual do seu salário em fundos imobiliários para garantir capital para sua aposentadoria daqui a 25 anos.

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Essa história pode parecer fictícia, mas é extremamente comum e ela é fundamental para sublinhar o que é educação financeira na prática e a importância dela para a autonomia e qualidade de vida do indivíduo.

Com ela, mesmo tendo rendimentos inferiores, você adquire uma capacidade de gestão financeira que lhe priva de dívidas, dores de cabeça e te aproxima bem mais do seus sonhos e projetos.

Especialmente em um país com graves problemas de desigualdade social como o nosso, a educação financeira é fundamental para auxiliar na emancipação e inserção do indivíduo na vida econômica e na sociedade.

Qual a importância da educação financeira infantil?

Outro ponto vital a ser ressaltado no nosso guia sobre educação financeira é que ela não deve ser restrita a adultos economicamente ativos que recebem remuneração de seu trabalho.

Esses ensinamentos práticos são também essenciais para qualquer pessoa que recebe e precisa lidar com qualquer tipo de receita, como mesada, herança ou qualquer outro tipo de abono independente de sua origem.

É diante desse contexto que o tema da educação financeira infantil vem sendo colocado sob os holofotes ultimamente. Afinal, até a Turma da Mônica já entrou nessa discussão com o lançamento de episódios especiais sobre o assunto.

O fato é que promover a consciência das crianças sobre o dinheiro é importante para não deixá-los alheios em relação ao tema. É crucial desde cedo que as crianças saibam o valor de ter um consumo mais consciente e identifiquem, de forma realista, as vantagens e limites que a utilização do dinheiro possui.

Afinal, como a educação financeira somente é viabilizada por meio de uma postura e mentalidade bem consolidada, a criação de hábitos financeiros saudáveis desde a juventude pode trazer frutos extremamente positivos no futuro.   

Quais as principais dicas para ter educação financeira? Conheça 4

Agora que você entendeu direitinho o que é educação financeira, que tal agora começar a implementá-la no seu dia a dia? Nesse sentido, preparamos quatro dicas fundamentais que você precisa seguir para gerir seu dinheiro da melhor forma possível.

Confira!

1. Não gaste mais do que receba e fuja das dívidas

A primeira dica de ouro é não gastar mais do que receber para não cair em dívidas. Para isso, é primordial  que você tenha uma noção bem aproximada do total de receita que você tem no mês com a quantidade de gastos.

Em uma planilha do Excel, por exemplo, você separa suas receitas com a remuneração do seu trabalho ou qualquer outro valor extra que incremente o total do montante. Em outra coluna, você pode dividir seus gastos em:

  • contas fixas;
  • lazer;
  • imprevistos;
  • economias e investimentos.

Dessa forma, só ter uma estimativa aproximada desses valores já é muito valioso para que você possa se organizar para não gastar mais do que recebe.

Lembre-se de que dívidas, quando acumuladas de forma sistemática, transformam-se em uma verdadeira bola de neve de juros que só aumentam durante o tempo. Esse problema é fatal para sua organização financeira e abocanha até a rentabilidade que você pode ter com investimentos.

2. Defina sonhos e objetivos

Saber quais são seus principais sonhos e projetos tanto no curto quanto no longo prazo é uma etapa importante para desenvolver os moldes de sua educação financeira. Pois todo planejamento exige uma meta ou objetivo que deve ser atingido.

Definir esse norte, afinal, é o que vai ditar as diretrizes de como você deve se comportar com seu dinheiro. Para isso, primeiramente, você precisa escolher quais são suas prioridades e como enquadrar isso no seu orçamento.

Você quer ter espaço para pagar a universidade do seu filho? Sonha em comprar um carro novo? Deseja investir periodicamente uma determinada quantia para garantir sua aposentadoria? Quer fazer uma viagem no fim de ano com sua família?

Dessa forma, sabendo exatamente o que você deseja, você poderá pensar de forma mais clara no que você deve fazer para ter qualidade de vida e executar seus projetos. 

Por exemplo, ao hierarquizar prioridades, você vai saber o que pode cortar de supérfluo no seu orçamento para alcançar aquilo. Ou, se você deseja investir dinheiro para comprar um carro daqui a 5 anos, você vai saber quais opções de investimento de renda fixa ou variável, são a melhor escolha para esse projeto.  

3.Tenha uma reserva de emergência

A reserva de emergência funciona como um colchão de segurança para te proteger financeiramente de possíveis imprevistos no orçamento. 

Já pensou se inesperadamente você perde seu emprego e vai ficar sem renda por meses até encontrar outro? Ou se por acaso seu carro tem um problema mecânico bem caro cuja manutenção supera em muito o que sobrou do seu salário?

O valor que você tem guardado na sua reserva de emergência é justamente para te salvar nesses momentos de perrengue! 

Como esse dinheiro precisa ser acessível para situações inesperadas, a melhor maneira de construir sua reserva é por meio de investimentos de renda fixa com alta liquidez, pois você pode resgatar a qualquer momento e eles estão protegidos de maiores volatilidades que podem te deixar na mão.

E quanto você deve ter guardado na sua reserva de emergência? Especialistas afirmam que, a depender da estabilidade e frequência da sua remuneração, é preciso separar de 3 a 12 meses de gastos fixos e essenciais para cobrir suas eventuais perdas com segurança e tranquilidade.

>>> Quer aprender mais sobre reserva de emergência? Confira o conteúdo do canal Investimento às Claras:

4. Aprenda a investir seu dinheiro

Portanto, se você agora tem total controle sobre seus gastos e receitas, sabe quais são seus principais projetos e objetivos e possui sua reserva de emergência, chegou a hora de saber como proteger e multiplicar seu patrimônio com os investimentos certos.

Você deve estar se perguntando: devo investir em renda fixa ou variável? Qual a melhor opção para quem quer receber uma aposentadoria? Qual o título mais conservador? Qual oferece maior rentabilidade e remuneração de rendimentos periódica?

O fato é que não existe investimento certo ou errado. Existem apenas aqueles que são interessantes para ser perfil de investidor e estratégia.

Por exemplo, se você pretende apenas proteger seu patrimônio da inflação e não gosta de se submeter à imprevisibilidade de rendimentos, você tem um perfil conservador e a renda fixa pode ser a melhor escolha para você.

Já se você quer receber dividendos periódicos, não se incomoda com volatilidade de rendimentos e procura maior rentabilidade em potencial, a renda variável com certeza é a melhor opção.

O fato é que, independentemente do seu perfil, é importante conhecer a fundo as opções de investimento em cada uma das modalidades para identificar a melhor para cada objetivo específico que você tenha.

Nesse sentido, você pode contar com a Escola de Investimentos da Xpeed para aprender tudo sobre o conceito de educação financeira e detalhes sobre o mercado de capitais.

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Imagem da campanha de um curso online "Aprenda Tudo sobre Educação Financeira" da Xpeed School.

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