O que é patrimônio, quais são os tipos e como expandir a riqueza? 

Quem procura por formas de viver de renda, provavelmente, se depara com dúvidas como: o que é patrimônio? Bem, ele está relacionado a tudo aquilo que uma pessoa física possui e deve. 

Em grande parte dos casos, quando o assunto está relacionado a dinheiro, algumas pessoas têm o hábito de questionar para amigos e parentes: “Quanto você ganha?”.

Na verdade, a pergunta correta deveria ser: “Quanto vale o seu patrimônio?“. 

Isso porque o cálculo da riqueza é medido pelo patrimônio líquido, e não pelos rendimentos. 

A partir de agora, explicaremos com mais detalhes o que significa patrimônio, quais são os tipos de patrimônio, como fazer o cálculo correto, entre outras questões. Leia até o fim e tire todas as suas dúvidas. 

O que é patrimônio? 

O patrimônio de uma pessoa está relacionado ao grupo de direitos, bens e obrigações que ela possui. Ele compõe duas partes: ativos e passivos. 

  • Ativos: são itens que agregam, isto é, os bens e os direitos, como os investimentos e imóveis;
  • Passivos: são as dívidas de uma pessoa que precisam ser quitadas. 

Mesmo que as quantias a pagar sejam analisadas, o objetivo do patrimônio pessoal é permitir que um indivíduo tenha segurança financeira e conquiste a tão sonhada independência

O patrimônio pessoal pode ser adquirido de várias formas, seja por meio do trabalho, doação ou herança.

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Por que é importante conhecer o seu patrimônio? 

Ao calcular o patrimônio regularmente, você terá acesso ao seu histórico financeiro. Esse cenário o ajudará a definir o verdadeiro nível de riqueza e o quanto falta para alcançar os seus objetivos, como a compra de um carro ou o imóvel dos sonhos.  

Imagine que João almeja conquistar um patrimônio de R$ 1 milhão. Ele tem um imóvel financiado de R$ 500 mil e R$ 100 mil aplicados. Faltam R$ 400 mil para atingir a meta, correto? Errado, uma vez que o apartamento é financiado. 

Por isso, é necessário descontar desses R$ 600 mil o valor devedor do financiamento. Ou seja, João tem um patrimônio de R$200 mil e precisa juntar mais R$800 mil para atingir o seu objetivo. 

Compreender o seu patrimônio líquido vai ajudá-lo a fazer um planejamento financeiro com mais qualidade e descobrir hábitos que devem alterar para atingir as suas metas. Além disso, facilita no preenchimento e declaração do imposto de renda. 

Quais são os tipos de patrimônio? 

Agora que você já sabe o que é patrimônio, é importante mostrar ainda quais são os tipos que existem. Dessa forma, você terá uma visão mais completa sobre a sua realidade financeira. 

  • Bens: tudo que pode ser convertido em dinheiro. Eles são denominados como: tangíveis, intangíveis, móveis e imóveis;
  • Bens tangíveis: denominado também como bens corpóreos ou materiais. Esses itens têm uma existência física. Em outras palavras, eles podem ser “tocados”. Nesse grupo, encontram-se dinheiro, veículos, equipamentos, terrenos, entre outros;
  • Bens intangíveis: os bens não existem fisicamente. Mesmo assim, eles têm um valor monetário, como: marcas, patentes, domínios de internet e pontos comerciais. Também são denominados como bens incorpóreos ou imateriais;
  • Bens móveis: os elementos que pertencem a esse grupo podem ser mudados de lugar sem causar danos ao ambiente, como máquinas, estoques, utensílios, dinheiro e os animais;
  • Bens imóveis: ao contrário dos itens do grupo anterior, os bens imóveis são aqueles que não podem ser removidos do lugar, uma vez que eles causam danos ao solo ou subsolo, entre os quais: edifícios, os terrenos e as árvores;
  • Direitos: são aquilo que a pessoa física ou jurídica pode cobrar, isto é, seus recursos que estão em posse de terceiros, como o pagamento de uma venda feita a prazo. Nesse cenário, a companhia não tem o dinheiro, mas tem o direito de receber de quem adquiriu a mercadoria;
  • Obrigações: indica tudo que uma pessoa precisa quitar. Nesse grupo, são adicionados os empréstimos e as contas de consumo.

Como calcular o patrimônio? 

Após descobrir o que é patrimônio, provavelmente, você está se perguntando qual é o valor do meu montante hoje, não é mesmo? O cálculo é bem simples. 

Soma do valor de todos os itens que você possui (dinheiro, ações, títulos, imóveis, seu negócio atual, sua casa) – todas as suas dívidas 

Quer entender melhor como fazer o cálculo do patrimônio? 

Então, imagine o cenário da família Dias. Ela é composta pelo pai (empreendedor), a esposa e duas crianças. Foram registrados os seguintes ativos abaixo.  

  • Apartamento, avaliado em R$250 mil;
  • Carro, com valor atual de R$40 mil;
  • R$ 28 mil depositado no FGTS;
  • R$ 12 mil de aplicações financeiras;
  • R$ 18 mil aplicados em previdência privada;
  • R$ 5 mil depositados na conta corrente;
  • R$ 9 mil depositados na conta poupança.

Já em relação aos passivos, a família Dias registrou as seguintes informações. 

  • Saldo de R$120 mil do financiamento do apartamento;
  • Saldo de R$ 15 mil do financiamento do carro;
  • Empréstimo bancário pessoal no valor de R$ 4 mil;
  • Saldo devedor total no cartão de crédito de R$ 6 mil.

Diante desse cenário, é possível concluir que o ativo total da família Dias é no valor de R$ 362 mil, enquanto o passivo total é de R$ 145 mil. Já o patrimônio líquido corresponde ao valor de R$ 217 mil.

Como construir patrimônio? 

Após fazer o cálculo do patrimônio, você chegou ao resultado que gostaria? Você acredita que é necessário aumentar esse valor? Então, a partir de agora, mostraremos algumas dicas para expandir o seu patrimônio. Confira! 

1. Entenda como funciona a formação de um patrimônio 

Engana-se quem pensa que formar um bom patrimônio pessoal e ter qualidade de vida se resume apenas a ganhar bastante dinheiro. Pelo contrário, é essencial ter um planejamento financeiro e aplicar estratégias de investimentos nos momentos mais adequados. 

Essa preocupação é importante porque altos salários não duram para sempre e qualquer pessoa precisa estar preparada para mudanças do mercado. 

Um bom patrimônio pessoal é aquele que não depende exclusivamente de uma fonte de renda. O mais indicado é evitar que o seu padrão de vida tenha oscilações em virtude das mudanças no mercado ou na desvalorização da sua profissão. Veja abaixo algumas opções interessantes.

  • Tesouro direto: esses títulos públicos podem ser prefixados ou sofrer variações de acordo com a Selic e o IPCA. A melhor alternativa depende do mercado econômico. A liquidez oferece um alto valor; 
  • CDB: os títulos privados são pós-fixados e atrelados ao CDI, taxa que está perto da Selic. É possível ter liquidez alta ou apenas no vencimento; 
  • LCI e LCA: os títulos privados direcionados para o financiamento das atividades imobiliárias e agropecuárias têm mais probabilidade de ter liquidez baixa ou apenas no vencimento. Em grande parte dos casos, eles são pós-fixados;
  • Ações: diretamente negociadas na bolsa de valores. O risco das ações pode ser alto, porém, pode gerar ótimos ganhos. Eles são indicados, especialmente, em momentos em que a renda fixa não traz um lucro alto. 

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2. Não cometa os erros do investimento a longo prazo 

Um erro que grande parte das pessoas comete é fazer um investimento e simplesmente abandonar o dinheiro. Esse tipo de postura não trará bons resultados, caso a aplicação financeira não seja escolhida com cuidado. 

Grandes nomes do mercado, como Warren Buffett, sempre destacaram os pontos positivos dos juros compostos no longo prazo. 

A regra é clara: quanto mais tempo o seu montante permanecer investido, mais juros serão acumulados. Se reinvestidos, esses juros podem render sobre os novos juros. Parece mágica, mas essa é a dinâmica do mercado. 

Você conhece os investimentos alternativos? Assista pra saber tudo sobre eles!

3. Elimine as suas dívidas 

Outra dica importante para aumentar o patrimônio é se livrar das dívidas, especialmente aquelas de cartões de crédito e cheque especial. Em grande parte dos casos, eles ultrapassam os 10% ao mês.

Para se ter uma ideia, o investimento em títulos públicos oferece rendimentos de quase 1% ao mês. E esta é uma das opções de renda fixa mais indicadas do mercado. 

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4. Não venda bons ativos 

Se o objetivo é acumular patrimônio, evite vender bons ativos que foram adquiridos nos últimos meses. Mesmo que a intenção do negócio seja adquirir novos ativos ou aproveitar o momento do mercado, é fundamental ter atenção com as taxas e impostos que estão associados com cada operação. 

Nas aplicações financeiras, por exemplo, a cada venda você deve quitar algumas pendências. 

  • Imposto de renda;
  • Taxas de corretagem (no caso de ativos de renda variável);
  • “Zerar” o prazo de contagem do IR.

Isso significa que o novo investimento terá a contagem do prazo do IR reiniciada e será necessário aguardar, pelo menos, dois anos com o ativo para não ter que lidar com a incidência de uma alíquota maior do imposto.

Como declarar o patrimônio líquido no Imposto de Renda?

Não basta apenas descobrir o que é patrimônio. É importante também compreender como fazer a declaração no Imposto de Renda. Dessa forma, evitará futuros problemas. 

No programa da Receita Federal, você deve incluir todos os bens móveis, imóveis e direitos na ficha “Bens e Direitos”. A obrigação é válida até para os itens que estão financiados, como carros e imóveis. 

Você deve declarar somente o valor que foi quitado até o período e atualizar a quantia anualmente. 

Já em relação aos empréstimos pessoais, os valores devem ser adicionados na ficha “Dívidas e Ônus Reais” do programa. Por fim, outros rendimentos, como salário e remuneração por serviços prestados são registrados na ficha “Rendimentos Tributáveis“.


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