Qual a taxa de juros do Tesouro Direto? Como funciona a rentabilidade de cada título?

Você sabe qual a taxa de juros do Tesouro Direto e como funciona a rentabilidade de cada um dos títulos disponíveis na plataforma? Pois fique sabendo que essa informação é fundamental para entender onde alocar seu dinheiro, a fim obter os melhores rendimentos conforme com seus objetivos.

De acordo com dados do Tesouro Nacional, o número de investidores ativos no Tesouro Direto em março de 2022 foi o maior da série histórica, atingindo a marca de 1.900.778 pessoas. Enquanto isso, o número total de investidores cadastrados na plataforma cresceu 73,94% em relação a março de 2021.

Além de serem considerados por especialistas como algumas das aplicações mais seguras do mercado, os títulos do Tesouro Direto possuem uma barreira de entrada muito baixa, permitindo aportes mínimos de R$30. Não é à toa que costumam ser a porta de entrada para muitos novatos no mundo dos investimentos.

Se você quer saber mais sobre o assunto para iniciar sua jornada com o pé direito, venha com a gente! Neste post explicamos qual é a taxa de juros do Tesouro Direto e como funciona cada um dos títulos. Boa leitura!

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é composto por títulos de dívida emitidos pelo Governo Federal. Esses papéis são então colocados à disposição dos investidores, visando captar recursos para investimentos, financiamento da dívida pública e outros projetos.

Ou seja, ao adquirir tais títulos, você está emprestando dinheiro para o Governo em troca de juros.

Qual a taxa de juros do Tesouro Direto?

O primeiro ponto que você precisa saber é que os títulos do Tesouro Direto são divididos em três grandes grupos: prefixados, pós-fixados e híbridos. Cada um deles funciona de um jeito, logo, possuem rentabilidades e taxas de juros diferentes. 

Está parecendo confuso? Relaxa, pois vamos explicar cada um deles.

Como funciona a rentabilidade e a taxa de juros de cada tipo de Tesouro Direto?

Para facilitar o entendimento, vamos conhecer cada uma das categorias de títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Tesouro Direto prefixado

Nos títulos prefixados do Tesouro Direto, a taxa de juros é conhecida no momento do investimento. Isso permite que o investidor saiba exatamente quanto irá receber. Porém, tal rentabilidade só é garantida para resgates feitos no vencimento do título.

Neste ponto, vale lembrar que todos os títulos do Tesouro contam com liquidez diária, ou seja, você pode vender seus papéis a qualquer momento.

No entanto, quando resgatados antes do vencimento, os títulos prefixados estão sujeitos ao que chamamos de marcação a mercado, o que significa que o preço dos papéis irá oscilar de acordo com as expectativas do mercado para os juros.

Logo, você pode acabar recebendo menos do que investiu ou até mais, tudo depende de como estarão os preços no momento do resgate.

Há ainda uma subcategoria, o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, que conta com o pagamento do “cupom” a cada seis meses, que nada mais é do que os juros referentes ao período. Porém, vale destacar que esta modalidade prevê o desconto da alíquota máxima do IR sobre estes ganhos, que equivale a 22,5%.

Como saber qual a taxa de juros mensal do Tesouro Direto prefixado?

Para saber qual a taxa de juros mensal do Tesouro Direto prefixado, basta dividir a rentabilidade anual por doze meses.

Por exemplo: se você adquirir um título prefixado que paga 8% ao ano, logo, sua taxa de juros para resgate no vencimento será de 0,66% ao mês.

Tesouro Direto pós-fixado

Diferentemente dos títulos prefixados, nos pós-fixados não há como saber de quanto será o retorno de um investimento, uma vez que sua rentabilidade está atrelada a um indexador dinâmico, que pode oscilar ao longo do tempo.

O maior exemplo aqui é o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica de juros da economia brasileira, a taxa Selic.

Um diferencial deste título, é que ele acompanha a variação diária dos juros. Por conta disso, não está sujeito à marcação a mercado, o que significa que sua rentabilidade não será comprometida em caso de resgate antecipado. Logo, é uma ótima opção para quem deseja fazer uma reserva de emergência.

Como seus rendimentos são calculados de acordo com um indexador dinâmico, não há como especificar com precisão qual a taxa de juros do Tesouro Direto Selic. Porém, você pode acompanhar a rentabilidade acumulada diretamente no site do Tesouro Direto, além de sempre ter acesso a esses dados no ato da aplicação.

Quer saber mais? No vídeo abaixo, Clara Sodré, especialista em investimentos, dá dicas valiosas de como lucrar com a alta da Selic. Aperte o play e confira:

Tesouro Direto híbrido

Também conhecidos como títulos indexados à inflação, os papéis híbridos apresentam sua rentabilidade atribuída de duas formas: a primeira é uma taxa prefixada, conhecida no momento da aplicação; já a segunda, está atrelada a algum indexador que mede a inflação do país, como o IPCA, no caso do Tesouro IPCA+.

Sendo assim, a taxa de juros do Tesouro Direto será a inflação do período somada a uma taxa fixa.

Pense na seguinte situação: você compra um título x, que lhe gera um rendimento de 4% em um ano. Em um primeiro momento, acredita que tenha tido lucro, afinal, o montante aumentou, não é mesmo? Agora, imagine que a inflação neste mesmo período tenha sido de 5%, revelando que a desvalorização foi superior ao seu lucro.

No caso do título híbrido, isso não ocorre, uma vez que o rendimento real se dá a partir da taxa de juros prefixada, seja qual for o resultado da inflação durante o período da aplicação. Logo, é uma ótima forma de proteger seu patrimônio contra a desvalorização, já que seu rendimento sempre se dá acima da inflação.

Assim como os títulos prefixados, o Tesouro IPCA+ também conta com uma modalidade com juros semestrais.

Qual taxa de juros do Tesouro Direto mais combina com seus objetivos?

Mais do que uma aplicação para iniciantes, o Tesouro Direto é uma ótima estratégia para quem quer diversificar investimentos ou se proteger contra a terrível inflação.

Tendo isso em vista, saber qual é a taxa de juros do Tesouro Direto e entender como os diferentes títulos funcionam é fundamental para que você faça uma boa escolha, considerando tanto seu perfil de investidor quanto seus objetivos.

Agora, que tal continuar os estudos e aprender mais sobre estes e outros títulos que não podem faltar no seu portfólio? Conheça o curso: Renda fixa: Ganhos com Baixo Risco. Fique por dentro das principais aplicações desta categoria e veja como montar uma carteira diversificada na prática.

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