É impossível negar a revolução causada pelas criptomoedas, mas você sabe a história do Bitcoin? Por que ele surgiu, como, quem o criou?
Apesar de existirem muitas pesquisas relacionadas a moedas virtuais antes da sua criação, o Bitcoin foi a primeira criptomoeda, de fato, posta em prática. E, mesmo com a multidão de incrédulos, como grandes nomes do Nobel de Economia, presidentes de instituições financeiras e muitos investidores, a moeda não apenas explodiu, como se mantém ativa ininterruptamente há mais de 12 anos.
Tanto que muitos “criptocéticos” já não afirmam com tanta convicção a previsão de que a moeda virtual terá uma grande quebra. Isso pode ocorrer? Sim, o mercado é instável, novo e possui algumas fragilidades, como qualquer outro. Mas não podemos negar que, hoje, as principais previsões indicam que entramos na era das criptomoedas e que, em alguns anos, elas podem se tornar um dos principais meios de pagamento.
Para entendermos melhor por que a história do Bitcoin revolucionou tanto o mercado, é preciso saber como ele surgiu e como funciona a base das suas transações. Acredite, isso vai resolver muitas dúvidas que você ainda deve ter! Aproveitamos também para entender algumas vantagens e desvantagens desse investimento.
História do Bitcoin: da criação até os dias de hoje
Você conhece algum ativo que tenha passado de US $0,0008 para US $56.143,80, em 12 anos? Foi exatamente o que ocorreu na história do Bitcoin, cuja valorização exponencial se deu logo nos primeiros anos de atividade.
Isso, claro, gerou inúmeras dúvidas sobre segurança, manutenção, regulamentação, etc. O fato é que a história do Bitcoin ainda é rodeada de mistérios e incertezas. Porque, apesar de 12 anos ser um fator que a afasta de uma tendência, existem alguns pontos soltos que ainda causam desconfiança.
Antes de entendermos melhor quais são eles, quando foi criado o Bitcoin e quem o criou, vamos esclarecer o que esse termo significa exatamente.
O que é Bitcoin?
Bitcoin é uma moeda digital e virtual que faz parte das categorias de criptomoedas. Ou seja, um meio que surgiu no ambiente digital e atua nele desde o seu surgimento. Hoje, podemos fazer transações, investimentos, compras e pagamentos reais, no mundo virtual.
O grande diferencial do Bitcoin está na proposta de uma economia descentralizada, sem um órgão ou uma pessoa que aja como regulador, como o Bacen, por exemplo. A ideia é que os agentes consigam, em grupo, regulamentar, monitorar, aprovar e assegurar todas as transações em conjunto.
Ah! E tudo isso garantindo o anonimato dos investidores, segurança de dados e transparência de transações. Todos podem, por exemplo, seguir os “nós” de cada transação para encontrar o seu início no bloco.
Não é à toa que especialistas chamam de uma revolução no mercado financeiro, não é verdade? Afinal, antes da sua existência, não poderíamos imaginar trocas comerciais sem um intermediário, como bancos, governos e instituições.
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Quando foi criado o Bitcoin?
Os estudos relacionados a moedas digitais já existiam muito antes do Bitcoin ser, de fato, criado. Segundo o site Bitcoin.org, o conceito de criptomoeda foi “descrito pela primeira vez em 1998 por Wei Dai na lista de discussão cypherpunks, sugerindo a ideia de uma nova forma de dinheiro que usa criptografia para controlar sua criação e transações, ao invés de uma autoridade central.”
Mas, antes do Bitcoin, não havia um modelo que fosse aplicável na prática, normalmente pela falta de segurança, metodologias, estudo e tecnologia.
Em 31 de outubro de 2008 isso mudou, foi o start da história do Bitcoin, logo após a falência do Lehman Brothers, um dos maiores bancos de investimentos dos EUA. O Bitcoin foi criado, portanto, em meio a uma das maiores crises financeiras do mundo. Mas não há qualquer prova de ligação entre um acontecimento e outro.
O fato é que, nesse dia, Satoshi Nakamoto enviou um e-mail para pessoas que se interessavam por criptografia, com o white paper (manual) do Bitcoin. Muitos, claro, não acreditaram no potencial de aplicação do conceito.
Mas, mesmo com a descrença, em 3 de janeiro de 2009 surgia Gênesis, primeiro bloco da blockchain, com o registro das primeiras transações de criptomoedas. Essa ação foi chamada de mineração e, assim, iniciamos uma verdadeira revolução dos padrões financeiros.
Apesar do Bitcoin ter sido lançado no final de 2008, o primeiro bloco (nome do arquivo com informações sobre transações) da blockchain da criptomoeda foi minerado apenas no dia 3 de janeiro de 2009.
E, em 2010, o Bitcoin passou a ter valor real de compra, com a famosa transação das 2 pizzas, por 10 mil BTC, realizada por Laszlo Hanyecz.
Quando surgiu o Bitcoin no Brasil?
A história do Bitcoin no Brasil não tardou a começar, e isso ocorreu logo no ano seguinte à compra das 2 pizzas. Veja abaixo um pouco dos acontecimentos mais marcantes por aqui:
- Em 2011, primeira exchange de Bitcoin no Brasil, a Mercado Bitcoin;
- Em 2012, foi criada a primeira comunidade que debatia o assunto no Facebook, a Bitcoin Brasil;
- Em 2014, primeiro caixa eletrônico de Bitcoin, publicação do livro do economista Fernando Ulrich, chamado “Bitcoin. A Moeda na Era Digital”, um dos mais citados e relevantes no mercado brasileiro de criptomoedas.
Nos anos seguintes tivemos recordes de investidores cadastrados em exchanges de criptomoedas e o assunto ganhou grande repercussão em todo país.
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Quem criou o Bitcoin?
Falamos acima que Satoshi Nakamoto que deu o start na história do Bitcoin. Mas quem exatamente é ele? Bom, isso é um dos mistérios que ainda permeia o universo das criptomoedas. Nakamoto pode ser Dorian Nakamoto, Hal Finney, uma mulher, uma empresa, ou um órgão financeiro.
Muitas teorias surgiram, desde 2009, sobre quem criou o Bitcoin, mas provaram ser apenas especulações. E deve permanecer assim, afinal, Nakamoto não “aparece online” desde abril de 2011, quando entregou o controle do código da criptomoeda para Gavin Andresen.
O fato é que essa questão não recebe tanta importância, pois o sistema das criptomoedas possui código aberto e pode ser continuado pela rede, sem a presença ou interferência dos criadores.
Quais as vantagens do Bitcoin?
Segurança e transparência
Essas são, sem dúvidas, algumas das mais importantes vantagens do Bitcoin. A segurança se dá, em grande parte, pelo sistema de blockchain, que é imutável e precisa de mineradores para autorizarem e registrarem as transações.
O fato de não haver apenas um centro controlador, diminui as chances de fraude e ações duplicadas. E, apesar de garantir o anonimato dos investidores, o sistema blockchain possibilita que qualquer um verifique o histórico de transações, aumentando, assim, a transparência de todo o sistema.
Vale ressaltar também que durante toda a história do Bitcoin não houve sequer uma invasão ao sistema. Com o avanço tecnológico tão rápido, isso é um bom sinalizador de segurança.
Liberdade e economia descentralizada
A economia tradicional é altamente centralizada e burocratizada, o que, naturalmente, restringe a liberdade de ação e decisão de quem não está no controle. Quando foi criado o Bitcoin, a ideia era nadar contra essa corrente e permitir que as pessoas acessassem o sistema de uma forma rápida e muito mais simples.
Hoje é possível realizar um cadastro em uma corretora apenas com o documento de identificação e em algumas horas você já pode adquirir bitcoins. Sem burocracia!
Valor que não depende de gestões políticas e interesses governamentais
As variáveis que mais impactam a economia estão relacionadas a decisões, trocas e interesses políticos. Isso quer dizer que muitas moedas e investimentos ficam à mercê das mudanças governamentais.
Isso não ocorre com o Bitcoin, uma vez que seu valor, transações e programação independem do governo, de instituições bancárias ou decisões de órgãos reguladores.
O paper white do Bitcoin, inclusive, protege a moeda de uma possível inflação, tão natural e esperada na economia tradicional. Para isso, Nakamoto estipulou uma oferta máxima de bitcoins no mercado, apenas 21 milhões de unidades podem ser mineradas.
Esse fator limitante torna a moeda um bem escasso, com expectativa de valorização constante e sem risco de inflação devido à emissão indiscriminada de novas moedas.
Por fim, como não precisa responder a um Banco Central, o Bitcoin não pode ser congelado, taxado ou controlado. Suas flutuações são baseadas apenas no mercado, sem interferências institucionais. Tornando as transações muito mais livres e baratas.
Quais as desvantagens do Bitcoin?
Excesso de liberdade e descentralização do Bitcoin pode gerar problemas
O fato de não haver um órgão regulador pode ser uma vantagem em muitos aspectos, mas a falta de regulamentação abre oportunidades para a insegurança. Existem alguns casos pontuais de empresas que agiram de má-fé e clientes que tiveram prejuízos astronômicos.
Esse é um risco do excesso de liberdade. Então, para evitar cair em situações assim, não aposte em empresas sem autoridade no mercado. É melhor pecar pelo excesso do que pela falta de cuidado ao escolher sua corretora. E para os investidores iniciantes, não é recomendado transações diretas, ou seja, realizadas sem o intermédio de uma corretora.
Mineração corre risco com queda constante da remuneração
Como explicamos acima, a mineração é o processo de análise e verificação das transações com criptomoedas. Você deve imaginar que os mineradores são remunerados para realizar essas funções, certo? Mas você sabia que, para evitar uma “inflação” da moeda, essa remuneração é decrescente?
Seguindo protocolo estabelecido, há uma queda do valor pago de 50% a cada quatro anos. Segundo o Infomoney, a remuneração começou em 50 bitcoins por bloco, caindo para 25 em novembro de 2012 e, em 2021, 6,25 bitcoins.
Essa queda pode desestimular novos mineradores. Afinal, os custos para realizar a função são extremamente altos, com grandes investimentos em tecnologia, energia, etc. Isso quer dizer que daqui a alguns anos não existirão pessoas interessadas em fazer a mineração, certo?
Não exatamente, esse não é o único meio de remuneração dos mineradores, eles podem, por exemplo, ganhar valores extras dando prioridade às negociações. Isso quer dizer que essa desvantagem só será provada com o decorrer da história do Bitcoin.
Incertezas em relação ao futuro da história do Bitcoin
Uma das maiores desvantagens é, sem dúvida, a incerteza relacionada ao futuro. Alguns especialistas acreditam que a moeda pode se tornar um meio universal para todos os tipos de transações. Mas, apesar de algumas empresas já aceitarem pagamento via criptomoedas, como a Tesla, Microsoft, Reserva, ainda é um movimento considerado embrionário perto do potencial esperado.
Inclusive, existem grandes nomes da economia que não acreditam nesse futuro e pregam que o ápice da história do Bitcoin já passou. O fato é que nada é certo, são apenas previsões, isso quer dizer que daqui a dez anos o Bitcoin pode não existir ou se tornar a moeda mais utilizada no planeta.
Se tem uma certeza no mercado financeiro é a volatilidade, que, obviamente, tem suas consequências, mas pode ser muito vantajosa para os investidores. A dica é se informar, criar embasamentos para as suas estratégias e compreender os riscos.
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