O mercado de criptomoedas não cansa de apresentar novidades. Todos os anos, um novo ativo surge e desperta o interesse de milhares de investidores ao redor do mundo. Uma das mais recentes novidades é o Tether que, assim como todas as criptos do mercado, também possui um objetivo e uma ideia diferente por trás. Mas quais são esses diferenciais?
Para ajudar você a entender um pouco mais sobre este tema, separamos neste artigo as principais informações. Nele você descobrirá quais são as principais características deste ativo, onde comprar, quem criou, como ele funciona, além das vantagens e desvantagens desse tipo de investimento. Aproveite o texto e boa leitura!
O que é o Tether (USDT)?
Tether é uma criptomoeda que, no mercado, é reconhecida por meio da sigla USDT. Na verdade, seu nome completo é Tether Dólar e ela vem sendo considerada a terceira maior cripto do mundo em valor de mercado.
Mas o que diferencia o Tether de outros grandes criptoativos, como o Bitcoin? O fato dele ser um stablecoin. Ou seja, uma moeda que, embora digital, está vinculada a ativos do mundo real, como o Dólar ou o ouro.
Em português, stablecoin significa “moeda estável”. E como o próprio nome já sugere, o objetivo desse tipo de ativo é manter um valor estável — o que raramente acontece com as criptomoedas tradicionais. No caso do stablecoin Tether, o ativo ao qual está vinculado é o Dólar.
Quem criou o Tether?
O Tether nasceu em 2014 sob o nome e RealCoin e pelas mãos do empresário Reeve Collins, do desenvolvedor de software Craig Sellers e de Brock Pierce, investidor de Bitcoin, ex-ator e candidato à presidência dos EUA em 2020.
Poucos meses depois, porém, ele foi rebatizado como Tether pela Tehter Limited, empresa responsável por manter as reservas de moeda fiduciária (o Dólar) como garantia para o ativo.
Por que o Tether foi criado?
O primeiro passo para entender a criação do Tether é conhecer o significado de moeda fiduciária. Basicamente, esse é o nome atribuído a qualquer moeda que não possui valor intrínseco. Por exemplo: o Real, o Dólar ou o Euro nada mais são do que papéis com números estampados. Eles não têm valor por si só, mas sim porque um governo ou uma economia definiram valor a eles em algum momento.
Do outro lado, as criptomoedas são conhecidas justamente por não terem esse “valor real”. Negociadas em ambiente digital, elas não estão sob a gestão de um governo, não possuem uma regulamentação e dispensam instituições para serem transacionadas.
Neste contexto, o Tether foi criado para ocupar o espaço existente entre uma moeda fiduciária e uma criptomoeda. Mas por transitar entre esses dois ativos, ele oferece maior estabilidade aos seus compradores.
Como funciona o Tether?
Por ser uma criptomoeda token, como o Bitcoin, a forma de comercialização é a mesma desse famoso ativo. No entanto, como dissemos, para atuar como uma ponte entre o mercado financeiro tradicional e o de criptoativos, o Tether está atrelado a uma moeda fiduciária. No caso, ao Dólar Americano.
Isso significa que há uma equivalência em valor entre o ativo e a moeda em papel de 1 para 1. Isso ocorre da seguinte maneira: a cada USDT emitido, US$ 1 é guardado em reserva. Após sua emissão, ela pode ser usada como qualquer outra moeda ou token já conhecidos.
Ainda por conta desse vínculo, a compra de Tether pode ser feita a partir do depósito de Dólar e outras moedas fiduciárias.
Características técnicas do Tether
Desde seu lançamento, lá em 2014, o Tether é bem aceito pelo mercado e seus investidores. Embora existam preocupações pelo fato de ser um ativo digital, a sensação de estabilidade provocada pelo vínculo a um ativo físico é o que a torna tão importante e comercializada.
Uma das características dessa moeda é justamente a estabilidade. Enquanto suas concorrentes sofrem pela volatilidade do mercado, ela mantém seu valor. Neste caso, enquanto a proporção for de 1:1 frente ao Dólar Americano, ela seguirá valendo esse mesmo US$ 1.
Já a segurança do ativo está garantida pelos nós das redes de blockchain nos quais ele pode ser emitido — entre eles Bitcoin e Ethereum. Se você conhece um pouco sobre os métodos de mineração Proof-of-Work ou Proof-of-Stake, sabe que há uma série de protocolos que visam garantir a conformidade e a segurança de seus papéis.
Qual o principal diferencial do Tether?
Sem dúvidas, a principal característica que diferencia o Tether de outros ativos é a estabilidade. Isso, graças ao fato dela estar atrelada a uma moeda fiduciária.
Neste cenário, sempre que uma moeda USDT for emitida, o valor, equivalente ao Dólar (na proporção de 1:1), será armazenado na reserva Tether Limited.
Após a emissão, o Tether pode ser transferido, armazenado ou gasto, assim como as demais critpomoedas já conhecidas. É a reserva fiduciária que manterá seu preço permanente e, consequentemente, estável.
Quantas moedas Tether existem em circulação?
De acordo com o site Infomoney, atualmente existem mais de 4 bilhões de Tether em circulação. Lembrando que esse número pode variar para mais ou para menos de acordo com a procura e a liquidez do mercado.
Como usar essa criptomoeda?
Por ser uma criptomoeda token, o Theter têm as mesmas aplicações do popular Bitcoin. Ou seja, funciona como uma moeda digital, que substitui os meios de pagamento convencionais. Há, por exemplo, quem a use para compra de NFTs ou nas ofertas iniciais de moedas (ICOs).
Além disso, esse ativo também pode ser guardado, como uma forma de investimento, principalmente por sua estabilidade e valor. Isso sem falar na possibilidade de ser transferido ou até mesmo trocado por uma moeda diferente.
Onde é possível comprar Tether (USDT)?
Se você ficou interessado pelo ativo e quer saber como comprar Tether, saiba que é possível comprá-lo de duas maneiras:
Exchanges
Sem qualquer segredo ou burocracia, basta fazer um depósito do valor desejado e enviar a ordem de compra em uma corretora.
Peer-to-peer (P2P)
Neste formato, basicamente você compra de alguém que já tinha o ativo na carteira. Lembrando que, por se tratar de uma negociação paralela, é importante se certificar da seriedade do investidor.
Vantagens e desvantagens do USDT — Tether
É claro que, assim como qualquer outro ativo, o Tether tem suas vantagens, mas também desvantagens. Conhecer as principais delas é fundamental para ter mais conhecimento na hora de compor a carteira.
Vantagens do Tether
Se você tem interesse em investir em Dólar, mas foge das altas taxas e burocracias das casas de câmbio, essa é uma característica positiva do ativo. Como ele está ligado a essa moeda, a compra viabiliza o investimento em um dos papéis mais fortes do mundo.
Já falamos inúmeras vezes ao longo do texto, mas a estabilidade do USDT também é uma grande vantagem. Justamente por estar ligado a uma moeda fiduciária, ele não sofre com as oscilações que preocupam o mercado.
Desvantagens do Tether
Ao mesmo tempo em que o lastro em uma moeda fiduciária é uma vantagem, ele também pode ser um problema. Nós explicamos: essa característica faz com que a cotação da moeda seja mais estável. Mas, enquanto controla a volatilidade, também coloca limites em seu potencial de valorização.
Outro ponto que deve manter o investidor atento é o da reserva de Dólar. Ainda que a promessa do ativo seja a de manter em caixa a quantidade de moeda correspondente a quantidade de Tether adquiridos, existem algumas polêmicas de que isso não foi comprovado pela companhia. Neste cenário, não existiria Dólar suficiente para cobrir todos os Tether emitidos.
Vale a pena investir em Tether?
O mercado de investimentos, em especial o de criptoativos, tem crescido muito nos últimos anos. Com isso, é inevitável se questionar sobre qual escolher.
Não existe uma resposta certa para essa pergunta, já que a compra ou venda de qualquer papel deve estar diretamente relacionada à estratégia de cada investidor.
Se você tem interesse em um papel mais estável ou de adquirir Dólar, por exemplo, a aquisição do Tether pode ser interessante. Já se você se preocupa com a reputação das moedas digitais e acha que é um risco maior do que o que está disposto a correr, existem outras opções mais seguras (e palpáveis) disponíveis.
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