Banco de dados: o que é, importância e principais tipos

Entenda por que as empresas miram cada vez mais no armazenamento de dados e como isso pode ser uma oportunidade para futuros profissionais

Em uma era marcada pela transformação digital, os dados têm ocupado cada vez mais um lugar de protagonismo. Hoje, é praticamente impossível falar em sociedade e não pensar nos avanços da tecnologia. E para cada uma das invenções que conhecemos, há um banco de dados agrupando as informações.

Quem quer se aprofundar no mercado de TI, seja por afinidade ou carreira, precisa saber que os dados são fundamentais. Aqui nesse artigo falamos mais sobre esse conceito e principais tipos, além do futuro do profissional de banco de dados.

Banco de dados: entenda seu conceito

Imagine que você está fazendo uma lista de convidados para sua festa de aniversário. Para enviar os convites, abre uma planilha no Excel e nela inclui dados como nome, telefone e endereço dos convidados.

O conceito de banco de dados é semelhante ao desse tipo de arquivo. Ou seja, trata-se de uma coleção de dados que são armazenados em um sistema de computador.

A diferença, no entanto, é que no universo de tecnologia da informação, esses dados não ficam em planilhas do Excel, mas sim em robustos sistemas. Além disso, eles são tratados por profissionais especializados e reúnem um volume muito maior de informações em maior nível de segurança também. 

É importante lembrar que os dados estão sempre relacionados a algo ou a alguém. Em um comércio, por exemplo, podem reunir informações sobre clientes e suas compras. Em uma empresa, detalhes sobre fornecedores ou clientes.

Dados VS Informação

Os conceitos de dados e informação são distintos. Entretanto, eles se relacionam e dependem um do outro para existir. Vamos explicar melhor o que isso significa.

Um e-commerce quer investir em anúncios pagos, mas não sabe ao certo qual segmentação de público deve fazer. Para isso, extrai do sistema o sexo, idade, região e ticket médio de compra de seus clientes. Até então, esses são apenas dados, informações cruas.

Para fazer um anúncio certeiro, o time de marketing cruza esses dados. A partir disso, obtém insights como a região que mais consome seus produtos e o sexo predominante dos clientes. Assim, é possível direcionar a campanha para um perfil semelhante e aumentar as chances de sucesso. Isso é a informação.

Em resumo, os dados são informações brutas, ainda não processadas e sem sentido que são armazenadas pelos sistemas. Já as informações são os dados analisados e trabalhados, que podem ser compreendidos por pessoas e negócios.

E, na prática, o que é banco de dados?

Na prática, tudo que funcione como registro de dados pode ser entendido como um banco de dados. A função é registrar e armazenar uma infinidade de informações brutas com segurança e organização. Os dados registrados podem ser consultados sempre que houver a necessidade de entender um comportamento, um padrão ou até mesmo uma tendência.

Considerando que grande parte das empresas estão vinculadas a um sistema de tecnologia atualmente, é possível dizer o banco de dados é a fonte primária das informações.

Se antes os registros de clientes ficava em pastas e arquivos, hoje todos são armazenados eletronicamente sistemas. Essa é a magia do banco de dados.

Principais tipos de banco de dados

Diante da importância e consequente adesão ao sistema de banco de dados pelas companhias, diferentes tipos passaram a existir. Eles estão divididos em duas categorias: bancos de dados relacionados e bancos de dados não-relacionais.

  • Banco de dados relacionais: a facilidade e flexibilidade de acesso às informações armazenadas é o que torna esse banco comum no mercado. Ele está presente em sistemas como CRM e ERP e seu armazenamento é feito em formato tubular. Isso significa que os dados são organizados em uma espécie de conjunto de tabelas (ou banco de dados SQL). Nelas, os dados ficam em colunas e as descrições ficam em linhas.
  • Banco de dados não-relacionais: quando os dados não podem ser inseridos no formato tubular, eles são organizados em chaves e atribuídos ao banco de dados não-relacional. Isso inclui imagens, gráficos e vídeos, ou seja, conteúdos mais complexos. Nesse sistema, os dados são gerenciados com maior performance, uma vez que não há a necessidade de agrupamento dos dados antes do uso.

Agora que você já conhece as duas categorias de banco de dados, veja alguns dos tipos mais comuns.

Banco de dados orientado a objetos

Nele, as informações são organizadas em blocos com identificadores. Os objetos funcionam como uma espécie de rótulo, que se relacionam com a informação desejada.

Considerando que o banco armazene informações sobre alunos de uma escola, por exemplo, o identificador será “alunos”. Neste caso, um atributo definido como “numero_matrícula” será vinculado a esse identificador para que as informações sejam armazenadas e vinculadas ao objeto.

Data warehouses

O data warehouses atua como um repositório central de dados armazenados. Ele integra informações de diferentes fontes, viabilizando consultas e análises rápidas e contribuindo com a tomada de decisões.

Esse sistema costuma ser usado para análises e produção de relatórios.

Bancos de dados distribuídos

Assim como o nome sugere, os dados estão armazenados em diferentes computadores, que podem ou não estar na mesma rede. Essa característica torna o banco mais resistente a ataques ou perdas irreversíveis, já que as informações estão distribuídas.

Banco de dados OLTP

Empresas que lidam com informações transacionais, como pagamentos e pedidos, costumam usar esse banco de dados. Nele, é feito o registro e processamento dessas operações, que devem resultar em uma de duas variáveis: sucesso ou falha.

Quais os desafios e as vantagens de um banco de dados?

Com os bancos de dados definindo cada vez mais os passos das empresas, exige-se cada vez mais deles também. Entre os principais desafios associados está a segurança das informações: ataques de hackers são cada vez mais comuns. Diante disso, os profissionais devem pensar constantemente em soluções que mantenham os dados coletados seguros.

Outro desafio está relacionado ao aumento no volume de dados armazenados, decorrente do comportamento cada vez mais digital de empresas e pessoas. Assim, absorver esses aumentos e quebrar os limites de escalabilidade se torna necessário.

Embora existam esses desafios, as vantagens dos bancos de dados ainda sobrepõem as preocupações. Entre as principais delas, a agilidade e organização na apresentação dos dados.

Como dissemos, o volume de informações coletadas tem sido cada vez maior. Em um banco de dados, as empresas podem localizá-las com facilidade e rapidez. Isso sem falar na possibilidade de compilar ou recuperar dados de grandes períodos de tempos – comportamentos praticamente impossíveis em outras circunstâncias.

Como criar um banco de dados?

Considerando que um banco de dados pode ser todo e qualquer sistema que armazene e consolide informações, a criação de um não é necessariamente uma tarefa difícil. Para casos simples, por exemplo, uma tabela em Excel pode ser a solução.

Entretanto, falando em bancos de dados mais robustos, é preciso contar com o apoio de um profissional especializado. Neste caso, uma pessoa desenvolvedora de software. Esse profissional tem domínios de SQL, uma linguagem de programação fundamental na comunicação desse sistema.

Para criar um banco de dados, o primeiro passo é entender as necessidades do cliente. O projeto deve ser pautado em cima disso para que seja relevante e armazene as informações corretas. Após entender isso, é preciso definir como ele será operado e, claro, fazê-lo funcionar a partir dos comandos de códigos.

Qual a importância de um banco de dados?

Em um passado não tão distante, empresas armazenavam dados de maneira offline. Uma contabilidade, por exemplo, guardava as informações sobre seus clientes em pastas e arquivos. Na hora de eventos como a declaração de Imposto de Renda, eles precisavam revisitar toda a papelada.

Hoje, as contabilidades armazenam os dados em sistemas online. Assim, fica mais fácil localizar o conteúdo necessário além, é claro, de mantê-los mais seguros.

Em maior ou menor nível ou em maior ou menor complexidade, hoje os bancos de dados estão presentes em praticamente todos os contextos. Além das facilidades como as descritas no exemplo acima, é impossível falar em crescimento de uma empresa sem que haja dados pautando as estratégias.

Qual o futuro para um profissional de banco de dados?

Quem usa banco de dados está na frente na corrida para oferecer produtos e serviços relevantes para o mercado. Consequentemente, também está na frente em termos de escalabilidade e chances de lucrar com isso.

Considerando que esse é um dos “comodities” mais desejados da nova era, a busca por profissionais capazes de manipular esses sistemas também se intensifica. Afinal, de nada adianta coletar uma infinidade de informações se elas não forem armazenadas de maneira correta e segura.

E tem mais: só esses profissionais são capazes de desvendar os dados coletados e transformá-los em informações relevantes.

De acordo com um índice apresentado pela empresa Gemalto em 2018, 65% das empresas entrevistadas não eram capazes de analisar todos os dados coletados. 89% delas ainda reconheciam a vantagem competitiva que teriam se o fizessem.  Diante disso, é certo que o futuro de um profissional de banco de dados é promissor.

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Além de se tratar de um mercado aquecido e com boas projeções para o futuro, os salários também são relevantes. Segundo o Guia Salarial da Robert Half, um cientista de dados, por exemplo, pode ganhar entre R$ 13.100 e R$ 21.950.  

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