O que é volatilidade? Tudo o que você precisa saber

Desmistifique a ideia de volatilidade e entenda como usar oscilações de mercado a seu favor para fazer bons investimentos. 

Quando você começa a estudar o mercado financeiro, percebe que ele é repleto de termos únicos e que, na maioria das vezes, podem parecer difíceis de entender. Um dos mais comuns é a volatilidade. Ele está presente na maioria dos tipos de investimentos, desde ações na Bolsa até em fundos de criptomoedas. Mas o que é volatilidade?

Um bom investidor tem que estar de olho em tudo o que acontece no mercado. Mais do que isso: estudar muito e entender as terminologias utilizadas. Afinal, caso ele se depare com alguma informação desconhecida, pode perder uma boa oportunidade. 

Para ajudar você a entender mais o tema, separamos, neste texto, tudo sobre volatilidade: como ela funciona, quais são os tipos, os riscos e como se beneficiar dela.

Aproveite o artigo e boa leitura!

O que é volatilidade no mercado?

Volatilidade é o termo usado para se referir às oscilações que acontecem no mercado. Ou seja, ela representa as altas e as quedas dos preços dos ativos. É de olho na volatilidade que os investidores podem fazer análises e previsões, além de identificar tendências de um determinado papel. 

Com ela é possível estudar as variações e a capacidade de rendimento de uma ação. Você pode, inclusive, avaliar os riscos de uma escolha dentro da sua estratégia de investimento. A volatilidade está dentro de um grupo de indicadores necessários que pode determinar ou não o sucesso de uma aplicação. 

Como funciona a volatilidade?

Basicamente, quando um ativo apresenta alta volatilidade, quer dizer que há muita variação no seu preço. Isso ocorre principalmente quando falamos de papéis que estão na Bolsa de Valores, que é onde as negociações do mercado de renda variável acontecem. 

Para ajudar a entender isso na prática, vamos ao seguinte exemplo:

Suponhamos que a ação da empresa X custe R$ 50 e, todos os dias, há uma variação de R$ 0,50, seja para mais ou para menos. Entretanto, os papéis da empresa Y, que custam R$ 20, têm uma variação de R$ 2 também diariamente, positiva ou negativamente. 

Com isso, é possível avaliar que os ativos da companhia X são mais previsíveis e apresentam volatilidade mais baixa. Entretanto, a empresa Y possui um valor menor, mas conta com uma margem de variação maior e, consequentemente, mais volatilidade. 

Esse tipo de análise é interessante para você, investidor, avaliar um papel no curto prazo. Porém, caso a sua estratégia seja de longo prazo, pode levantar os números de variações anuais de um determinado papel. Com isso terá uma visão mais concreta do histórico de desempenho da ação avaliada. 

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Volatilidade e risco: qual a relação?

Saber o que é volatilidade em investimentos é essencial para entender seu risco. Isso porque ela é importante no equilíbrio das aplicações, possibilitando que a sua diversificação esteja dentro perfil de risco que deseja assumir. 

De maneira prática, quanto mais volátil um ativo for, mais risco você estará assumindo ao fazer seus investimentos. Isso acontece porque a rentabilidade pode ser menor do que o valor que você aplicou no momento que investiu. 

Além disso, é por meio da volatilidade que é possível estimar o valor de um ativo por conta do histórico de oscilações que ele possui. 

Se você não sabe como acessar esse histórico, saiba que é possível encontrá-lo no próprio site da B3 colocando o ticker (ou código das ações). Lá é possível conferir gráficos e números apresentados pela companhia durante todo o período em que ela esteve ativa no mercado de renda variável. 

Tipos de volatilidade

A maioria dos investidores procura a hora certa de entrar em um ativo por meio da volatilidade. Afinal, como dissemos, é através dela que observamos as principais variações e comportamentos de um ativo. 

Apesar disso, existem jeitos diferentes para calcular a volatilidade de uma ação. É possível fazer isso de 3 formas. A seguir vamos apresentar quais são elas, além das diferenças e da finalidade de cada uma. Confira:

1- Volatilidade histórica

Nesse tipo de volatilidade, como o próprio nome diz, utiliza os dados históricos de uma determinada ação para analisar o seu desempenho. Ao observar como a empresa evoluiu em 12 meses, o investidor consegue fazer uma previsão do quanto ela poderá render no futuro, caso apresente os mesmos resultados no mesmo período. 

Vale lembrar que essa é uma análise que funciona apenas como estimativa, portanto não há como garantir que isso acontecerá na realidade. Afinal, há muitos fatores que podem impactar no crescimento de uma empresa, desde uma eventual crise econômica até mesmo resultados financeiros abaixo do esperado. 

2- Volatilidade real

Nesse tipo de cálculo, que também é conhecido como volatilidade futura, o investidor toma como base os valores das ações negociadas no mercado futuro. Nesse caso, as variações levam em conta os preços que têm contratos fixados em uma data específica. Eles podem se concretizar ou não. 

Basicamente, essa é uma forma de especulação que deve dar algumas pistas do que pode acontecer com uma ação lá na frente. Quando os contratos negociados chegam na data limite para serem executados, ou seja, no vencimento deles, a volatilidade real se torna histórica. 

3- Volatilidade implícita

Nessa forma de volatilidade, o investidor consegue calcular uma estimativa da variação de preço no futuro. Para fazer esse cálculo, é necessário considerar a variação histórica de um ativo, além dos valores que são negociados recentemente no Ibovespa. As informações precisam considerar, ainda, as negociações realizadas em outros mercados, como o de derivativos, o de opções e futuros. 

O que você acha de ter um material sobre renda variável para consultar sempre que surgir alguma dúvida? 

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O que é volatilidade do mercado financeiro?

O conceito de volatilidade é aplicado para uma série de indicadores presentes no mundo dos investimentos. Mais do que os ativos, o mercado financeiro como um todo também sofre com a volatilidade. Consideradas um termômetro para o humor dos investidores, essas variações podem ser identificadas nos principais índices. Aqui no Brasil, o principal deles é a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. 

O mercado como um todo sofre com a volatilidade, pois contempla o total de investimentos e negociações que acontecem no dia. Um exemplo claro disso é quando as pessoas investem em ETFs, que são fundos que replicam o desempenho de um índice. No caso do Ibovespa, o ETF que segue seus rumos é conhecido como BOVA11.

O que é a volatilidade de um fundo? 

A volatilidade de um fundo de investimento é um espelho do que acontece na economia de um país. Quanto mais pessoas investem, mais alta a variação. 

Quer um exemplo para entender, na prática, o que é volatilidade de um fundo de investimento? Tomemos como exemplo os fundos X e Y.

O fundo X é um fundo de alta volatilidade. Isso significa que sua oscilação tende a ser maior, o que amplifica as possibilidades de ganho e de também de perda.  Nesse sentido, é comum que a volatilidade de um fundo de investimento como este indique altas expressivas sem que isso signifique, necessariamente, um padrão de estabillidade. 

Por outro lado, suponhamos que o fundo Y tenha baixa volatilidade. Nesse caso, risco e rentabilidade são mais controlados. 

Como lidar com a volatilidade em investimentos?

Para lidar com um mercado volátil é preciso ter, sobretudo, uma boa dose de racionalidade. Isso é extremamente importante para que o investidor não se deixe levar pela emoção. 

A dica é não se desesperar quando há uma desvalorização brusca, nem ficar otimista demais quando a tendência for de alta. A palavra de ordem é: equilíbrio. 

É fundamental que isso norteie a sua estratégia de investimentos, principalmente quando falamos de longo prazo. Ao fazer boas escolhas e investir em empresas sólidas, é preciso acreditar nos resultados e não se deixar levar pelo momento. Acima de tudo você tem que ter em mente que, sem assumir riscos, os retornos não serão tão rápidos ou consideráveis.

A volatilidade é algo intrínseco no mercado de renda variável e todos os investidores precisam saber lidar com ela. Com o passar dos anos, você poderá ter ganhos mais expressivos do que investimentos em renda fixa, como a poupança. E lembre-se do conselho de Warren Buffet: 

“Se você não está pensando em possuir ações por 10 anos, nem pense em possuí-las por 10 minutos.”

E volatilidade do câmbio, o que é?

A volatilidade cambial é quando nos referimos às oscilações que acontecem nos valores das moedas estrangeiras. Os principais – e também os mais negociados no mundo – são o dólar e o euro. Porém, há mais moedas importantes nesse mercado, como a libra, o yen, os rublos, entre outros. 

Um dos principais desafios de toda pessoa que investe no mercado cambial é saber a hora certa de comprar ou vender uma determinada moeda. A volatilidade, nesse caso, nem sempre confirma uma tendência, pois há muitas coisas que podem interferir nas cotações, como eventos externos e questões econômicas. 

Como você viu até aqui, a volatilidade pode ser usada a favor das suas aplicações, ainda mais quando se alinha objetivos financeiros às características específicas dos ativos. 

Para explicar um pouco mais sobre o tema, a especialista em investimentos da XP Educação, Clara Sodré, preparou um vídeo com algumas informações a respeito. Dê o play no vídeo abaixo para ficar ainda mais por dentro do assunto!

Quais os riscos da volatilidade?

Na prática, a volatilidade não representa um risco para o investidor. Ela, na verdade, é um indicador que pode dar uma ideia do risco sobre determinado investimento. Ou seja, quanto mais volátil for um mercado, uma ação ou uma moeda, por exemplo, maior será o seu risco de perder dinheiro – ou ganhar. 

Vale ressaltar que a decisão de comprar ou vender um ativo não deve ser pautada apenas na volatilidade dele. Há uma série de coisas que precisa ser observada, desde análises técnicas até mesmo os seus objetivos sobre um determinado papel. 

E como se beneficiar da volatilidade? 

A volatilidade pode ajudar o investidor de diversas formas. Uma delas é a avaliação de risco ao se interessar pela aplicação em um determinado ativo. Isso é importante, pois vai ao encontro do seu perfil de investimento. Quanto mais riscos a volatilidade indicar, significa que mais agressivo o investidor precisa ser. 

Além disso, há boas oportunidades para quem deseja fazer movimentações a curto prazo. Isso porque, ao identificar uma tendência de alta na volatilidade, o investidor pode comprar as ações, estabelecer um preço alvo e vender após chegar no seu objetivo. 

Como há mais risco em uma negociação como essa, o mais indicado é fazer isso com mais conhecimento de mercado.

Agora que você já sabe o que é volatilidade e como ela afeta o mercado financeiro, que tal aprofundar ainda mais os seus conhecimentos? 

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