Aplicação web: entenda sua importância + para que serve

Com algumas poucas ações podemos melhorar significativamente o tempo de carregamento da aplicação

Podemos definir uma aplicação web como uma solução desenvolvida para utilização por meio de navegadores, sem a necessidade de instalação local. Sendo que plataformas de e-commerce, sistemas ERP e funcionalidades em nuvem são os principais exemplos dessa categoria.

O desenvolvimento de aplicações web ganhou relevância no mercado, impulsionado pela transformação digital, e se coloca como uma das ferramentas mais interessantes para o futuro da Tecnologia da Informação, considerando que a demanda por profissionais capacitados também cresceu consideravelmente.

Descubra o que é, como funciona e como é possível formar uma carreira construindo aplicações web. Continue lendo!

O que é e como funciona uma aplicação web?

Uma aplicação web é um sistema utilizado por meio de navegadores, que fazem a comunicação entre o dispositivo do usuário e o servidor web (onde é feita a hospedagem). Essa ferramenta dispensa a necessidade de instalação local e permite o acesso de usuários a diversas funcionalidades.

Por um lado, empresas podem contratar serviços desse tipo para fornecer aos seus colaboradores uma série de ativos importantes, como sistemas de ERP, CRM, ferramentas automatizadas, análise de dados e muitos outros.

Para o público geral, as aplicações web são percebidas nos sites, e-commerces e redes sociais nas quais eles interagem diretamente via browser.

Qual a importância do desenvolvimento de aplicações web?

De modo geral, aplicações web fazem parte do dia a dia de consumidores, empresas e profissionais de vários ramos diferentes, fazendo com que o desenvolvimento, implementação e controle de qualidade desses sistemas acabe ganhando maior destaque no mercado digital.

Dominar esses conceitos consiste em ser capaz de construir essas ferramentas, realizar testes de aplicações web, garantir sua segurança e elevar a usabilidade disponível ao usuário. Tudo isso serve para demonstrar a quantidade de demandas que acompanham essas funcionalidades.

A cada dia surge uma nova tecnologia digital que nos permite fazer cada vez mais coisas em uma aplicação web. Dessa forma, os sistemas ficam maiores, mais robustos e mais pesados. Com isso um problema tem ficado muito evidente: desempenho.

Quanto mais tentamos fazer sistemas robustos, capazes de fazer muitas coisas, mais o desempenho se torna uma questão relevante para desenvolvedores.

O principal motivo para nos preocuparmos com desempenho é dar uma experiência melhor a quem usa o sistema. Empresas conseguem aumentar consideravelmente a retenção de clientes e a rentabilidade de seus sites ao melhorar o desempenho da aplicação web e, consequentemente, a experiência de seus usuários.

Controle de qualidade e testes de segurança de aplicações web

Vulnerabilidade em sistemas desse tipo representa grandes riscos para o usuário e empresas que fornecem essas aplicações, já que elas podem ser responsabilizadas em casos de vazamento de dados.

Dessa forma, uma das áreas mais importantes no setor está no controle de qualidade e testes de segurança em aplicações web, principalmente após a formalização da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Ao interagir com uma aplicação web, o usuário deve estar ciente do teor dos dados que serão compartilhados e como eles são gerenciados pela plataforma. 

Além de assegurar mecanismos para proteger a confidencialidade dessas informações e uso correto pela própria empresa, responsáveis por aplicações desse tipo também precisam criar barreiras contra a ação de hackers e pessoas mal-intencionadas.

<Quer saber mais sobre o conceito de cyber security? Leia o post: O que é cibersegurança? Como se preparar para ingressar nesta área? />

Usabilidade em sistemas web para avaliação de desempenho

O conceito de usabilidade em sistemas web se refere a facilidade e interatividade que essas aplicações fornecem ao público. Sua interface deve ser compreensível para o usuário. Quanto mais complexa ou exigente, mais frustrante ou desafiadora ela pode se tornar.

Sem oferecer uma interface bem intuitiva e focada em usabilidade, uma aplicação web pode ter desempenho abaixo do esperado, o que também acontece quando o tempo de carregamento e a segurança dos dados não é trabalhada.

6 passos para melhorar o desempenho de uma aplicação web

Os problemas de desempenho se concentram em dois pontos principais da aplicação web: no carregamento da página e na renderização na página. O carregamento da página é quando todos os recursos estáticos são carregados no servidor para o navegador. Isso significa que quanto maiores forem os arquivos, maior será o tempo de carregamento.

O tempo de renderização diz respeito ao tempo que demora depois que todos os arquivos essenciais foram carregados, e o navegador vai precisar trabalhar para compilar, interpretar tudo, e dispor os elementos de uma maneira que seja entendível visualmente.

Em alguns passos simples é possível melhorar significativamente a experiência de quem usa a aplicação web. 

1. Reduzir o tamanho dos arquivos enviados

O principal gargalo nas aplicações web é o tamanho dos arquivos que são carregados para que as pessoas comecem a usar a aplicação. Vários arquivos são enviados para o computador de quem acessa a aplicação. São arquivos Javascript, CSS, HTML, imagens, vídeos, músicas, etc.

Nem sempre quem acessa uma aplicação tem uma boa conexão com a internet e vai precisar esperar bastante até a aplicação estar pronta para uso. Reduzir o tamanho dos arquivos significa reduzir o tempo de espera. Afinal, ninguém gosta de esperar o carregamento das páginas.

Tanto HTML, CSS quanto Javascript são interpretados nos navegadores. Dessa forma a máquina do usuário do sistema será responsável pelo processamento e pela renderização da interface. Como não conhecemos a capacidade de processamento da máquina do usuário, precisamos estar atentos ao desempenho da interface construída. Nenhum usuário gosta de ficar esperando o site carregar. É muito irritante.                                                                            

Confira abaixo algumas dicas para reduzir o tamanho dos arquivos enviados.

Habilitar compressão de arquivos no servidor

Essa é uma tarefa muito rápida de se fazer e é suportada em praticamente todos os servidores e navegadores. Com ele todo o conteúdo da página é comprimido (ex.: usando GZIP) antes de enviar ao cliente, chegando a cortar quase metade do tráfego de arquivos.

Minificar todo o código Javascript e CSS

Todo código Javascript e CSS deve ser bem documentado, conter nomes legíveis e boa indentação. Entretanto, nada disso importa na execução. Há diversas ferramentas que modificam o JS e o CSS facilmente, e reduzem muito o tamanho do código. Integrar uma ferramenta de minificação de código é uma tarefa rápida e fácil.

Comprimir HTML

O código HTML também pode ser comprimido. Apesar de não ser tão simples comprimir o HTML, é possível remover aspas, espaços e comentários desnecessários.

2. Remover o conteúdo desnecessário

Verifique se todas as bibliotecas e dependência que você utiliza são realmente necessárias. Muitas vezes usamos canhões para matar formigas. Usamos bibliotecas ou frameworks inteiros para resolver problemas simples. Essas bibliotecas vão adicionar tempo de carregamento à sua aplicação, muitas vezes desnecessariamente.

Muitos dos frameworks que usamos têm versões mais leves, chamadas Lites, que provêm funcionalidades limitadas, mas que para muitos casos podem ser o suficiente.

3. Adiar o carregamento de tudo que não for essencial

Com o carregamento assíncrono de componentes, a renderização não é bloqueada e a página fica mais responsiva. Tudo o que for essencial para o início da navegação deve ser carregado prioritariamente. Elementos secundários, ou que inicialmente estão ocultos do usuário, devem ser carregados depois. Diferenças de frações de segundos já podem ser notadas pelo usuário.

Essa estratégia é chamada de Carregamento Preguiçoso (Lazy Loading) e consiste em carregar as coisas depois para dar a sensação de que a aplicação está rodando de maneira fluida. Dessa forma, deixamos o carregamento e processamento de coisas secundárias acontecendo durante os instantes de ociosidade da aplicação (quando a pessoa não está interagindo com o sistema e exigindo algum tipo de processamento).

4. Usar imagens com sabedoria

Quando estamos trabalhando com imagens, precisamos tomar cuidado para que o tamanho da aplicação não cresça muito. Por isso, há várias boas práticas que devemos seguir, para não comprometer o tempo de carregamento da aplicação.

Redimensionar, cortar, comprimir

Quando utilizar imagens, verifique se não está sendo carregado mais Pixels do que o que é necessário. Se uma imagem utilizada é maior do que é exibido na tela, pode ser o caso de redimensioná-la.

Em alguns casos utiliza-se CSS para cortar um pedaço da imagem que queremos exibir, e nesse caso o corte poderia ser feito no editor de imagens, para que o usuário só tenha que fazer o download da parte que realmente será visualizada, poupando alguns KB de download.

A compressão de imagens também é algo que deve ser considerado, pois às vezes enviamos imagens com uma qualidade muito boa, sendo que se a qualidade não estivesse tão boa não seria sequer percebido pelo olho humano.

Carregamento progressivo

A ideia do carregamento progressivo de imagens é utilizar formatos que permitam um carregamento diferente do carregamento linear. No carregamento linear, a imagem é exibida parte por parte, sendo que cada parte tem a qualidade total da imagem.No carregamento progressivo a imagem é exibida inteira com uma qualidade muito baixa, depois a imagem inteira com uma qualidade melhor, e assim sucessivamente até que a imagem é toda exibida em sua qualidade máxima. Isso gera uma melhor experiência do usuário, que pode ver rapidamente a imagem, mesmo que embaçada.

carregamento de imagem sequencial e progressiva

Formatos modernos de imagem

Considere a utilização de formatos mais novos de imagens, que permitem otimizações no fluxo de rede. Nem todos os navegadores são compatíveis com os formatos mais recentes, mas se a sua aplicação faz um uso muito intenso de imagens, a utilização de novos formatos pode ser interessante.

Nesse caso, você vai precisar utilizar um formato convencional e um formato mais novo, e de acordo com o navegador do seu usuário você vai entregar a imagem em um determinado formato.

5. Usar cache

O uso de cache para os arquivos pode ajudar a reduzir muito o tempo de carregamento da aplicação web para usuários que estão retornando. O cache diz ao navegador para aproveitar a versão anterior do arquivo, sem a necessidade de fazer o download novamente. Uma fotografia, por exemplo, não precisa ser carregada novamente se não for alterada.

A boa prática é colocar um tempo de cache elevado para recursos que não são alterados com frequência (ex.: imagens) e menos elevado para arquivos que podem ser alterados com frequência maior (ex.: javascript, css, textos).

6. Simular a rapidez da aplicação 

Mesmo em situações em que não é possível reduzir o tamanho e a quantidade de arquivos da aplicação web, podemos fazer algumas coisas para dar uma sensação de maior velocidade.

Posicionar corretamente CSS e Javascript

Uma técnica simples é colocar o CSS no topo e o JS no final da página. Colocar o CSS no topo evita o efeito flash, que é quando a página é carregada sem estilo, e em um flash o estilo aparece. Carregando o estilo primeiro isso não acontecerá. Colocar o JS no final garante que a renderização não seja atrasada pela execução de scripts.

Pré-carregar dos componentes

Quando se sabe qual a próxima página o usuário irá acessar, pré-carregue componentes, assim a renderização da próxima página será mais eficiente.

Como investir em uma carreira no desenvolvimento de aplicações web?

De modo geral, existem três áreas principais para quem deseja ganhar a vida construindo aplicações web, que são as seguintes:

  • front-end: o desenvolvimento front-end de aplicações web consiste na programação da interface que essas ferramentas irão apresentar aos usuários, sendo a área responsável por garantir a usabilidade em sistemas web, bem como o baixo tempo de carregamento e o bom desempenho;
  • back-end: oposto ao front, o desenvolvedor back-end é responsável por criar os códigos de uma aplicação web, sendo que suas principais atribuições consistem em garantir a segurança das informações, realizar a integração entre ferramentas e cuidar da comunicação entre o sistema e o banco de dados utilizado;
  • full-stack: o desenvolvimento full-stack combina todas as atribuições anteriores, exigindo um profissional mais completo e capacitado, o que acaba sendo extremamente valioso para o mercado.

< Saiba mais sobre essas carreiras no post: Front-end e back-end: qual carreira combina com o seu perfil? />

Quer investir nessas carreiras e se tornar um desenvolvedor de aplicações web? Então confira os cursos de graduação da Faculdade XP, que dão acesso a ensino superior de qualidade e com reconhecimento no MEC, sem deixar de lado o custo acessível e a metodologia de aprendizado.

Para você que gosta da área de aplicações web, recomendamos o Bootcamp para Desenvolvedor Front-End, uma carreira em alta no mercado. Com esse curso você aprende sobre as ferramentas e métodos que estão se destacando, então não fique de fora.

< Faça sua matrícula agora mesmo: Bootcamp Desenvolvedor(a) Front-End />

spot_img

Continue Aprendendo

spot_img