Está começando a investir, mas ainda tem dúvidas sobre o percentual que você ganhará sobre o valor aplicado? Então, esse é o momento ideal para descobrir como calcular a rentabilidade de um investimento, seja ele de renda fixa ou renda variável.
Isso porque as classes de ativos – e seus respectivos produtos – têm diferentes maneiras de remunerar os investidores. Em todo caso, é importante conhecer qual será o ganho real trazido pelas aplicações financeiras que você colocará na sua carteira.
Afinal, a rentabilidade compõe o que chamamos de tripé dos investimentos, junto com a liquidez e a segurança. E, se você quiser entender como funciona essa dinâmica, continue a leitura para descobrir.
Saber como calcular a rentabilidade de um investimento é importante?
Se você quer saber o quanto uma aplicação pagará em relação ao total investido, sim, essa conta é importante. Mas, antes disso, falaremos sobre os conceitos ligados à rentabilidade, a fim de contextualizar os cálculos dos investimentos que virão em seguida.
O que é rentabilidade de investimento?
No contexto dos investimentos, a rentabilidade diz respeito ao percentual de retorno sobre o capital aplicado. Por exemplo, se um título do Tesouro Prefixado tem rentabilidade de 10,78% ao ano, esse é o percentual que será aplicado ao principal, no prazo investido.
Como funciona a rentabilidade dentro do tripé dos investimentos?
Tal como já mencionamos, o tripé dos investimentos é formado por:
- rentabilidade: percentual de retorno que será obtido em um investimento;
- liquidez: facilidade para transformar o capital aplicado em dinheiro vivo;
- segurança: grau de risco de uma aplicação, como um possível calote.
Nesse sentido, será preciso escolher dois deles na hora de fazer um investimento. E, se a rentabilidade for mais importante no momento, basta escolher entre liquidez ou segurança. No fim das contas, ainda não existe uma aplicação que tenha os três pontos, não é mesmo?
E, para entender melhor como o tripé equilibra as finanças, dê o play nesse vídeo agora mesmo:
Como calcular a rentabilidade de um investimento? Passo a passo
Lembra que, no começo do post, mencionamos sobre as diferentes classes de ativos e seus fluxos de remuneração? Pois bem, agora, vamos ao cálculo da rentabilidade em dois segmentos, renda fixa e renda variável, visto que eles são os mais comuns.
Adicionalmente, vale lembrar que, na renda fixa, a taxa de juros é informada ao contratar o título. Porém, na renda variável, o retorno do investimento é impactado pelos movimentos do mercado, o cenário econômico, a performance das empresas que negociam papéis etc.
>>> Conheça as diferenças entre a renda fixa e a renda variável
5 passos para calcular a rentabilidade do investimento de renda fixa
De fato, existem diversos títulos de renda fixa, sendo que cada um tem seu próprio fluxo de remuneração. Por isso, tomaremos como base a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), lembrando que temos outro artigo que traz detalhes sobre o cálculo da rentabilidade da LCI.
Para facilitar o entendimento, pense na contratação de uma taxa prefixada. Afinal de contas, o investidor saberá de antemão qual é o percentual exato a ser aplicado no vencimento do título.
E, nessa perspectiva, confira os passos para fazer o cálculo:
- considere a fórmula abaixo, que leva em conta os juros compostos, que são os juros sobre juros:
M = C x (1+i)t
- a primeira letra, M, diz respeito ao montante que será resgatado no prazo de vencimento. Ou seja, o valor final da LCI;
- na segunda letra, C, inclua o aporte inicial, representando o valor que foi aplicado inicialmente;
- já na terceira letra, i, especifique qual foi a taxa de juros contratada. Isto é, a rentabilidade do título;
- a última letra, t, está relacionada ao tempo de aplicação, por exemplo, três ou cinco anos.
>>> Veja mais detalhes sobre a aplicação em Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
12 passos para calcular a rentabilidade de um investimento de renda variável
Aqui no blog, temos um post que traz mais detalhes sobre o cálculo de rentabilidade das ações. E, como esses são ativos bastante famosos na renda variável, vamos adiantar o passo a passo, lembrando que é vital consultar os detalhes no outro artigo, ok?
Vamos lá:
- no Excel ou no Google Planilhas, use uma linha para cada uma das ações e uma coluna para os itens a seguir;
- inclua o código da ação a fim de automatizar a cotação da internet para o Excel, conforme o tutorial da Microsoft;
- acompanhe as datas de compra e venda na nota de corretagem que é emitida pela corretora de valores;
- insira a cotação do dia em que o papel entrou no portfólio, o que também consta na nota de corretagem;
- especifique a quantidade de ações, seja do mercado integral (lote cheio) ou fracionário (lote fracionado);
- multiplique o valor da cotação pelo número de papéis adquiridos, além de somar a corretagem e os demais custos;
- compare a cotação atual (disponível no portal InfoMoney) diante do custo de aquisição de cada papel;
- analise a valorização ou a desvalorização do ativo, considerando o valor pago no dia da compra e a cotação atual;
- multiplique o número de ações pelas respectivas cotações atuais para conferir como está a performance da carteira;
- veja o valor atual consolidado, somando proventos e substituindo impostos e taxas sobre os lucros na venda de ações;
- faça o cálculo de rentabilidade, levando em consideração a seguinte fórmula:
Valor consolidado / Total investido – 1
- depois de verificar a rentabilidade nominal, basta descontar a inflação para ter a rentabilidade real.
>>> Leia também: como declarar a renda variável no imposto de renda (IR)
Extra: ferramenta para facilitar o cálculo da rentabilidade
Em algum momento, você provavelmente usou o Microsoft Excel ou o Google Spreadsheets, certo? Então, que tal usar esses recursos para agilizar os cálculos ligados às suas aplicações?
Na Xpeed School, vamos além de simplesmente mostrar como calcular a rentabilidade de um investimento. No curso “Excel para finanças: do básico ao avançado”, aprenda a usar essa ferramenta para avaliar o retorno dos investimentos e muitas opções mais.
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