Como começar a investir em renda variável? Conheça 5 tipos de investimento

Para quem está buscando melhorar os rendimentos por meio do mercado financeiro, uma das maiores dúvidas é: como começar a investir em renda variável?

Por mais importante que a renda fixa seja para muitos investidores, principalmente os iniciantes, a queda nas taxas de juros faz com que essa não seja uma das principais alternativas quando pensamos no retorno financeiro.

Sendo assim, entender o que são títulos de renda variável e saber como incluí-los em sua carteira torna-se uma necessidade para quem deseja aumentar o seu patrimônio.

Esse tipo de aplicação ainda é pouco explorada pelo público brasileiro, uma vez que apenas 3% da população investe na Bolsa de Valores, segundo levantamento divulgado pela B3.

Principalmente entre os iniciantes, é comum ter receio em iniciar seus investimentos na categoria de rendas variáveis. Por isso, separamos algumas dicas para ajudar neste momento. Continue a leitura!

O que são títulos de renda variável?

Quando falamos sobre o que são títulos de renda variável, devemos entender que a principal diferença em relação à renda fixa é que são investimentos em que o retorno não é previsível e nem conhecido previamente.

Isso significa que alguns riscos fazem parte dessas aplicações financeiras. Entretanto, exatamente por este motivo, costumam ter uma melhor rentabilidade, ou seja, um retorno financeiro mais alto.

Por mais que não seja possível conhecer com antecedência os lucros e perdas, podemos desenvolver estratégias e observar as principais tendências do mercado para que se possa maximizar os ganhos e diminuir as chances de perdas.

Entre os títulos de renda variável, o mais conhecido é o mercado de ações. Entretanto, também contamos com outras opções de investimentos, que abordaremos adiante.

Agora que já falamos sobre o que são títulos de renda variável, fica aquela dúvida: qualquer pessoa pode realizar este tipo de investimento? Para quem é indicado? Para responder a essa questão, precisamos falar sobre os diferentes perfis de investidores.

Quais são os perfis de investidores?

Quando pensamos no perfil de investidor, falamos sobre três conceitos que devem ser levados em consideração ao fazer essa análise:

  • segurança;
  • liquidez;
  • rentabilidade.

Enquanto a segurança diz respeito aos riscos que a pessoa está se dispondo a correr em determinados investimentos, a liquidez corresponde à velocidade em que um ativo pode ser convertido em dinheiro novamente.

Nos títulos de renda variável, tanto a segurança quanto a liquidez são minimizados em busca de uma maior rentabilidade. Isso tudo nos ajuda a entender um pouco mais sobre os perfis de investidores existentes.

O perfil conservador é o que possui maior aversão aos riscos e, por isso, procura por investimentos com mais segurança, normalmente ficando mais na renda fixa. 

É comum principalmente para quem está começando no mundo do mercado financeiro e quer ganhar mais confiança para, posteriormente, entender como começar a investir em renda variável.

Já o perfil arrojado ou agressivo são pessoas que estão dispostas a correr riscos visando um maior retorno financeiro. Por conta disso, costumam ser investidores mais experientes e que se sentem confortáveis em lidar com a imprevisibilidade da bolsa de valores.

Entre esses dois temos um meio termo, que é o perfil moderado. São investidores que estão dispostos a correr riscos médios. Normalmente, possuem aplicações tanto na renda fixa quanto variável, com o objetivo de fazer o seu patrimônio crescer, mas sem dispensar a segurança.

Quais os tipos de investimento em renda variável?

Os principais tipos de investimento em renda variável são:

  1. Ações;
  2. Contratos futuros;
  3. Opções;
  4. Fundos imobiliários (FIIs);
  5. ETFs;
  6. Câmbio.

Agora, falaremos um pouco mais sobre o que são cada um deles e suas principais particularidades, para então entender como começar a investir em renda variável. 

1. Ações

As ações da bolsa de valores são um dos investimentos em renda variável mais populares. Os investidores que compram esse título tornam-se sócios da empresa e, com isso, também compartilham os lucros obtidos.

Para ter um bom rendimento, é necessário procurar por companhias que tenham um bom histórico, com potencial de crescimento, o que envolve pesquisas e entendimento da atual situação do mercado.

Uma das principais formas de lucrar investindo em ações é por meio da valorização dos papéis na bolsa de valores. Ou seja, nesses casos o rendimento ocorre pela diferença entre o valor de compra e a venda das ações.

Outra maneira é com os dividendos, que são proventos pagos por empresas de capital aberto e distribuídos entre os seus acionistas como forma de remuneração.

Quer saber mais sobre isso? Veja este conteúdo: Dividendos: o que são, como funcionam e dá para viver disso?

E se quiser entender como começar a investir na bolsa de valores, confira um e-book que separamos com conceitos essenciais que você precisa saber, além de servir como um guia para consultar sempre que quiser realizar seus investimentos com propriedade.

Imagem da campanha de um livro digital gratuito com o tema "Guia da bolsa para Investidores" da Xpeed School.

2. Contratos futuros

Além das ações que são negociadas na bolsa de valores, também temos os contratos futuros. Basicamente, são um tipo de derivativo em que há um contrato entre quem compra e quem vende ativos variados, a um preço fechado, para uma data futura.

Estes contratos são negociados livremente durante os pregões da B3, a bolsa brasileira, em que os preços são discutidos, mas seguem parâmetros fixos de acordo com os padrões da bolsa.

Assim como as ações, os preços podem variar de acordo com a oferta e demanda. Ao fim do prazo estabelecido da negociação, ocorre a liquidação financeira. Este é o momento em que se observa os lucros ou perdas do investimento.

3. Opções

Outro tipo de derivativos são as opções, também negociadas na bolsa de valores. Podem ser caracterizadas como um contrato que dá ao seu titular o direito de comprar ou de vender um ativo em uma data futura por um valor previamente estabelecido.

São considerados investimentos de alto risco, por serem ativos de grande volatilidade. Por outro lado, a rentabilidade também pode ser alta.

>>> Leia também: Mercado de opções: o que é, vantagens e riscos

4. Fundos Imobiliários (FIIs)

Não tem como falar sobre como começar a investir em renda variável sem mencionar os fundos imobiliários.

Os FIIs correspondem a uma alternativa para quem quer investir neste setor por meio da renda variável. Funciona como uma espécie de “condomínio”, em que os investidores reúnem recursos para aplicar em conjunto no mercado imobiliário. 

Normalmente, o dinheiro é utilizado para a construção ou compra de imóveis, que ao fim são vendidos ou arrendados. Então, os ganhos obtidos são divididos entre os cotistas, proporcionalmente ao que cada um aplicou.

Uma das principais vantagens dos Fundos de Investimento Imobiliários (FII) é que eles são isentos de Imposto de Renda.

5. ETFs

Exchange Traded Fund ou ETF é um título também conhecido como “fundos de índices”, uma vez que representa um grupo de ações de empresas montado de acordo com algum índice financeiro – como o Ibovespa ou o IBrX.

Assim como as ações, as suas cotas são negociadas nos pregões da bolsa. A diferença é que no caso das ETFs, o investidor estará aplicando em uma carteira que inclui ações de diversas companhias.

Com isso, dá para notar que um de seus benefícios é a praticidade, já que permite a compra de várias ações de uma única vez. Mas será que vale a pena investir em ETFs? Confira este vídeo para tirar suas dúvidas:

 

6. Câmbio

Outro tipo de investimento em renda variável é o câmbio, que são aplicações baseadas em moedas. São uma boa alternativa para proteger o seu patrimônio das oscilações da economia e do mercado brasileiro.

Entretanto, por ser um mercado imprevisível, com flutuações que podem ocorrer tanto por razões políticas quanto econômicas, também é considerado um investimento de alto risco. 

Uma das maneiras de investir com mais segurança é por meio dos fundos cambiais, um tipo de investimento coletivo em que os recursos de vários investidores são aplicados em conjunto no mercado.

Afinal, como começar a investir em renda variável?

Não tem como começar a investir em renda variável sem antes não ter um bom planejamento financeiro e estar familiarizado com alguns conceitos, como diversificação de carteira, ativos e indexadores.

Aqui na Xpeed, você pode aprender mais sobre essas questões e tirar suas dúvidas sobre variados tipos de investimento, por meio de artigos e vídeos para continuar aprofundando os seus conhecimentos.

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