“Eu gostava muito do mercado financeiro, mas não tinha conhecimento suficiente para aproveitar as oportunidades. Até que, em 2006, fiquei sabendo de um curso de análise técnica que a XP dava em Porto Alegre. Foi ali o meu primeiro relacionamento com a empresa. Abri uma conta de investimentos e depois tudo foi se intensificando”.
Marcio Brigidi sempre gostou de se preparar para o amanhã, mesmo antes de fazer faculdade de Economia. “É um exemplo que eu trago de um tio meu”.
Aos 80 anos de idade, começou a vender terrenos.
Atrás de negócios, ele pegava o bonde e atravessava a cidade. “Eu tenho que pensar no meu futuro”, ele me dizia, mesmo quando já estava bem idoso.
Marcio economizava dinheiro e, sempre que podia, comprava terrenos. No Brasil de inflação e juros altos, o padrão de investimentos era esse: caderneta de poupança, imóveis, linhas telefônicas.
O mundo era diferente em 2006, quando Marcio ficou sabendo da nossa escola. Com cinco anos de existência, a XP já não era mais um pequeno escritório, de 25 metros quadrados, em Porto Alegre.
Mas ainda era desconhecida do grande público. Em março daquele ano, o jornal da Associação Médica do Rio Grande do Sul oferecia a seus integrantes dois cursos: “Palm Top na Medicina” (procure em um museu e você saberá o que era) e “O que é a Bovespa” – “será realizado pela empresa XP Investimentos”, dizia o texto.
A principal bolsa de valores do Brasil (hoje chamada B3) tinha 220 mil investidores na categoria pessoa física. “Eu me senti um privilegiado por chegar tão próximo de pessoas que conheciam a operação, que sabiam como funcionava o mercado”, recorda Marcio.
“Comecei a me vincular cada vez mais a essa área. Ensinei meus filhos, eles acabaram gostando muito. Fiz muita operação de day trade com o mais novo. Agora, eles se casaram e cuidam de suas próprias famílias”.
Hoje, a XP se tornou a maior corretora independente de investimentos do Brasil. Seu aniversário de 20 anos é comemorado em Porto Alegre e também em Nova York – com direito a uma homenagem feita pela Nasdaq em seu telão na Times Square.
Eu não preciso nem explicar o que é Nasdaq, já que a bolsa americana especializada em empresas de tecnologia se tornou conhecida entre os brasileiros.
A B3 tem 3,5 milhões de investidores pessoa física – se multiplicou 15 vezes, nos últimos 15 anos.
O mercado de investimentos se tornou um assunto pop. Tão pop, que os cursos da XP cresceram a ponto de se transformar na Xpeed, uma escola que ensina na prática, com cursos livres e MBAs.
Essas últimas duas décadas foram uma revolução para a XP, para a Xpeed – e também para o Marcio.
Ele se aposentou, cinco anos atrás, e hoje faz o que gosta: abriu uma pequena oficina de carpintaria e compartilha educação financeira com seus amigos.
“Eu faço gestão do valor usando todos os instrumentos do mundo financeiro: renda fixa, renda variável, opções… trabalho praticamente em todas as classes de ativos”, diz.
“Consegui manter o meu padrão de vida justamente porque estou cuidando para minhas aplicações não serem corroídas pela inflação. O curso da XP foi fundamental”.