Gestão empresarial: o que é e qual a sua importância

Planejamento, organização, liderança e controle são as principais funções da gestão empresarial, mas se não for bem conduzida pode trazer imensos prejuízos para a empresa.

Uma gestão empresarial eficiente é essencial para a prosperidade e sucesso dos negócios. Desde as empresas menores até os grandes players, ter uma administração capacitada faz toda a diferença. 

Por isso, cada vez mais pessoas têm procurado entender melhor o tema e aperfeiçoar as suas habilidades, conhecendo metodologias e estratégias que podem impulsionar os resultados. Continue a leitura e saiba mais!

O que é gestão empresarial?

A gestão empresarial é um processo fundamentado em estratégias para que os negócios obtenham melhores resultados. Ela é baseada em ações para organizar os processos, controlar as finanças, administrar recursos humanos e materiais, mensurar problemas, corrigir erros e evitar falhas.

Como funciona a gestão empresarial?

O conceito é bem amplo, uma vez que as organizações são complexas e dependem que todos os setores funcionem bem para alcançar bons resultados. Por isso, essa gestão pode ser aplicada em áreas como finanças, administração de recursos humanos e planejamento estratégico da empresa. 

Por meio dela, é possível utilizar os recursos financeiros, humanos e estruturais da melhor maneira possível. Ela está muito relacionada à organização e gestão de processos e gerenciamento das rotinas de acordo com objetivos específicos.

Gestão empresarial integrada

A gestão empresarial integrada consiste na capacidade de analisar, acompanhar e mensurar todos os processos da empresa. Ela é centrada na mudança de foco dos gestores, que precisam enxergar além do setor que lideram, incluindo o conhecimento sobre o relacionamento da empresa no mercado, concorrência e stakeholders. Ao aplicar a  gestão empresarial integrada, é possível alcançar resultados ainda melhores. 

Qual a importância da gestão empresarial?

Administrar uma empresa é uma tarefa complexa. É necessário definir metas, organizar processos, comprar, vender, analisar pagamentos e recebimentos, contratações e demissões, encontrar e gerenciar fornecedores, entre outros processos.

Cada área tem as suas próprias práticas para uma boa gestão, mas, de modo geral, ela é essencial para fazer com que a empresa consiga se manter e crescer. Uma gestão incorreta pode levar a falhas como gastos maiores do que os ganhos, problemas com retenção de talentos, produtividade, entre outros.

Segundo o Mapa de Empresas do Ministério da Economia, entre janeiro e abril de 2022, foram abertas 1.350.127 empresas no Brasil, mas 541.884 foram fechadas. Entre as várias causas, estão também problemas com a gestão empresarial. Por isso, é importante levar o tema a sério e sempre otimizar a gestão da empresa.

O que faz um profissional de gestão empresarial?

Um gestor tem como responsabilidade administrar e coordenar as atividades de uma equipe. Quando falamos sobre gestão empresarial, nós estamos nos referindo a gestores exclusivamente corporativos, que conduzem processos e auxiliam os colaboradores, além de definir objetivos e metas. 

Por precisar lidar com diversas questões, o profissional que atua nessa área precisa compreender, ao menos um pouco, sobre outros temas que podem incluir gestão de pessoas, finanças e temas relacionados aos produtos/serviços da empresa.

Áreas de atuação

É importante frisar que o gestor da empresa, na maioria das vezes, não é o dono do negócio. Por precisar realizar diversas tarefas internas, os proprietários costumam contratar profissionais qualificados para o cargo. 

Em empresas maiores, diversos gestores atuam na organização de cada área como recursos humanos, vendas, financeiro, controladoria, marketing, entre outros.

Salário do gestor empresarial

Segundo o site vagas, o gestor empresarial no Brasil inicia ganhando R$ 2.009,00 e o salário pode chegar até R$ 4.307,00. A média salarial do cargo é de R$ 3.033,00.

Tipos de gestão empresarial

A gestão, basicamente, é o ato de gerir ou administrar e pode se referir a locais, recursos, pessoas, tudo o que pode ser administrado. O seu conceito é baseado em planejamento, organização, liderança e controle. Ela pode se apresentar de diversas maneiras diferentes. Confira abaixo alguns dos tipos de gestão empresarial que existem.

  • Foco em resultados: usada para empresas que precisam de resultados imediatos para alcançar metas e objetivos rapidamente;
  • Excelência de gestão: é voltada para o aprimoramento do processo e a sua execução. Sempre há um novo ponto a ser alcançado e a atenção aos detalhes é essencial;
  • Gestão meritocrática: se baseia na meritocracia, motivando os funcionários por meio de competitividade para que disputem para alcançar novos cargos;
  • Gestão democrática: os colaboradores podem auxiliar a tomar decisões, motivando o desenvolvimento e crescimento do profissional, enquanto ele se sente valorizado;
  • Cadeia de valor: tem metas específicas e busca gerar valor em todos os processos desenvolvidos. Para isso, foca no público-alvo e na sua satisfação;
  • Ciclo de inovação: conta com a competitividade para se manter na frente no mercado. Para isso, usa a inovação, lançando sempre novidades para alcançar mais resultados.

Ferramentas para gestão empresarial

Existem diversas ferramentas de gestão empresarial e, na verdade, elas devem ser escolhidas de acordo com os processos que existem nas empresas. Porém, algumas costumam ser muito usadas, tornando-as as mais conhecidas do mercado. Confira abaixo.

Gestão empresarial trabalha com todos os processos de uma empresa
Existem diversas metodologias que contribuem para uma boa gestão empresaral.

Análise SWOT

Criada por Albert Humphrey, líder de pesquisa na Universidade de Stanford, essa metodologia analisa o quanto a empresa consegue ser competitiva, quando comparada à concorrência. 

Ela consiste em um acrônimo Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades), Threats (Ameaças) e são exatamente essas características que são avaliadas. A análise SWOT pode ser usada para otimizar o planejamento estratégico da empresa, além de auxiliar no plano de negócios e até mesmo na definição de uma estratégia de marketing.

5W2H

Inicialmente utilizado na indústria automobilística, esse conceito estabelece uma sequência de ação para que o projeto seja executado. O objetivo é controlar as tarefas e otimizar o tempo investido nelas, aumentando a produtividade. Para isso, ela requer a formulação de sete perguntas: delas, 5 começam com a letra W e 2 com a letra H, daí o nome: 5W2H.

  1. What (o quê): objetivo do projeto ou ação;
  2. Why (por quê): motivo pelo qual o projeto ou ação estão sendo realizados;
  3. Where (onde): local em que o projeto será aplicado ou onde cada ação será feita;
  4. When (quando): quanto tempo levará para a execução do projeto ou quando será realizado;
  5. Who (quem): pessoas envolvidas no projeto. Também podem ser estabelecidos de acordo com a ação;
  6. How (como): como será realizado (passo a passo);
  7. How Much (quanto): quanto custará para realizar o projeto total ou cada ação.

Six Sigma

A Six Sigma permite testar e qualificar processos, produtos ou serviços. O seu objetivo é analisar o desempenho da empresa. Para isso, podem ser aplicadas duas tecnologias diferentes: DMAIC e DMADV. Confira abaixo mais sobre cada um.

DMAIC

Usado para melhorar processos já existentes. Conta com 5 etapas:

  1. Definir: estabelecer o que precisa ser aprimorado;
  2. Mensurar: análise dos aspectos do projeto, o seu desempenho e a causa dos problemas;
  3. Analisar: aqui são propostas as ações para utilizá-los;
  4. Incrementar: colocar as ações estabelecidas em prática para otimizar o processo;
  5. Controlar: verificar os resultados e monitorar os processos com sistemas de controle.

DMADV

Usado para otimizar processos, produtos e serviços que ainda não foram lançados. Também é dividido em 5 etapas:

  1. Definir: estabeleça objetivos conforme a estratégia da empresa e a opinião dos clientes;
  2. Mensurar: analisar se os objetivos estabelecidos funcionam por meio de indicadores como análise de risco e qualidade de produtos e serviços;
  3. Analisar: encontrar estratégias para achar caminhos com menos riscos para a execução do projeto;
  4. Desenhar: detalhamento e teste da viabilidade do projeto, bem como a criação de plano de ação, caso precise de ajustes;
  5. Verificar: disponibilizar os produtos e monitorar os resultados.

Matriz GUT

Também conhecida como Matriz de Prioridades, essa metodologia é exatamente isso: uma matriz usada para priorização de tarefas. Muito usada em gestão organizacional e gerenciamento de projetos, ela analisa três aspectos: Gravidade, Urgência e Tendência.

São atribuídas notas para cada variável, depois elas são multiplicadas e o resultado mostra quais tarefas podem ser priorizadas.

People Analytics

Também conhecida como análise de talentos ou análise de RH, essa ferramenta é usada no gerenciamento de recursos humanos e coleta dados, organiza e faz diagnósticos com base em diversas fontes. Ela pode ajudar os gestores da área e o RH a avaliarem problemas como turnover. 

5 forças de Porter

Em 1979, Michael Porter, um professor renomado da Harvard Business School publicou um artigo intitulado “As cinco forças competitivas que moldam a estratégia”. Essa ferramenta é usada até hoje para realizar uma análise técnica competitiva de modo a auxiliar as organizações para que elas pudessem compreender a sua posição dentro do mercado em que se encontravam. São elas:

  1. Rivalidade com concorrentes: quem são os concorrentes diretos e quais são suas táticas e desenvolvimento;
  2. Poder de barganha dos fornecedores: analisar se você não depende somente de um fornecedor e ampliar as relações observando sempre as vantagens como qualidade, preço e prazos de entrega;
  3. Entrada de novos produtos ou serviços: uma lista com concorrentes (diretos e indiretos) que oferecem soluções para o mesmo problema que você. Exemplo: uma loja de flores pode ser um concorrente indireto de uma loja de chocolates no Dia dos Namorados;
  4. Entrada de novos concorrentes: dificultar ou impedir a entrada de concorrentes no mercado;
  5. Poder de negociação de clientes: trata-se da capacidade dos clientes para colocar o negócio sob pressão e negociar condições e pagamentos. Quando existem menos fornecedores e muitos clientes, o poder de negociação é baixo. Porém, se houver muitos fornecedores e poucos clientes, eles terão um poder de negociação maior.

Gestão estratégica empresarial

A gestão estratégica é um conjunto de ações estipuladas pelos gestores com o objetivo de conquistar o crescimento e fortalecimento da organização. Para isso ocorrer, eles analisam cenários extremos (economia, política, tendências de mercado, etc.) e internos (faturamento, práticas comerciais, produtos e serviços, etc.). 

Usando os indicativos da empresa, é possível pensar em cenários e metas futuras, antecipando-se para evitar problemas antes mesmo que eles aconteçam. 

Vale ressaltar, que gestão estratégica não é a mesma coisa do planejamento estratégico. Enquanto a gestão usa o cenário atual para otimizar e atingir objetivos, o planejamento estipula metas para serem aplicadas a longo prazo.

Gestão empresarial para PMEs

Administrar uma pequena empresa não é fácil. As altas cargas tributárias, a complexidade fiscal e as dificuldades para se estabelecer no mercado podem ser grandes empecilhos. Por isso, a gestão empresarial dessas organizações precisam ser ainda mais estratégicas. 

Estruturar um bom plano de negócios, planejar ações e ter metas claras, conhecer bem o mercado e a sua localização, montar uma boa equipe e ter um bom controle dos gastos são só algumas das ações que você pode fazer, caso queira ter uma boa gestão empresarial em uma PME.

Estudar, se desenvolver e pensar em inovações são ações que precisam acompanhar os gestores desde o início.

Gestão empresarial para grandes empresas

Se você acha que a gestão empresarial de uma grande empresa é mais simples por ela já ter processos estabelecidos, está muito enganado. Na verdade, como existem mais números e aspectos a se considerar, ela se torna mais complexa.

Além disso, os desafios mudam. É preciso tomar decisões rápidas, respeitar os protocolos e regulamentos, além de prestar conta a diversas pessoas, incluindo investidores. Todo o investimento precisa passar por uma pesquisa aprofundada antes de sair do papel e, geralmente, exige a participação de diversas pessoas no processo.

Vale a pena fazer um curso de gestão empresarial? 

Se você ainda não tem certeza se vale a pena fazer um curso de gestão empresarial, a resposta é sim. Ao obter o diploma, você poderá encontrar diferentes possibilidades de atuação, em várias áreas de instituições públicas e privadas. 

É possível trabalhar nos setores de comércios, serviços e indústrias ou em administração de compras e estoques, análises contábeis e financeiras e até oferecer consultorias, workshops e palestras.

Como se especializar na área?

Geralmente, a gestão empresarial é recomendada para profissionais formados em Administração que desejam se especializar. Isso pode ser feito por uma pós-graduação, um MBA ou um curso de especialização.

Skills necessários do gestor empresarial

Entre as habilidades necessárias estão a liderança, para desenvolver talentos, além de liderar equipes de alta performance com visão estratégica. Um bom relacionamento interpessoal, gestão de projetos, análise financeira são alguns temas que também valem a pena conhecer.

Nós temos diversos cursos na área, desde o MBA de Gestão Exponencial, até o MBA de Gestão de TI e de Gestão de Processos de Negócios.

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