Quem já acompanha e conhece bem o mercado de investimentos, certamente sabe o que é Smal11. Porém, se você ainda está começando a estudar sobre a bolsa de valores e nunca ouviu falar em Smal11, continue a leitura porque é importante você saber como esse fundo de índice funciona.
De maneira resumida, o Smal11 é um fundo de índice negociado na bolsa de valores que vem valorizando muito bem nos últimos anos. Inclusive, com um desempenho maior que o índice Ibovespa – o indicador mais importante do Brasil de desempenho médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores oficial do Brasil (B3).
Por conta dos bons resultados, preparamos este artigo para tirar todas as suas dúvidas sobre o Smal11. O que é, como funciona, quais as ações que compõem o Smal11, as empresas do Smal11 e como investir neste fundo.
Vamos lá?
Smal11, o que é?
O iShares Small Cap Fundo de Índice, ou apenas SMAL11, é um ETFs (Exchange Traded Funds) negociado na bolsa de valores. Ele é um fundo de índice que tenta replicar a performance da carteira teórica Small Caps antes das taxas e despesas.
Normalmente, as ações que compõem o Smal11 são comercializadas a um valor abaixo da média se comparados às ações de médias e grandes empresas. Por isso, são indicadas para quem está disposto a correr um pouco mais de riscos nos seus investimentos.
Quando foi criado?
O Smal11 foi criado em 2008. Atualmente, quem faz a administração desse fundo de índice é o Banco BNP Paribas, enquanto a gestão é feita pela BlackRock do Brasil.
Como funciona o Smal11?
Assim como todos os outros ETFs, o Smal11 tem como objetivo principal acompanhar a rentabilidade do índice de referência. No caso do Smal11, é o índice SMLL da B3.
Em suma, o Smal11 funciona da seguinte forma: quando você compra uma cota deste fundo de índice, você está adquirindo uma parcela de patrimônio de cerca de R$1,681 bilhão do fundo que será aplicado nas ações que fazem parte da Small Caps.
Dessa forma, é como se você investisse em várias empresas com apenas uma cota do fundo de índice.
A gestão do fundo ocorre de forma passiva. Logo, 95% dos ativos comprados por esse ETF são ações que compõem o SML11, enquanto os 5% restantes podem ser aplicados em outros ativos dos mais variados tipos.
Um detalhe importante para entender melhor o funcionamento do Smal11 é que a compra das ações não ficam em seu nome e CPF. Entretanto, no fundo de índice e na B3, haverá o seu nome registrado como cotista do fundo e, portanto, proprietário de uma parte do patrimônio total do ETF.
Diferença entre Smal11 e BOVA11
Apesar de terem empresas em comum nas duas carteiras de investimento, o Smal11 e o BOVA11 são ETFs diferentes que não possuem nenhuma relação entre si.
Em primeiro lugar, é importante destacar que o Smal11 é composto por pequenas e médias empresas, enquanto o BOVA11 é formado por grandes empresas.
A outra grande diferença é que o Smal11 acompanha o índice SMLL da Small Caps da bolsa, já o BOVA11 acompanha o índice Ibovespa.
Dessa forma, no BOVA11 ficam concentradas em poucos setores da economia e normalmente as maiores empresas da B3 que compõem o BOVA11. Por exemplo, grandes bancos e empresas como a Petrobras.
No Smal11 já acontece o contrário. Ela é uma carteira de empresas menores, porém bem mais diversificadas. Por exemplo, encontramos companhias de aviação, varejo, construção civil, entre outras áreas.
Agora, a principal diferença entre eles é que o Smal11 é um ETF de maior volatilidade e o BOVA11 é um ETF de maior estabilidade. Ou seja, o Smal11 é mais sujeito a riscos de grandes prejuízos ou grandes lucros; já o BOVA11 não sofre tanto com essas oscilações, visto que as empresas são maiores e já consolidadas.
Característica do Smal11
Agora que você já sabe como funciona o Smal11, é hora de conhecer as principais características desse ETF.
Porém, antes de começar a falar sobre o Smal11 de fato, você precisa saber que ele tem características comuns a todos os fundos de índice. Por exemplo, a gestão passiva.
Abaixo, falamos um pouco sobre cada característica do Smal11:
Gestão passiva
Característica de todos os ETFs, a gestão passiva é uma forma que o mercado encontrou para criar fundos de investimentos com menores custos para os investidores. Assim, fica mais fácil para investidores iniciantes terem alternativas de investimentos que não requerem altas taxas de manutenção da conta.
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A gestão passiva funciona da seguinte forma: 95% do seu capital é investido em ações do índice SMLL com objetivo de ter rentabilidade similar ao índice à medida que você deixa o seu dinheiro aplicado.
Taxa de administração
Assim como outros investimentos, no Smal11 é cobrado uma taxa de administração. Entretanto, a porcentagem cobrada nos ETFs é muito abaixo do percentual cobrado em outros investimentos.
Por exemplo, no Smal11 a taxa é de 0,50%, enquanto em diversos investimentos essa taxa pode chegar até 2%. Além disso, no Smal11 não são cobradas taxas de gestão e performance, enquanto em outros investimentos o investidor também é cobrado sob esse valor.
Alíquota
A alíquota é o percentual que será aplicado no cálculo do valor final do tributo que deve ser pago por uma pessoa física ou jurídica no Imposto de Renda.
No caso do Smal11 e demais ETFs, a alíquota do IR é recolhida quando o fundo é vendido com lucro, assim como as ações. Assim, 15% do lucro deve ser recolhido para o IR.
Aqui, é importante lembrar de dois detalhes importantes para não cair na malha fina:
- O ETF não possui a isenção de imposto de renda para vendas abaixo de R$ 20.000,00 dentro do mesmo mês;
- O recolhimento do IR é de responsabilidade do investidor.
Ações que compõem o Smal11
Atualmente, de acordo com os dados fornecidos pela carteira diária da B3, o SMLL é composto por cerca de 120 ações. Abaixo, listamos as 20 empresas com as ações que têm maior participação neste fundo de índice.
São elas:
TICKER | EMPRESA | PARTICIPAÇÃO (%) |
EMBR3 | EMBRAER | 3,455 |
GOAU4 | GERDAU MET | 2,689 |
MULT3 | MULTIPLAN | 2,523 |
RRRP3 | 3R PETROLEUM | 2,454 |
BRML3 | BR MALLS PAR | 2,449 |
SULA11 | SUL AMERICA | 2,275 |
RAIZ4 | RAIZEN | 2,166 |
STBP3 | SANTOS BRP | 2,083 |
ENBR3 | ENERGIAS BR | 1,894 |
SOMA 3 | GRUPO SOMA | 1,894 |
CIEL3 | CIELO | 1,816 |
FLRY3 | FLEURY | 1,778 |
GGPS3 | GPS | 1,745 |
ARZZ3 | AREZZO CO | 1,731 |
UNIP6 | UNIPAR | 1,698 |
YDUQ3 | YDUQS PART | 1,664 |
COGN3 | COGNA ON | 1,642 |
VIIA3 | VIA | 1,613 |
AZUL4 | AZUL | 1,574 |
Empresas do Smal11
As empresas que fazem parte da Small Caps são consideradas pequenas empresas, onde o valor de capitalização delas gira em torno de US$ 1 bilhão.
Para além desse valor, as empresas podem passar a ser consideradas Large Caps. Por exemplo, uma empresa com valor de capitalização maior que US$ 200 bilhões faz parte da carteira de Large Caps.
Como investir em Smal11?
Para investir em ações Smal11, é bem simples!
A negociação feita pela B3 é como investir em qualquer outro fundo de ações. Basta procurar por “Smal11” na homebroker da sua corretora e realizar a compra desse fundo.
É possível investir por meio da compra mínima de 10 cotas do fundo.
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Vale a pena investir em ETF Smal11?
Se você está na dúvida se vale a pena ou não investir em Smal11, a resposta para você é: depende.
Primeiramente, você precisa saber qual o seu perfil de investidor e ter certeza que está disposto a correr riscos em relação ao seu dinheiro.
Logo em seguida, você deve ter em mente quais são seus objetivos. Por exemplo, eles são a curto, médio ou longo prazo?
A partir disso, você pode analisar qual melhor fundo ou ação para o que você deseja.
Para te ajudar a tomar essa decisão em relação ao Smal11, listamos abaixo as vantagens e desvantagens de investir neste fundo.
Vantagens do Smal11
A principal vantagem do Smal11 é a diversidade nos ativos de diferentes setores da economia.
Além disso, a praticidade para investir e as taxas menores que as taxas cobradas em outros fundos faz do Smal11 e dos ETFs um produto muito interessante para quem está iniciando ou quem procura outras opções no mercado de investimentos.
Desvantagens do Smal11
Apesar das vantagens, existem alguns pontos negativos que precisam ser considerados.
Em primeiro lugar, a alta volatilidade. Por se tratar de empresas menores que compõem a carteira dos ETFs, é comum as cotações subirem ou caírem em um curto espaço de tempo.
Em seguida, a cobrança de taxas. Apesar de ser normal a cobrança de taxas e a das gestoras dos ETF’s serem inferiores a de outros investimentos, o ideal é evitar ao máximo o pagamento de taxas para maximizar os seus lucros.
Por fim, a última desvantagem é o critério quantitativo para compor o pacote de empresas. Os ETFs consideram apenas números e regras pré-determinadas na seleção das ações.