5 formas de investir em ações internacionais

Uma das principais coisas que um investidor deve fazer é diversificar as suas aplicações. Afinal, apostar todas as fichas em um único lugar pode deixar a sua carteira mais exposta. Ao aumentar o leque de opções você se protege da volatilidade do mercado. E uma das formas de variar é com ações internacionais.  

Muita gente não sabe, mas é possível investir em empresas estrangeiras mesmo estando no Brasil. Há diversas formas de fazer isso. Porém, vale destacar que os riscos são relativamente altos, uma vez que também é um mercado de renda variável. Portanto, tenha isso em mente antes de dar esse passo. Para ajudar, preparamos neste texto as formas de investir no mercado externo e as principais apostas para 2022. Boa leitura. 

É possível investir em ações internacionais?

Sim. Porém, vale ressaltar que você deve ter alguns cuidados com esse tipo de investimento. Assim como as ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira, os riscos de aplicar lá fora também são altos, para não dizer maiores. Isso porque as negociações são feitas nas moedas locais. Com isso, conta muito a variação cambial e, assim, a atenção precisa ser redobrada. 

Para quem é um investidor conservador, essa talvez não seja uma boa alternativa. Mas se o seu perfil é mais arrojado e sabe lidar com as variações do mercado, investir em ações estrangeiras pode valer a pena

Como comprar ações internacionais?

O investimento em ativos internacionais começou a ganhar mais espaço após algumas flexibilizações que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) fez nas regras. Uma das principais alterações foi permitir que investidores não qualificados (que possuem menos de R$ 1 milhão investidos) comprassem, por exemplo, ações nos EUA. Com isso, pessoas físicas podem aplicar em empresas de grande porte como Netflix, Apple, Facebook, entre outras. 

E se você está pensando que isso pode ser burocrático, está enganado. A seguir vamos mostrar opções acessíveis e práticas, algumas sem necessidade de abertura de conta no exterior ou de transferências internacionais. Confira as diferenças e escolha a que mais combina o seu perfil de investidor.  

1. BDRs

A sigla BDR significa Brazilian Depositary Receipts que, em português, quer dizer Certificado de Depósito de Valores Mobiliários. Ao aplicar nessa modalidade, você está comprando um título que representa várias ações internacionais. Essa é uma ótima opção para quem deseja aplicar no exterior, mas não sabe, por exemplo, como investir em ações nos EUA. Para simplificar: quando você compra um título de BDR você não está adquirindo um papel em específico, mas sim um título que representa essas empresas, mas que são emitidos no Brasil.

>>> Quer saber mais? O investimento em BDRs tem chamado cada vez mais atenção dos investidores por ser uma boa alternativa de diversificação. No vídeo abaixo, você encontra detalhes sobre essa modalidade, como funciona, tipos, vantagens e desvantagens, além dos principais riscos que ela oferece. Dê o play e aproveite:

2. Fundos de investimentos

Assim como outros tipos de fundos, ao aplicar em um tipo de investimento como esse você estará aplicando em várias empresas ao mesmo tempo. Imagine que um fundo seja um carrinho com vários produtos, de diferentes marcas. Ao aplicar em um deles, você estará comprando um pacote com várias empresas juntas

É uma forma prática de fazer essas aplicações, mas que requer certos cuidados. Isso porque é preciso estudar um pouco as opções antes de investir. Seja pelas empresas que compõem a cesta ou, até mesmo, pelas taxas cobradas pelos fundos. 

3. ETFs 

Você já ouviu falar em ETF? Caso ainda não tenha, saiba que nessa modalidade de investimento você aplica no índice de um indicador. Por exemplo: o ETF do Ibovespa é o BOVA11. Sua valorização (ou desvalorização) ocorre de acordo com o índice do dia. Sabe quando você escuta a notícia: “hoje a Bolsa fechou com alta de 1%”? Então, o ETF é baseado em cima dessa variação, ou seja, ele acompanha o desempenho geral da Bolsa de Valores. 

No caso das ações internacionais, você pode adquirir um ETF atrelado a essa modalidade de investimento. Com isso, não investirá somente em uma única empresa, mas sim em como o mercado como um todo se comporta. Você pode optar, por exemplo, por investir em indicadores como o S&P 500 dos EUA, que comporta o desempenho das 500 maiores empresas do mundo. 

Nessa modalidade de investimento você não precisa enviar dinheiro para fora. Com isso, economiza com custos cambiais, otimizando os seus resultados. 

4. COEs

Sua carteira pode render muito mais com a aplicação em COEs (Certificado de Operações Estruturadas). Aqui no Brasil, é considerado um investimento recente, pois suas negociações acontecem desde 2014. Esse tipo de aplicação funciona com a montagem de uma estrutura por uma tesouraria de um grande banco, como City Bank, Morgan Stanley, BTG Pactual, entre outras instituições renomadas. 

Sua composição pode ser extremamente diversificada, como commodities, moedas, ações, índices e outras formas de investimentos. São essas tesourarias que emitem esses COEs, que possuem datas de vencimento, taxas, vencimentos e aplicações iniciais. Considerado um diferencial, é possível investir no mercado externo, como ações nos Estados Unidos, Europa e, até mesmo, diretamente em commodities. Mas fique de olho: antes de aplicar em um COE, verifique em qual estrutura ele foi montado para ver se faz parte dos seus planos de investimento. 

5. Corretora estrangeira

Se você deseja investir diretamente, a melhor opção é abrir uma conta no exterior. Você pode fazer isso através de uma corretora capaz de fazer as movimentações em território estrangeiro. Após o seu cadastro, é necessário enviar o dinheiro para a conta. Importante ressaltar que essa transação é feita com base na variação cambial. 

Um ponto importante para se atentar é que, ao fazer a transferência de valores, há a cobrança do Imposto sobre Operações de Crédito (IOF). Com isso, é importante ficar de olho nas operações realizadas, pois essas cobranças adicionais podem impactar diretamente na rentabilidade das suas aplicações. 

Quais BDRs devo acompanhar em 2022?

Um dos BDRs mais recomendados pelos especialistas é o US Financial (BIYF39). Ele possui as maiores empresas dos Estados Unidos em seu portfólio. A empresa do mago dos investimentos, Warren Buffett, Berkshire Hathaway, possui 9% deste fundo, com mais de 140 ativos em sua composição.

Outro ativo BDR em alta é o da empresa Pfizer (PFIZ34). Estimulada pela pandemia da covid-19, a empresa é uma das principais fornecedoras de vacinas no mundo. Isso aponta para um resultado significativo em termos de crescimento, aumentando a receita da companhia, o que contribui para a valorização da companhia. 

Quais ETFs devo acompanhar em 2022?

Um dos ativos mais falados quando o tema é ETF é o XINA11. Composto por mais de 700 empresas de grande e de médio portes, o portfólio acompanha o índice MSCI China. A quantidade de corporações representa 85% do universo de capital aberto do país oriental. Juntas, somam um capital de mais de US$ 2 trilhões. Há empresas importantes no portfólio, como o Alibaba Group, um dos maiores sites de e-commerce do mundo. 

O IVVB11 é outra alternativa para quem deseja investir em ETFs atrativos no ano de 2022. Ele representa o índice norte-americano das 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos, que é o S&P 500. Em franca ascensão após a retomada das atividades econômicas pós-pandemia, o mercado acionário americano promete um forte desempenho e é uma boa aposta de investimento. 

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