Backtest: o que é, como fazer, vantagens e desvantagens

Se você investe no mercado financeiro, precisa saber o que é backtest. Afinal de contas, esse tipo de teste ajuda a identificar padrões ou comportamentos do mercado a partir de dados do passado, ou seja, ele pode te ajudar a ter uma tomada de decisão mais assertiva.

A curto prazo, por exemplo, o backtesting pode ajudar o trader a elaborar estratégias para tendências de alta ou queda do mercado, identificando, inclusive, momentos em que não se deve operar. Já a longo prazo, ele pode ser útil para complementar as análises fundamentalistas.

No entanto, a realidade é que grande parte dos investidores ainda desconhecem esse método, por isso, acabam deixando de aproveitar suas vantagens e benefícios.

Sendo assim, para ajudar você a entender mais sobre o backtesting, preparamos este artigo, onde explicaremos o que é esse método, como ele funciona na prática e quais são suas vantagens e desvantagens. Acompanhe a leitura!

O que é backtest?

O backtest ou backtesting, é um tipo de teste que usa dados históricos relevantes, com o objetivo de prever o que pode acontecer no futuro. Ele pode ser aplicado em diferentes áreas do conhecimento, incluindo o mercado financeiro.

No mercado financeiro, ele é utilizado para testar se uma estratégia será bem sucedida ou não, uma vez que ele é usado na hora de fazer determinados investimentos, quando são levantados dados passados do mercado. Com isso, é possível estimar de que forma cada estratégia irá funcionar.

Para atingir o seu objetivo, no entanto, o backtesting deve coletar o máximo possível de informações, pois, um maior detalhamento resulta em uma simulação mais realista do que, de fato, vai acontecer.

A partir disso, se o teste apresentar resultados positivos, o investidor coloca a sua estratégia em ação. Por outro lado, se os resultados do backtest se mostrarem menos favoráveis, talvez a melhor alternativa seja modificar a estratégia, fazer novos testes ou, até mesmo, abandoná-la.

Como funciona o backtest?

Como foi dito anteriormente, o backtest procura por um histórico do mercado que seja relevante para tentar prever o que acontecerá no futuro, visto que a lógica usada nesse tipo de teste é de que a história tende a se repetir.

Sendo assim, ele exige acesso a uma base de dados completa e de confiança, além da utilização de um software repetitivo, que permita a simulação do teste.

No entanto, tudo isso é possível graças ao avanço significativo da tecnologia, que por meio de algoritmos e da inteligência artificial, tornou esse método de previsão acessível ao grande público.

Isso porque, quando não haviam ferramentas capazes de facilitar e agilizar os cálculos, como temos atualmente, somente programadores conseguiam realizar um backtest da forma correta.

Todavia, apesar de o teste estar bem mais acessível atualmente, ainda existem alguns fatores que dificultam a sua aplicação.

O banco de dados utilizado, por exemplo, precisa ser totalmente confiável para disponibilizar resultados assertivos. Isso porque, qualquer discrepância presente nesse banco de dados, mesmo que mínima, pode levar a resultados totalmente equivocados.

Da mesma forma, também é preciso ter atenção ao número de séries usadas no teste, pois simular um alto volume de processos pode demandar bastante tempo. Por outro lado, o uso de poucas séries pode não se aproximar tanto da realidade do mercado.

Por essa razão, é comum que os simuladores passem por uma espécie de tratamento de dados, com o intuito de manter um número adequado de processos, pois isso pode otimizar o tempo e o resultado dos testes.

Qual a importância do backtest no mercado financeiro?

O backtest disponibiliza para analistas, investidores e traders uma forma de avaliar e otimizar suas estratégias de negociação e modelos, antes mesmo de colocá-las em prática.

Afinal de contas, a lógica utilizada nesse tipo de teste é que uma estratégia que funcionou bem no passado provavelmente funcionará no futuro, e vice-versa.

Nesse sentido, considerando que essa premissa é verdadeira, o backtest funciona como uma ferramenta de prevenção de riscos.

Vale a pena usar o backtesting?

Agora que você entendeu o conceito de backtesting, pode estar se perguntando se realmente vale a pena usar essa estratégia no mundo dos investimentos, certo? Para sanar essa dúvida, veja a seguir as vantagens e desvantagens desse tipo de teste.

Vantagens

Entre as principais vantagens, podemos destacar:

  • grande aliado na tomada de decisões sobre o uso de determinadas estratégias de investimento;
  • por se tratar de um teste prévio, os fatores emocionais não são considerados;
  • pode ser aplicado com a técnica de bootstrapping, que consiste na realização de sorteios no conjunto de dados históricos para construir passados considerados alternativos;
  • ao avaliar os cenários, o trader pode confirmar se uma estratégia irá funcionar ou não.

Desvantagens

Apesar de apresentar alguns benefícios bem consideráveis, o backtesting também possui alguns pontos negativos. Os principais deles, são:

  • apesar de mostrar dados históricos do passado, o backtesting não garante 100% de assertividade nos resultados futuros;
  • é necessário saber ponderar os resultados, usando outras métricas que contribuem para uma análise mais completa do backtesting;
  • é fundamental estudar continuamente para tomar decisões embasadas nos cenários econômicos.

Quais são os riscos do backtest?

É sempre importante destacar que, apesar de ser uma técnica bastante utilizada por investidores de grande porte, o backtesting não elimina os riscos do mercado financeiro.

Além disso, esse tipo de teste não dá total garantia que os resultados obtidos no passado se repetirão no futuro.

Afinal de contas, o método usa modelos matemáticos e estatísticos para realizar previsões, não considerando acontecimentos externos e qualquer tipo de fator que possa influenciar o mercado.

Contudo, mesmo sabendo dos riscos que estão por trás do backtest, grande parte dos especialistas recomendam o uso dessa ferramenta para potencializar os resultados e aumentar o índice de assertividade ao alocar recursos no em ativos no mercado financeiro.

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