Utilizado em projetos de softwares ágeis, o BDD (Behavior Driven Development ou Desenvolvimento Orientado para Comportamento), propõe facilitar quaisquer adversidades relacionadas ao ciclo de vida de um sistema, promovendo eficácia e eficiência na comunicação e resolução de possíveis demandas.
Todo sistema possui vida útil e, com o tempo, passa a sofrer alterações que pedem reparos, podendo ou não mirar na assertividade. Dessa forma, o BDD apresenta-se como uma técnica de desenvolvimento fundamental para garantir a funcionalidade e qualidade de um software durante seu ciclo de vida.
O que é o Behavior Driven Development?
O Behavior Driven Development (BDD caracteriza-se por sua capacidade de integrar quaisquer regras do mundo dos negócios à linguagem de programação, configurando-se como uma técnica ágil de desenvolvimento. Lá, o teste é escrito antes do código, focando no comportamento do software trabalhado.
Essa metodologia, ao concentrar-se na linguagem e interações utilizadas durante o processo de desenvolvimento de um sistema, beneficia todos os desenvolvedores durante a criação, pois possibilita que os testes sejam escritos em sua linguagem nativa e também passível de entendimento.
Essa é conhecida por Linguagem Ubíqua e pode ser facilmente compreendida por toda a equipe.
Dessa forma, o código se torna mais compreensível, possibilitando uma comunicação eficiente entre as equipes de desenvolvimento e testes.
De acordo com Dan North, criador do Desenvolvimento Orientado para Comportamento, o BDD pode ser descrito como uma tecnologia ágil, de múltipla escala e com alta capacidade de automação. Ele é capaz de descrever um ciclo de interações definidas, o que resulta na entrega de um software funcional, testado e significativo.
Como o BDD se relaciona com a Cultura Ágil?
A Cultura Ágil é um conjunto de ideias, práticas sociais e comportamentos que se fortaleceu no meio empresarial logo após a ocorrência das transformações digitais.
Suas metodologias são capazes de garantir agilidade, qualidade e adaptação, promovendo um ambiente de trabalho dinâmico, cooperativo e colaborativo.
O BDD, portanto, se relaciona diretamente com esse conjunto de ideias, pois sua técnica garante um processo de desenvolvimento ágil, capaz de envolver todos os times necessários. Isso torna o projeto acessível, pois sua linguagem híbrida colabora com a integração dos usuários do sistema e dos implementadores deste.
Dentre os princípios da Cultura Ágil que estabelecem conexão com o BDD, podemos citar:
- Funcionalidade;
- Autonomia;
- Reflexões para otimizações;
- Satisfação do cliente;
- Ambientação e suporte.
Quais os benefícios e vantagens do BDD?
Escolher o BDD como sua metodologia pode garantir diversas vantagens aos processos e à equipe.
Dentre os benefícios promovidos pela utilização desta técnica, vale citar:
- Comunicação aprimorada: permite que as equipes trabalhem de forma integrada, envolvendo desenvolvedores e testadores. Dessa forma, a metodologia garante o compartilhamento de conhecimento e a efetividade do processo de comunicação.
- Documentação dinâmica: as equipes garantem que a documentação do sistema seja versátil, sem custos e grandes esforços.
- Visão do todo: todas as etapas do processo de desenvolvimento e testagem de software podem ser visualizadas de forma ampla, já que o BDD garante a integração dos times.
Todos os benefícios do BDD citados acima permitem a criação de um software com código de qualidade, alta coesão e baixa taxa de bugs.
BDD, TDD e ATDD: quais as diferenças?
Além do BDD, existem metodologias voltadas para facilitar o trabalho dos desenvolvedores que valem nossa atenção. Uma delas (TDD) é considerada técnica antecessora ao Behavior Driven Development.
O objetivo desta seção é apresentar tais metodologias, conhecidas como Test Driven Development (TDD) e Acceptance Test-Driven Development (ATDD), evidenciando possíveis diferenciações.
O que é o TDD?
O TDD (Test Driven Development ou Desenvolvimento Dirigido por Testes), é uma técnica de desenvolvimento de software baseada em pequenos ciclos de repetições responsáveis pela aplicação de testes, o que antecede o BDD.
A testagem permite que os desenvolvedores planejem códigos de forma fragmentada, garantindo que cada uma das funções do sistema em construção possa ser testada e avaliada.
O TDD é utilizado por diversos profissionais e oferece inúmeras vantagens. Entre elas:
- Soluções ágeis e de qualidade;
- Fácil manutenção do código;
- Desenvolvimento de funções mais completas;
- Organização em todo o processo de desenvolvimento.
O que significa ATDD?
O ATDD (Acceptance Test-Driven Development ou Desenvolvimento Orientado a Testes de Aceitação), configura-se como uma técnica de programação. Ela permite que as equipes trabalhem de forma colaborativa, utilizando testes automatizados para impulsionar o desenvolvimento do código.
Nesta técnica, os testes utilizam uma linguagem compreensível a todos os setores responsáveis pelo projeto e aos clientes.
Diferentemente do TDD, o ATDD foca no trabalho em equipe, uma vez que possibilita a atuação de diversos profissionais no processo de desenvolvimento do software.
Dentre os benefícios desta técnica, podemos citar:
- Cumprimento dos requisitos determinados para o software – já que o ATDD realiza testes de aceitação – capazes de verificar se o sistema comporta-se como esperado;
- Comunicação clara e objetiva entre as equipes;
- Possibilidade de avaliação contínua do software em toda sua fase de desenvolvimento.
Como o BDD une essas funções?
Em sua abordagem o BDD foi capaz de unir algumas vantagens das metodologias citadas acima.
Em se tratando do TDD, a organização e testagem aplicada ao processo de desenvolvimento de software manteve-se no BDD, uma vez que esta metodologia configura-se como uma evolução do Test Driven Development.
Já no ATDD, a comunicação e integração das equipes através de uma linguagem natural também faz parte do BDD, já que esta técnica se relaciona diretamente com a facilitação do processo comunicacional.
Ferramentas para aplicar BDD
Atualmente, existem aproximadamente 40 frameworks de automação de testes disponíveis para a aplicação do Desenvolvimento Orientado para Comportamento (BDD).
Neste artigo, citaremos apenas as principais delas. Confira a seguir!
Cucumber
O Cucumber é uma ferramenta capaz de efetuar descrições em uma linguagem acessível para realizar a execução de testes de aceitação automatizados.
A partir desse recurso, é possível descrever as necessidades dos usuários de uma forma que toda a equipe técnica e não-técnica possa compreender facilitando, assim, a comunicação entre todos os membros do projeto.
JBehave
O JBehave é conhecido como um framework de testes para BDD que, assim como o Cucumber, possibilita a fácil comunicação entre toda a equipe de desenvolvimento e toda a equipe de negócio.
Sua criação baseia-se na mesma filosofia utilizada pelo BDD, pois permite a integração de todos os participantes do projeto através da linguagem natural.
Criado por Dan North, o JBehave foi o primeiro framework produzido para a testagem de aplicações Java.
Spock
O Spock é um framework de fácil aprendizagem, utilizado para aplicações Java e Groovy. Esta ferramenta possui uma linguagem simples e possibilita a realização de variadas combinações de testes.
O framework também apresenta excelente estruturação de testes, pois utiliza o conceito de blocos.
Sua compatibilidade é ampla porque pode ser utilizado em diversas ferramentas de build e servidores de integração contínua.
Considerado como uma mistura de tecnologias que deu certo, o Spock foi inspirado em diversos frameworks, bem como RSpec, JUnit e JMock.
Por que estudar comportamento?
O comportamento é parte essencial do BDD. Afinal, a própria nomenclatura da metodologia permite a correlação.
A principal vantagem desta técnica está relacionada com a comunicação das equipes de desenvolvimento de software.
Desta forma, o BDD prioriza a simplificação do processo comunicacional, preocupando-se com a linguagem utilizada e os cenários do mundo real descritos e solicitados pelo cliente, a fim de torná-lo membro integrado do processo.
O comportamento é essencial nesta metodologia, pois permite que a comunicação integrada entre as equipes técnicas e não técnicas garantam a qualidade do sistema desenvolvido e a satisfação do cliente.
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