Da história aos seus investidores: tudo sobre a Bolsa de Xangai

Apostar no mercado internacional tem se tornado uma opção cada vez mais popular entre os investidores. E a razão é simples: diversificar e preservar o patrimônio. Embora Wall Street normalmente lidere a atenção do mercado, as bolsas asiáticas têm chamado a atenção. Entre elas, a Bolsa de Xangai.

A Ásia é um dos principais mercados financeiros do planeta. A China, em especial, tem se consolidado como uma das maiores economias, líder em tecnologia e inovação. Aqui neste texto nós falamos mais sobre esse mercado, sua história e principais índices e ações negociadas.

O que é Bolsa de Xangai?

Existem três bolsas de valores na China, cada uma delas localizada em uma importante cidade do país. A Bolsa de Xangai, cujo nome é Shanghai Stock Exchange (SSE) é a maior de todas, responsável pela negociação dos principais ativos chineses, entre ações, fundos e títulos. Seu tamanho e importância a colocam na quarta posição entre as maiores bolsas de todo o mundo, além de atrair milhares de investidores todos os anos.

A SSE é governada pela China Securities Regulatory Commission (CSRC), uma instituição governamental. Por isso, sua administração e desenvolvimento é pautado pelas legislações do país, assim como padronização, supervisão e autorregulação.

Quando surgiu a Bolsa de Xangai?

As primeiras operações da Bolsa de Xangai ocorreram ainda no século dezenove, em 1866. Porém, a invasão do Japão ao país, em 1937, fez com que elas fossem interrompidas 75 anos após seu início. A retomada ocorreu cinco anos mais tarde, em 1946.

Ainda na mesma década, em 1949, a Revolução Chinesa fez com a SSE fechasse novamente as suas portas. Foi no dia 26 de novembro de 1990 que ela reiniciou suas operações e, desde então, tem crescido a cada ano, se consolidando como uma das mais importantes do mundo.

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Quais são as principais ações negociadas na Bolsa de Xangai?

Milhares de papéis são negociados todos os anos na bolsa chinesa. Esse volume, somado à sua posição global, faz com que algumas das maiores empresas estejam listadas nela. Veja quais são os principais nomes:

  • AgBank: Banco Agrícola da China e um dos maiores do mundo
  • Bank of China: o banco mais antigo do país
  • China Life: incorporadora de seguros de vida
  • Foshan Haitian Flavouring & Food Co: maior fabricante de molho de soja do mundo
  • PetroChina Company: maior petrolífera chinesa e a maior do mundo em valor de mercado

Talvez você não reconheça um ou mais nomes listados acima, porém, certamente deu para perceber o quanto eles são importantes, não é? Apenas o fato de operarem em um mercado com mais de 1 bilhão de pessoas já as coloca em posição de destaque.

Quais são os principais índices negociados?

Existem dois índices financeiros principais que auxiliam os analistas da Bolsa de Xangai: o SSE Composite e o SSE 50.

O SSE Composite é tão antigo quanto a fundação da bolsa. Ele foi criado em 1991, um ano após a retomada das operações no país. Diferente de muitos índices ao redor do mundo, que são compostos por um grupo específico de empresas, ele reflete todas as ações que são listadas na bolsa chinesa.

Já o SSE 50 engloba 50 das maiores companhias chinesas por capitalização. Com ele, é possível entender como o mercado reage às oscilações e refletem nos papéis disponíveis.

Qual a importância da Bolsa de Xangai para a economia do mundo?

A China é o maior país do mundo em número de habitantes. Já sua economia ocupa a segunda posição em nível global, com PIB superior a US$ 5 trilhões. Toda essa potência, somada às importantes empresas que negociam através de sua bolsa, faz com que o país seja foco de investidores.

Atualmente a SSE possui quase 2 mil companhias listadas. Elas pertencem a diferentes setores de atuação, garantindo a diversificação e amplia a capacidade econômica do país. Automaticamente, o bom desempenho e o franco crescimento desses nomes também reflete na economia mundial, que depende dos recursos do país para produzir itens de tecnologia, além de seus commodities e matéria primas.

Quem pode investir na Bolsa de Xangai?

Qualquer investidor pode investir em papéis comercializados pela Bolsa de Xangai. Entretanto, antes de dar esse passo você deve saber que a SSE opera com duas classes diferentes: a A-share e a B-share.

A-share corresponde às ações negociadas em yuan, moeda oficial chinesa. Isso significa que ela só é operada por investidores do próprio país. Caso os investidores estrangeiros tenham interesse na lista de ações classe A, é preciso ser aprovado em um programa de qualificação, chamado de QFII.

Já a B-share tem suas ações negociadas em dólares americanos. Dessa maneira, elas costumam estar abertas a investimentos estrangeiros.

Se você quer direcionar parte do seu capital a uma companhia chinesa, mas se preocupa com a burocracia do país, lembre-se que existem alternativas de investimento. É o caso dos ETFs, fundos de índice que seguem um determinado indicador de referência, podendo ser ele o SSE 50.

Outra opção de investimento estrangeiro são os BDRs, os certificados que representam os ativos negociados internacionalmente. Em ambos os casos, é possível iniciar essa negociação na B3, a Bolsa de Valores brasileira. Essas são maneiras práticas e seguras de diversificar a carteira e aumentar sua rentabilidade.

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