Ao ter a sua própria empresa é essencial que o empreendedor se atente a alguns pontos para que o negócio flua da melhor forma e traga resultados prósperos e eficazes. Um dos fatores a se preocupar é com o capital de giro do seu negócio.
Você sabe o que ele significa?
A questão mais importante é que ele é um dos responsáveis por auxiliar no controle de indicadores financeiros, no planejamento estratégico e na continuidade operacional do negócio como um todo.
Continue a leitura e descubra mais sobre esse conceito, os tipos existentes e como calcular o seu. Confira!
O que é capital de giro?
É um ativo que calcula a diferença entre os recursos disponíveis no caixa da empresa com a soma das despesas e as contas a pagar. Ou seja, é um recurso que mostra o dinheiro necessário para manter um empreendimento e sua prosperidade no mercado.
Esse ativo circulante se concentra não somente no caixa, mas também em qualquer investimento de alta liquidez, isto é, aqueles que podem ser resgatados a qualquer momento, englobando então:
- salários;
- tributos e encargos trabalhistas;
- internet;
- energia;
- água;
- compra de estoque;
- aluguéis.
Para exemplificar:
Imagina que uma empresa possui 300 mil reais de bens, mas precisa pagar 200 mil reais em obrigações de operação. Seu capital de giro é de 100 mil positivos.
Agora se ela tivesse que usar 350 mil, por exemplo, seu capital de giro estaria em 50 mil reais negativos, fazendo com que ela precise recorrer a empréstimos, investimentos e redução de custos para continuar prosperando.
Quais são os tipos existentes?
Quando falamos sobre o capital de giro de um negócio, um fator a ser levado em conta são os tipos existentes, pois cada um possui um cenário e objetivo diferente.
Antes de explicar cada um deles é importante entender dois conceitos:
- Ativos circulantes: bens ou direitos que podem ser convertidos em dinheiro no curto prazo. Exemplos: estoques, depósitos, matérias-primas, mercadorias.
- Ativos não-circulantes: todos os bens e direitos que só podem ser transformados em dinheiro no médio ou longo prazo. Exemplo: veículos, máquinas e imóveis.
- Passivos circulantes: as obrigações financeiras com prazo inferior a um ano, são consideradas passivo circulante. Exemplo: salários, férias, provisões e demais direitos e participações relativas aos funcionários.
Agora conheça os cinco tipos de capital de giro:
Líquido
É um montante de todos os recursos disponíveis, com exceção dos ativos não-circulantes, já que não convertem dinheiro em curto prazo.
Positivo
Quando a empresa gasta menos do que recebe, é um sinal representativo de operação fluindo naturalmente e com resultados em alta.
Negativo
Significa um alerta para a gestão, pois a empresa está gastando mais do que recebe, ou seja, o dinheiro não está sendo o suficiente para quitar os débitos.
No entanto, qualquer empresa passa por esse tipo, principalmente aquelas que estão em crescimento, já que é normal haver mais custos e investimentos.
Próprio
É o capital que a empresa tem disponibilidade de usar, sem precisar recorrer a empréstimos.
Associado a investimentos
É semelhante a um financiamento para adquirir equipamentos, ou seja, é usar recursos destinados ao suprimento dos custos para um investimento específico.
Como calcular capital de giro?
Por mais que não exista uma regra sobre o montante do capital de giro ideal, é importante a empresa acompanhar as médias do mercado, as tendências do setor, e fazer um planejamento adequado para identificar e determinar seu valor.
Para isso, o mais importante antes de calcular é entender quanto de dinheiro é necessário para quitar todas as dívidas mensais.
Feito isso é só fazer o cálculo: CGL = AC – PC
CGL – capital de giro líquido
AC – ativo circulante
PC – passivo circulante
Portanto, você deve somar as contas a receber e o valor disponível em estoque, depois, subtrair do resultado, as contas a pagar e o valor de impostos e despesas.
Por que o capital de giro é importante?
Você sabia que seis em cada dez empresas fecham as portas antes de cinco anos? É o que diz uma pesquisa do IBGE.
Segundo o SEBRAE, isso acontece por falta de lucro (7%), por falta de capital (20%) e quase 50% dos pequenos empresários do Brasil não sabem se têm lucro ou prejuízo.
Por isso que o capital de giro é de extrema importância, pois ele que mostra se a empresa consegue ou não pagar suas dívidas e faturas no curto prazo.
Em poucas palavras é possível entender que é esse recurso o responsável por medir a eficiência de toda a gestão financeira de um negócio e se ele está com a saúde financeira em dia.
No entanto, é preciso lembrar que embora o saldo do capital de giro seja importante, ele sozinho não indica o suficiente para a gestão. Ele é um dos fatores a serem analisados.
Mais suas principais vantagens são:
- Maior controle das finanças: ele analisa quais são as contas a pagar e a receber.
- Avalia bem a rentabilidade: com ele você identifica se possui algo sem movimentação, como um estoque que pode resultar na baixa da geração de receitas e piora no fluxo de caixa.
- Sinaliza os riscos para o seu negócio: tem a possibilidade de analisar os riscos financeiros da sua empresa e criar estratégias através desses resultados.
- Possibilita maior segurança diante aos imprevistos: assegura as atividades da empresa, evitando que intercorrências e outros problemas futuros surjam no meio do caminho.
Cuide do capital de giro da sua empresa!
Portanto, o capital de giro é aquele fator que vai medir a qualidade do trabalho da sua empresa em relação a gestão financeira, fazendo com que se identifique se as contas estão em dia, se não quais são os motivos e o que vai garantir a prosperidade no mercado.
Agora que você já sabe os conceitos e seus diversos tipos, é hora de se atentar a esses recursos financeiros nas suas empresas e nos fundos de investimento existentes.
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