CI CD difere de DevOps? Muito comum no dia a dia de profissionais de tecnologia da informação, o CI/CD é um conjunto de práticas de integração e entrega contínua para que as equipes de desenvolvimento de aplicativos entreguem alterações de código com mais frequência e confiabilidade.
Ela é uma ação recomendada para equipes de desenvolvedores e operações, sendo também indicada para uso na metodologia ágil. Ao automatizar a integração e a entrega, os integrantes dos grupos de desenvolvimento de software irão conseguir se concentrar em atender aos requisitos de negócios, garantindo a qualidade do código e a segurança do software.
A maioria dos aplicativos modernos exige o desenvolvimento de código usando uma variedade de plataformas e ferramentas, portanto, os times precisam de um mecanismo consistente para integrar e validar as alterações.
Já DevOps une práticas e funcionalidades construídas para encurtar o ciclo de vida de desenvolvimento de sistemas, e aumentar a capacidade de determinado negócio de fornecer aplicativos e serviços em um tempo menor.
Entenda mais sobre o que é CI/CD, para que serve, diferença entre um e outro, relação com DevOps, benefícios e mais. Boa leitura!
O que é CI/CD?
O CI/CD é um método para entregar softwares com frequência aos clientes, introduzindo a automação nos estágios de desenvolvimento de aplicativos. Os principais conceitos atribuídos são integração contínua, entrega contínua e implantação contínua.
Integração contínua (CI)
A integração contínua (CI) é uma prática onde os desenvolvedores realizam pequenas alterações e verificações em um código. Devido à escala de requisitos e ao quantitativo de fases envolvidas, esse fluxo é automatizado para garantir que os times possam desenvolver, testar e finalizar os aplicativos de maneira confiável.
Em síntese, a CI ajuda principalmente a simplificar as alterações de código, aumentando assim o tempo para que os desenvolvedores façam alterações e contribuam para melhorar o software.
Entrega contínua (CD)
A entrega contínua (CD) é a entrega automatizada de um código completo para ambientes como teste e desenvolvimento. Tecnicamente, ele fornece uma maneira automatizada e funciona para que o código seja entregue a esses ambientes.
Você sabia que a implantação contínua é a próxima etapa da entrega contínua? Isso mesmo! Cada alteração que passa nos testes automatizados é automaticamente colocada em produção, resultando em muitas implantações de produção.
A implantação contínua deve ser o objetivo da maioria das empresas que não são limitadas por requisitos regulamentares ou outros.
Para que serve o CI/CD?
Entenda que o CI/CD é uma solução para os problemas que a integração de um novo código pode causar para equipes de desenvolvimento e operações — também conhecido como “integration hell”, em português “inferno de integração”.
Ele especificamente apresenta automação contínua e monitoramento contínuo em todo o ciclo de vida dos aplicativos, desde as fases de integração e teste até a entrega e implantação.
Em conjunto, essas práticas conectadas são frequentemente chamadas de “pipeline CI/CD” e apoiadas por equipes de desenvolvimento e operações que trabalham juntas, de maneira ágil, com uma abordagem DevOps ou engenharia de confiabilidade do site (SRE, em inglês para Site Reliability Engineering).
Qual a diferença entre CI e CD?
Os termos CI e CD tem aplicabilidades distintas, mas que se completam.🧐
O “CI” sempre vai se referir à integração contínua que é um processo de automação para desenvolvedores. A CI bem-sucedida significa que novas alterações de código em um aplicativo são criadas, testadas e mescladas regularmente em um repositório compartilhado.
É uma solução para o problema de ter muitas ramificações de um aplicativo em desenvolvimento enquanto elas podem entrar em conflito entre si.
Já o “CD” tem como referência à entrega contínua e/ou implantação contínua, conceitos relacionados, podendo, às vezes, ser usados de forma intercambiável. Ambos tratam da automatização de outros estágios do pipeline, mas por vezes são usados separadamente para ilustrar o quanto de automação está acontecendo.
Resumindo, CI é um conjunto de práticas executadas enquanto os desenvolvedores escrevem código e CD é um conjunto de práticas executadas após a conclusão do código.
Como diferenciar CI/CD do DevOps, em geral?
Você precisa entender que o pipeline integra a estrutura DevOps/DevSecOps mais ampla, enquanto DevOps trata-se de um conjunto de práticas e funcionalidades desenvolvidas para aumentar a capacidade de um negócio de fornecer softwares e serviços de forma mais rápida do que processos tradicionais de desenvolvimento.
Em um espaço DevOps, as empresas bem-sucedidas “colocam segurança” em todas as etapas e fluxos do ciclo de vida do desenvolvimento, uma prática chamada DevSecOps.
Veja as diferenças entre CI/CD e DevOps:
CI/CD | DEVOPS |
Foco no ciclo de vida | Foco na cultura |
Reunião de alterações para testes | Produção ágil e eficiente |
Práticas de desenvolvimento até implantação final | Práticas ideais para o desenvolvimento, apenas |
Principais ferramentas para CI/CD
O Gitlab é uma aplicação muito atrativa composta de ferramentas e recursos diversos para ajudar os desenvolvedores em seu processo de DevOps.
Você pode ter sua própria instância local (on-premises) ou na nuvem pública, ou até mesmo usar a oferta SaaS hospedada pelo GitLab! Há gratuidade nos dois casos.
Outra coisa é que muitas equipes usam sinalizadores de recursos, um mecanismo de configuração para ativar ou desativar recursos e códigos em tempo de execução.
Os recursos ainda em desenvolvimento são agrupados com sinalizadores de recurso no código, implantados com a ramificação principal para produção e desativados até que estejam prontos para serem usados.
Em pesquisas recentes, as equipes DevOps que usam sinalizadores de recursos tiveram um aumento de nove vezes na frequência de desenvolvimento. Ferramentas de sinalização de recursos como CloudBees, Optimizely Rollouts e LaunchDarkly integram-se com ferramentas de CI/CD para oferecer suporte a configurações de nível de recurso.
Uma vez que a equipe de desenvolvimento tenha selecionado uma ferramenta de CI/CD, ela deve garantir que todas as variáveis de ambiente sejam configuradas fora do aplicativo.
As ferramentas de CI/CD permitem que as equipes de desenvolvimento definam essas variáveis, mascarem variáveis como senhas e chaves de conta e as configurem no momento da implantação para o ambiente de destino.
Exemplos de utilização de CI/CD
Imagine um ambiente de trabalho em que vários desenvolvedores trabalhem simultaneamente fazendo a integração de códigos na ramificação principal de um repositório comum.
Em vez de criar recursos isoladamente e enviar cada um deles no final do ciclo, um profissional se esforça para contribuir com produtos de trabalho de software para o repositório várias vezes em um determinado dia. Muito mais fácil, né?
A grande ideia aqui é reduzir os custos de integração, fazendo com que os desenvolvedores programem mais cedo e com mais frequência.
Mais um exemplo
Em um processo de construção automatizado, todo o software, banco de dados e outros componentes são empacotados juntos.
Por exemplo, se você estiver desenvolvendo um aplicativo Java, a integração contínua empacotaria todos os arquivos estáticos do servidor da Web, como HTML, CSS e JavaScript, com o aplicativo Java e quaisquer scripts de banco de dados.
A integração contínua não apenas empacota todos os componentes de software e banco de dados, mas a automação também executará testes de unidade e outros tipos de testes. O teste dá feedback vital aos desenvolvedores de que suas alterações de código não quebraram nada.
<Leia também: saiba o que é e o que faz um desenvolvedor Back-End />
Quais são os benefícios da CI/CD?
Ele permite que as organizações enviem um software de forma rápida e eficiente.
Além disso, CI/CD facilita um processo eficazmente, para colocar produtos no mercado mais rápido do que nunca, entregando código continuamente para a produção e garantindo um fluxo contínuo de novos recursos e correções de bugs por meio do método de entrega mais eficiente.
Conheça mais vantagens da prática:
- Diminuição da tensão durante o desenvolvimento;
- Mais qualidade e segurança na aplicação;
- Afasta-se dos métodos tradicionais em cascata;
- Evita sobrecarregamento de engenheiros e desenvolvedores;
- Usuários mais satisfeitos;
- Organização com fator competitivo.
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