Como funciona o IOF? Em quais investimentos ele é cobrado?

No Brasil, são cobrados muitos tipos de impostos, dos federais aos municipais. Segundo um estudo do IBPT, o brasileiro precisa trabalhar cerca de 149 dias para pagar as tributações. Dentre eles, temos o Imposto sobre Operações Financeiras. Mas você sabe como funciona o IOF?

Essa é uma cobrança que pode impactar o cotidiano de inúmeras pessoas, uma vez que incide sobre uma série de operações financeiras, não apenas nos investimentos.

Por conta disso, muitos pagam por esse tributo sem se dar conta disso. 

Isso porque o IOF está presente em diferentes operações do dia a dia, como operações de crédito, câmbio de moedas e contratos de seguro. Isso sem falar em alguns investimentos.

Entretanto, para responder como o IOF é cobrado, você deve compreender que as tarifas variam de acordo com a transação. Ou seja, a alíquota que deve ser paga depende do tipo de operação feita.

Para entender melhor sobre como pagar e como funciona o IOF, principalmente nos investimentos, continue a leitura!

O que é o IOF?

Como citado, IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras, um tributo federal pago tanto por pessoas físicas quanto jurídicas. Ele foi criado com o intuito de regular a economia nacional.

Ele não serve apenas para arrecadar receitas para o governo federal, mas também tem a função de medir o desenvolvimento ou retração da economia do país

Afinal, como o imposto é cobrado especificamente em operações financeiras, ele indica se o mercado tem oferecido muito ou pouco crédito às empresas e pessoas físicas. 

Dessa maneira, o governo consegue criar uma espécie de “termômetro” da economia com os dados das movimentações. Afinal, é possível ter uma ideia melhor de como está funcionando a oferta e demanda de crédito no País.

Contudo, não podemos considerar o aumento do IOF como algo exclusivamente de crescimento da economia, uma vez que o tributo também é cobrado nos casos de empréstimos. 

Para entender como funciona o IOF, é fundamental  pensar que o imposto é cobrado sempre que há algum tipo de operação de crédito, como nos casos de câmbio, seguros e empréstimos em um período inferior a trinta dias.

Como funciona o IOF?

Antes de pensar sobre como é cobrado o IOF, é necessário avaliar em quais operações ele deve ser pago. Algumas situações do cotidiano que envolvem o pagamento de IOF são:

  • uso do cartão de crédito;
  • uso do cheque especial;
  • contratação de empréstimo;
  • contratação de seguro;
  • compra e venda de moedas estrangeiras;
  • resgate de investimentos.

Vale lembrar que, para cada caso citado, há uma cobrança diferente de alíquota. Isso significa que o valor pode ser diferente para cada duração da operação. 

Na tabela abaixo você confere a alíquota do IOF referente a cada tipo de operação:

Tabela com alíquota IOF para cada tipo de operação
Fonte: XP Investimentos

Então, para saber quanto pagar e como pagar o IOF, o valor do imposto pode ser calculado multiplicando o valor movimentado pela alíquota referente à operação realizada. 

Por exemplo, se você fez uma compra no exterior no cartão de crédito de R$ 4.000, multiplicando esse valor por 6,38% (ou 0,0638), descobrimos que o valor pago do IOF é de R$ 255,20. 

Lembre-se de que o IOF também é cobrado em alguns tipos de investimentos, com uma ligação direta ao tempo em que o dinheiro está rendendo. Para simplificar, quanto maior o período de aplicação, menor é a tributação do imposto

Confira essa tabela de IOF regressivo:

Tabela IOF regressivo
Fonte: XP Investimentos

O que podemos entender disso? A alíquota se inicia em 96%, e vai diminuindo conforme o tempo vai passando. Então, ao chegar ao trigésimo dia, o IOF é zerado.

Mas como funciona o IOF caso você deseje retirar o dinheiro antes? Ele é cobrado sobre o valor do rendimento (aquilo que você ganhou), e não sobre o valor total investido.

Então, vamos supor que você investiu determinada quantia e, em 12 dias, a aplicação rendeu R$ 50. Para calcular como é cobrado o IOF se você retirar o valor, é necessário multiplicar a porcentagem do IOF pelo rendimento.

Ou seja, em doze dias a taxa é de 60%. Multiplicando pelo que o investimento rendeu, que foi R$ 50, temos um valor a ser pago em imposto de R$ 30.

Porém, não é em todos os investimentos que a tributação do IOF é cobrada. Comentaremos mais sobre isso a seguir.

Quando e como é cobrado o IOF nos investimentos? 

Entre as diferentes análises que devem ser feitas ao considerar o melhor investimento, muitos esquecem de avaliar o IOF. Como vimos, o tributo segue regras de acordo com o tempo e o tipo de aplicação.

Um dos maiores exemplos disso é a renda fixa. Muitos investidores optam por ela por questão de segurança, com o perfil mais conservador. 

Entretanto, a rentabilidade também pode ser mais baixa, principalmente quando pensamos nos investimentos que possuem incidência do IOF. São eles:

  • CDB (Certificado de Depósito Bancário);  
  • LC (Letra de Câmbio); 
  • LF (Letra Financeira);  
  • Tesouro Direto. 

A cobrança do imposto depende do tempo que o dinheiro fica investido e, como vimos, a porcentagem é em cima do rendimento. Ou seja, 96% da rentabilidade até a taxa zero depois de trinta dias. 

Os fundos de investimentos, uma das modalidades que têm se popularizado no cenário de investimento brasileiro, atuam de forma similar à renda fixa. A incidência do IOF vai depender do tipo de aplicação, mas a tabela regressiva funciona da mesma maneira.

Como ter isenção do IOF?

A principal estratégia para não precisar pagar o IOF nos investimentos é manter o valor aplicado por pelo menos trinta dias antes de realizar o resgate. Assim, não haverá cobrança desse imposto.

Outra opção é montar uma carteira de investimentos com ativos financeiros que sejam isentos de IOF. Algumas das opções são:

  • CRI; 
  • CRA; 
  • LCI; 
  • LCA; 
  • Debêntures; 
  • Fundos de Renda Fixa. 

Agora que você já tem uma ideia de como funciona o IOF e como conseguir a sua isenção, que tal aprender a diversificar a sua carteira

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