Como investir em fundo DI? 5 dicas para acertar em cheio

Seja você um iniciante no mundo das aplicações financeiras , um investidor de perfil conservador ou alguém experiente buscando montar uma carteira mais variada, esteja certo de uma coisa: o conhecimento é um grande aliado. Ou seja, você está no lugar certo, uma vez que neste post, você saberá como investir em fundo DI e terá mais embasamento para aproveitar todas as vantagens dessa modalidade.

Fundos DI são investimentos referenciados em renda fixa que formam uma opção de rentabilidade modesta, porém, mais segura do que opções mais arrojadas disponíveis no mercado.

Confira outras características importantes dessa modalidade de aplicação e conheça nossas recomendações para sua utilização.

O que são fundos DI?

Os fundos DI são modelos referenciados, aqueles com base em um indicador específico, que nesse caso são indexados junto ao CDI ou à taxa Selic. Eles obrigatoriamente precisam ter ao menos 95% de títulos atrelados ao CDI na sua composição.

Por conta disso, podemos considerá-lo um investimento pós-fixado, uma vez que o rendimento tem a chance de aumentar ou diminuir com base nas alterações sofridas pelo indexador utilizado em seu benchmark.

O CDI é uma taxa de curtíssimo prazo, com base nos empréstimos realizados diariamente entre instituições financeiras para garantir que elas estejam com saldo positivo ao fim do dia. O investimento no CDI, portanto, ocorre apenas entre bancos e financeiras, não podendo ser realizado individualmente.

De modo geral, fundos DI são modelos de baixíssimo risco e com uma rentabilidade maior que a da Poupança. Saber como investir no fundo DI é fundamental  para evitar os custos atrelados à modalidade e assim obter mais rendimento.

Qual a rentabilidade do fundo DI?

Um dos fatores mais avaliados na hora de escolher os seus investimentos é a rentabilidade, não é mesmo? Nesse ponto, a rentabilidade do fundo DI costuma ficar em torno de 100% do CDI, diretamente influenciado pela taxa de juros praticada no momento, lembrando que CDI é um título de curtíssimo prazo.

Considerando essa porcentagem, vale a pena investir nos fundos DI? Isso irá depender de outras características muito relevantes, que são a liquidez e os custos praticados pela corretora de investimentos ou pelo banco contratado para cuidar da sua carteira.

Em um ponto positivo, a liquidez dos fundos DI pode ser diária ou até imediata. Isso significa que não há período de carência e o investidor pode solicitar o resgate a qualquer momento, na maioria dos casos, sendo importantíssimo ficar atento ao regulamento da carteira.

Já em relação aos custos, o principal fator é a taxa de administração, valor cobrado pela instituição para gerir o investimento e montar sua estratégia de aplicação.

Como o rendimento fica próximo a 100% do CDI, essa cobrança diminui o retorno obtido e pode torná-lo menos interessante, se comparado a outras opções, como CDB por exemplo. Algumas corretoras praticam taxa zero no fundo DI, sendo ideal optar por elas ao montar sua carteira.

A aplicação  também está sujeita à cobrança de Imposto de Renda, com alíquota que varia de acordo com a tabela regressiva abaixo:

Prazo Alíquota IR
Até 180 dias 22,5%
181 a 360 dias 20%
361 a 720 dias 17,5%
Superior a 720 dias 15%

 

Nos meses de maio e novembro, com seis meses de intervalo, há a cobrança do come-cotas, uma espécie de adiantamento do IR a ser recolhido. Por fim, pode ser cobrado o IOF, caso o resgate aconteça antes do investimento completar 30 dias.

Como saber se investir em fundos DI é para mim?

Mesmo no modelo pós-fixado, investir em fundo DI é previsível e seguro, mesmo que a rentabilidade não seja tão elevada, como em modelos mais arrojados podem atingir. Dessa forma, podemos estabelecer que é uma opção válida para todos os perfis de investidores.

Primeiro, temos os conservadores, que não gostam de se arriscar e por isso encontram na modalidade uma alternativa dentro dos seus padrões. Depois, temos investidores de perfil moderado a arrojado, que podem aplicar nesse tipo de fundo para variar sua carteira e equilibrar os riscos.

Isso porque eles são uma ótima opção para montar uma reserva de emergência, especialmente no curto prazo, considerando suas principais características apresentadas acima.

Quer saber mais sobre como criar uma reserva? Assista ao vídeo a seguir:

Já falamos sobre fundos DI antes, abordando suas vantagens e desvantagens. Confira esse conteúdo para definir se esse investimento faz sentido de acordo com o seu perfil: Fundo DI: como funciona, vantagens e desvantagens

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Como investir em fundo DI? 6 boas práticas

Agora que você já tem uma noção sobre como ele funciona e está por dentro das suas principais características, vamos falar sobre como investir em fundo DI corretamente. Para isso, montamos um guia com 6 práticas recomendadas para avaliar essa alternativa. Vamos conferi-las?

1. Evite custos de administração

A dica mais importante envolve a hora de escolher a sua corretora de investimentos ou instituição que irá administrar a sua carteira. Basicamente, se ela cobrar taxa de administração, não vale a pena aplicar no fundo DI com essa instituição.

Contudo, há muitas opções que não cobram esse valor, logo, não diminuem o seu rendimento na modalidade. Isso acontece por ser uma alternativa segura, que atende tanto os conservadores quanto aqueles que estão iniciando no mundo dos investimentos.

2. Fique atento ao “come-cotas”

Os come-cotas são adiantamentos do IR, ficam em torno de 15% sobre os rendimentos, ocorrem de seis em seis meses, em maio e novembro, e são deduzidos automaticamente.

O que vale considerar aqui é o tempo que pretende manter o investimento no fundo DI, já que quando você fizer o resgate e tiver que pagar o Imposto de Renda, o valor adiantado é deduzido da alíquota. Portanto, fique atento à tabela regressiva de IR, mostrada anteriormente.

3. Conheça as datas de conversão e pagamento

Em geral, é importante ficar atento ao regulamento geral do investimento. Para investir em fundos DI, é primordial conhecer as datas de conversão e pagamento, ou seja, respectivamente quando o valor da cota será calculado e quando ele efetivamente estará disponível ao investidor.

Elas costumam variar entre D+0 e D+1. Na D+0, o cálculo e o pagamento ocorrem no mesmo dia que o resgate é solicitado, já na D+1, o pagamento é feito um dia útil após o pedido de retirada.

4. Compare e considere

Variar a carteira de investimentos é muito importante, por isso é válido considerar investir em fundos DI na maior parte das vezes que busca uma opção em renda fixa. Para escolher entre uma e outra, a melhor prática é comparar suas alternativas.

Por exemplo, fundos DI têm alta liquidez e contam com uma rentabilidade previsível, com base no seu indexador.  Contudo, eles costumam solicitar um valor mínimo de aplicação em torno de R$ 500, o que é muito acima dos R$ 30 mínimos para investir no Tesouro Direto, para se ter uma ideia.

Outro comparativo interessante é entre o fundo DI e o CDB, observe as diferenças entre eles:

Fundo DI CDB
  • Pode cobrar taxa de administração
  • Não é amparado pelo FGC
  • Não pode ter emissor individual, elevando a proteção do rendimento
  • Cobrança de IR diminui com a duração do investimento
  • Não cobra taxa de administração
  • É amparado pelo FGC
  • Pode ser mais arriscado, por permitir emissor único
  • Cobrança de IR prevista no contrato, se este for renovado, a alíquota volta ao valor inicial

5. Faça uma análise minuciosa das projeções

Nossa última recomendação sobre como investir em renda fixa é analisar criteriosamente as opções de Fundo DI disponíveis por meio da sua corretora. Nessas plataformas, é possível ter acesso a uma grande variedade deles, cada um com seu regulamento, composição e projeção de rentabilidade.

Confira o valor de aplicação mínima, o histórico de rentabilidade e prazos definidos pelo administrador. Compare com outras ofertas e escolha de acordo com o que é mais adequado para atingir os objetivos da sua carteira.

Como falamos, montar um catálogo de investimentos variados é a prática ideal para atuar nesse ramo com segurança e rentabilidade. Não existe um modelo de renda, seja fixa ou variável, que compense ser a única aplicação da sua carteira.

Previsível, seguro e moderado são palavras que podem descrever o investimento em fundo DI. Por esse motivo, são ótimas alternativas para investidores iniciantes ou de perfil conservador, mas ainda as colocam como viáveis para até os mais arrojados.

Agora que já sabe como investir no Fundo DI, quer descobrir mais possibilidades dos fundos de renda fixa? Então, não deixe de conferir os cursos da Escola de Investimentos da XP, a Xpeed. Temos várias especializações que podem garantir o seu futuro como investidor.

Se quiser ampliar o seu conhecimento em temas como investimento, educação financeira e outros, não deixe de conferir outros artigos do nosso blog!

E então, qual será o seu próximo passo? Seja qual for, você pode contar conosco. Até mais!

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