Não há dúvidas de que situações desafiadoras, como falta de emprego e instabilidade econômica, mexem com o estado de espírito das pessoas. Esse comportamento disfuncional muitas vezes está atrelado a crenças limitantes sobre dinheiro, afirmações que acreditamos como verdades, porém nem sempre, o são.
Crenças limitantes sobre dinheiro nada mais são do que conceitos que estamos acostumados a ouvir sobre recursos financeiros e, por acreditar, nos afastam de transformar a realidade econômica. Nesse sentido, em que momento perdemos o medo de gastar dinheiro ou de preservá-lo?
Neste artigo vamos explicar o que gera as crenças sobre dinheiro e como é possível reverter esse hábito.
O que são crenças limitantes e como revertê-las?
Crenças limitantes são ideias que fortalecemos em nossa mente e encaramos como verdade absoluta na maioria das vezes.
Durante o nosso amadurecimento, somos influenciados por pessoas e experiências, o que pode nos induzir a acreditar em narrativas que não condizem com a realidade.
Existem três tipos de crenças limitantes:
- crenças hereditárias: que vêm dos pais e do sistema familiar;
- crenças individuais: criadas nas experiências individuais;
- crenças sociais: geradas pela sociedade e reforçadas pela mídia.
Vamos exemplificar!
Você, já deve ter escutado de seus pais: “Dinheiro não dá em árvore”, não é verdade?
Eles, certamente, te disseram isso como uma forma de fazer você valorizar o dinheiro. Porém, uma frase deste tipo, quando repetida durante toda a infância, fica no subconsciente e leva a crer que é preciso trabalhar duro para conquistar a liberdade financeira.
Esse tipo de associação pode interferir na forma como você lida com suas finanças e, assim, determinar o seu sucesso (ou fracasso).
Ou seja, uma crença limitante como essa pode gerar um mindset financeiro que associa dinheiro a dificuldade e, desse modo, pode afetar a sua busca por rendimentos e, até mesmo, prejudicar sua qualidade de vida.
Afinal, se você acredita que dinheiro é tão difícil de conseguir, provavelmente, achará que não merece ou que não pode tirar férias, por exemplo. Entendeu a conexão e a profundidade do assunto?
Três dicas para fazer o dinheiro seu aliado
- Crie um mantra dizendo para si mesmo que não há problema em ter dinheiro. Pode não ser uma atitude fácil inicialmente, mas durante o tempo se tornará um hábito enriquecedor;
- Desacelere nas compras. Dê tempo para equilibrar suas finanças;
- Defina um orçamento para gastar com diversão, isso ajudará a reduzir a ansiedade.
Percebeu como é possível deixar os problemas como dinheiro no passado? Desenvolva esses três hábitos durante algum tempo e verá a diferença no futuro.
>>> Leia também: Como quebrar o tabu do dinheiro
Crenças limitantes sobre dinheiro e suas consequências
Talvez você não perceba, mas a fobia e a ansiedade financeira afetam bastante a vida dos brasileiros.
Para se ter uma ideia, grande parcela dos brasileiros vive com essa realidade constrangedora. Abaixo seguem alguns números:
- 39% se sentem culpados e ansiosos quando o assunto é dinheiro;
- 46% afirmam ter ansiedade em relação à própria situação financeira;
- 2 em cada 3 pessoas declaram sentir algum cansaço por conta das preocupações financeiras;
- 39% dizem adiar decisões financeiras por medo de encarar as próprias finanças.
Tais resultados foram levantados em pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva, a pedido da XP Educação, parte educacional do grupo XP Inc. O estudo, de 2020, foi realizado com 1.500 pessoas.
Não obstante, especialistas envolvidos no setor contam que muitas pessoas pedem ajuda para melhorar sua relação com o dinheiro sem mesmo imaginar que sofrem de ansiedade ou fobia financeira.
Para quem entende do assunto, há alguns pontos a serem cumpridos para que a ansiedade e fobia financeira fiquem para trás, como:
- o reconhecimento do problema;
- a busca por acesso à informação;
- a abertura de espaço para diálogo;
- o pedido de ajuda
Comportamentos como esses podem abrir espaço para novos olhares, além de aliviar conflitos internos carregados e mal resolvidos. Reconheça o problema e procure respostas para entender o que se passa dentro de você.
Como aprender sobre investimentos?
Os investimentos são alternativas de ganho financeiro cada vez mais corriqueiras na vida das pessoas. Ações, títulos ou fundos, por exemplo, prospectam alta rentabilidade, seja para adquirir patrimônio ou para viver de renda.
Um dos tipos de investimentos mais tradicionais no Brasil, a Poupança não segue mais como a melhor alternativa. Embora tenha um rendimento mensal em 0,5%, uma vez que a Taxa Selic está em 12,75% ao ano, e considerada de baixo risco, ela oferece um dos rendimentos mais baixos do mercado.
Fatores como aniversário de depósito e falta de diversificação de carteira também comprometem a estabilidade do investimento. Sabe por quê?
Como o aniversário do depósito corresponde a cada 30 dias, isso gera um certo rendimento. Portanto, ao realizar um saque antes desse período, você tem a chance de resgatar apenas o dinheiro investido. Ao esperar passar esse tempo, aumenta-se a probabilidade de você retirar o investimento e os juros complementares.
Além do agravante que o rendimento da Poupança é um dos menores no mundo dos investimentos.
Por último, deve-se considerar uma carteira de investimentos diversificada, seja em renda fixa ou variável, o que possibilitam maior probabilidade de ganhos.
Neste vídeo, a economista italiana Annamaria Lusardi conta sobre a importância da educação financeira para o mundo hoje e no futuro.
Como criar o hábito da educação financeira?
Após perceber que as crenças limitantes sobre dinheiro não geram bons resultados, apenas são paradigmas que construímos ao longo do tempo, fica mais fácil buscar soluções sólidas.
Diante das opções apresentadas, vale a pena se aprofundar no assunto e descobrir o que faz você perder dinheiro. Será algum conflito pessoal, medo de enriquecer ou uma boa estratégia? Pode apostar que o melhor meio é estudar, porque levará você ao autoconhecimento financeiro.
Pensando nisso, indicamos o Combo: Curso de Educação Financeira, da XP Educação. Aqui você encontrará quatro cursos básicos que farão você entender sua relação com o dinheiro, além de receber conceitos iniciais para investir com segurança.
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