Os fundos de criptomoedas são uma boa alternativa para aquelas pessoas que não pretendem investir diretamente em ativos digitais. Afinal, eles oferecem diversos benefícios, como: diversificação imediata, investimento seguro, gestão profissional, menor necessidade de manutenção, entre outros.
Porém, grande parte das pessoas ainda tem dúvidas sobre como funcionam os fundos, quais são as principais características e como fazer investimento. Pensando nisso, preparamos um guia completo sobre o assunto. Leia até o fim e tire todas as suas dúvidas.
1- O que são fundos de criptomoedas?
Trata-se de fundos de investimentos que contêm criptomoedas na sua composição. A maioria tem uma fatia do portfólio para a renda fixa, enquanto a outra parte é direcionada para aplicações em criptoativos. Pode ser definido como um tipo de investimento coletivo, com vários investidores, tanto pessoas físicas como jurídicas. Os participantes são denominados de cotistas.
O patrimônio líquido do produto é formado pela soma de todo o valor aportado, excluindo apenas as obrigações. Esse montante é designado para os criptoativos selecionados, e o retorno é distribuído entre os investidores, de acordo com a quantia alocada por cada um.
De forma técnica, grande parte dos fundos são classificados na categoria “multimercado”. Esse tipo de produto financeiro autoriza a alocação de recursos em vários modelos de ativos, seja em renda fixa ou variável.
No Brasil, a exposição dos fundos de criptomoedas ocorre nos principais ativos digitais do segmento – Bitcoin e Ethereum (ETH). Existem ainda alternativas que separam recursos em tokens do ecossistema das finanças descentralizadas (DeFi).
2- Como funcionam os fundos de criptomoedas?
O funcionamento dos fundos de criptomoedas é semelhante ao dos fundos de investimento convencionais. Isso significa que eles acompanham as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), principalmente a instrução 555, de 2014, que aborda com mais detalhes as informações referente a esse produto financeiro.
É importante destacar ainda que, em 2018, foi publicado um ofício-circular 11/18. Esse documento explica as possibilidades e as condições para investimentos em criptoativos pelos fundos no país. A partir de agora, esclarecemos os pontos mais importantes dessas duas orientações.
Exposição
O primeiro assunto em destaque é em relação aos fundos de criptos para investidores de varejo e investidores qualificados.
- Investidor de varejo (individual): 20% de exposição em criptomoedas e 80% em títulos de renda fixa;
- Investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão investidos) e profissionais (com mais de R$ 10 milhões): o valor de exposição a Bitcoin e altcoins (qualquer criptomoeda diferente do BTC) pode sofrer oscilações entre 40% até 100%.
Investimento direto
As gestoras têm autorização para aplicar investimentos de forma indireta em criptomoedas, tanto no exterior quanto em instituições regulamentadas.
Esse processo pode ser conduzido por meio da compra de cotas de fundos e derivativos, entre outros ativos negociados em terceiras jurisdições. Porém, a CVM informa que eles devem ser “admitidos e regulamentados naqueles mercados”.
Gestão
Os fundos têm dois tipos de gestão.
- Ativa: o objetivo é ultrapassar a rentabilidade de um índice de referência (benchmark), como o CDI;
- Passiva: a proposta do produto é replicar a mesma rentabilidade que um índice específico.
Estrutura
Os fundos de cripto não podem funcionar de qualquer forma. Eles têm uma estrutura para administrar os recursos.
- Gestor (responsável por decidir os investimentos);
- Administrador (instituição financeira que define as características da carteira);
- Custodiante (instituição que guarda os ativos);
- Auditor (responsável por conferir às demonstrações contábeis);
- Distribuidor (aqueles que distribuem o produto);
Uma assembleia geral também deve ser implementada para debater assuntos relacionados ao produto.
Custos
Os cotistas precisam arcar com uma taxa de administração que será utilizada para custear os serviços da administração e da gestão. Os custos variam de 0,5 a 2%, que devem ser pagos anualmente.
A taxa de performance também é de sua responsabilidade. Trata-se de uma remuneração para a equipe que superar o valor determinado no índice. Essa quantia é semelhante a um bônus por um desempenho de qualidade.
3- Qual o investimento mínimo em fundos de criptomoedas?
Não existe um valor padrão. Isso porque, a definição depende da gestora e do produto. Veja abaixo uma média para cada caso:
- Fundo de cripto para o varejo: é possível encontrar um mínimo de R$1;
- Investidores qualificados: varia entre R$ 5 mil a R$ 50 mil;
- Produtos para os profissionais: a entrada mínima vai de R$ 50 mil a R$ 100 mil.
4- Como investir em fundos de criptomoedas?
O processo pode ser feito diretamente no site de gestoras. Em grande parte dos casos, é necessário preencher um cadastro com os seus dados pessoais.
- Data de nascimento;
- Estado civil;
- Nome da mãe.
O sistema pode solicitar ainda fotos de documentos, como CPF ou CNH.
5- Quais são os melhores fundos de criptomoedas no Brasil?
A Infomoney listou os melhores fundos de criptomoedas em nosso país. Veja a lista completa abaixo.
- BLP Digital 100 FIM IE, da BLP Asset: o produto financeiro é indicado para os investidores profissionais. Ele garantiu uma rentabilidade de 160% em 12 meses;
- QR Blockchain Assets FIM IE, da gestora QR Asset: rendeu 130% em 2021. De acordo com o site da empresa, somente investidores qualificados podem adquirir o fundo de criptoativo;
- Vitreo Criptomonedas FIC FIM IE, da Vitreo: valorização de 118%, tendo como público-alvo o investidor qualificado;
- Hashdex 100 Nasdaq Crypto Index FIM IE, da gestora Hashdex: rendimento de 108%. Ao contrário das opções anteriores, essa modalidade é direcionada para o varejo;
- QR BTC Max FIM IE: permite somente investidores qualificados. O rendimento foi de 73%.
6- Vale a pena investir em fundos de criptomoedas?
Para garantir os benefícios dos fundos de criptomoedas, é fundamental conhecer esse tipo de investimento a fundo. Isso é muito importante porque ajuda a tomar as melhores decisões.
A regra é clara: quanto mais conhecimento, maiores serão as possibilidades de garantir bons rendimentos financeiros.
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