Investimento para startups: qual o mais interessante para você?

O investimento para startups pode ser um caminho interessante para pessoas e empresas que querem apostar em negócios promissores, com alto potencial de crescimento e de rentabilidade.

Entre os motivos pelos quais pode valer a pena aplicar o seu dinheiro nesse modelo empresarial, o que mais se destaca é a possibilidade de obter lucros acima da média e, teoricamente, ilimitados.

Ao investir em uma startup você, basicamente, passa a fazer parte do quadro de sócios dessa empresa. Por conta disso, sobre o lucro que ela tiver, você terá direito a uma parte, proporcional à quantia aplicada.

Considerando que não existe uma fronteira que delimite o crescimento para uma companhia, é possível dizer que os seus ganhos também podem ser sem limites — em outras palavras, quanto mais a startup cresce, mais seus investidores lucram.

Porém, é essencial se atentar a um ponto muito importante: um investimento para startup não é garantia de lucratividade. Isso porque essas empresas são modelos de negócios inovadores, que atuam em um ambiente de incertezas, o que quer dizer que ela pode, ou não, dar certo.

Também por essa razão, esse tipo de aplicação tende a ser mais interessante para quem tem o perfil de investidor arrojado/agressivo, que possui certo conhecimento de mercado e das estratégias que envolvem esse processo.

Mas, mesmo que esse não seja o seu perfil no momento, é bastante válido entender um pouco mais sobre investimento para startup, também como uma forma de ter outras opções de aplicação para diversificar a sua carteira.

Dito isso, siga com a leitura deste artigo e confira quais são os principais tipos de investimentos que você pode fazer em empresas como essas.

5 exemplos de investimento para startups

De acordo com o relatório “Report Retrospectiva 2021”, da Distrito, as startups brasileiras receberam US$ 9,4 bilhões em aportes no último ano, o que representa quase três vezes mais o valor recebido em 2020.

É possível acreditar que as características das startups — inovação, escalabilidade e repetitividade — podem ser os motivos pelos quais essas empresas atraem tanto a atenção dos investidores.

Se esse também é um mercado que interessa a você, saiba que os tipos de investimentos em negócios desse tipo variam de acordo com o estágio de maturação da companhia. Ou seja, o tamanho do aporte financeiro tende a estar relacionado com o momento que a startup está vivendo.

Assim, entre os tipos de investimentos para startups existentes, estão:

  • Equity Crowdfunding
  • Private Equity
  • Investimento-anjo
  • Investimento Semente  
  • Venture Capital  

Equity Crowdfunding

O Equity Crowdfunding pode ser uma alternativa bastante interessante para quem está começando nesse mercado ou para pessoas que não dispõem de grandes quantias para aplicar nas startups.

Ele funciona como uma espécie de investimento participativo, no qual é possível investir diretamente em uma empresa desse modelo por meio de plataformas próprias para esse fim, que precisam ser devidamente autorizadas pela CVM, Comissão de Valores Mobiliários.

Private Equity

O Private Equity também é um tipo de investimento que pode ser feito diretamente para a empresa, especialmente para aquelas que não têm capital aberto.

Uma característica desse modelo de aplicação é que ele costuma ser mais voltado para companhias que já estão em operação e, por conta disso, já têm clientes, faturamento e certa participação no mercado.

Investimento-anjo

Já o investimento-anjo é mais voltado para pessoas físicas ou jurídicas com certa experiência de mercado e com capital um pouco mais expressivo disponível para aplicação — de acordo com o portal Anjos do Brasil, os aportes nessa fase variam, em média, entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão, mas podem chegar até R$ 1,5 milhão.

Geralmente, o investidor-anjo é procurado pelos idealizadores da startup quanto já estão iniciando suas operações, ou seja, a ideia já saiu do papel e os primeiros produtos e/ou serviços já estão sendo testados.

Por conta disso, também é normal (e até esperado) que o investidor-anjo participe ativamente das decisões e atue como um mentor dos fundadores.

Investimento Semente  

O investimento semente, ou seed money, está um passo adiante do investimento-anjo. A ideia aqui é contribuir financeiramente para que a empresa dê os primeiros passos rumo à sua expansão.

Esse tipo de investimento para startups é requerido pelos empreendedores quando o negócio já tem produtos e/ou serviços lançados, os quais estão gerando certo faturamento. 

No entanto, precisam de recursos para crescer, como dinheiro para adoção de novas tecnologias, atração de talentos, aprimoramento de processos, entre outros pontos relacionados.

Venture Capital 

As aplicações de Venture Capital costumam alcançar a casa dos milhões e acontecem em rodadas, de modo que o capital injetado seja compatível com o risco apresentado pelo negócio.

Por conta disso, esse é um tipo de investimento mais direcionado para pessoas ou empresas bem experientes, com recursos suficientes para ajudar a alavancar a startup.

Para aplicar valores dessa forma, os investidores consideram pontos como a base de clientes que o negócio já tem, seu potencial de expansão e seu modelo de receita. 

A fim de entregar esses números, os idealizadores precisam usar ferramentas como TAM, SAM e SOM, para identificar o tamanho do mercado da empresa, ou fundraising, metodologia que ajuda na captação de recursos.

Como escolher em qual startup investir

Um jeito de investir em novas companhias é considerar pontos como:

  • mercado alcançável;
  • produto e/ou serviço oferecido (se é mesmo inovador);
  • qualificação da equipe;
  • escalabilidade;
  • potencial de crescimento e de lucratividade.

Lembrando também que você pode investir de maneira individual ou em conjunto com outros investidores, considerando sempre o seu perfil de investidor e objetivos com essa estratégia.

Este artigo foi escrito pela Movile, empresa que realiza investimentos de longo prazo em empresas de tecnologia na América Latina e visa ser a maior ‘tech thesis maker’ da região. 

Por meio de sua expertise em cultura, estratégia, M&A, finanças e gestão, apoia companhias como Afterverse, a55, iFood, MovilePay, Sandbox, Sympla, Sinch, Zoop, Mensajeros Urbanos e Moova. 

A Movile conta com um portal de conteúdo proprietário, o Movile Orbit, no qual compartilha conhecimento de seus especialistas sobre os temas mais relevantes do mundo dos negócios.

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