Aprenda como investir FGTS no Tesouro Direto [PASSO A PASSO]

Com a liberação de saques do FGTS, o trabalhador pode aumentar seu patrimônio com a ajuda de opções de investimento seguras

O FGTS é um benefício previsto por lei que é oferecido a todo trabalhador em regime CLT. Originalmente, seu resgate é restrito a situações de demissão ou em casos específicos, como doenças e compra de imóvel. Entretanto, atualmente o Governo vem flexibilizando as condições de acesso ao FGTS, possibilitando investir esse benefício no Tesouro Direto.

Se você tem ou teve a carteira assinada e conseguiu acumular esse saldo, pode usá-lo para investir. Afinal, melhor que dinheiro parado é dinheiro rendendo. Neste artigo, nós ensinamos a como fazer. Vamos lá?

O que é FGTS?

O FGTS é a sigla de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Basicamente, ele se trata de um fundo criado pelo Governo Federal e sua função é formar uma reserva de dinheiro para o trabalhador registrado.

O depósito é feito mensalmente pela empresa contratante e corresponde a 8% do valor do salário. Inicialmente, ele não podia ser resgatado em qualquer situação, apenas em casos como demissão e doença.

Como é possível realizar o saque de contas do FGTS?

Recentemente, o Governo Federal passou a liberar saques extraordinários do FGTS. Com o objetivo de aquecer a economia, o trabalhador pode usar parte do saldo disponível nesta conta da maneira como quiser.

O saque extraordinário ocorre de acordo com o mês de nascimento do profissional. Nas regras atuais, o limite é de até R$ 1 mil. O valor é depositado na conta poupança social digital, que é criada automaticamente pela Caixa.

Outra maneira de ter acesso a parte do fundo é por meio do saque-aniversário. Neste caso, o trabalhador pode alterar a modalidade de recebimento e ter acesso aos valores anualmente no mês de seu aniversário.

Aqueles que optam por esse tipo de saque não têm direito ao saque total do FGTS em casos de desligamento. Isso significa que apenas o resgate referente à multa rescisória pode ser feito.

O que é mais vantajoso: sacar e reinvestir o FGTS ou deixar ele rendendo no próprio fundo?

Normalmente, o saque do FGTS costuma ser uma opção para trabalhadores endividados ou com objetivos definidos. É o caso de quem precisa reformar e, em alguns casos, até mesmo viajar. Mas esse recurso também pode ser usado para gerar rendimento.

Alguns não sabem, mas o próprio fundo possui uma porcentagem. Isso significa que só o fato de receber o dinheiro todos os meses e deixá-lo parado na conta faz com que ele renda.

Outra opção é sacar o dinheiro e aplicá-lo em alguma das opções de investimento oferecidas pelo mercado. Mas entre essas duas possibilidades, qual é mais vantajosa?

A resposta pode ser obtida a partir de uma simples análise: a porcentagem de rendimento. No caso do FGTS, o rendimento atualmente é de 3% + a Taxa Referencial (TR). Isso significa 5,65% ao ano.

Já o rendimento dos investimentos pode variar conforme o tipo escolhido. Falando em renda fixa, por exemplo, muitas opções usam a taxa Selic como referência. Em junho de 2022, ela foi definida pelo Copom em 13,25% ao ano.

Considerando os dados acima, é possível concluir que usar o dinheiro do FGTS para investir é uma boa opção para quem quer aumentar o patrimônio.

Dá para investir FGTS no Tesouro Direto?

Depois que o valor do FGTS é sacado, o dinheiro deixa de pertencer ao fundo. Nesse caso, é possível direcioná-lo a qualquer atividade, incluindo a aplicação em Tesouro Direto.

Esse tipo de investimento é indicado para quem está dando os primeiros passos nesse universo ou em busca de uma opção segura. Essa segurança está garantida pelo fato dele ser emitido pelo Tesouro Nacional.

Para quem não sabe, o Tesouro Direto consiste em títulos públicos federais. Basicamente, o investidor empresta dinheiro ao Governo em troca de rendimento.

Como investir FGTS no Tesouro Direto?

O investimento em Tesouro Direto é simples e acessível. O primeiro passo é escolher a instituição financeira que fará a intermediação e abrir uma conta com ela. Essa instituição pode ser uma corretora ou um banco.

Depois disso, é preciso solicitar que essa instituição faça o cadastro junto ao Tesouro Nacional. Quando isso acontecer, o investidor receberá uma senha de acesso por e-mail.

Com essa senha em mãos, é preciso acessar o Portal do Investidor e, no menu do site do Tesouro, selecionar a opção Investir. Nessa tela, é possível visualizar todos os títulos disponíveis para compra.

Após escolher o título desejado, é preciso definir o valor de investimento. Algumas opções partem de um valor mínimo de R$ 30. O próximo passo é confirmar as informações.

Lembrando que existem três tipos de Tesouro Direto:

  • Tesouro Prefixado: cuja rentabilidade é anual e definida na hora do investimento. Assim, a quantia a ser resgatada é a acordada na hora da compra.
  • Tesouro Selic: cujo rendimento está atrelado à Taxa Selic. Por ter liquidez diária, permite o resgate a qualquer momento.
  • Tesouro IPCA: mistura de pré e pós-fixado. Sua rentabilidade varia conforme o IPCA, além de ter rendimento fixo.

Outros investimentos para aplicar o FGTS

Além do Tesouro Direto, existem outras opções de investimento em que é possível aplicar o valor resgatado do FGTS. Entre elas:

CDB

Entre os investimentos que têm a segurança como característica, o CDB também pode ser considerado. Nele, o investidor empresta seu dinheiro aos bancos e recebe rendimento em troca.

No CDB, tanto a rentabilidade, como o valor mínimo de aplicação e a liquidez variam conforme a opção escolhida.

Fundo de investimento

Quem está em busca de uma rentabilidade maior e disposto a correr mais riscos, os fundos de investimento são boas opções. Atualmente, o mercado oferece fundos de renda fixa com rendimento superior ao CDI.

Como investir o FGTS em uma boa opção?

Hoje o mercado disponibiliza cada vez mais opções de investimento. Cada uma delas com uma característica diferente, que atende a variados perfis e objetivos.

Para fazer uma boa escolha de investimento para o seu FGTS, é fundamental ter entendimento financeiro. Isso significa ter visão sobre juros, taxas e inflação.

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