Como funciona o mercado secundário de debêntures? Vale a pena investir?

De acordo com um levantamento da Quantum Finance, o volume negociado no mercado secundário de debêntures em novembro de 2021 atingiu a marca de R$22,6 bilhões, quase duas vezes o volume do mesmo período no ano anterior, que somou R$12,6 bilhões. Esse dado demonstra que este mercado está bem aquecido.

E você, já ouviu falar nesse tipo de investimento?

Para que você não perca nenhuma oportunidade, preparamos este post explicando o que é o mercado secundário de debêntures, como ele funciona e como comprar debêntures para investir neste mercado. Continue conosco e não perca nenhuma informação!

O que são debêntures?

Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas privadas com o objetivo de captar recursos para financiar seus projetos, dívidas ou melhorar suas estruturas.

Na prática, ao adquirir esses títulos, os investidores estão “emprestando” dinheiro para essas organizações, em troca de um rendimento em juros no futuro. Ou seja, trata-se de uma aplicação de renda fixa.

>>> Você pode encontrar mais informações neste post: O que é investimento em debêntures: dos riscos aos rendimentos

O que é o mercado secundário de debêntures?

O mercado secundário de debêntures é a sessão na qual os investidores podem negociar entre si os títulos de dívida emitidos por empresas privadas.

Não se trata de um “lugar”, mas sim de um tipo de operação, que neste caso, ocorre entre investidores, sem envolver a empresa responsável pela emissão do ativo.

Por exemplo, digamos que você tenha aplicado em debêntures e decida vender seus títulos para outra pessoa. Como essa negociação não envolve a empresa emissora dos títulos, dizemos que ela ocorre no mercado secundário. Logo, essa organização não receberá nenhum tipo de recurso por essa operação.

“Mas, por que esse mercado é tão importante?”

Considerando que as debêntures têm um prazo fixo para o resgate, o investidor ficaria preso aos papéis até seu vencimento. Com o mercado secundário, isso não é mais necessário, uma vez que ele pode negociar o ativo com outros investidores, estando sujeito à marcação a mercado, que define as taxas e preços do momento.

Logo, a importância do mercado secundário está no fato de ele conferir liquidez às debêntures e outros títulos negociados no mercado primário. Isso contribui para aumentar a confiança dos investidores, que sabem que poderão vender os ativos no futuro, caso assim o desejem, aquecendo também o mercado primário.

>>> Que tal se aprofundar um pouco mais: Entenda o que são debêntures incentivadas, como funciona e as principais opções de fundos

Qual é a diferença entre o mercado primário e o mercado secundário?

Conforme vimos, o mercado secundário é onde ocorrem as negociações entre investidores. Já no mercado primário, as negociações se dão entre emissores e investidores. Os emissores podem ser bancos, no caso de CDBs; empresas, para debêntures e ações; e até mesmo o Governo Federal, com o Tesouro Direto.

Para ficar mais claro, vamos ver um exemplo prático:

Quando uma companhia abre seu capital por meio de uma Oferta Pública Inicial (IPO) na bolsa, ela faz a emissão de ações, que são adquiridas por investidores. Logo, essa negociação ocorre no mercado primário, entre emissor e investidor.

Porém, se este investidor decide se desfazer de suas ações e outro as compra, temos uma negociação no mercado secundário, ou seja, entre investidores.

Com isso, podemos perceber que apenas a primeira negociação de um ativo ocorre no mercado primário. A partir do momento que o título volta para o mercado e é transferido de um investidor para outro, já estamos falando do mercado secundário. 

Ou seja, só circulam pelo mercado secundário, títulos que já foram comprados diretamente do emissor no mercado primário. Seus rendimentos permanecem os mesmo do contrato, porém, tanto seu preço quanto as taxas cobradas nas negociações podem variar.

Como funciona o mercado secundário de debêntures?

Como vimos anteriormente, a fim de levantar capital para financiar seus projetos, as empresas emitem títulos de dívida, as debêntures. Esses títulos funcionam como contratos, concedendo ao portador o direito a rendimentos de juros no vencimento.

O investidor, por sua vez, pode se desfazer de seus títulos se assim desejar, negociando-os no mercado secundário de debêntures, estando sujeito às taxas e preços praticados no momento da venda. Logo, deve ser uma decisão bem pensada, pois corre o risco de vender por um valor inferior ao que pagou.

Diferentemente do mercado secundário de ações, onde é possível negociar títulos na bolsa de valores por conta própria, utilizando o home broker, para comprar debêntures no mercado secundário é necessário ter um intermediador, como o assessor de investimentos da sua corretora. É ele quem tem acesso a esses títulos.

Como investir no mercado secundário de debêntures?

Como vimos, o primeiro passo para comprar debêntures no mercado secundário é criar uma conta em uma boa corretora. Dentre as melhores opções do mercado estão: Rico, Clear e XP Investimentos. Após se cadastrar, você deverá transferir o dinheiro que deseja aplicar para a sua nova conta e, então, analisar as opções.

Como esses títulos têm seu preço definido pelo próprio mercado, é importante buscar com atenção, a fim de encontrar boas oportunidades. É justamente aí que entra a figura do assessor de investimentos, te ajudando a encontrar as melhores opções, de acordo com seus objetivos e perfil de investidor.

Se você ainda está em dúvida e quer saber mais sobre esse tipo de investimento, confira o vídeo abaixo, onde a especialista em investimentos, Clara Sodré, explica tudo sobre o assunto:

>>> Para mais detalhes, confira o conteúdo completo que preparamos sobre o assunto: Como aplicar em debêntures? Veja na prática

Que tal explorar o mercado secundário de debêntures em busca de boas oportunidades?

A principal função do mercado secundário é possibilitar a compra e venda de ativos livremente, permitindo aos investidores negociar títulos antes de seu vencimento, caso precisem reaver seus recursos. Com isso, confere liquidez para esses ativos, que até então, só poderiam ser liquidados após um longo prazo.

Isso também contribui para o aquecimento do mercado primário, que passa a contar com investidores dispostos a entrar em aplicações com prazos mais longos, pois sabem que poderão negociá-las no mercado secundário, caso seja necessário.

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