Mulheres investidoras: exemplos e perfis para seguir

Muitas mulheres investidoras se destacam no mercado pelos seus próprios trabalhos e suas decisões adequadas sobre o melhor momento de investir. Inspire-se com elas e saiba como aumentar o seu patrimônio!

Lugar de mulher é onde ela quiser. E a prova disso é o aumento do número de mulheres investidoras no Brasil.

Segundo uma pesquisa feita pela bolsa de valores brasileira, a participação feminina na B3 cresceu 118% entre 2019 e 2020. Em 2022, as mulheres representam 23,96% dos investidores na B3, contabilizando no total, 1.268.231.

E não é só isso: um estudo realizado pelo Fidelity, grupo de investimentos dos EUA, mostrou que as mulheres lucram mais do que homens ao investir.

O relatório, chamado “Women and Investing Study“, analisou 5,2 milhões de carteiras de janeiro de 2011 a dezembro de 2020 e constatou que os portfólios femininos, na média, tiveram um retorno de cerca de 0,4% ao ano superior aos masculinos.

Não é à toa que os grandes bancos desejam mais líderes femininas no mercado financeiro. Afinal, apenas 7% são gestoras profissionais de carteiras certificadas pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais).

O caminho ainda é longo, mas a boa notícia é que a participação feminina está em ascensão e possui representantes renomadas no mercado financeiro. Continue a leitura e descubra quem são elas e confira sites e plataformas de mulheres que são dicas sobre investimentos!

O cenário da mulher na Bolsa de Valores

Entre os pilares que definem as mulheres investidoras, estão: foco no futuro, cautela e estratégia.

LouAnn Lofton — editora chefe do site focado em independência financeira, The Motley Fool, e especialista em finanças — fez uma pesquisa extensa com investidoras para traçar o perfil das mulheres que aplicam na bolsa.

Segundo a especialista, a tendência é que as mulheres optem por investimentos mais conservadores e tenham uma visão a longo prazo.

Sendo assim, consequentemente, elas possuem menor tolerância a riscos e preferem seguir uma estratégia mais sólida, aplicando em ativos que oscilam menos — o que é algo positivo.

Por que o mercado financeiro é ainda dominado por homens?

Embora as mulheres estudem mais sobre as possibilidades de investimentos, o mercado financeiro ainda é dominado, majoritariamente, por homens. E, para compreender a razão disso, é necessário retomar algumas décadas.

Em comparação aos homens, as mulheres ingressaram no mercado de trabalho há pouquíssimo tempo. Logo, até então, eram financeiramente dependentes deles, não possuindo patrimônio próprio para aplicar.

Além disso, a desigualdade salarial também é um ponto que deve ser considerado ao entender porque ainda há poucas mulheres inseridas no mundo dos investimentos.

Por ganharem menos dinheiro do que os homens, e muitas ainda serem chefes de família e criarem seus filhos sozinhas, resta pouco ou nada para investir.

Mas, dando pequenos passos, é possível chegar longe e formar um bom patrimônio por meio dos investimentos. A prova disso são mulheres investidoras que servem como inspiração!

13 exemplos de mulheres investidoras no mundo

Para estimular e inspirar ainda mais mulheres a investirem, reunimos os principais exemplos de mulheres investidoras ao redor do mundo. Confira!

1. Geraldine Weiss

Geraldine Weiss é conhecida por muitos como “a grande dama dos dividendos”. Ela começou a se interessar por finanças na década de 60, quando iniciou a leitura e os estudos sobre o assunto e tornou-se referência em Dividend Yield.

A investidora foi rejeitada por várias corretoras antes de fundar o Investment Quality Trends (IQT) em 1966, boletim informativo que presidiu até 2002.

Devido ao machismo, ela assinava como G. Weiss, para omitir seu primeiro nome, pois analisava e classificava o rendimento de dividendos de organizações de grande porte.

Ela só revelou sua verdadeira identidade em 1977, quando apareceu no talk show “Wall Street Week with Louis Rukeyser”. Os leitores ficaram surpreendidos, mas não ligaram muito porque, afinal, estavam ganhando dinheiro com suas dicas e análises financeiras.

Geraldine Weiss foi a primeira mulher a oferecer serviços de consultoria de investimentos e teve seu trabalho divulgado em veículos renomados na época, como Los Angeles Times, Fortune, Barron’s e The Wall Street Journal.

Os retornos das suas recomendações giraram em cerca de 11,2% por ano nas últimas três décadas, ultrapassando grandes nomes do mundo dos investimentos.

Se quiser conhecer suas obras literárias, veja os livros escritos por ela.

< Conheça mais sobre dividendos: Dividendos de ações: o que são e como aumentar o rendimento com esse tipo de investimento? />

Fonte: The Lion

2. Lorena de Carvalho

Conhecida como “rainha das coxinhas”, Lorena de Carvalho transformou seu negócio em franquia. Atualmente, existem cerca de 50 lojas da sua marca, que vende coxinhas, quibes e bolinhas de queijo em formato de coxinha, bolinho de bacalhau, entre outros salgadinhos.

Com apenas 22 anos, Lorena investiu R$60 mil na lanchonete Zé Coxinha, que vendia um copo com 15 desses salgados por apenas R$1. Esse valor, justo para o seu cliente, rendia até 16% de lucro à empreendedora.

Mensalmente, a empresária fatura mais de R$600 mil com as vendas dos salgadinhos, que custam a partir de R$1.

3. Leila Velez

Leila Velez é sócia-fundadora e presidente do Instituto Beleza Natural, rede de cabeleireiros especializada em cabelos ondulados e crespos. Com foco em consumidores de classe C, a marca desenvolveu produtos e serviços que geraram uma verdadeira revolução no mercado.

Hoje, a rede possui mais de 25 institutos espalhados pelo Brasil e atingiu a marca de se tornar internacional: abriu uma filial em Nova Iorque. 

A história de Leila começou aos 14 anos, no Mc Donald´s, e aos 16, foi promovida à gerente. Após quatro anos, saiu do cargo e investiu em um salão na Tijuca junto com uma amiga, no Rio de Janeiro. Ao desenvolver um super-relaxante para cabelos crespos, o salão ficou cheio e a empresa se expandiu de forma rápida e sólida no mercado.

Fonte: Americas Quarterly

4. Janete Vaz

Além de investidora, Janete Vaz é co-fundadora do Sabin, uma das grandes empresas de medicina diagnóstica do Brasil que conta com cerca de 235 laboratórios de saúde.

O Sabin atua em 11 estados e também no Distrito Federal, oferecendo serviços de checkup executivo, análises clínicas, vacinas e diagnóstico por imagem.

A empresa é referência em gestão de pessoas. Janete foi eleita por dois anos consecutivos uma das melhores gestoras de empresas do Brasil pela Revista Valor Liderança. De aproximadamente 4 mil colaboradores, 80% deles são mulheres.

Janete é formada em bioquímica pela Universidade Federal do Goiás e atua em diversos conselhos e diretorias, como:

  • Conselho Diretor da Universidade de Brasília (UnB);
  • Conselho de Administração da Junior Achievement Brasil (programa empreendedorismo de jovens na escola);
  • Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Distrito Federal;
  • Diretoria do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Distrito Federal (IBEF);
  • É membro titular do G100 do Núcleo de Estudos do Desenvolvimento Empresarial e Econômico.

Fonte: UOL

5. Cher Wang

Muitos consideram Cher Wang a empresária mais bem-sucedida da atualidade. Isso porque seu patrimônio líquido é estimado em US$8 bilhões.

Toda essa fortuna vem da HTC, empresa taiwanesa de smartphones e tablets, da qual ela é cofundadora: a cada 6 smartphones vendidos nos Estados Unidos, 1 foi produzido por esta companhia.

Sua carreira começou com a venda de placas-mãe para uma organização da Europa. Em determinado momento, Wang decidiu que era mais interessante priorizar smartphones. 

Essa decisão apresentou um certo risco na época, mas depois, percebeu-se que foi a melhor escolha. Ao analisar o mercado, a cofundadora da HTC fez os investimentos necessários no momento adequado e conseguiu expandir o negócio.

Cher Wang foi eleita uma das mulheres mais influentes do universo da tecnologia pela Fast Company em 2011.

Fonte: Insight Sucess

6. Luíza Helena Trajano

Luiza Helena Trajano, ou simplesmente Luíza Trajano, nasceu no interior de São Paulo e foi a grande responsável por transformar uma loja local em um dos maiores varejos do país: o Magazine Luiza.

Atualmente, a rede opera em 21 estados e possui cerca de 1.110 lojas físicas espalhadas por 819 cidades brasileiras.

A rainha do varejo do Brasil iniciou na empresa de sua tia logo após se formar em Direito, em 1972, trabalhando em diversos setores. Em 1991 ela assumiu a liderança da marca e elaborou estratégias que a colocaram no topo.

Algumas delas foram a criação das primeiras lojas virtuais, vendas pela televisão, a Liquidação Fantástica e a entrada na bolsa de valores, que permitiu a aquisição de várias redes, como Netshoes e Estante Virtual.

Hoje, o cargo de presidente é ocupado por seu filho, que já mostrou talento nato para a função e foi o responsável pelo desenvolvimento do avatar Lu, sucesso entre os brasileiros. Isso para Luiza Trajano se dedicar a outros projetos corporativos, como o Mulheres do Brasil, que forma empresárias de micro e pequenas empresas.

Atualmente, Luiza Trajano é a maior acionista e atual presidente do Conselho de Administração.

Fonte: Forbes 

7. Sônia Hess

Sônia Hess foi eleita a terceira mulher de negócios mais poderosa do país, pela Forbes. A ex-presidente da Dudalina, camisaria catarinense, expandiu a empresa com crescimento de 30% ao ano em apenas seis anos no comando da marca.

Hoje ela é vice-presidente do Grupo Mulheres do Brasil, que possui mais de 100 mil associadas no Brasil e em outros países.

A proposta é transformar a sociedade por meio do protagonismo feminino com projetos que englobam as áreas de educação, saúde, habitação e emprego.

Fonte: Metrópoles

8. Oprah Winfrey

Embora todos conheçam a Oprah Winfrey apresentadora, nem todos conhecem a Oprah Winfrey investidora.

A americana possui um patrimônio líquido de aproximadamente US$3 bilhões e é uma das empresárias mais bem-sucedidas do mundo, de todos os tempos. Ela se tornou a primeira mulher bilionária negra e foi eleita como a celebridade e uma das mulheres mais poderosas do mundo.

Além disso, a apresentadora, atriz e produtora ganhou o Emmy Awards de melhor programa de talk show com o “The Oprah Winfrey Show”. Com a maior audiência dos Estados Unidos, a atração durou 25 anos e acabou em 2011.

Ela nasceu em um bairro pobre dos Estados Unidos e foi criada pela avó até os seis anos, pois seus pais moravam longe para trabalhar. Após se mudar com a avó, sofreu abuso sexual do tio e de seus primos.

Depois desse pesadelo em sua vida, ela foi morar com o pai, estudou e agarrou a primeira oportunidade de trabalhar com o público em uma rádio voltada à comunidade afro-americana.

Os próximos passos de Oprah mostraram para o que ela veio: formou-se em Comunicação e Artes Cênicas, participou da WJZ-TV News e coproduziu seu primeiro talk show. O sucesso com o público foi tanto que outra emissora a contratou e aumentou o tempo de seu programa.

Ela é ativista de causas como abuso sexual em crianças e criou a própria rede e instituições de apoio à famílias: a Harpo Productions, a Oprah Winfrey Leadership Academy for Girls e a OWN (The Oprah Winfrey Network).

Fonte: Forbes

9. Wu Yajun

Wu Yajun é diretora-executiva e co-fundadora da Longfor Properties, incorporadora imobiliária. Seu patrimônio líquido é avaliado em US$11,7 bilhões.

De acordo com a Forbes, Wu Yajun é a mulher mais rica do mundo por seu trabalho. Afinal, ela já trabalhou em uma fábrica de instrumentos e medidores, onde ganhava US$16 por mês de salário.

Formada em engenharia, ela atuou como jornalista antes de trabalhar no setor imobiliário.

Fonte: Forbes

10. Sara Blakely

Sara Blakely é uma empresária americana e a única dona da Spanx, empresa que fundou. No portfólio da companhia, há mais de 200 peças de lingerie, vendidas em cerca de 11 mil lojas de departamentos, espalhadas em mais de 50 países.

O começo da marca foi devido a um incômodo da própria Sara ao se vestir: a roupa que iria a um evento marcava e apertava seu corpo. Para solucionar, ela cortou os pés de uma meia-calça e a colocou por baixo da roupa, modelando discretamente o corpo.

Com investimento inicial de 5.000 dólares, a empresa, hoje, é avaliada em um pouco mais de 1 bilhão de dólares. Sara se tornou a mulher mais jovem do mundo ao entrar na lista de bilionários. Em 2012 também foi citada como uma das 100 pessoas mais influentes mundialmente pela revista Times.

Além da Spanx, ela está à frente de uma fundação com o seu nome desde 2006. Ela se dedica a educar mulheres com formação empresarial e financia bolsas de estudo para jovens mulheres na África do Sul, no Community and Individual Development Association City Campus.

Fonte: Forbes

11. Alcione Albanesi

Alcione Albanesi é uma filantropa brasileira, presidente e fundadora da fabricante de lâmpadas FLC, sediada em São Paulo, e da ONG Amigos do Bem.

Ela tornou-se líder de mercado, conquistando diversos prêmios, devido às suas viagens à Ásia. Em 1992, ela voltou da China com as primeiras lâmpadas econômicas e, em 2014, inaugurou sua primeira fábrica de LED no Brasil, com investimento em tecnologias sustentáveis.

Atualmente, a empresária deposita sua energia na instituição “Amigos do Bem”, um dos maiores projetos sociais brasileiros, que muda a vida de milhares de pessoas que vivem em situação de miséria no Brasil.

A ONG atende a 60 mil pessoas no sertão nordestino e já garantiu prêmios como Empreendedor do Ano, da Ernst & Young, e Projeto Generosidade, da Editora Globo.

Fonte: Isto É

12. Patrícia Bonaldi

Patrícia Bonaldi é estilista e despontou no mercado de moda brasileiro ao abrir uma loja multimarcas em Uberlândia, Minas Gerais. Após receber muitos pedidos de ajustes em vestidos que eram produzidos por ela, surgiu um pedido para desenvolver um vestido sob medida.

Essa foi a oportunidade que Patrícia precisava para decolar como estilista e ganhar fama por suas roupas de alta costura com sua marca PatBO. Hoje, ela possui uma loja imensa de 1.500 metros quadrados nos Jardins, em São Paulo, e outra recentemente inaugurada no SoHo, em Nova York.

Além disso, suas roupas participam de desfiles importantes dentro e fora do país, como New York Fashion Week.

Atualmente, a marca PatBO é vendida em 25 países, em aproximadamente 250 pontos de vendas, além de seu e-commerce.

Fonte: Forbes

13. Folorunsho Alakija

A nigeriana Folorunsho Alakija é dona de dois impérios: Famfa Oil, empresa ligada à exploração de petróleo com participação na Agbami Oilfield, um ativo offshore prolífico, e Supreme Stitches, organização que pertence à indústria da moda, que veste pessoas renomadas, como a esposa do ex-presidente nigeriano Ibrahim Babangida.

Conhecida como “baronesa do petróleo”, a empresária e investidora iniciou sua carreira como executiva de banco. Em seguida, se tornou designer de moda. Por fim, virou a magnata do petróleo.

< Leia também: Noções do mercado financeiro para iniciantes [Guia Completo] />

Fonte: Pulse

5 páginas e perfis de mulheres investidoras para seguir

Para auxiliar nessa caminhada, também selecionamos alguns de perfis que contribuem para educação financeira das mulheres. Veja a seguir quais são eles!

1. Nós, mulheres investidoras

O movimento Nós, Mulheres Investidoras reúne áudios e vídeos a fim de incentivar o público feminino a buscar sua autonomia financeira e cuidar do seu próprio dinheiro.

Assista aos vídeos e ouça podcasts sobre questões que envolvem o mundo das finanças.

2. O espaço da mulher no mundo das finanças 

No podcast O espaço da Mulher no Mundo das Finanças, Taís Laporta e Priscila Yazbek conversaram com a diretora de marketing da Franklin Templeton, Carolina Cavenaghi.

Carolina é a criadora do movimento #fin4she, que estimula o ingresso feminino no mercado financeiro.

Ouça o bate-papo e saiba mais sobre as histórias e os projetos dessas mulheres investidoras.

3. Invista como uma garota 

O Invista como uma garota é um perfil do Instagram que tem o intuito propagar informações sobre investimentos para as mulheres.

A ideia é mostrar que saber administrar o dinheiro é fundamental para conquistar a independência, alcançar os objetivos e atingir o potencial. 

4. Me poupe!

O Me poupe! é uma das grandes mídias de finanças pessoais de todo o mundo. No site, existem artigos, simuladores de investimentos e planilhas para controle financeiro.

5. Nath Finanças 

Nath Finanças é o nome do canal do YouTube criado por Nathália Rodrigues com o intuito de ensinar educação financeira de forma simples e acessível para quem não entende nada do assunto.

Nathália fala principalmente com pessoas de baixa renda, sejam desempregados, estudantes, trabalhadores ou estagiários.

Como investir ou buscar investimento?

Você já ouviu falar no Mulheres Investidoras-Anjo? O MIA, associado à rede de investidores da Anjos do Brasil, foi fundado em dezembro de 2013 com o objetivo de fomentar investimentos de mulheres para mulheres.

Maria Rita Spina Bueno, que já atuava na Anjos do Brasil, juntou-se a Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, e a Camila Farani, ex-sócia do Lab22 e fundaram o movimento.

A proposta é promover encontros entre mulheres que já foram ou possuem potencial de serem investidoras para injetarem dinheiro em startups inovadoras e diversas.

Inspirou-se com a história dessas mulheres investidoras no Brasil e no mundo? Quer aprender mais sobre o mundo do investimento e saber quais passos são necessários para expandir seu próprio patrimônio?

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