Nova economia: conceito, características, tendências e mais

A nova economia é uma tendência que representa uma quebra de paradigma em relação a diversas premissas que serviam como base para as empresas até o final do século XX, como a centralização do mercado e consumidores passivos.

Esse conceito consegue reunir startups e empresas tradicionais, formando ecossistemas que viabilizem uma nova fase de desenvolvimento do país.

Afinal de contas, um de seus principais objetivos é promover a inovação, apoiada por uma gestão ágil, com hierarquia mais flexível e compromisso com a sustentabilidade.

Mas, será que você e o seu negócio estão preparados para ela?

Para te ajudar nesse questionamento, preparamos um guia explicando detalhadamente qual é o conceito por trás da nova economia, quais são suas características, tendências e muito mais.

Acompanhe a leitura!

A nova economia: conceito

O conceito da nova economia foi registrado pela primeira vez no ano de 1983, na revista americana “Time”. O jornalista Charles P. Alexander afirmou, no artigo “The New Economy”, que a nova economia é definida por mudanças rápidas e contrastes acentuados.

Alexander afirmava, ainda, que enquanto as grandes indústrias tradicionais estão sofrendo com a concorrência estrangeira, as novas empresas de tecnologia, também chamadas de startups, irão liderar o mundo no que diz respeito à inovação.

Sendo assim, pode-se dizer que a nova economia consiste em um conjunto de mudanças pela qual o mercado e as empresas estão passando atualmente.

Estamos vivenciando essa época desde o final dos anos 1990, mas, hoje em dia, alguns conceitos disruptivos estão em alta.

Um bastante famoso, por exemplo, é o da indústria 4.0, que consiste na automação e máquinas cada vez mais inteligentes, elevando, assim, a eficiência dos produtos e serviços e possibilitando a diminuição de custos com mão de obra humana.

Nesse sentido, os humanos devem se dedicar apenas à promoção de bem-estar e encantamento de clientes, enquanto as tarefas monótonas, operacionais e repetitivas ficam a cargo das máquinas e robôs.

Outro aspecto extremamente importante relacionado à nova economia é o do desenvolvimento sustentável, que sugere evoluções econômicas em harmonia com os avanços sociais e preservação ambiental.

Características da nova economia: os 7 princípios

Existem sete princípios atrelados à nova economia que devem nortear o modelo de negócio das corporações de todos os segmentos, para que elas possam ser bem-sucedidas em suas respectivas áreas de atuação. 

Veja, a seguir quais são esses princípios:

1- Propósito

Lucro e fama por muito tempo foram os únicos indicadores de sucesso, seja para carreiras profissionais ou organizações, mas, atualmente não é bem assim.

Afinal, para ser bem-sucedido em algo, é preciso, antes de tudo, descobrir um propósito que motive a construção de uma carreira ou de um negócio, ou seja, uma causa maior para eles existirem.

Caso isso não aconteça, as chances de estabelecer um bom relacionamento com o cliente são reduzidas, já que ele também reconhece a sua missão.

Isso porque, cada vez mais pessoas estão dispostas a consumir de forma consciente, contratando produtos e serviços que estejam alinhados com seus valores pessoais.

2- O cliente é o centro

Atualmente, a melhor empresa não é aquela que tem a melhor ideia, mas sim aquela que conhece melhor o seu cliente e cria soluções inteligentes baseadas naquilo que ele, de fato, precisa.

Um dos exemplos mais conhecidos dessa cultura é o da Disney, que, ao vislumbrar o desejo de experiências marcantes e “mágicas”, inovou e criou parques temáticos que superam as expectativas de seus clientes. 

Dessa forma, a empresa estabelece fortes conexões emocionais que, como consequência, trazem uma fidelização por parte de seus consumidores e um crescimento maior de serviços, à medida que novos desejos são identificados.

3- Criação de novas demandas

Na velha economia, o mercado girava por meio da percepção de necessidades que deveriam ser atendidas.

Já na nova economia, além desse princípio continuar válido, há também a necessidade de criação de novas demandas.

Um bom exemplo para sustentar essa lógica é a história por trás do smartphone, afinal de contas, ninguém tinha a necessidade de responder e-mails ou acessar as redes sociais por meio de um celular.

No entanto, uma vez que os smartphones foram comprados pelos primeiros consumidores, a novidade atraiu um nicho maior de pessoas, construindo, assim, demandas baseadas no desejo de agilizar ações e serviços.

4- Falhas e flexibilidade

Na era digital, as transformações ocorrem em um curto espaço de tempo, portanto a flexibilidade ganha uma grande relevância.

Isso porque, esse atributo possibilita adaptações rápidas, fazendo com que as organizações aproveitem as melhores oportunidades e, caso necessário, corrijam os rumos por meio de certos mecanismos, como a pivotagem.

5- Ambiente de incertezas

Na nova economia entende-se que uma solução nunca está 100% pronta, pois sempre tem algo a ser melhorado.

Dessa forma, há um cenário de incertezas para companhias de todos os portes e setores, que têm o dever de monitorar seus consumidores continuamente para acompanhar e mapear suas preferências.

6- Oportunidade na crise

Em períodos calmos e prósperos dificilmente ocorrem inovações e descobertas significativas. Afinal de contas, é em meio ao caos que surgem diversas possibilidades de inovação não exploradas.

Durante o isolamento provocado pela epidemia de coronavírus, por exemplo, o e-commerce tomou fôlego e também surgiram novas opções de entretenimento dentro do próprio carro, como os antigos drive-ins.

7- Inovação para evoluir 

Outro princípio bastante marcante na nova economia é de que, para se manterem competitivas, as empresas precisam se reinventar e evoluir frequentemente.

Na maioria das vezes, é preciso mais de uma adequação a um determinado contexto ou detalhe que ainda não havia sido notado.

O novo perfil do consumidor

Para conseguir destaque na era digital, as empresas precisam saber como se conectar com seus clientes, e o primeiro passo para isso é entender que o perfil do consumidor mudou.

Se antigamente o perfil do consumidor era passivo e totalmente influenciável pela propaganda e marketing feito pelas empresas, atualmente esse público se transformou em usuários mais ativos e com um poder de decisão infinitamente maior.

Sendo assim, na nova economia, os modelos de negócio adaptam seus produtos e serviços conforme as necessidades de seus usuários.

Lembrando sempre que esse “encantamento” deve ser constante, pois com tanta variedade de opções disponíveis, as soluções antigas podem ser facilmente trocadas por novas que agregam mais valor em sua entrega.

Os novos tipos de negócios

A nova economia proporcionou a criação de novos tipos de negócios e empreendedores, que se diferenciam dos modelos tradicionais principalmente por causa do seu propósito e estratégia de crescimento.

Confira a seguir quais são eles:

Criativos

Parte por meio de uma reconstrução ou renovação de pensamentos, ou seja, de uma disrupção.

Modelos criativos são responsáveis por quebrar paradigmas e proporcionar transformações vitais. Na maioria das vezes, entregam bens intangíveis, como entretenimento e conhecimento.

Sociais ou de impacto

São empreendimentos que têm como foco a transformação da sociedade e não colocam os ganhos financeiros como objetivo principal.

Eles utilizam toda a estrutura de uma empresa para fazer o bem e deixar uma espécie de legado.

Inovadores ou corporativos

São colaboradores que atuam por meio do empreendedorismo interno, testando novas ideias e soluções com o dinheiro da corporação que atuam.

Diversas empresas buscam esse perfil, visto que eles são de suma importância para que a companhia siga repensando e aprimorando suas soluções, sempre com o objetivo de manter seu cliente satisfeito e, se possível, leal à marca.

Escaláveis

O foco desse tipo de negócio é criar um modelo que possa ser escalável e replicável de forma simples e eficiente, com o intuito de gerar lucro e um crescimento exponencial. É o modelo seguido pela maioria das startups.

As principais tendências da nova economia

Por fim, existem algumas tendências atreladas à nova economia, que podem ser consideradas um ponto-chave no funcionamento de novos negócios e diferem de conceitos tradicionalmente difundidos no mundo corporativo. 

Veja algumas das principais tendências:

  • a volta da confiança entre as pessoas, como acontece em empresas, como DogHero, Airbnb e também o Uber;
  • consciência social;
  • o governo como aliado, que contraria o senso comum que sempre coloca o poder público como inimigo;
  • a diversidade, que é um movimento que visa facilitar o acesso de minorias ao empreendimento, permitindo que mais mulheres, negros, gays, entre outros grupos, façam mais sucesso no mundo dos negócios.

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