Países emergentes: quais são e sua relevância para o mercado internacional

Já se perguntou quais países serão as principais economias daqui há 30 anos? Você encontra a sua resposta aqui.

Você sabia que, segundo o Fundo Monetário Internacional, existem cerca de 150 países emergentes e economias em desenvolvimento? Um deles é o Brasil! 

Se você fez ensino médio no Brasil ou faz um curso de humanidades na universidade, provavelmente já ouviu falar nos países emergentes. Mas, você realmente conhece a fundo quais são os países emergentes, sua importância para a economia mundial e o futuro dos mesmos? 

Se você respondeu não a algum destes questionamentos, não se preocupe: estamos aqui para sanar todas as suas dúvidas. 

O que são os países emergentes?

Também conhecidos pelo termo “países em desenvolvimento”, os países emergentes são nações que têm um Índice de Desenvolvimento Humano, conhecido como IDH, que varia entre médio e elevado, mas possuem padrões de vida que passeiam entre baixo e médio.

Em suma, os países emergentes estão em crescimento contínuo, mas não se comparam, ainda, ao nível de desenvolvimento econômico dos países ricos e desenvolvidos.

É relevante elencar que, até este momento, não contamos com uma definição única e reconhecida internacionalmente de graus de desenvolvimento e países desenvolvidos. Por consequência, a classificação de países se torna mais complexa. 

O World Bank, ou Banco Mundial, que é uma instituição financeira internacional tem a sua maneira única e focada em dados de categorizar os países emergentes: nações com renda baixa e média são consideradas “em desenvolvimento” e, em 2008, aquelas que têm PIB per capita abaixo US$ 11.905 e acima de US$ 900 foram classificadas, também, como países emergentes.

Por que os países emergentes recebem essa nomenclatura?

Do latim emergens, a palavra “emergentes” remonta-se à ascensão social e econômica, ou seja, que está a caminho do desenvolvimento. 

Levando este fato em consideração, junto à noção que já temos de que, no caso dos países emergentes, o seu sinônimo é “países em desenvolvimento”, faz total sentido que recebam esta nomenclatura, não é?

Quais são os países emergentes?

Agora é a hora de conhecermos o BRICS: grupo que forma os principais mercados emergentes. São eles: 

  • Brasil;
  • Rússia;
  • Índia;
  • China;
  • South Africa, ou África do Sul.

Inicialmente, o BRICS contava apenas com o Brasil, Rússia, Índia e China. Anos depois do batismo do BRICS em 2001, a África do Sul passou a fazer parte do grupo que, por mais que pareça, não é um bloco econômico. 

Os 5 países, juntos, detém quase 50% da população mundial, querem manter engajamento internacional e, para isso, e seguem três princípios básicos:

  • 1. Igualdade;
  • 2. Benefício Mútuo;
  • 3. Não Interferência. 

Apesar de o BRICS ser de extrema importância, ele não é o único grupo relevante de países em desenvolvimento. Por isso, o MIST nasceu! 

Formado pelos seguintes países:

  • México;
  • Indonésia;
  • South Korea, ou Coréia do Sul;
  • Turquia.

Eles chamaram a atenção da comunidade internacional, inclusive à de grandes empresários de multinacionais. No entanto, apesar de terem se destacado economicamente, nunca superaram o BRICS.

Qual a relação do BRICS e países emergentes?

Você deve estar se perguntando: eu já sei o que são os países em desenvolvimento e o BRICS. 

Mas qual a relação dos dois? 

É simples: o BRICS atua, de forma mútua, para gerar uma melhora no desenvolvimento social e econômico dos países emergentes. 

Uma prova disso é o NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), uma proposta do BRICS para financiar desenvolvimento sustentável nos mercados emergentes. 

Legal, não é? 

Como é a economia dos países emergentes?

Após conhecer mais sobre a relevância do BRICS e dos países em desenvolvimento, é hora de conhecermos mais sobre a economia de alguns países emergentes na atualidade.

1. Brasil

Cidade do Rio de Janeiro, no Brasil
Brasil é um país emergente e também faz parte do BRICS

O país do futebol sofreu a maior queda anual do Produto Interno Bruto (PIB) desde 1990 em 2020. Mas, como o brasileiro não desiste nunca, analisando a macroeconomia do país, em 2021, o PIB teve um aumento de 4,6%. 

Importante ressaltar que, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a projeção de crescimento em 2021 era apenas de 2,8%. 

Segundo o FMI, a economia brasileira foi considerada, em 2019, a maior da América Latina e a nona, quando expandimos a comparação mundialmente. 

2. Rússia

Cidade de Moscow na Rússia
A economia da Rússia anda abalada por cauda da Guerra na Ucrânia

Com a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022, a situação da economia russa não é das melhores. 

O governo russo ainda não deu estimativas de queda do PIB, mas a aposta do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de que ele decline 8,5%. 

Para elencar o tamanho das consequências da guerra na economia da Rússia é relevante, o Ministério das Finanças relaciona este impacto econômico com o mesmo ocorrido na década de 90, quando a União Soviética pendeu para o capitalismo. A inflação russa também disparou.

3. Índia

Índia é um dos países emergentes
A Índia é um dos países emergentes e com uma economia em pleno desenvolvimento.

Segundo relatório da Ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, a Índia espera que a sua economia cresça cerca de 8%. Caso este ritmo realmente se torne realidade, o país terá o crescimento econômico mais rápido entre as principais economias emergentes. 

Além disso, a terra das cores e do Taj Mahal é considerada a terceira maior economia da Ásia!

4. China

Cidade de Guiyang, na China
China tem uma das economias mais fortes dos países emergentes

O país asiático tem uma economia poderosíssima, atrás apenas dos Estados Unidos da América e mantém altos Índices de Desenvolvimento Humano. 

A China tem impressionado economistas e criado expectativas para a comunidade internacional: espera-se que o gigante asiático aumente as importações e exportações, sem esquecer da introdução da tecnologia no país. 

Foram 2 dígitos de crescimento no saldo do comércio exterior chinês, apenas nos 7 primeiros meses de 2022. Um resultado surpreendente!

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5. África do Sul

África do Sul é um dos países emergentes
África do Sul é um país emergente com economia diversificada

Situada no extremo sul do continente africano, a África do Sul é um dos poucos países da África que mantém uma economia diversificada. 

A sua base econômica é o setor primário e lá eles se destacam na extração de diamantes e ouro. 

Por causa de um aumento no PIB sul-africano de quase 2%, a África do Sul conseguiu retornar aos níveis anteriores à pandemia do COVID-19. 

Qual a importância dos mercados emergentes na economia mundial?

Já deu para entender que essa galera citada aí acima é relevante, não é? 

Dessa forma, quando falamos da importância dos países em desenvolvimento como mercados emergentes na economia mundial, precisamos lembrar que esses países, além de representarem 50% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, estão em constante desenvolvimento e têm alta capacidade de crescimento. 

Ou seja, se tornam as “galinhas dos ovos de ouro” do mercado internacional.

O que esperar para a economia dos países emergentes para o futuro?

Crescimento e grandes economias liderando mercados mundiais!

Para exemplificarmos, Jim O’Neil, pesquisador em economia global, criou o estudo “Building Better Global Economic Brics” em português “Construindo Uma Melhor Economia Global Brics” e, de acordo com a pesquisa, os países emergentes do BRICS  têm potencial econômico para virem a se tornar as quatro economias dominantes do mundo até 2050

A pesquisa foi feita em 2001, antes do ingresso da África do Sul no BRICS.

No entanto, pesquisadores continuam acreditando na possibilidade de verem mercados emergentes liderando a economia mundial. 

Investir nos países emergentes, vale a pena?

Sim! Se você é investidor, mantenha os seus olhos bem abertos e ouvidos prontos para escutar as novidades sobre os países em desenvolvimento. 

Como já citado, 50% do PIB do mundo vem desses países, no entanto, possuem uma curta porção do mercado de valores. 

Porém, espera-se que isso mude… E logo!

Quais os tipos de investimentos no mercado emergente?

Os fundos são a bola da vez. 

Já é difícil investir no nosso próprio país, que conhecemos como a palma das nossas mãos ou nos Estados Unidos, onde encontramos muita informação, dados e conexões, imagine em países que estão em desenvolvimento. 

Com os fundos você não precisa sair do Brasil para fazer as suas aplicações. 

Lembrando: dê preferência a fundos com gestores do país que você deseja investir. O conhecimento dos mesmos com as dinâmicas do mercado fará toda a diferença! 

Por que investir nos países emergentes?

Se você leu até aqui, já sabe o potencial de crescimento dos mercados emergentes. 

Mas, se ainda tem dúvida sobre as vantagens de investimentos nestes países, resumiremos em dois pontos: 

1. Alto potencial lucrativo: a tendência é que os países emergentes ganhem mais espaço nos mercados de valores;

2. Repercussão sobre a economia mundial: como a atuação desses mercados representa grande parte do crescimento da economia do mundo, é provável que, quanto mais os países emergentes cresçam, mais impactem o mundo. 

Quais os riscos de investimento?

Nem tudo é fácil e todo e qualquer investimento tem os seus riscos. Com os países emergentes não seria diferente. 

Apesar de serem ótimas opções para diversificação de investimentos, os países emergentes ainda não são completamente maduros, quando comparados a países desenvolvidos. 

Ou seja, muitos têm altas dívidas, crises políticas (como lemos acima sobre os impactos da Guerra da Ucrânia na economia russa), inflação, além de estruturas econômicas mais íngremes.

Para quem o investimento nos países emergentes é recomendado?

Segundo Rodrigo Knudsen, gestor da Vitreo, “é preciso tomar cuidado com o tamanho da posição e não alocar mais do que deveria. Um investidor mais conservador não deve assumir posição grande em mercados emergentes”.

Portanto, os investimentos nos países emergentes são recomendados para investidores que buscam diversificação nos seus investimentos e apostam de maneira otimista no potencial de crescimento econômico a longo prazo dos mercados emergentes. 

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