Reserva de Valor: o que é, importância e exemplos para compor

Você sabe o que é reserva de valor e qual é a importância desse conceito para a sua vida financeira?

Em algum momento é provável que você já tenha ouvido alguém falar sobre a compra de ouro ou de dólar como medida de segurança contra crises econômicas.

Esses dois ativos são exemplos clássicos utilizados pelos investidores para proteger seu patrimônio em momentos turbulentos, criando uma reserva para suportar qualquer instabilidade.

Ficou interessado e quer saber mais? Neste artigo, reunimos todas as informações sobre o assunto. Acompanhe a leitura!

O que é reserva de valor?

Reserva de valor é a capacidade que ativos em específico têm de preservar seu poder de compra a longo prazo.

Acumulando esses bens, você garante que o valor do seu patrimônio será mantido independentemente do cenário econômico.

Por esse motivo, a reserva de valor é amplamente utilizada por investidores a fim de preservar suas riquezas em meio a crises políticas e econômicas — situações em que a instabilidade do mercado pode derrubar o valor dos ativos e minar a rentabilidade de investimentos.

Conforme mencionamos acima, atualmente, as principais reservas de valor utilizadas são o ouro e o dólar, devido à segurança oferecida aos investidores. No entanto, imóveis, terrenos, investimentos e até mesmo criptomoedas também são usados.

Por fim, vale ressaltar que, embora muitas pessoas confundam, reserva de valor e reserva de emergência não são a mesma coisa. 

Enquanto a reserva de valor é usada por quem não quer perder o poder de compra em determinada moeda ou ter uma proteção em caso de problemas sistêmicos, a reserva de emergência é algo que precisa estar à mão do investidor em caso de emergência.

Qual a importância da reserva de valor?

A reserva de valor é fundamental para a gestão da sua vida financeira e também para o acompanhamento dos movimentos econômicos.

Dependendo do momento da economia, os investidores buscam ativos mais seguros e com menor probabilidade de perda de valor para fugir da turbulência do mercado e proteger sua carteira.

Manter uma reserva em dólar, por exemplo, é uma forma de proteção, visto que a moeda americana é referência no mercado financeiro mundial.

Da mesma maneira, há cenários em que outros ativos se destacam como reserva de valor e, consequentemente, tornam-se alvos dos investidores.

Por esse motivo, é importante acompanhar as tendências econômicas caso você se preocupe em manter seu poder de compra.

Confira abaixo mais detalhes sobre cada um desses pontos.

Entender o valor do seu dinheiro

A reserva de valor ajuda você a compreender o real valor do seu dinheiro e a saber como lidar com os altos e os baixos da economia.

O real, por exemplo, foi a moeda que mais desvalorizou em comparação ao dólar no começo de 2020, com uma queda acumulada de 6,22%, de acordo com a Bloomberg.

Naquele período, esta informação seria suficiente para entender que o real não estava em um bom momento para ser utilizado como reserva de valor — e que talvez fosse melhor buscar outros ativos.

Acompanhar tendências de ativos

Como vimos, os ativos usados como reserva de valor podem sofrer variações com base nas movimentações econômicas.

A crise econômica causada pela pandemia, por exemplo, fez com que a procura pelo ouro crescesse significativamente no mercado financeiro, pois o metal é tido como uma espécie de reserva de valor emergencial.

Outra tendência é a utilização da prata como ativo de segurança em alternativa ao ouro durante períodos de alta procura.

Proteger seu poder de compra

Por meio da reserva de valor, você tem a possibilidade de se planejar da melhor forma possível para preservar seu poder de compra e minimizar ou até mesmo evitar os impactos de uma possível alta na inflação.

Em momentos de instabilidade econômica e incertezas, é normal que os juros sejam reduzidos de forma drástica e que o governo ponha mais dinheiro em circulação a fim de ativar a economia.

No entanto, essa atitude pode elevar a inflação no país, desvalorizando a moeda e comprometendo o poder de compra da população.

Caso você esteja por dentro da reserva de valor e suas possibilidades no mercado financeiro, poderá adotar medidas para prevenir a perda de dinheiro e os riscos ao seu patrimônio.

Como compor a minha reserva de valor? 5 exemplos!

Na teoria, os ativos e bens devem preencher quatro requisitos para serem considerados como reserva de valor. São eles:

  • finitude (não é algo em abundância e nem fácil de ser encontrado);
  • preservação de valor;
  • alta liquidez (não é difícil encontrar compradores);
  • não se deteriorar com o tempo.

Diversos investimentos são considerados reservas de valor, porém nem todos atendem a essas exigências.

Por esse motivo, os especialistas mais rigorosos só consideram o ouro e o bitcoin como reserva de valor.

Ainda assim, listamos aqui cinco possibilidades para composição de uma reserva de valor. Veja a seguir:

1- Ouro

O ouro é o metal precioso mais famoso e valioso de todos. Há séculos, é usado como reserva de valor por governos, pessoas e até mesmo igrejas.

Hoje em dia, há quatro formas de investir em ouro. São elas:

  • compra de ETFs atrelados ao ouro;
  • negociações em contratos futuros de ouro na B3;
  • fundos de investimento que investem em ouro;
  • barras de ouro.

Comprar barras de ouro é a forma de investimento menos recomendada, pois requer logística própria de armazenamento e compra.

2- Dólar

O dólar é uma moeda que tende a se valorizar frente a outras mais frágeis, como o real. Por isso muitas pessoas dolarizam seu capital. Você ganha poder de compra. O euro é a mesma coisa.

O dólar se valorizou em torno de 29,27% e o euro 41% em 2020.

Assim como ocorre com o ouro, no caso do dólar ou do euro o investidor também pode comprar papel ou futuros da B3. Pode estar exposto em dólar ou euro futuro.

Fundos também têm exposição em em euro, dólar, cestas de moedas.

3- Bitcoin

O Bitcoin é um tipo de investimento relativamente novo, mas que ganhou muita visibilidade nos últimos anos devido à sua forte valorização.

Isso porque é uma moeda digital que não sofre interferências políticas e econômicas de bancos ou outras moedas.

Tal independência e escassez conferiram ao bitcoin um grande valor de mercado, principalmente na crise do coronavírus.

Muitos investidores veem nessa criptomoeda um potencial futuro muito grande, pois ela também cumpre com todos os requisitos de uma reserva de valor.

Além disso, a negociação pode ser feita virtualmente a qualquer momento.

4- Prata e outros metais

Nessa mesma lógica, alguns investidores também procuram outros metais preciosos como reserva de valor. No entanto, nenhum outro tem a liquidez que o ouro possui.

Por conta disso, muitos especialistas não consideram outros metais para essas finalidades. Mas podemos citar a prata como exemplo.

A valorização da prata em 2020 foi de R$ 2,30 por grama em janeiro para R$ 4,23 em dezembro (crescimento de 83,4%).

Além de ser um metal precioso, a prata é um ótimo condutor de eletricidade, o que confere a ela outras propriedades e, consequentemente, mais valor.

5- Imóveis

Os imóveis ou propriedades de terra são popularmente conhecidos como reservas de valor. No entanto, o grande problema em relação a eles é quanto à liquidez e à influência do tempo em relação a eles.

Uma casa, por exemplo, necessita de manutenção para que seu valor permaneça. Caso contrário, ela se deteriora com o tempo. Ou seja, por vezes, a proteção desse ativo pode não funcionar.

Já quanto aos preços, os imóveis podem sofrer interferências externas e terem seus valores depreciados. Ou seja, não há muita garantia sobre a preservação de patrimônio.

Agora que você já sabe o que é reserva de valor e a importância de acompanhar as tendências de ativos, é hora de parar de perder dinheiro para a poupança e aproveitar melhor as oportunidades da Renda Fixa.

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