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O que é taxa de juros? Conceito, função e consequências para a economia

Em maio de 2022, a Selic teve sua 10ª alta consecutiva, atingindo 12,75% ao ano. A projeção do Banco Central é que a taxa básica de juros atinja 13,25% ao ano até o final de 2022.

Se você não sabe o que isso significa, deve estar se perguntando: “afinal, o que é taxa de juros e como ela afeta a minha vida?”

Bom, ela diz muito sobre o cenário econômico que o país está enfrentando, o que, direta ou indiretamente, afeta a vida de todos nós.

Por isso, manter-se informado sobre o assunto é fundamental para entender como a economia funciona e, é claro, saber onde aplicar o seu dinheiro para obter o melhor rendimento em cada situação.

Quer saber mais sobre o assunto? Neste post explicamos o que é taxa de juros, do conceito às consequências na economia e na vida das pessoas. Entenda como ela influencia o seu dia a dia e aprenda como utilizá-la a seu favor. Aproveite a leitura!

O que são juros?

Antes de explicarmos o que é taxa de juros, é importante que você entenda o conceito de juros, concorda? Então, vamos lá!

Juros nada mais são do que o custo do dinheiro. Ficou confuso? Calma, a gente explica!

Ao solicitar um financiamento, você está tomando dinheiro emprestado do banco, correto? Mas, isso não é de graça. A instituição financeira concede o empréstimo em troca de um acréscimo ao valor inicial no pagamento: os juros, que podem ser de dois tipos:

  • Juros simples: são fixos, aplicados somente ao valor inicial, ou seja, não variam com o tempo;
  • Juros compostos: quando o percentual é aplicado tanto sobre o valor inicial, quanto sobre os juros arrecadados, aumentando exponencialmente o valor final. Por isso são conhecidos como juros sobre juros.

>>> Você pode se aprofundar no assunto lendo este post exclusivo sobre o tema: Afinal, qual é a diferença entre juros simples e juros compostos?

Na prática, o conceito de juros pode ser entendido como uma compensação pelo tempo que o dinheiro ficou emprestado. Ou seja, é o preço que um tomador de empréstimo deve ao credor por usar o dinheiro que lhe foi concedido durante um  período — por isso, podemos entendê-lo como “o valor do dinheiro no tempo”.

O que é taxa de juros?

Agora sim, podemos retornar à pergunta inicial: “afinal, o que é taxa de juros?”

A taxa de juros é o percentual que incide sobre o valor inicial. Ou seja, é ela que determina o valor dos juros que você deverá pagar ou receber.

Além de remunerar empréstimos e financiamentos, ela pode ser utilizada pelo Governo para incentivar ou conter as demandas da economia, bem como, atuar como um índice aplicado a produtos financeiros.

Isso significa que a taxa de juros também é usada como base para o cálculo do rendimento de alguns tipos de investimentos, especialmente os de renda fixa.

Como a taxa de juros influencia a economia?

A taxa de juros pode influenciar a economia de diversas formas. Para facilitar o entendimento, apresentamos a seguir dois cenários com as principais consequências da taxa de juros alta e baixa.

Cenário de alta da taxa de juros

Primeiramente, em um contexto de alta na taxa de juros, a tendência é que todas as outras taxas do mercado também subam, restringindo o acesso a crédito tanto para empresas quanto para pessoas físicas.

O nível de desemprego da população tende a subir, reduzindo a renda das famílias e, consequentemente, seu poder de consumo, o que impacta também a receita das companhias. O resultado de todos esses fatores acumulados, contribui para a redução do PIB (Produto Interno Bruto).

Porém, nem todas as consequências da alta da taxa de juros são negativas.

O reflexo na inflação, por exemplo, é diferente, já que ela acaba diminuindo. Inclusive, elevar a taxa de juros é uma das estratégias utilizadas pelo Governo para manter a inflação sob controle.

Além disso, esses momentos representam um incentivo aos investimentos em renda fixa. Isso porque, a rentabilidade de algumas dessas aplicações se torna mais atrativa, como é o caso do Tesouro Selic, cujo rendimento é atrelado à Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira.

Quer aprender como lucrar com a alta da Selic? No vídeo abaixo, Clara Sodré, especialista em investimentos e professora da Faculdade XP, dá dicas valiosas de como aproveitar esses momentos para aumentar seus rendimentos. Dê o play e confira:

Cenário de baixa da taxa de juros

Agora, no cenário oposto, é de se imaginar que as consequências da baixa na taxa de juros também sejam diferentes, certo?

Pois bem, em um contexto de redução da taxa Selic, a tendência é que todas as outras taxas do mercado também caiam.

Com isso, pessoas físicas e companhias têm acesso a melhores opções de crédito, o que incentiva o consumo e reduz o desemprego, aumentando a renda das famílias, que passam a consumir ainda mais.

Tudo isso, em conjunto, contribui para o crescimento econômico do país e, consequentemente, para o aumento do PIB nacional.

Porém, nem tudo são flores. Com mais dinheiro circulando, ocorre o aumento da inflação, elevando os preços e encarecendo o custo de vida das pessoas, o que, de modo geral, afeta principalmente a parcela mais pobre da população.

Além disso, com a queda da taxa básica de juros, os rendimentos de investimentos atrelados à inflação também diminuem, obrigando os investidores a buscar opções mais rentáveis. 

Como usar a taxa de juros a seu favor?

Entender o que é taxa de juros é fundamental para compreender como a economia funciona e, com isso, aprender como lidar com o dinheiro de forma assertiva, identificando e aproveitando as melhores oportunidades de investimento que o mercado oferece.

Agora, que tal se aprofundar no assunto e entender como isso tudo afeta os rendimentos de suas aplicações? Conheça o curso O Beabá Financeiro para ter uma ampla visão sobre juros, Selic inflação etc. e comece a dar os primeiros passos no mundo dos investimentos. Inscreva-se!

Cursos de investimento: como funcionam e recomendações

Se você está prestes a fazer cursos de investimento ou pelo menos começar com um, mas também está na dúvida sobre vai em frente mesmo ou não, este texto é para você.

Aqui, iniciaremos pela definição de investimento, passando pelo que os cursos desse segmento te oferecem, como funcionam e ainda algumas dicas.

Então, deixe os olhos e a mente bem atentas ao conteúdo que está por vir.

 

O que é investimento

No mercado financeiro, investimento corresponde à aplicação de capital com a expectativa de um benefício futuro.

Isso acontece por meio de uma operação de compra e venda de um ativo financeiro, obviamente, com o objetivo de repor o valor de compra do ativo e obter lucro na própria operação.

Mas para esse investimento produtivo acontecer é necessário que a taxa de lucro sobre o capital supere ou iguale à taxa de juros, ou que os lucros sejam maiores ou iguais ao capital investido.

Assim, pode-se dizer que o objetivo de um investimento desse tipo é fazer que, coma ajuda do tempo, o dinheiro renda mais dinheiro, certo?

Dentro desse mundo, há basicamente 2 formas de realizarmos um investimento financeiro:

  • Investimentos em renda fixa;
  • Investimentos em renda variável.

 

Diferenciais vinculados aos cursos de investimento

Bom, neste ponto, basicamente, abordamos os motivos que devem te levar a fazer cursos sobre investimento – principalmente, para quem ainda não leva em consideração estudar sobre isso, porque acha que não precisa ou, por exemplo, ‘não é importante’.

Então, vamos lá.

Comecemos pelo ponto de que cursos de investimento são alguns dos poucos cursos em que você até pode desembolsar um valor para fazer, mas o foco está em aumentar o quanto de dinheiro você recebe – ou seja, o objetivo é te ensinar a sempre obter mais lucro do que gastos.

Porém, ganhar dinheiro por ganhar também não é suficiente.

É sempre muito mais interessante e prazeroso obter esses ganhos, de modo que possam ajudar você a realizar seus sonhos e conquistar suas metas, não é verdade?

Além disso, é muito útil para contribuir na sua segurança financeira do dia a dia.

“Como assim?”

Por exemplo, você consegue se preparar melhor ou evitar cenários de dívidas ou qualquer outra forma de prejuízo.

E não se trata só de evitar prejuízos financeiros.

Pois é bom lembrar também que situação financeira complicada resulta em piora da nossa saúde mental e física.

Isso significa que, ao aprender a investir e conquistar seu ganhos, você não está somente adquirindo saúde financeira, bem como saúde de tudo que faz parte do seu corpo.

Então, deu para entender a importância desses diferenciais e benefícios que os cursos de investimento – principalmente quando bem elaborados e de qualidade – levam para sua vida, não é mesmo?

 

Como funcionam

Os cursos de investimento têm que e costumam envolver tudo o que você precisa saber para quando for investir.

Só que a partir do momento que algo do tipo é dito, muita gente pensa que só ter conhecimento do lado técnico, como o entendimento dos principais conceitos, é e deve ser o suficiente.

Mas se engana quem pensa assim.

Isso porque investir abrange muito mais do que apenas compreender a parte técnica, sendo importante saber também sobre:

  • Cenário macroeconômico;
  • Principais ferramentas e plataformas que ajudam na hora de investir;
  • Quais as melhores estratégias para se usar no seu planejamento;
  • Como lidar com cenários adversos;
  • E por aí vai.

 

Recomendações para quem faz cursos de investimento

 

Descubra qual o seu perfil de investidor

Seja antes de fazer o curso desse setor ou mesmo de investir na prática, é muito importante entender qual o seu perfil de investidor.

Pois esse é, sim, o primeiro passo para que consiga guiar os seus estudos e os próprios investimentos da melhor forma possível.

Para que fique mais evidente, o seu perfil de investidor está ligado diretamente ao tipo de investimento que você vai operar, e isso afeta a área de estudos que você escolhe.

Mas e aí, você conhece quais são os perfis de investidor?

Para te ajudar nesse sentido, colocamos abaixo os perfis com a explicação de quais modalidades são indicadas para cada um deles:

  • Conservador: por valorizar a segurança e previsibilidade, a carteira de investimento desse perfil costuma ser composta por ativos ou fundos de renda fixa.
  • Moderado: aqui, é o investidor ‘meio termo’, já que arrisca um pouco mais que o conservador, então sua carteira pode incluir ativos que buscam mais rentabilidade (como fundos imobiliários e ações), mas boa parte dos investimentos está alocada em fundos de renda fixa.
  • Arrojado (ou agressivo): valoriza a rentabilidade e está disposto a correr mais riscos. Por isso, sua carteira costuma ser composta por ativos de renda variável, como ações, fundos imobiliários e commodities.

A Faculdade XP oferece um caminho, também, muito interessante para você poder chegar à conclusão de qual curso mais combina com você e o seu momento.

Para entender melhor do que estamos falando, é só clicar aqui e fazer a sua Trilha Faculdade XP.

 

Conheça os tipos de curso de investimento

Como já mencionado, existem tipos de operações diferentes para cada perfil de investidor, e quando se trata de cursos para aprender a investir, não poderia ser diferente.

Para se ter ideia, aqui na Faculdade XP, trabalhamos com algumas escolas para melhor cumprir com essa divisão, como:

  • Educação financeira: mais ligada a comportamentos e autoconhecimento;
  • Investimentos: mais relacionada aos conceitos e à prática no dia a dia;
  • Trading: mais vinculada às operações de alta liquidez (mais potencial para rendimentos mais ‘rápidos’);
  • Faculdade XP Pro (MBAs – profissionalizante): visa levar um conhecimento mais abrangente, que ajude você a ser um profissional da área;
  • Empreendedorismo: basicamente, auxilia você no conhecimento necessário para abrir, cuidar e manter um negócio trazendo bons retornos e sempre inovando – ou seja, se tornando destaque no mercado ou segmento.

 

Procure o número máximo de informações sobre o curso

Não só na Faculdade XP, bem como pelo mundo afora, existem inúmeros cursos disponíveis para aprender a investir, desde os gratuitos aos pagos.

Mas segue valendo ressaltar: nem todos eles são ideais para você.

Por isso, é muito importante, antes de fazer a decisão de compra, pesquisar por indicações e recomendações de bons cursos sobre a área que você deseja estudar.

Assim, facilita você conseguir alinhar as suas expectativas com aquilo que você realmente vai receber.

E para conseguir essa valiosas informações, basta procurar o que falam as páginas desses curso, os especialistas e, principalmente, os alunos que passaram por eles.

Se ainda não é o suficiente, vá atrás das próprias instituições que oferecem os cursos de investimento para que tire todas as dúvidas.

 

Persista no aprendizado e desenvolvimento

Como qualquer outra área, aprender a investir também exige estudo, prática e, principalmente, persistência.

Não deixe o seu conhecimento básico de início, por exemplo, ser um obstáculo na hora de continuar com o aprendizado e a prática.

Além disso, não permita a situação financeira mais limitada de momento atrapalhar esse seu caminho.

Sejam esses ou outros fatores, sempre pense que há maneiras de contornar cada situação para que os seus sonhos e metas sigam sendo realizados e conquistados!

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Livros sobre investimento: 5 dicas para elevar seu conhecimento

Mais um Dia do Livro chega e, com isso, recomendações superespeciais também – por isso, hoje, listamos 5 livros sobre investimento para elevar seu conhecimento na área.

Inclusive, já indicamos aqui no blog livros para empreendedorismo, caso essa área também seja de seu interesse.

A leitura segue uma das melhores formas de aprendizado e, por esse e outros motivos, não deve ser jamais descartada.

No mundo dos investimentos, livros também são um ótimo caminho para quem deseja entrar e se manter nele e, obviamente, se sair bem.

Pensando em tudo isso, a Faculdade XP separou as dicas abaixo. Dá só uma olhada!

 

Como organizar sua vida financeira

Por meio de uma linguagem simples e acessível, o autor Gustavo Cerbasi aborda nesta obra quais as melhores ferramentas de gerenciamento do dinheiro.

A intenção é prestar uma espécie de grande consultoria financeira aos leitores, ajudando no diagnóstico da situação atual e oferecendo orientações para melhorá-la.

Dessa forma, você consegue adquirir um autoconhecimento e inteligência dentro do próprio orçamento caseiro/familiar ao colocar em prática as dicas ensinadas de como controlar e lidar com as despesas.

No decorrer do conteúdo, obviamente, percebe-se os relatos da importância da organização financeira para se obter um melhor estilo de vida.

Por conta de a obra carregar um caráter de manual, significa que você é constantemente convidado a transformar toda a teoria em prática.

Isso também quer dizer que o leitor que assumir uma postura proativa na leitura e fizer uma autorreflexão extrairá muito mais valor do livro.

 

Investimentos: segredos de Soros e Warren Buffett

Encontrar num só livro a trajetória e segredos de 2 dos maiores nomes de qualquer área, não é mesmo?

Mas essa obra de Mark Tier trata justamente disso: pegou 2 dos grandes investidores do mundo, George Soros e Warren Buffett, para revelar os métodos e passo a passo que os transformaram em personagens dos mais poderosos no planeta.

Assim, tanto para quem está apenas ingressando nos investimento quanto para quem já faz parte, essa mais um dos livros sobre investimento torna-se essencial como fonte de inspiração.

Aliás, é bom lembrar: se você esperar um estilo de investidor entre esses 2, se engana, pois Soros adota uma forma completamente diferente de Buffett.

Isso ajuda o leitor a estudar diversidades do ramo e perceber qual estilho melhor se encaixa ao próprio perfil.

Mesmo que haja diferenças entre um e outro, você também perceberá hábitos compartilhados por ambos nesse importante livro sobre investimento.

 

Os axiomas de Zurique

Aqui, o autor Max Gunther revela os conselhos dos banqueiros suíços para ajudar na orientação dos investidores.

Então, você tem a oportunidade de conferir os segredos revelados de pessoas que decidiram fazer muitos tipos de aplicações, como ações, commodities, moedas e imóveis.

Gerenciando os riscos desses investimentos ao adotar princípios e regras, tais experiências expostas nessa obra leva ensinamentos para enriquecer a partir dessa filosofia.

Para se ter ideia, o êxito desses investidores acabou sendo tão grande, que ajudou a Suíça a se tornar um dos países mais ricos do mundo, após o fim da 2ª Guerra Mundial.

Fique de olho! Pois se você deseja, principalmente, correr mais riscos para obter maiores retornos, mas ainda assim, de uma forma mais segura, essa é uma leitura obrigatória sobre investimento.

Esta é uma leitura obrigatória para aqueles que desejam mais riscos visando maiores retornos no futuro, seja investindo em moedas estrangeiras, commodities, ações ou imóveis.

 

Investimentos inteligentes

Esse livro sobre investimento de Gustavo Cerbasi promove a explicação de investimentos como:

  • Renda fixa;
  • Fundos;
  • Planos de previdência;
  • Ações;
  • Imóveis.

O foco é levar os melhores investimentos do mercado de acordo com aquele mais alinhado aos objetivos e necessidade de cada um.

É assim que qualquer pessoa pode alcançar a independência financeira ou mesmo chegar ao primeiro milhão, a partir do momento que souber investir de forma inteligente.

Você vai perceber que conquistar metas como essas tem nada de impossível e, com a postura adequada, é possível multiplicar os ganhos.

Para isso, é preciso analisar os mais variados cenários, seus objetivos e perfil para fazer as escolhas de investimento em que se sente mais à vontade

 

O jeito Warren Buffett de investir

De maneira mais detalhada, nesta obra, Hagstrom apresenta o pensamento e a filosofia do homem que ficou bilionário usando ferramentas disponíveis para qualquer um.

Então, se você deseja descobrir respostas para perguntas como “como ele se tornou tão bem-sucedido com a compra de ações e empresas?” e “que ensinamentos ele pode oferecer a quem pretende investir na Bolsa”, esse é o livro indicado para você.

Basicamente, você tem a oportunidade de conhecer:

  • Os 12 princípios que orientam suas compras de ações;
  • Sua formação intelectual e os mestres em que se inspira;
  • Seu foco no investimento a longo prazo;
  • Novos estudos de caso;
  • Aprofundamento das finanças comportamentais.

Com uma forma simples de retratar as estratégias da maior lenda dos investimentos, essa obra o ajuda a enxergar o mercado financeiro com novos olhos, despertando-o a ter muito mais sucesso com seu portfólio.

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O que são dividendos? Dá para ganhar dinheiro com esses proventos? 

Entender o que são dividendos é muito mais fácil quando imaginamos um investidor que aplica em uma empresa e recebe parte de seu lucro. 

Esse é o sonho de qualquer pessoa: ganhar rendimentos a partir do investimento em produtos ou serviços. Logo, os dividendos são um dos tipos de proventos existentes (parte do lucro de uma empresa).

Aliás, muita gente quer viver de renda por meio de dividendos. Mas será que isso é possível e se encaixa em todo perfil? 

É o que você descobrirá ao ler este artigo, que abordará: 

  • O que são dividendos?;
  • O que são dividendos por ação?;
  • Como funcionam os dividendos?;
  • Como funciona a distribuição de dividendos?
  • É possível viver de dividendos? 

O que são dividendos?

Dividendos são parte dos lucros de uma empresa repartidos aos acionistas como remuneração. O objetivo das companhias é atrair novos investidores.

Esse é um tipo de provento super popular no mercado. Grande parte das empresas consolidadas utiliza esse modelo de compensação aos acionistas.

Dessa forma, como o preço das ações dessas empresas não costuma variar muito, elas oferecem esse diferencial para atrair e reter novos investidores.

Nesse contexto, todas as empresas da B3, a Bolsa de Valores oficial do Brasil, têm necessariamente que dividir, no mínimo, 25% dos lucros com os detentores de seus papéis.

Essa divisão do lucro líquido acontece de acordo com a quantidade de papéis que você possui, o que significa que quanto mais ações tiver, maior será a sua parcela.

Só que as empresas também podem escolher entre partilhar todo o seu lucro com os seus acionistas ou manter alguma porcentagem para si.

Por fim, os dividendos são o tipo de provento mais popular no mercado, e ações que pagam bons dividendos são  as favoritas dos investidores.

O que são dividendos por ação?

Podemos descrever dividendos por ação como o processo no qual o investidor recebe o pagamento em ações em vez de dinheiro.

Imagine que uma empresa é uma pizza e que cada fatia representa uma quantidade de ações. Isso significa que você deve observar o tamanho da sua fatia, no caso, a participação nos ativos, pois ela corresponde ao percentual do lucro que será repartido.

Vale ressaltar que os dividendos podem ser pagos também em dinheiro e outras modalidades, como Juros sobre Capital Próprio (JCP).

Como funcionam os dividendos? 

Para uma empresa pagar dividendos, a mesma precisa e deve seguir alguns passos.

  • 1º: conseguir aprovação do Conselho Administrativo, órgão interno que supervisiona as atividades da organização;
  • 2º: protocolar a decisão na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) – vinculada ao Banco Central;
  • 3º: creditar os dividendos nas contas dos acionistas, uma vez que os passos anteriores foram cumpridos.

Na primeira etapa, os membros desse órgão se reúnem e decidem a respeito da proposta, avaliando, por exemplo, se há lucro suficiente para distribuir uma parte aos acionistas.

Na segunda, o objetivo é informar publicamente a decisão de pagar os dividendos, os valores e datas para que isso aconteça.

Leia também: Conheça as ações que pagam mais dividendos em 2022

Como funciona a distribuição de dividendos?

O pagamento de dividendos pode acontecer de forma:

  • Mensal;
  • Trimestral;
  • Semestral;
  • Anual.

Algumas instituições até aumentam os valores da distribuição de seus lucros ao longo do tempo.

Por exemplo, uma determinada empresa pode oferecer dividendos de 25% agora e, no ano seguinte, aumentá-lo para 40%. Mesmo não sendo uma regra, as empresas com fama de pagar dividendos crescentes não costumam decepcionar os seus acionistas.

É bom ter em mente que, quando uma companhia paga dividendos, ela provavelmente possui uma governança corporativa mais sólida, em que o fluxo de caixa é bem previsível.

Já as empresas em crescimento precisam investir e expandir mais rápido, por isso não costumam distribuir os dividendos nesse período.

Agora, quando qualquer companhia se torna boa pagadora de dividendos, isso acaba atraindo mais investidores.

Para formalizar o pagamento de dividendos, existe uma agenda com funções significativas. Saiba como acontece:

Data de Registro

Este é o dia que as empresas usam para determinar quem são os seus acionistas, sendo preciso constar na contabilidade da organização para que seus investidores possam receber a sua parte dos lucros.

Neste dia, também é definido quem receberá:

  • procurações;
  • relatórios financeiros;
  • informações importantes para o processo de distribuição de dividendos

Data de Declaração

É na Data de Declaração que o Conselho de Administração da empresa anuncia os dividendos, sendo comunicados:

  • Valor do dividendo;
  • Data de registro;
  • Data de pagamento

Depois dessa divulgação, a companhia em questão tem a obrigação legal de distribuir parte de seu lucro entre os acionistas.

Data Ex-Dividendo

Isso surge quando novos acionistas não possuem mais direito aos recebimentos do dividendo declarado.

Então, existe esse dia, conhecido como “data-ex”, em que os ex-dividendos são anunciados.

Basicamente, se um acionista comprar uma ação após essa data, quem recebe a sua parte na divisão dos lucros é o vendedor da ação.

Para se ter uma ideia, a data-ex normalmente acontece dois dias úteis antes da data de registro, podendo variar em pagamentos não feitos em dinheiro.

Índice de Cobertura de Dividendos

O índice de cobertura de dividendos é a relação existente entre o lucro líquido de uma organização e os dividendos pagos aos seus investidores.

Assim, os acionistas conseguem medir mais facilmente a capacidade que a empresa tem de pagar pelos seus dividendos.

Tal índice é calculado por meio da divisão do lucro total pelo valor do dividendo de uma determinada ação.

PRD (Planos de Reinvestimento dos Dividendos)

Planejamento feito por determinada empresa a fim de permitir que seus acionistas reinvestissem os dividendos pagos em dinheiro de forma automática.

Dessa forma, tal reinvestimento é programado para acontecer no dia da divisão de parte do lucro da empresa.

Muitas vezes, as companhias que oferecem o PRD permitem que a compra seja realizada com descontos e sem comissões.

Essa pode acabar sendo uma ótima oportunidade para os acionistas que visam aproveitar o potencial de capitalização da organização.

Tipos de proventos  

Todo provento é pago proporcionalmente ao seu número de ações, com investidores sem influência sobre o lucro de uma empresa, na maioria das situações.

De qualquer forma, isso não muda o fato de qualquer acionista poder utilizar índices e indicadores das organizações para identificar boas pagadoras de proventos, por exemplo.

Dividendos

As empresas que distribuem mais proventos possuem um dividend yield maior, trata-se de um índice que mede o rendimento dos dividendos, em determinado período, em relação ao preço de suas ações.

Esse valor é calculado a partir da seguinte equação:

Dividendos pagos por ação / Cotação atual da ação = Dividend Yield

Assim, esse indicador se faz importante para você comparar a rentabilidade dos dividendos entre empresas.

Bonificação

Esse é um ponto interessante, já que o pagamento de um provento também pode ser feito com ações adicionais para o acionista.

Com isso, a quantidade de ações recebidas varia de acordo com o número de ações que o investidor já possui.

Dividendo especial extraordinário

Dividendo especial é um pagamento extra que as empresas fazem aos seus investidores, sendo assim, um ponto fora da curva e raro de acontecer.

Isso pode acontecer por inúmeros motivos, como:

  • ganho inesperado;
  • súbito aumento de caixa da organização;
  • mudanças na regulamentação.

Direitos de subscrição

Esse provento acontece quando a empresa emite mais ações e dá o direito aos acionistas de comprá-las antes do mercado. Em alguns casos, essas ações são disponibilizadas por um valor abaixo do comercializado no mercado.

Caso receba direitos de subscrição, há um prazo para escolher se vende o direito ou o subscreve.

JCP (Juros sobre Capital Próprio)

É um tipo de provento muito similar para o investidor aos dividendos comuns. A diferença se dá na contabilidade da empresa pagadora de proventos, pois é considerado como uma despesa para a companhia.

Isso acaba acontecendo, pois o JCP é descontado antes do lucro líquido, o que garante um benefício fiscal.

Neste vídeo, a especialista Clara Sodré explica o que são dividendos e como investir:

É possível viver de dividendos?

Tenha em mente que só é possível viver de dividendos de acordo com o seu capital, e claro, seu estilo de vida – ou seja, depende.

Você precisa avaliar o quanto julga necessário receber mensalmente, a fim de conseguir pagar as suas contas, e de quanto você tem para aplicar.

Aliás, como os dividendos são parte do lucro líquido dividido entre os acionistas, o valor por ação acaba não sendo significativo.

Dessa forma, para fazer um bom dinheiro a partir disso, é necessário ter uma quantidade grande de ações – o que não é a realidade de muitos investidores.

Por isso, diversifique os seus investimentos para que os seus ganhos sejam potencializados e os riscos minimizados. Além disso, é necessário que você seja realista quanto à periodicidade em que precisará receber os seus pagamentos.

Pois é comum os dividendos serem pagos anualmente, o que significa apenas uma quantia extra, que entra uma vez ao ano. Por isso, é mais fácil enriquecer com o rendimento das ações do que com dividendos.

Para entender mais sobre investimentos, indicamos o curso Introdução ao Universo de Trading. Aqui, você aprende os conceitos básicos ligados ao mercado de ações, inclusive os dividendos, para montar uma carteira diversificada.

Aprimore seu conhecimento hoje mesmo!

Debêntures: significado, tipos, vantagens e como escolher

Em tempos de juros baixos – mesmo com a recente elevação da Taxa Selic -, os investidores vão em busca de investimentos com mais de rentabilidade, e é aí que as debêntures se tornam, também, ótima opção.

Então, principalmente, se você ainda não conhece esse tipo de investimento muito bem ou em que situações deveria usá-lo, fique com a Faculdade XP até o fim deste texto.

 

O que são debêntures e como funcionam

Sim, pelo nome, é um dos investimentos menos sugestivos que existe no mercado, mas não por isso deixa de ser uma boa alternativa em alguns momentos.

Assim, debêntures se trata de títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais.

Para quem conhece o Tesouro Direto, você pode relacionar o funcionamento das debêntures com o dos títulos públicos negociados nele, já que se assemelham em alguns aspectos.

Porém, em vez de financiar o governo, quem compra debêntures empresta dinheiro para uma empresa construir uma nova fábrica, expandir as operações no exterior ou fazer qualquer outro grande investimento.

Por conta de as regras relacionadas aos prazos e ao formato da remuneração das debêntures estarem definidas e registradas desde o momento da emissão pela empresa, elas são classificadas como investimentos de renda fixa.

Dessa forma, quem investe em uma debênture já sabe desde o início por quanto tempo o dinheiro precisará ficar aplicado e de quanto serão os juros que receberá até lá.

Além disso, as debêntures também são tidas como papéis de dívida, então quem investe ou as compra se torna credor.

Agora, você pode estar se perguntando: se as debêntures são papéis de dívida, por que as empresas as emitem?

Bom, é porque como as condições da emissão são definidas pela própria empresa, as debêntures acabam sendo uma forma mais flexível de captação de recursos e mais barata do que um financiamento bancário tradicional, com juros menores.

Mas não apenas isso, as debêntures também não envolvem a venda de uma parte do capital para outras pessoas, como acontece quando uma empresa faz uma emissão de ações.

 

Quem pode emitir

As empresas enquadradas como sociedade por ações (S/A) de capital fechado ou aberto podem emitir debêntures no mercado.

Enquanto isso, para fazer ofertas públicas de debêntures, é preciso ser uma companhia aberta e estar devidamente registrada junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Quem toma a decisão sobre emitir debêntures é a assembleia geral de acionistas de uma empresa, que precisa fixar as condições e os critérios da operação.

No entanto, em companhias abertas, o próprio Conselho de Administração pode deliberar sobre a emissão de debêntures sem ter de consultar os acionistas antes.

 

Principais tipos de debêntures

Não só são uma alternativa interessante, bem como contam alguns tipos em que há diferenças importantes entre essas disponíveis para os investidores no mercado, como:

 

Debêntures conversíveis

Como a segunda parte do nome já sugere, acabam sendo papéis que mesclam características de renda fixa e renda variável.

O que isso quer dizer?

Que elas podem ser trocadas por ações da companhia emissora.

Então, é como se, em vez de retornar o dinheiro dos investidores acrescido de juros, a empresa pudesse fazer esse pagamento por meio de uma participação acionária.

Dessa forma, só pelo fato de serem conversíveis reduz o risco do investimento nas debêntures até certo ponto.

 

Debêntures simples

Quem investe nelas será remunerado sempre com juros sobre o principal, de acordo com as condições oferecidas na oferta.

Aliás, essas também conhecidas como ‘não conversíveis’ – ao contrário do caso anterior -, justamente, por não preverem a possiblidade de serem convertidas em ações.

 

Debêntures incentivadas

Essas servem para captar recursos para projetos específicos, voltados ao desenvolvimento da infraestrutura do país – também são chamadas de debêntures de infraestrutura.

A principal vantagem do produto fica por conta da isenção de Imposto de Renda sobre o investimento.

Regulamentadas pela lei 12.431, de 2011,  estão entre os setores prioritários para a emissão dos papéis:

  • Logística;
  • Transporte;
  • Saneamento básico;
  • Energia;
  • E muitos outros.

 

Debêntures comuns

Essas possuem incidência de Imposto de Renda regressivo – ou seja, quanto maior o tempo da aplicação, menos imposto é cobrado.

É importante ressaltar que o desconto do IR se dá apenas sobre a rentabilidade acumulada no período e não sobre todo o valor aplicado.

Aliás, ao entender a diferença entre debêntures incentivadas e comuns, não pense que a primeira será sempre a melhor por não haver IR.

Essa lógica não funciona quando estamos falando de investimentos, já que depende da taxa atrelada à debênture.

 

Debêntures permutáveis

Apesar de lembrarem as conversíveis, por também serem papéis que podem ser trocados por ações, a diferença é que, no caso das permutáveis, as ações não são da própria empresa emissora das debêntures.

 

Rendimento

Entre as informações detalhadas no documento ‘escritura de emissão’ estão as formas de remuneração das debêntures, existindo três estruturas mais comuns:

  • Prefixada: o investidor recebe uma taxa de juros definida desde o momento da aplicação;
  • Pós-fixada: o investidor também conhece de antemão o indicador que servirá como referência para a remuneração. Ex: pode ser a taxa Selic ou a taxa do CDI. Assim, o retorno efetivo recebido na aplicação seguirá as variações impostas ao indicador;
  • Híbrida: há um componente prefixado e outro pós-fixado, como os casos em que o papel assegura uma taxa de juros anual mais a variação da inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado).

 

Vantagens

 

Retorno mais alto que outros papéis

Justamente por envolver um componente de risco adicional – o risco de crédito da empresa emissora -, seu retorno costuma ser mais alto para os investidores, se comparado a outros tipos de papéis.

 

Diversificação de carteira

Investir em debêntures possibilita diversificar a carteira, mesmo se a intenção for se manter apenas dentro da região da renda fixa.

Como também empresas de diferentes portes, setores e com objetivos distintos emitem esses papéis, isso abre para o investidor um leque amplo de oportunidades.

 

Desvantagens

 

Prazo muito longo de vencimento

Infelizmente, até o vencimento, não é possível resgatar o dinheiro aplicado.

Ou seja, se precisar dos recursos, o investidor terá de recorrer ao mercado secundário em busca de alguém interessado em comprar seus papéis.

Mesmo que as debêntures sejam negociadas em Bolsa, o que pode facilitar a tarefa, não é raro que a liquidez dos papéis (a facilidade de vendê-los no pregão) seja restrita.

 

Repactuação das condições oferecidas

Por preverem na escritura da emissão a possibilidade de repactuar as condições oferecidas, se os juros praticados no mercado, por exemplo, estiverem muito diferentes dos que remuneram as debêntures, isso pode ser ajustado por meio de uma repactuação.

Quando isso acontece, a empresa emissora é obrigada a recomprar os títulos dos debenturistas que não aceitarem as novas condições.

Então, se o investidor tiver feito planos considerando as características descritas na escritura de emissão, suas expectativas podem acabar sendo frustradas.

 

Como escolher debêntures

Assim como qualquer outro investimentos, se as debêntures estão de acordo com os objetivos do investidor, elas podem ser uma ótima aplicação.

Por isso, tenha em mente que essas são consideradas alternativas mais ‘sofisticadas’ de aplicação em renda fixa.

Dessa forma, investidores mais conservadores podem se sentir desconfortáveis ao negociar debêntures.

Além disso, é importante considerar a data de vencimento das debêntures e, então, se elas estão de acordo com os objetivos do investidor.

Como esses papéis costumam ter prazo alongado, pode ser um entrave para quem está aplicando o dinheiro para trocar de carro daqui a alguns meses.

Vale lembrar, mais uma vez, que as debêntures podem ser vendidas no mercado secundário, caso o investidor precise do dinheiro antes do vencimento por alguma razão.

Porém, nesse ambiente, os papéis são negociados a “preços de mercado”, estabelecidos livremente de acordo com o interesse dos outros investidores.

Para evitar surpresas, é indicado avaliar detalhadamente o perfil das empresas emissoras das debêntures.

Isso porque conhecer o seu nível de solidez financeira ajuda a evitar um risco de crédito excessivo – o que normalmente está presente em empresas muito endividadas, com dificuldades de crescimento ou de setores que passam por uma crise.

Por fim, a compra de debêntures pode ser feita diretamente no mercado secundário, se forem papéis que já estão em circulação.

Se forem papéis novos, eles podem ser adquiridos durante uma oferta pública de distribuição – nesse caso, todas as informações sobre a emissão são concentradas em um documento chamado de “prospecto de distribuição”, disponível no site da CVM.

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Gerenciamento de risco: 10 dicas para implementar a seu favor

Incertezas no mundo dos investimentos são muito comuns, principalmente quando se trata de lidar com ativos em oscilações. Nesse sentido, o gerenciamento de risco possibilita que os investidores tratem com exatidão os riscos e as oportunidades associadas a eles.

Independentemente do tipo de operação que você realiza na bolsa de valores, é importante realizar um gerenciamento de risco de qualidade, principalmente, quando se pratica investimentos com possibilidade de maiores retornos e com potenciais de desvalorização.

Se você não desenvolve o gerenciamento de risco em suas operações, as perdas, infelizmente, podem ser maiores do que você imagina.

Ao longo deste artigo vamos mostrar quais são os tipos de riscos existentes na gestão financeira e como reverter esse quadro. Confira!

O que é gerenciamento de risco?

O gerenciamento de risco é a forma de tratar os riscos e as oportunidades que prejudicam a criação de algo de valor

O processo se dá por meio da adoção de práticas de infraestrutura, políticas e metodologias. 

Isso tudo de modo a permitir uma melhor gestão dos limites de risco aceitáveis, do capital, da precificação e do gerenciamento da carteira.

Basicamente, é um conjunto de regras que você define para os seus investimentos para duas finalidades:

  • minimizar os danos causados em momentos de prejuízo;
  • maximizar os ganhos quando a operação dá certo.

Logo, essa estratégia considera o tamanho do seu patrimônio, o seu conhecimento sobre investimentos e o seu perfil de investidor.

Pois com bom gerenciamento de risco, torna-se mais difícil perder mais do que o esperado, até em momentos difíceis.

Como fazer gerenciamento de risco? 

1. Conheça o próprio perfil de investidor

Perfil de investidor é a classificação de alguém que aplica seu dinheiro em um tipo de produto, considerando sua personalidade diante do grau de risco das aplicações.

Existem três tipos de perfil de investidor, são eles:

  • conservador: é o que mais preza pela segurança e tem aversão ao risco. Isso significa que no momento de fazer aplicações, prefere produtos com nenhum ou baixo risco;
  • moderado: é o meio-termo entre conservador e agressivo. Geralmente é aquele que está disposto a assumir alguns riscos para conquistar alta rentabilidade, mas sem dispensar a segurança;
  • agressivo ou arrojado: esse investidor está aberto a perder parte do patrimônio. A sua carteira de investimentos está quase sempre atrelada a produtos de renda variável, dispensando os de renda fixa.

2. Defina quanto vai alocar em bolsa

Para chegar a um valor expressivo para investir na bolsa de valores, não é recomendado colocar tudo que possui imaginando que receberá o dobro em troca só porque o investimento possui rentabilidade alta.

Lembre-se: coloque um valor seguro, de modo que não afete negativamente o seu tipo de vida atual.

3. Busque a diversificação de carteira

Se você faz parte do mundo dos investimentos, um dos principais objetivos deve ser criar uma carteira diversificada de ativos. Essa visão o ajudará a não ser refém de um único investimento.

Por exemplo, em certo momento, um produto financeiro pode estar gerando rentabilidade negativa. Ou seja:se você tiver dinheiro aplicado apenas nele, seu patrimônio pode ir por água abaixo.

Agora, se o seu capital estiver bem distribuído em muitos investimentos, a possibilidade é muito maior de retorno.

>>> Aprenda mais: Skin in the game: saiba por que você deveria ter a “pele em jogo” nos investimentos

4. Estabeleça regras

Dentro das estratégias de suas aplicações, é importante que haja regras objetivas para melhor conduzir seus rendimentos. Isso contribui nas atitudes que você deve tomar caso um cenário ou outro aconteça e, principalmente, diante de imprevistos.

Por isso, uma dica é sempre operar com stop loss.

Como o nome em inglês já sugere, representa uma ordem de venda disparada automaticamente quando suas ações atingem o limite de perda que você deixou programado.

Aliás, o indicador HiLo Activator (sigla em inglês para High Low – Alto Baixo, em português) também é uma interessante alternativa, já que costuma indicar tendência. Na prática, ele tenta identificar se um ativo está em tendência de alta ou de baixa.

Assim, pense num setup (conjunto de regras) que dê a você uma simetria do risco-retorno, buscando que a operação provoque resultados positivos no fim das contas.

5. Respeite a volatilidade do ativo financeiro

A volatilidade do ativo financeiro significa evitar superestimar o retorno que pode dar ou subestimar o risco. Esse ponto, aliás, acaba sendo o erro mais comum na hora de realizar os investimentos e pode impactar seriamente o seu estado emocional.

E você deve imaginar que, afetando suas emoções, para se recuperar o caminho pode ser ainda mais complicado do que quando no início.

6. Anote o histórico de cada operação

Dessa forma você poderá ter um controle e noção muito maior do que está fazendo.

Você poderá ter um melhor panorama para analisar tudo isso com muito mais cautela e tomar decisões mais sábias no momento de fazer as operações seguintes.

Portanto, seja no papel ou com uma planilha, produza algo por escrito que você possa ver e rever quantas vezes quiser e precisar para ter um bom controle da sua carteira.

Quer ir mais além? Acompanhe este vídeo e saiba como diversificar seus investimentos da melhor forma:

Gerenciamento de risco: como colocar em prática? 

Quer saber de uma situação muito comum de quem se deixa levar pelas emoções, sem parar para anotar e analisar os mais variados aspectos dos investimentos?

O investidor ou trader possui uma determinada meta para alcançar em um dia, e consegue chegar bem próxima a ela já quase ao meio-dia.

Aí, o que ele faz?

Opera mais uma vez para poder bater a meta já na metade do dia, mesmo sabendo que esse não costuma ser um bom horário para realizar boas operações.

E o que acontece?

Tem uma perda, então fica mais distante da meta do que estava antes.

Para corrigir esse erro, o que ele faz?

Basicamente, o mesmo erro: opera mais uma vez e tem mais uma perda (ou loss, como é conhecido esse momento no mercado).

Logo, o erro cometido diversas vezes pode prejudicar gradativamente o patrimônio do investidor.

Isso, em muitos casos, é falta de conhecimento ou prática para investir. Treinamentos exclusivos sobre o modo de criar aplicações pode ser importante para o investidor, seja iniciante ou mais experiente, que não sabe lidar com as oscilações do mercado.

Pensando nisso, indicamos o curso Consistência no Day Trade & Gestão Emocional para identificar as emoções que afetam os resultados, evitando assim os prejuízos. Além disso, o aluno desenvolve habilidades para diversificar a carteira com eficácia e tomar as melhores decisões financeiras.

Aprenda a investir com qualidade!

CDI: o que é, como funciona e impacta os seus investimentos?

O CDI é uma das várias siglas usadas no mercado financeiro, e você precisa saber do que se trata, pois pode afetar diretamente os seus investimentos.

Apesar de estar entre as abreviaturas mais famosas, como há outras muito parecidas com ela – como a taxa DI -, é também símbolo de confusão entre os investidores.

Como o que a Faculdade XP sempre propõe aqui é a elucidação das mais diversas situações no mercado financeiro, vamos desvendar para você, também, do que se trata o CDI, tudo bem?

Comecemos!

 

O que é CDI

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é um título de curtíssimo prazo emitido pelos bancos.

De alguma forma, ele se assemelha ao CDB, porque o CDI também é usado pelas instituições para captar recursos.

No entanto, o certificado interbancário não é oferecido diretamente aos investidores individuais.

Aliás, esse nome (CDI) acaba sendo dado para os empréstimos que os bancos fazem entre si para fechar o caixa do dia no positivo, já que possui o prazo de vencimento de um dia útil.

A razão da existência desse certificado é a regulação do sistema financeiro, já que o BC (Banco Central) determina que os bancos devem encerrar todos os dias com saldo positivo de caixa.

É uma medida de segurança que procura assegurar que o sistema financeiro seja estável e esteja saudável.

Porém, por diferentes motivos, fechar o dia com saldo positivo nem sempre acontece.

Exemplo?

Uma instituição, em determinado dia, pode registrar um volume maior de resgates do que de depósitos.

Já que as regras estabelecem que essa diferença seja obrigatoriamente coberta, qual a saída para isso?

Tomar dinheiro emprestado, emitindo um CDI que seja adquirido por outro banco.

 

Qual a relação entre CDI, Selic e taxa DI?

Agora, se o CDI não é um título acessível para pessoas físicas, o que ele tem a ver com os investimentos em geral?

A resposta está: nos juros.

Isso porque nos empréstimos realizados entre os bancos por meio de CDIs há cobrança de juros.

Como isso acontece?

As operações são registradas na B3, que calcula a taxa média de juros praticada nos certificados interbancários de todo o mercado financeiro.

Divulgada diariamente, essa taxa é conhecida como “taxa DI”, ou como “taxa do CDI”.

Assim, justamente por refletir os juros médios das operações entre os bancos, a taxa DI se tornou uma referência para o restante do mercado financeiro.

Aliás, mesmo sendo um indicador de base diária, ele também é calculado em base mensal e anual – atualmente, serve de base para a rentabilidade dos investimentos de renda fixa em geral.

Por isso, a taxa média de juros cobrada nessas operações é uma referência para outras aplicações de renda fixa.

Não à toa, é bastante comum que a remuneração oferecida por um CDB, uma Letra de Crédito Imobiliário (LCI) ou uma debênture seja expressa como um percentual do CDI.

Para se ter ideia, se a rentabilidade de um fundo de renda fixa for menor do que a taxa DI, é sinal de que o fundo poderia ter se saído melhor – se for acima, é indicativo de desempenho satisfatório.

“Mas e qual é a relação do CDI com a taxa Selic?”, você pergunta agora.

Bem lembrado.

É até provável que, se você já tinha ouvido falar em CDI, certamente também conhecia outro termo comum no mercado: Selic.

Abreviação de “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia”, a Selic é considerada a taxa básica de juros da economia.

Para mais detalhes sobre essa taxa tão famosa no Brasil, você confere clicando aqui.

Saiba que ela também é usada em operações financeiras realizadas entre os bancos, mas com uma característica especial: envolvem títulos públicos dados como garantia.

A meta para a Selic, definida a quase cada 45 dias pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, é a taxa que você encontra periodicamente nas notícias sobre macroeconomia e investimentos.

Mas a taxa Selic efetiva é a que realmente acaba sendo praticada no mercado – e, normalmente, está ligeiramente abaixo da meta.

Assim, como a meta da Selic é definida para servir como um ponto de equilíbrio da economia, é comum que essa taxa e a taxa DI caminhem próximas.

Até porque os próprios empréstimos entre bancos feitos por meio de CDIs consideram a Selic como referência.

Por isso, embora as duas taxas não sejam idênticas, ambas seguem a mesma tendência e direção.

 

Como o CDI afeta os investimentos

Neste porto, você já compreendeu que a taxa do CDI é a principal referência de rentabilidade para os investimentos de renda fixa, certo?

Muitos são atrelados a esse indicador, e outros tantos o utilizam como benchmark – ou seja, como meta de desempenho.

O que acontece, então, quando a taxa do CDI cai?

De modo geral, as aplicações atreladas ao indicador acabam seguindo o mesmo caminho – ou seja, rendendo menos.

E quando o contrário acontece: a taxa do CDI sobe?

As aplicações ligadas ao indicador sobem também.

 

O que significa render 100% do CDI?

Como deu para perceber, muitos investimentos oferecem remuneração atrelada à taxa DI, e ela é expressa como um percentual.

Dessa forma, quando se afirma que um CDB (ou a aplicação que for) oferece 100% do CDI, significa dizer que esse investimento assegurará ao investidor um retorno equivalente à taxa média integral dos empréstimos realizados entre os bancos.

Agora, se o CDB oferecesse 80% do CDI, o investidor teria como remuneração apenas uma parte da taxa DI – no caso, de 80%.

 

Finalmente: os investimentos atrelados ao CDI

Quais os investimentos que têm a remuneração atrelada à taxa do CDI?

Acompanhe a seguir!

 

CDBs

Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são títulos emitidos pelos bancos para levantar recursos para suas operações de crédito.

São tão populares que praticamente todas as instituições financeiras oferecem pelo menos um tipo aos clientes.

Aliás, os papéis dos grandes bancos costumam exigir uma aplicação inicial relativamente baixa – inferior a R$ 1 mil, por exemplo.

Na maior parte das vezes, são pós-fixados e remuneram os investidores com um percentual da taxa do CDI.

Aliás, esses rendimentos são tributados pela tabela regressiva do Imposto de Renda, com alíquotas de 22,5% a 15% e têm cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

 

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) parecem um pouco com os CDBs, porque também são emitidas pelos bancos – só que tendo alguma atividade de crédito relacionada ao setor imobiliário ou do agronegócio.

Essas operações lastreiam a emissão de LCIs e LCAs e também contam com a cobertura do FGC.

E quais as letras de crédito mais comuns, atreladas ao CDI?

As pós-fixadas, mas só que, em geral, a remuneração que oferecem fica um pouco abaixo da de outros produtos de renda fixa.

É que o segredo dessas LCIs e LCAs está no fato de serem isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Dessa forma, mesmo que tenham uma rentabilidade menor, as letras continuam atrativas para os investidores.

 

Debêntures

Assim como as LCIs e LCAs, as debêntures também são títulos de crédito, negociados no mercado de capitais.

Só que a diferença fundamental entre elas e os papéis de bancos são os emissores, porque, no caso das debêntures, são as empresas.

Uma curiosidade interessante fica por conta de esses recursos, normalmente, servirem para financiar grandes projetos.

Até por isso as debêntures costumam ter um vencimento mais longo do que outros produtos de renda fixa.

Assim, muitas debêntures são pós-fixadas e remuneram os investidores com um percentual do CDI.

A maioria delas é tributada pela tabela regressiva do Imposto de Renda, mas conta com uma exceção: as debêntures incentivadas, usadas para captar recursos na realização de grandes obras de infraestrutura no país, são isentas desses tributos.

Por fim, esses papéis não são cobertos pelo FGC.

 

CRI e CRA

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do Agronegócio (CRAs) são títulos securitizados de renda fixa – com muitos deles sendo atrelados ao CDI.

Os CRIs são lastreados em recebíveis do setor imobiliário – como financiamentos de imóveis.

Já o lastro dos CRAs são recebíveis ligados ao agronegócio, usado em empréstimos para viabilizar a produção de determinada cultura.

Como assim?

Imagine uma construtora que esteja recebendo por um apartamento que vendeu parcelado.

Quem comprou se comprometeu em quitar a dívida ao longo de muitos meses, mas, mesmo assim, a construtora pode precisar do dinheiro antes disso.

Então, como faz?

Para antecipar os recursos, há a possibilidade de “empacotar” os recebíveis em um CRI e vendê-lo no mercado.

Assim, tal dívida é transferida para outro credor e o dinheiro é obtido mais rapidamente.

Uma vantagem desses produtos é que também são isentos de Imposto de Renda, mas não são cobertos pelo FGC.

 

Fundos simples

Os fundos de renda fixa simples precisam investir ao menos 95% do patrimônio em títulos públicos federais, emitidos por instituições financeiras com classificação de risco semelhante à dos títulos públicos (como CDBs de grandes bancos), ou operações compromissadas lastreadas nesses papéis ou em títulos públicos.

A meta está em acompanhar o desempenho da taxa do CDI, com a cobrança apenas da taxa de administração.

Tais fundos só podem usar derivativos para proteger a carteira contra perdas e volatilidade, e não é permitido que realizem investimentos no exterior.

Diante de tudo isso, portanto, são voltados para investidores conservadores ou iniciantes no mercado.

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Renda fixa: como fica após aumento da Taxa Selic?

Com o aumento da Taxa Selic para 2,75%, aquela pergunta volta à tona: “é hora de investir em renda fixa?”.

Mas não só isso, a recente alta dessa taxa e a sinalização do BC (Banco Central) de uma política mais restrita nos próximos meses estimulam o investidor a fazer uma reavaliação de sua carteira como um todo.

Então, será mesmo que a renda fixa, após as quedas históricas na taxa básica de juros, pode voltar a ocupar um espaço maior nos portfólios daqui para frente?

 

Após a elevação da Selic, a renda fixa é a melhor opção?

“Renda fixa” é um termo genérico para indicar investimentos nos quais as condições de retorno são conhecidas no momento da aplicação, como Tesouro Direto e CDBs.

Se você quiser saber mais detalhes a respeito de renda fixa, temos uma publicação específica sobre isso no blog da Faculdade XP.

Alguns especialistas estão apontando que os títulos públicos mistos (ou seja, do tipo Tesouro IPCA+, que embutem uma taxa de retorno real e outra indexada à inflação) apresentam-se como boas alternativas no momento.

Isso principalmente por causa da projeção de elevação da inflação no longo prazo.

Segundo o último relatório Focus, do Banco Central, o mercado espera que o índice oficial de preços registre alta de 4,81%, em 2021, e de 3,52%, no ano seguinte.

Dessa forma, não vale a pena pagar por títulos públicos prefixados de curto prazo que estão rendendo taxas próximas dos 8%, pois, no final, você ganhará apenas 4% de lucro anual.

Porém, mesmo para os papéis prefixados de longo prazo, que embutem maior risco e, portanto, maior potencial de retorno, é necessária cautela, já que há muita incerteza quanto à inflação em um horizonte mais amplo.

Apesar da mudança com o início de um ciclo de aperto monetário para combater a inflação no país, por ora, as expectativas apontam para um juro ainda em um nível baixo até dezembro.

Na prática, significa dizer que as aplicações de renda fixa, ou seja, mais conservadoras, não voltarão a pagar retornos expressivos de uma hora para a outra.

Isso até porque a inflação não deve dar trégua tão cedo.

Pesquisa feita pela equipe de fundos da XP com 36 gestores de estratégia multimercado macro ao longo dos dias 15 e 16 do último mês mostrou que a mediana das projeções para a taxa Selic ao fim do ano corresponde a 5%.

O estágio fica pouco acima da previsão dos gestores para a inflação medida pelo IPCA (índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2021, de 4,87%.

Isso significa que o rendimento das aplicações mal cobriria o avanço dos preços na economia, deixando o investidor com um retorno real próximo de zero.

Vale destacar que nem todos os especialistas concordam entre si, então, antes de realizar qualquer investimento, lembre-se de:

  • Alinhar o seu perfil de investidor;
  • E conversar com um consultor ou especialista financeiro.

Isso tudo para decidir qual a melhor alternativa para as suas metas e realidade.

 

Quais parecem ser os melhores investimentos com o aumento da Selic?

Mesmo que os títulos vinculados à inflação (Tesouro IPCA+) estejam aparecendo como atrativos, na escolha de fundos, uma boa opção são os de crédito privado.

Como os fundos de inflação compram e revendem títulos públicos, têm como desvantagem as taxas embutidas na comparação com o Tesouro Direto.

Por outro lado, na categoria de crédito, os ligados ao setor de infraestrutura garantem um prêmio em relação aos títulos públicos e são isentos de Imposto de Renda, o que representa uma diferença de 2% ao ano de resultado líquido.

Outra oportunidade está nos fundos imobiliários de crédito – conhecidos como fundos de recebíveis ou de papel.

Apesar de se tratar de um investimento de renda variável, esse produto tem rendimento geralmente atrelado ao IPCA ou à Selic, somado a uma taxa fixa.

O que isso quer dizer?

Que se tanto a inflação quanto a taxa de juros têm perspectiva de alta, esses FIIs também tendem a se valorizar.

Com um espaço tão limitado para ter ganhos reais neste ano – isto é, um retorno acima da inflação -, gestores e alocadores de recursos também continuam a ver na renda variável brasileira a melhor alternativa à disposição hoje.

Parte do mercado não parece muito preocupado com a queda da Bolsa nos dois primeiros meses do ano, em um contexto de preocupações fiscais, aumento dos casos e do número de mortes por Covid-19 e um ritmo lento de vacinação.

Pelo contrário, tal cenário está sendo tido como oportunidade para ir às compras.

 

A poupança é vantajosa com o aumento de juros?

Essa outra pergunta paira no ara com o aumento da Selic.

Mas os especialista afirmam que, a não ser que se trate de uma aplicação feita na poupança com a regra antiga (válida até maio de 2012) – que considera uma taxa de retorno de 0,50% ao mês – a caderneta sempre perde de outras aplicações na renda fixa.

É importante enfatizar que a poupança rende 70% da Selic, com isenção de Imposto de Renda.

No entanto, em fundos de investimentos, a pior alíquota de IR é de 22,5%.

Dessa forma, mesmo se você comprar um fundo DI de baixa rentabilidade e pagar o máximo de imposto, o ganho, ainda assim, será maior do que o da poupança.

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Páscoa: ESG na indústria do chocolate

A Faculdade XP já discutiu no blog o termo ESG e a relação com investimentos, mas agora, aproveitando o momento de Páscoa, resolvemos abordar a conexão da sigla com a indústria do chocolate.

Ou seja, o que falaremos aqui é sobre como a indústria do chocolate vem e está se adaptando ao que o ESG (Ambiental, Social e Governança) pede das empresas.

Primeiro, então, retomaremos o significado dessa sigla e, depois, será mostrada a ligação com a indústria do chocolate.

 

O que é ESG

ESG representa uma junção de fatores e preocupações que é usada para medir práticas de uma empresa.

E que práticas seriam essas?

Bom, como ESG se remete ao “Environmental, Social & Governance” na língua inglesa, então, traduzindo para o português, seriam ações ligadas ao lado Ambiental, Social e de Governança de uma companhia.

Ou seja, costuma dizer quanto um negócio busca e realiza, de fato, formas de:

  • (E) Minimizar seus impactos no meio ambiente;
  • (S) Construir um mundo mais justo e responsável para as pessoas à sua volta;
  • (G) Manter os melhores processos de administração.

Dessa forma, por meio desses critérios, o termo ESG tem como meta ajudar a determinar melhor o desempenho financeiro futuro das empresas.

Para saber mais sobre essa sigla, confira aqui a publicação anterior que fizemos no blog sobre ESG.

 

Os desafios ainda enfrentados pela indústria do chocolate

Apesar dessas medidas positivas, no entanto, um relatório do final de 2018 do UNICEF sugeriu que o número de crianças trabalhadoras do cacau quase não havia mudado.

Ou seja, embora haja algum progresso, a falta de mais melhorias no resultado é provavelmente atribuível a problemas com o processo de certificação sustentável.

As principais empresas de chocolate dos Estados Unidos trabalham com três organizações certificadoras: The Rainforest Alliance, UTZ e Fair Trade Certified.

Tais agências certificadoras visam melhorar a rastreabilidade da cadeia de suprimentos, cooperativas de agricultores e um grau mais alto de gestão agrícola.

Mesmo essas melhorias trazendo benefícios reais, os críticos apontam enormes lacunas, como o caso de os inspetores terceirizados geralmente serem obrigados a visitar menos de 10% das fazendas.

Além disso, essas visitas geralmente vêm com aviso prévio, isto é, o trabalho infantil pode simplesmente ser escondido até que a inspeção seja concluída.

Outra crítica é que a criação de cooperativas pode, na verdade, afetar negativamente os pequenos agricultores, já que as taxas de registro podem ser inacessíveis para muitos.

E se os fazendeiros ingressarem em cooperativas, raramente recebem o preço negociado mais alto por sua safra.

Não bastando, após a aceitação inicial em uma cooperativa certificada, as auditorias de conformidade são quase uma vez ao ano – frequência baixa para garantir que os padrões de trabalho sejam mantidos.

 

ESG ligado à indústria do cacau

De algumas décadas para cá, as novas gerações vêm se conscientizando e exigindo transparência das empresas cada vez mais.

Não é à toa que, após os primeiros relatos sobre o trabalho infantil na indústria do cacau terem sido notícia em 2001, o Congresso dos EUA criou o Protocolo Harkin-Engel.

A Harkin-Engel reuniu os membros da Associação de Fabricantes de Chocolate dos EUA – agora conhecida como Associação Nacional de Confeiteiros -, para concordar em eliminar as piores formas de trabalho infantil na Costa do Marfim até 2005.

Vale ressaltar que a maior preocupação sobre a produção de cacau se dá na África e, em espacial, na Cota do Marfim, já que, entre os 5 maiores produtores, 3 estão nesse continente.

Para se ter ideia, o Brasil, por exemplo, é só o 6º colocado, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

Voltando ao protocolo, o Harkin-Engel era voluntário e autorregulado, o que resultou no adiamento do prazo para 2008, depois para 2010 e, mais recentemente, para 2020.

Conforme o tempo foi passando, protestos e ações judiciais de consumidores, além de outras partes interessadas, levaram os principais fabricantes, como Hershey, Nestlé e Mars, a lançar seus próprios programas para lidar com o cacau sustentável e ético.

No caso da Hershey, em 2016, tinha certificado 60% de seu cacau; em 2017, publicou mapas de código aberto para diversos produtos; e, em 2018, o programa “Cocoa for Good” foi lançado com a promessa de um investimento de US$ 500 milhões em 12 anos.

Além da Hershey, há outras empresas no rumo de um melhor cumprimento com o ESG, que são os casos da Barry Callebaut e Mars, por exemplo.

Para se ter ideia, no relatório de resumo da classificação de risco da Sustainalytics, a Barry Callebaut apresenta baixo risco de sofrer impactos financeiros materiais de fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) – justamente devido à sua exposição média e forte gestão de questões materiais ESG.

A forte pontuação de gerenciamento à empresa decorre da estratégia do “Forever Chocolate 2016”, que se concentra em quatro desafios principais da cadeia de abastecimento do cacau:

  • Trabalho infantil;
  • Pobreza dos agricultores;
  • Pegada de carbono e floresta;
  • Abastecimento sustentável.

De lá em diante, Barry Callebaut publicou metas e objetivos para 2025 e divulga relatórios de progresso anuais.

Em 2018, 44% de seus grãos de cacau foram adquiridos de forma sustentável, em comparação com 36% em 2017.

E a preocupação com o ‘chocolate consciente’ não se limita à origem do cacau e produção, bem como ao próprio consumo.

Falando nisso, a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que o consumo diário de açúcar não ultrapasse 10% das calorias ingeridas.

Isso representa uma porção de, no máximo, 50g, ou um pacotinho de 100g dos confeitos M&M’S, fabricados pela empresa estadunidense Mars.

No entanto, nem todo pacote de M&M’S possui essa gramatura – há opções de 500g, por exemplo.

Assim, os produtos que ultrapassam a quantidade de açúcar indicada pela OMS vêm com um aviso de que é para compartilhar.

Além disso, a onda de alimentação saudável no mercado de alimentos fez a Mars rever mais posicionamentos, não parando no incentivo ao compartilhamento das porções maiores.

Por exemplo, na publicidade, a empresa deixou de se comunicar com menores de 12 anos.

Os M&M’S de desenho animado continuam a protagonizar as propagandas, mas a linguagem é voltada para adultos.

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Finanças: o que são, importância, dicas e cursos

De modo a ajudar você a evoluir no quesito finanças da sua vida, a Faculdade XP veio desvendar alguns tópicos em relação a esse tema.

Curioso para saber quais são?

Bom, primeiro, vamos descobrir até onde você já conhece a respeito desse assunto, então:

  • Como estão suas finanças?
  • Você realmente sabe do que finanças se trata?
  • Por que esse assunto é muito importante na sua vida?
  • Quais dicas você deve seguir para andar bem com seu dinheiro?
  • Quais cursos são recomendáveis para quem está começando?

 

Tendo conseguido responder algumas dessas questões ou nenhuma, fique até o fim do texto, porque, certamente, novidades chegarão a você.

 

O que são finanças

Comecemos pela definição do tema ‘finanças’.

Já que estamos na internet, segundo o Wikipédia, finanças é o gerenciamento de dinheiro, principalmente em relação a empresas, organizações ou governos.

De qualquer forma, obviamente, também pode ser e é aplicada para a vida pessoa de cada um.

Continuando…

Especificamente, ‘finanças’ lida com as questões de como um indivíduo, empresa ou governo adquire o dinheiro necessário e como esses personagens gastam ou investem esse dinheiro.

Nesse âmbito, você vai ‘ouvir falar’ de:

  • Orçamento;
  • Planejamento;
  • Fluxo de caixa;
  • Entre outras tarefas.

 

Por que é importante entender sobre finanças

Entender de finanças deveria ser algo básico, estando presente na vida de todas as pessoas, de tão fundamental que é.

Assim como:

  • Saber o caminho de casa;
  • Usar a internet;
  • Usar o celular.

Para se ter ideia, sem o dinheiro, dificilmente temos acesso a algo que nos ajude a sobreviver e a viver, sendo parte integrante de nossas vidas.

Infelizmente, quem não entende de finanças é refém de um sistema que deixa as pessoas endividadas e sem capacidade de investir.

Assim, possuindo conhecimento de finanças, isso te permite evoluir, começando no cuidado com seu orçamento e autoconhecimento financeiro, para terminar no investimento e enriquecimento pessoal.

No fim, o objetivo é ter a movimentação do seu dinheiro mais organizada e uma situação financeira mais estável para lidar com crises, imprevistos e emergências.

 

Quais os benefícios de cuidar bem das suas finanças

Seja do lado empresarial ou pessoal, o principal benefício de quem cuida bem de suas economias está na maior segurança e tranquilidade com o próprio dinheiro.

Quem se organiza bem consegue identificar facilmente os desperdícios e apontar gastos que podem ser cortados.

Isso tudo para garantir uma sobra na hora de fechar as contas do mês e, posteriormente, poupar e investir.

Além disso, você se livra de acabar caindo em fontes de crédito caro, que dificultam a sua vida com juros abusivos.

No fim das contas, quem cuida bem de suas finanças vive uma vida mais tranquila e com menos pressão, já que está muito mais preparado para lidar com os imprevistos.

 

9 dicas sobre finanças

Agora que já sabe do que se trata, a importância e benefícios das finanças, vamos às dicas para aprender, de fato, a como organizar as suas finanças.

Para isso, acompanhe abaixo a série de dicas práticas e fáceis de aplicar na sua vida que a Faculdade XP separou para você.

 

  1. Faça um planejamento financeiro

Para realizar um bom planejamento financeiro, o grande segredo é ser simples e funcional.

Dessa forma, comece a ver o quanto de dinheiro possui, sai e recebe para definir prazos e metas, baseado no que deseja realizar e em quanto tempo acha viável.

Ou seja, em resumo, é saber o que se quer, quando se quer, para poder planejar como vai chegar lá.

 

  1. Monte uma planilha de gastos mensais

Quando se começa um planejamento para sua finanças, é ótimo ter e usar uma ferramenta para tal.

Isso porque finanças são nada sem controle.

Então, que tal começar a fazer sua planilha de gastos mensais?

Pegue agora mesmo um folha de papel ou o Excel no seu computador para iniciar a cuidar bem das suas finanças.

 

  1. Renegocie suas dívidas

Quem tem dívidas, a segunda tarefa a se fazer para cuidar das finanças é se livrar das dívidas que possui, se, claro, as possui.

Para isso, é preciso começar renegociando os valores devidos.

Esse momento é uma ótima oportunidade para você compreender o montante que precisa pagar e trabalhar para sair dessas dívidas.

 

  1. Junte uma reserva de emergência

Outro ponto importante para evitar dívidas de maneira geral é montar a sua reserva de emergência.

Assim, estipule um valor baseado no quanto gasta, em média, mensalmente, multiplique por 6, 8 ou 12 – que é a quantidade de meses que precisa para sobreviver caso perca o emprego, por exemplo – e vá guardando aos poucos até atingir um valor substancial.

Aliás, para proteger a sua reserva de emergência da desvalorização, é importante procurar alternativas de investimento que apresentem uma rentabilidade acima da inflação.

Isso porque você protege seu patrimônio e garante que terá um capital guardado para te auxiliar em momentos de crise.

 

  1. Aprenda contabilidade com os ricos

É bom que se saiba que ricos não são ricos à toa – pelo menos, grande parte deles.

E um dos principais pontos que os diferencia das demais pessoas do mundo é a grande atenção que dão às suas finanças.

Para isso, é preciso entender os fundamentos contábeis ou contratar um bom contador e evitar, assim, perder dinheiro.

As pessoas ricas, geralmente, conhecem a contabilidade de forma a evitar tributos e impostos desnecessários.

 

  1. Aprenda a como economizar dinheiro

Pode parecer óbvio, mas economizar vem de identificar e cortar desperdícios.

Para que compreenda melhor, desperdício de dinheiro é tudo aquilo que você paga, mas não usa.

Alguns exemplos simples:

  • Videogame: se você não usa e nem tem tempo para isso, venda;
  • Telefonia: gaste proporcionalmente com o que consome;
  • Assinaturas em geral: seja um serviço de streaming ou uma revista que nunca lê, cancele e só pague aquilo que efetivamente usa.

 

  1. Poupe parte do seu dinheiro e invista (mesmo ganhando pouco)

Ganhar pouco costuma não ser desculpa para não poupar.

O segredo das finanças é buscar adaptar sua vida aos seus ganhos.

Dessa forma, esforce-se para conseguir separar, ao menos, 15% do que ganha para poupar e, em seguida, investir.

Com os 85% restantes, use para as maiores necessidades suas e uma pequena parte desse total para bancar seu estilo de vida.

Isso junto à disciplina e paciência, você tem a oportunidade de ver seu patrimônio crescer.

Para ajudar nesse sentido, não perca dinheiro com a poupança

O rendimento costuma ser tão baixo que, muitas vezes, sequer cobre as perdas promovidas pela inflação acumulada.

Ou seja, ao manter dinheiro na poupança, você o vê perder valor em vez de aumentar seu patrimônio.

 

  1. Aprenda e ensine sua família sobre finanças

Quando vivemos em família, se torna muito importante envolvê-los nessa jornada de aprendizagem e planejamento sobre finanças.

Isso, principalmente, porque se todos estiverem em sintonia, os resultados serão muito melhores.

Por exemplo: defina um dia do mês, crie um ritual e assuma esse compromisso.

É importante que seja um momento sério, mas gostoso, e que, ao longo do tempo, todos possam comemorar juntos as conquistas e encarar os desafios.

Sempre haverá algo a ensinar e aprender.

Estimule todos a fazer pesquisas e levar assuntos novos para cada encontro sobre finanças.

 

  1. Aposente o cartão de crédito

Não se pode negar que o cartão de crédito é uma ferramenta que pode levar a problemas financeiros.

Por quê?

Porque existe uma “armadilha psicológica” no uso do cartão que é o fato de você “não ver” o dinheiro sendo gasto de fato.

Isso causa uma falsa sensação de “não ter gastado”.

Por outro lado, quando você passa a usar “dinheiro vivo” ou mesmo cartão de débito, está se valendo de uma ferramenta poderosa das finanças.

Dessa forma, inibe o seu consumo por impulso e, pela dificuldade de ver o dinheiro indo embora, fará com que você gaste menos.

 

Cursos para cuidar bem das finanças

Para quem quer se aprofundar no assunto, existe uma série de cursos relacionados às finanças por aí – e aqui na Faculdade XP não é diferente.

Pensando em tudo isso, temos uma divisão de escolas levando em consideração cada área do controle das finanças, investimentos e mercado como um todo.

Veja e entenda o porquê de uma delas:

  • Educação financeira: se destina principalmente para quem está começando nas finanças. Aqui, você primeiro conhece seus comportamentos financeiros para, a partir daí, conseguir poupar, economizar e investir;
  • Investimentos: tendo se conhecido melhor quanto a dinheiro, nessa parte, você aprende os principais conceitos, análises e informações gerais para investir com qualidade;
  • Trading: essa área é uma grande parte dentro dos investimentos e, ao mesmo tempo, envolve muita prática, conhecimentos, riscos, ganhos e perdas. E a Faculdade XP segue ao seu lado aqui também para que consiga lidar muito bem diante dos mais variados cenários;
  • Empreendedorismo: para empreender, o conhecimento sobre finanças se faz fundamental. Afinal, como manter um negócio de pé e bem, se não soubermos lidar com dinheiro que entra e sai no empreendimento?;
  • Faculdade XP Pro: aqui, temos a parte mais profissionalizante dos investimentos. Se você deseja adquirir conhecimentos sobre finanças que pode te colocar no mercado como profissional no assunto, esse é o lugar ideal!

E aí, que tal começar agora mesmo a botar a aprendizagem e o conhecimento sobre finanças de modo geral em prática?

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